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A INCÊNDIOE PRIMEIROS
SOCORROS
HUUFMA/EBSERH/SOST
Instrutores:
Alberto Carvalho Costa – Engenheiro de Segurança do Trabalho
Paulo Henrique Cruz Gomes - Engenheiro de Segurança do Trabalho
José Ribamar Sousa R. Filho– Bombeiro Civil/Técnico de Segurança do Trabalho
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Sumário
1 Brigada de Incêndio - NBR-14276 ........................................................................ 5
1.1 Funções............................................................................................................... 5
1.2 Critérios Básicos para seleção de candidatos a brigadistas .............................. 5
1.3 Formação dos Brigadistas................................................................................... 5
1.4 Atribuições da brigada de Incêndio...................................................................... 6
1.4.1 Ações de prevenção ......................................................................................... 6
1.4.2 Ações de emergência ....................................................................................... 6
1.4.3 Implantação da Brigada de Incêndio................................................................. 6
1.5 Equipamentos de Proteção Individual.................................................................. 6
1.6 Procedimentos Básicos de Emergência............................................................... 6
1.7 Controle da Brigada de Incêndio.......................................................................... 7
1.8 Divulgação e Identificação da Brigada................................................................. 6
2 Prevenção e Proteção Contra Incêndios................................................................. 7
2.1 Introdução ............................................................................................................ 7
2.2 Causas de incêndio .............................................................................................. 7
3 Conceitos Básicos.................................................................................................... 7
3.1 Energias de Reação.............................................................................................. 8
3.2 Energia de Ativação............................................................................................... 9
4 Elementos do fogo..................................................................................................... 9
4.1 Triângulo do Fogo................................................................................................... 9
4.2 Tetraedro do Fogo..................................................................................................10
4.3 Calor.......................................................................................................................10
4.4 Combustível ...........................................................................................................11
4.4.1 Combustíveis Sólidos...........................................................................................11
4.4.2 Combustível Líquido.............................................................................................11
4.4.3 Combustível Gasoso............................................................................................11
4.4.4 Ponto de Fulgor....................................................................................................12
4.4.5 Ponto de Combustão............................................................................................12
4.4.6 Temperatura de Auto-Ignição...............................................................................13
4.5 Comburente........... .................................................................................................14
4.6 Reação em Cadeia .................................................................................................14
5 Propagação do Calor .................................................................................................14
5.1 Condução................................................................................................................14
5.2 Convecção...............................................................................................................15
2
5.3 Irradiação.................................................................................................................16
5.4 Produtos da Combustão..........................................................................................16
5.4.1 Gases da Combustão...........................................................................................16
5.4.2 Chama .................................................................................................................17
5.4.3 Calor ....................................................................................................................17
5.4.4 Fumaça.................................................................................................................17
6 Classes de Incêndio...................................................................................................18
7 Métodos de Extinção..................................................................................................19
7.1 Resfriamento ..........................................................................................................19
7.2 Abafamento.............................................................................................................19
7.3 Isolamento...............................................................................................................20
7.4 Extinção química.....................................................................................................20
7.5 Diluição....................................................................................................................21
8 Agentes extintores de incêndio .................................................................................21
8.1 Água........................................................................................................................22
8.2 Espuma ..................................................................................................................22
8.3 Gás carbônico ........................................................................................................22
8.4 Pós-químicos...........................................................................................................22
8.5 Sistema de Segurança............................................................................................23
9 Extintores de Incêndio ...............................................................................................24
9.1 NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio ..........24
9.2 Extintores de Incêndio – Sobre Rodas...................................................................25
10 Sistemas de Hidrantes ...........................................................................................26
