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Pedro Álvares Cabral[A] (Belmonte, 1467 ou 1468 – Santarém, c.

1520) foi um fidalgo,


comandante militar, navegador e explorador português, creditado como o descobridor do
Brasil. Realizou significativa exploração da costa nordeste da América do Sul, reivindicando-a
para Portugal. Embora os detalhes da vida de Cabral sejam esparsos, sabe-se que veio de uma
família nobre colocada na província interior e recebeu uma boa educação formal.

Foi nomeado para chefiar uma expedição à Índia em 1500, seguindo a rota recém-inaugurada
por Vasco da Gama, contornando a África. O objetivo deste empreendimento era retornar com
especiarias valiosas e estabelecer relações comerciais na Índia — contornando o monopólio
sobre o comércio de especiarias, então nas mãos de comerciantes árabes, turcos e italianos.
Sua frota, de 13 navios, afastou-se bastante da costa africana, talvez intencionalmente,
desembarcando no que ele inicialmente achou tratar-se de uma grande ilha à qual deu o nome
de Vera Cruz e a que Pêro Vaz de Caminha faz referência. Explorou o litoral e percebeu que a
grande massa de terra era provavelmente um continente, despachando em seguida um navio
para notificar o rei Manuel I da descoberta das terras. Como o novo território se encontrava
dentro do hemisfério português de acordo com o Tratado de Tordesilhas, reivindicou-o para a
Coroa Portuguesa. Havia desembarcado na América do Sul, e as terras que havia reivindicado
para o Reino de Portugal mais tarde constituiriam o Brasil. A frota reabasteceu-se e continuou
rumo ao leste, com a finalidade de retomar a viagem rumo à Índia.

Nessa mesma expedição uma tempestade no Atlântico Sul provocou a perda de sete navios; as
seis embarcações restantes encontraram-se eventualmente no Canal de Moçambique antes de
prosseguirem para Calecute, na Índia. Cabral inicialmente obteve sucesso na negociação dos
direitos de comercialização das especiarias, mas os comerciantes árabes consideraram o
negócio português como uma ameaça ao monopólio deles e provocaram um ataque de
muçulmanos e hindus ao entreposto português. Os portugueses sofreram várias baixas e suas
instalações foram destruídas. Cabral vingou-se do ataque saqueando e queimando a frota
árabe e, em seguida, bombardeou a cidade em represália à incapacidade de seu governante
em explicar o ocorrido. De Calecute a expedição rumou para Cochim, outra cidade-estado
indiana, onde Cabral fez amizade com seu governante e carregou seus navios com especiarias
cobiçadas antes de retornar para a Europa. Apesar da perda de vidas humanas e de navios, a
viagem de Cabral foi considerada um sucesso após o seu regresso a Portugal. Os lucros
extraordinários resultantes da venda das especiarias reforçaram as finanças da Coroa
Portuguesa e ajudaram a lançar as bases de um Império Português, que se estenderia das
Américas ao Extremo Oriente.[B]

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