10.1 Mangueira ............................................................................................................27
10.2 Esguichos .............................................................................................................27
10.3 Chave de Mangueira............ ................................................................................28
10.4 Transportes de Mangueiras...................................................................................28
11 Alarme de emergência.............................................................................................28
12 Iluminação de Emergência.......................................................................................28
13 Sinalização de rota de fuga......................................................................................29
14 Equipamentos de Proteção Individual .....................................................................30
15 Primeiros Socorros...................................................................................................30
15.1 O que são os primeiros socorros ..........................................................................30
15.2 Aspectos Legais dos Primeiros Socorros .............................................................30
15.3 Finalidade .............................................................................................................31
15.4 Segurança da cena...............................................................................................32
15.5 A – vias aéreas .....................................................................................................33
3
15.6 B – respiração e ventilação...................................................................................32
15.7 C - Circulação com controle de hemorragias........................................................32
15.8 RCP – Ressuscitação cardiopulmonar..................................................................33
15.9 Estado de Choque.................................................................................................34
15.10 Hemorragia..........................................................................................................34
15.11 Ferimentos ..........................................................................................................36
15.12 Fratura.................................................................................................................36
15.13 Queimaduras.......................................................................................................38
15.14 Desmaio..............................................................................................................41
15.15 Crise convulsiva..................................................................................................42
15.16 Asfixia .................................................................................................................43
15.17 Acidentes por animais peçonhentos....................................................................43
15.17.1 Serpentes ........................................................................................................44
15.17.2 Aranhas ...........................................................................................................47
15.17.3 Escorpião..........................................................................................................48
15.17.4 Abelhas e Vespas ............................................................................................49
15.17.5 Taturanas ........................................................................................................51
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1 BRIGADA DE INCÊNDIO
1.1 Funções
5
Para a reciclagem, o brigadista pode ser dispensado de participar da
parte teórica do treinamento de incêndio e/ou primeiros-socorros,
desde que seja aprovado em pré-avaliação em que obtenha 70% de
aproveitamento.
6
1.6 Procedimentos Básicos de Emergência
A brigada de incêndio deve atuar conforme o plano de emergência
contra incêndio da planta, que deve estar de acordo com a ABNT
NBR 152.
2.1 Introdução
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que passou por um
processo de resfriamento, até chegar à formação que conhecemos.
Dessa forma, o fogo existe desde o início da formação da Terra,
passando a coexistir com o homem depois do seu aparecimento.
Presume-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes
tiveram com o fogo, foram através de manifestações naturais como
os raios que provocam grandes incêndios florestais. Na sua
evolução, o homem primitivo passou a utilizar o fogo como parte
integrante da sua vida. O fogo colhido dos eventos naturais e, mais
tarde, obtido intencionalmente através da fricção de pedras, foi
utilizado na iluminação e aquecimento das cavernas e no cozimento
da sua comida.
Desde que o homem descobriu o fogo, a sua aplicação em muitas
áreas tem sido relevante. O fogo tem contribuído para o avanço da
humanidade, sendo que o desenvolvimento tecnológico surgiu com
a sua descoberta. No entanto, quando os homens perdem o controle
7
do fogo, desencadeia-se um incêndio, com todas as perdas e danos
que dele podem resultar. Ou seja, um incêndio é um fogo
descontrolado.
Para dominar e controlar o fogo, e evitar um incêndio são necessários
conhecer os fundamentos do fogo.
Naturais
Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da
natureza, que agem por si só, completamente independente da
vontade humana.
Acidental
Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito
embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a
causa da maioria dos incêndios.
Proposital
Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção
de alguém em provocar o incêndio.
Exemplos de origens:
• Fogos de Artifícios
• Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis.
• Aparelhos eletrodomésticos / Instalações Elétricas Inadequadas
• Pontas de Cigarros
• Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.)
3 Conceitos Básicos
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Para que um fogo se inicie, é necessário que os reagentes
(comburente e combustível) se encontrem em condições favoráveis
para que possa ocorrer a reação. A energia necessária para que a
reação se inicie denomina-se Energia de Ativa ção, e é fornecida
pelas fontes de ignição.
4 Elementos do fogo
9
4.2 Tetraedro do Fogo
4.3 Calor
4.4 Combustível
• É toda substância sólida, líquida ou gasosa capaz de queimar e
alimentar a combustão.
• Em princípio, todas as substâncias são combustíveis, para efeito de
combate ao fogo, são incombustíveis os materiais que queimam
somente acima de 1500ºC.
• A maioria dos combustíveis entram em combustão em fase gasosa.
Quando o combustível é sólido ou líquido, é necessário um
fornecimento prévio de energia térmica para o levar ao estado
gasoso.
Exemplos de Combustíveis:
• Carvão
• Monóxido de carbono
• Hidrocarbonetos (gasolina, GLP, benzeno, etc.).
• Elementos não metálicos facilmente oxidáveis (enxofre, fósforo,
etc.).
• Materiais que contenham celulose (madeira, têxteis , etc).
• Metais (alumínio, magnésio, titânio, zircônio, etc.).
• Metais não alcalinos (sódio, potássio, etc.).
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Exemplos: gasolina, álcool, éter, tinta, solventes.
• Não tem forma própria, assumindo a forma do recipiente que os
contém;
• Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes baixa;
• A maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, sendo
assim flutuam sobre ela;
• Os líquidos derivados do petróleo tem pouco solubilidade em água;
• Na sua grande maioria são voláteis.
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4.5 Comburente
5 Propagação do Calor
5.1 Condução
14
Fig. Propagação do calor por condução
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.26.
5.2 Convecção
15
Fig. Propagação do Calor por convecção
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.26.
5.3 Irradiação
16
5.4 Produtos da Combustão
Os produtos de um incêndio podem ser divididos em quatro
categorias: Gases da combustão; Chama; Calor e Fumaça.
Estes produtos têm uma variedade de efeitos fisiológicos nas
pessoas, sendo os mais importantes às queimaduras e os efeitos
tóxicos da inalação do ar quente e gases.
5.4.2 Chama
A queima de materiais em presença de uma atmosfera normal, rica
em oxigênio, é geralmente acompanhada por uma radiação luminosa
de nominada chama. A exposição direta à chama provoca tanto
queimaduras nas pessoas como da nos materiais, uma vez que as
chamas propagam o fogo, através do calor que irradiam.
5.4.3 Calor
O calor é um dos grandes responsáveis pela propagação do
incêndio. É uma forma de energia radiante que se produz juntamente
com os produtos da combustão durante a queima de um combustível.
O calor emitido no decorrer de um incêndio, e a consequente
elevação da temperatura, produzem danos tanto às pessoas como a
os bens materiais.
Efeitos: desidratação, esgotamento físico, bloqueio das vias
respiratórias e queimaduras.
5.4.4 Fumaça
A fumaça é constituída por pequenas partículas sólidas, parcialmente
queimadas, e por vapor condensado em suspensão no ar, e gases
de combustão. A cor da fumaça é influenciada pelo tipo de
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combustível. A fumaça branca ocorre na fase inicial devido à
umidade dos materiais. A madeira provoca um tom marrom, já os
plásticos e superfícies pintadas emitem uma fumaça cinza, e os
hidrocarbonetos uma fumaça preta.
6 Classes de Incêndio
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7 Métodos de Extinção
7.1 Resfriamento
7.2 Abafamento
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Fig. Exemplo de extinção por abafamento
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.38.
7.3 Isolamento
20
Fig. Exemplo de extinção química
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.40.
7.5 Diluição
8.1 Água
21
8.2 Espuma
8.4 Pós-químicos
Os pós-químicos são altamente eficientes para extinguir incêndios
envolvendo líquidos inflamáveis. As partículas de produto químico
finam ente divididas, são interceptoras de radicais livres e quebram
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o processo de oxidação da reação e m cadeia de combustão dentro
da chama.
Como não têm a capacidade de resfriar, não assegura m o
combustível contra a re-ignição, caso o mesmo seja exposto a fontes
de ignição.
Principais tipos:
• Bicarbonato de sódio [NaHCO3];
Bicarbonato de sódio é comumente referido como pó químico
comum. É aplicado para as classes de incêndio B e C. Ele não é
compatível com espumas de proteína, porque contém aditivos que
são agentes anti-espumantes e que causam a quebra das espumas
de proteína.
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pino de segurança, que trava o gatilho do extintor, impossibilitando
que o extintor seja utilizado acidentalmente.
9 Extintores de Incêndio
Inspeção
Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no
extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece
em condições originais de operação.
Manutenção
Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter
suas condições originais de operação, após sua utilização ou quando
requerido por uma inspeção.
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instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina
especializada.
A manutenção de primeiro nível consiste em:
a) limpeza dos componentes aparentes;
b) reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos
à pressão;
c) colocação do quadro de instruções;
d) substituição ou colocação de componentes que não estejam
submetidos à pressão por componentes originais;
e) conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com
dióxido de carbono.
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10 Sistemas de Hidrantes
10.1 Mangueira
10.2 Esguichos
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• Fechamento;
• Jato de chuveiro e
• Jato compacto
11 Alarme de emergência
Ativador de alarme com programação específica na central, que
emite simultaneamente a ativação de todos os alarmes de bandono
de uma área ou de todo o prédio.
11 Iluminação de Emergência
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acidentes e garantir a evacuação das pessoas do prédio. O sistema
dispõe de uma autonomia de 2 horas e sinaliza as rotas de fuga
utilizáveis no momento do abandono do local.
15 Primeiros Socorros
Significa:
Atendimento imediato
Prestado a vítima de um acidente
Ou de Mal súbito
Obrigação Legal
Abaixo, condições que será obrigação moral:
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Omissão de Socorro
"Artigo 135”
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena.
15.3 Finalidade
Manter a vida
Reduzir o agravamento das lesões
Encaminhar para socorro adequado
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Importante
Segurança da cena;
Estado de consciência;
Vias aéreas;
Respiração;
Circulação.
Verificar a respiração
Ventilação Boca-máscara
Fig. Ventilação
Fonte: Manual de Primeiros Socorros, Escola de Bombeiros, SINTRA, 2008 p.115.
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Pulso rápido
Respirações curtas, rápidas e irregulares;
Pele fria e úmida; pálida e arroxeada nas extremidades;
Agitação ou depressão do nível de consciência.
Causas:
Conduta:
15.10 Hemorragia
Conceito:
É a perda constante de sangue ocasionada pelo rompimento de um
ou mais vasos sanguíneos (veias ou artérias).
Classificação:
A hemorragia pode ser externa ou interna.
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Hemorragia externa:
É aquela que é visível, sendo portanto mais fácil identificar. Se não
for prestado atendimento, pode levar ao estado de choque. A
hemorragia pode ser arterial ou venosa. Na Arterial, a saída de
sangue acompanha os batimentos cardíacos. Na Venosa, o sangue
sai contínuo.
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Caso o sangue continue saindo mesmo após a realização do
curativo compressivo, não retire os panos molhados de sangue.
Coloque outro pano limpo em cima e uma nova atadura,
evitando com isso, interferir no processo de coagulação.
Evite usar torniquete, pois ele pode levar a amputação cirúrgica
de membro se não for afrouxado corretamente e no tempo
certo.
Se a hemorragia for abundante, pegue uma camisa ou um
cinto, coloque um pouco acima da hemorragia e de um nó e
puxe, fique segurando firme, isso vai diminuir a chegada de
sangue ao local. Esse método é para substituir o torniquete, e
não causa lesões circulatórias, pois cada vez que o socorrista
cansar e tiver que "tomar fôlego", vai diminuir a pressão e
aquela área será irrigada com sangue arterial.
15.11 Ferimentos
15.12 Fratura
Definição
Fratura é a quebra de um osso. Pode ser completa (quando ocorre à
separação ou ruptura total de um osso) ou incompleta (fissura),
quebra parcial com ou sem desvio dos fragmentos.
Classificação de fraturas
fechadas: quando não há solução de continuidade entre a pele
e o osso fraturado, (trinca).
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abertas: quando existe um ferimento no local da fratura, porém
o osso não se expõe.
expostas: quando existe uma abertura na pele, por onde se
expõe parte do osso fraturado.
Sinais e sintomas
Dor intensa que aumenta com o movimento
Inchação do ponto fraturado
Deformidade de contorno
Perda de função (Dificuldade de movimento)
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Posição anormal do membro fraturado
Mobilidade insólita de um ponto, como se ali houvesse uma
nova articulação
Sensação de crepitação.
Conduta
15.13 Queimaduras
Causadores
Chama, brasa ou fogo;
Vapores quentes;
Líquidos ferventes;
Sólidos superaquecidos ou incandescentes;
Substância química;
Radiações;
Frio excessivo;
Eletricidade.
Térmicas
Causadas pela condução do calor através de líquidos, sólidos, gases
quentes e do calor de chamas.
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Conduta
Não interessa qual a profundidade da queimadura térmica, o primeiro
cuidado é a interrupção da atividade agressiva aos tecidos orgânicos
do agente agressor.
Elétricas
Causadas pelo contato com a eletricidade de alta e baixa voltagem.
O dano é causado pela produção de calor que ocorre à medida que
a corrente elétrica atravessa o corpo.
Conduta
A principal prioridade está em determinar se a vítima ainda
permanece em contato com a rede elétrica.
Podem causar paradas cardíacas e a reanimação
cardiopulmonar pode ser necessária
Encaminhar para o hospital
Químicas
Provocada pelo contato de substâncias corrosivas, líquidas ou
sólidas com a pele.
O produto químico continua a reagir até ser totalmente removido.
A pele libera água que permite qualquer reação, portanto é melhor
lavar e diluir com grande quantidade de água.
Conduta
Retirar a roupa impregnada pela substância
A lavagem deve começar imediatamente
Importante: identificar o produto
Radiação
Resulta da exposição à luz solar ou a fontes nucleares.
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A pele libera água que permite qualquer reação, portanto é melhor
lavar e diluir com grande quantidade de água.
Conduta
Aplicar água corrente ou toalhas molhadas;
Ingerir bastantes líquidos pelo risco de desidratação
Gravidade
Depende da:
Causa;
Profundidade;
Percentual de superfície corporal;
Localização;
Comprometimento das vias aéreas;
Classificação
Pela profundidade (1º, 2º, 3º graus)
1º - vermelhidão, dor, edema
2º - bolhas, dor intensa
3º - pele esbranquiçada, necrose, indolor
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O que NÃO fazer?
Não toque a área afetada.
Nunca fure as bolhas.
Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se
necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região
afetada.
Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro
produto doméstico sobre a queimadura.
Não cubra a queimadura com algodão.
Não use gelo ou água gelada para resfriar a região.
15.14 Desmaio
Sinais e sintomas:
Visão escurecida
Perda parcial ou total da consciência
Tontura
Palidez
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15.15 Crise convulsiva
Sintomas:
Salivação abundante;
Perda de urina;
Movimentos desordenados dos membros.
Causas
Epilepsia
Hipoglicemia
Overdose
Abstinência Alcoólica
Meningite
Lesões cerebrais: tumores, derrames
Febre alta
Conduta
Avaliar a cena
Lateralizar todo corpo
Não tentar conter mecanicamente a crise
Afastar tudo que possa lesar a pessoa
Afrouxar as roupas
Pedir ajuda
Aguardar cessar a crise
Realizar o ABC
Fase de recuperação
Uma crise convulsiva leva em torno de 3 a 7 minutos.
Após vem:
O estado de sonolência;
Confusão mental;
Reorganização do pensamento.
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15.16 Asfixia
Primeiros socorros
Muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda
amplamente empregados como medidas visando retardar a absorção
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no veneno. Boa parte deles pode, na verdade, contribuir para a
ocorrência de complicações no local da picada.
15.17.1 Serpentes
Jararaca
Possui fosseta loreal ou lacrimal, tendo a extremidade da cauda, com
escamas e cor geralmente parda. Nomes populares: Caiçara,
Jararacuçu, Urutu, Jararaca do Rabo Branco, Cotiara, Cruzeira e
outros. As espécies mais agressivas encontram-se em locais úmidos.
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Cascavel
Possui fosseta loreal ou lacrimal, a extremidade da cauda apresenta
guizo ou chocalho de cor amarelada. Nomes populares: Cascavel,
Boicininga, Maracambóia, etc. Essas serpentes são menos
agressivas que as jararacas e encontram-se em locais secos.
Coral Verdadeira
Não possui fosseta loreal (atenção: ausência de fosseta loreal é
característica de não venenosas. As corais são exceção). Coloração
em anéis vermelhos, pretos, brancos e amarelos.
Nomes populares: Coral, Coral verdadeira, Boicará, etc. São
encontradas em tocas e possuem hábitos subterrâneos. Essas
serpentes não são agressivas. Seus acidentes são raros, porém, pelo
risco de insuficiência respiratória aguda, devem ser considerados
como graves.
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Como prevenir acidentes
o uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e
sapatos evita cerca de 80% dos acidentes;
cerca de 15% das picadas atinge mãos ou antebraços. Usar
luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes
de lixo, lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos;
cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e
úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de
feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros;
onde há rato há cobra. Limpar paióis e terreiros, não deixar
amontoar lixo. Fechar buracos de muros e frestas de portas;
evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas,
madeiras, bem como mato alto ao redor das casas, que atraem
e abrigam pequenos animais que servem de alimentos às
serpentes.
Primeiros socorros
lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
manter o paciente deitado;
manter o paciente hidratado;
procurar o serviço médico mais próximo;
se possível, levar o animal para identificação.
Não fazer
não fazer torniquete ou garrote;
não cortar o local da picada;
não perfurar ao redor do local da picada;
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não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.
15.17.2 Aranhas
Aranha Marrom
Aranha pouca agressiva, com hábitos noturnos. Encontrada em
pilhas de tijolos, telhas, beira de barracos, nas residências, atrás de
móveis, cortinas e eventualmente nas roupas.
Aranha Armadeira
Aranha muito agressiva, com hábitos vespertinos e noturnos.
Encontrada em bananeiras, folhagens, entre madeira e pedras
empilhadas e no interior de residências.
Viúva-negra
Encontrada predominantemente no litoral nordestino, causa
acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de
contrações musculares, agitação e sudorese.
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Caranguejeiras e tarântulas
Apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que
fazem teias áreas geométricas, muito encontradas dentro das casas,
também não oferecem perigo.
15.17.3 Escorpião
Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos.
Encontram-se em pilhas de madeira, cercas, sob pedras e nas
residências. Duas espécies merecem maior atenção médica: T.
serralatus (amarelo) e T. bahiensis (marrom).
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Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo
menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas;
Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los pois as aranhas e
escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem
comprimidos contra o corpo;
Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. É
comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha
férrea;
O uso de calçados e de luvas de raspas de couro pode evitar
acidentes.
Primeiros socorros
Lavar o local da picada;
Usar compressas mornas ajuda no alívio da dor;
Procurar o serviço médico mais próximo;
Se possível, levar o animal para identificação.
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Como prevenir acidentes
A remoção das colônias de abelhas e vespas situadas em
lugares públicos ou residências deve ser efetuada por
profissionais devidamente treinados e equipados;
Evitar aproximação de colméias de abelhas sem estar com
vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas,
máscara, botas, fumigador, etc.);
Evitar a aproximação dos ninhos quando as vespas estiverem
em intensa atividade, cujo pico é atingido geralmente entre 10
e 12 horas;
Evitar caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas vespas
e abelhas;
Evitar aproximar o rosto de determinados ninhos de vespas
pois algumas esguicham o veneno no rosto do operador,
podendo provocar sérias reações nos olhos;
Evitar a aproximação dos locais onde as vespas estejam
coletando materiais: hortaliças e outras plantações, onde
procuram por lagartas e outros insetos para alimentar sua
prole; flores (coleta de néctar); galhos, troncos e folhas
(coletam fibras para construir ninhos de celulose); locais onde
haja água principalmente em dias quentes, outras fontes de
proteína animal e carboidratos tais como frutas caídas, caldo
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de cana-de-açúcar (carrinhos de garapeiros), pedaços de
carne e lixo doméstico;
Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do
corpo e cores escuras (principalmente preta e azul-marinho)
desencadeiam o comportamento agressivo e
conseqüentemente o ataque de vespas e abelhas.
Primeiros socorros
Em caso de acidente, provocado por múltiplas picadas de
abelhas ou vespas, levar o acidentado rapidamente ao hospital
e alguns dos insetos que provocaram o acidente;
A remoção dos ferrões pode ser feita raspando-se com
lâminas, evitando-se retirá-los com pinças, pois provocam a
compressão dos reservatórios de veneno, o que resulta na
inoculação do veneno ainda existente no ferrão.
15.17.5 Taturanas
As lagartas, também conhecidas como lagartas de fogo e oruga, são
larvas das mariposas.
Vivem durante o dia agrupadas nos troncos de árvores, onde causam
acidentes em contato com seus espinhos.
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glândulas do veneno. É comum o acidente ocorrer quando a pessoa
encosta a mão nas árvores onde habitam as lagartas.
O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O
contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão
discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento
com hemorragias à distância e complicações como insuficiência
renal.
Primeiros socorros
Lavar o local afetado com água e sabão;
Comprimir o local com gelo ou água gelada;
Procurar o pronto-socorro mais próximo;
Soroterapia
Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto
Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e
Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada
pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das
Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em
serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.
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14276:2006 – Brigada de Incêndio Requisitos. Rio de Janeiro.
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