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CURSO DE PREVENÇÃO E COMBATE

A INCÊNDIOE PRIMEIROS
SOCORROS

HUUFMA/EBSERH/SOST
Instrutores:
Alberto Carvalho Costa – Engenheiro de Segurança do Trabalho
Paulo Henrique Cruz Gomes - Engenheiro de Segurança do Trabalho
José Ribamar Sousa R. Filho– Bombeiro Civil/Técnico de Segurança do Trabalho
1
Sumário
1 Brigada de Incêndio - NBR-14276 ........................................................................ 5
1.1 Funções............................................................................................................... 5
1.2 Critérios Básicos para seleção de candidatos a brigadistas .............................. 5
1.3 Formação dos Brigadistas................................................................................... 5
1.4 Atribuições da brigada de Incêndio...................................................................... 6
1.4.1 Ações de prevenção ......................................................................................... 6
1.4.2 Ações de emergência ....................................................................................... 6
1.4.3 Implantação da Brigada de Incêndio................................................................. 6
1.5 Equipamentos de Proteção Individual.................................................................. 6
1.6 Procedimentos Básicos de Emergência............................................................... 6
1.7 Controle da Brigada de Incêndio.......................................................................... 7
1.8 Divulgação e Identificação da Brigada................................................................. 6
2 Prevenção e Proteção Contra Incêndios................................................................. 7
2.1 Introdução ............................................................................................................ 7
2.2 Causas de incêndio .............................................................................................. 7
3 Conceitos Básicos.................................................................................................... 7
3.1 Energias de Reação.............................................................................................. 8
3.2 Energia de Ativação............................................................................................... 9
4 Elementos do fogo..................................................................................................... 9
4.1 Triângulo do Fogo................................................................................................... 9
4.2 Tetraedro do Fogo..................................................................................................10
4.3 Calor.......................................................................................................................10
4.4 Combustível ...........................................................................................................11
4.4.1 Combustíveis Sólidos...........................................................................................11
4.4.2 Combustível Líquido.............................................................................................11
4.4.3 Combustível Gasoso............................................................................................11
4.4.4 Ponto de Fulgor....................................................................................................12
4.4.5 Ponto de Combustão............................................................................................12
4.4.6 Temperatura de Auto-Ignição...............................................................................13
4.5 Comburente........... .................................................................................................14
4.6 Reação em Cadeia .................................................................................................14
5 Propagação do Calor .................................................................................................14
5.1 Condução................................................................................................................14
5.2 Convecção...............................................................................................................15

2
5.3 Irradiação.................................................................................................................16
5.4 Produtos da Combustão..........................................................................................16
5.4.1 Gases da Combustão...........................................................................................16
5.4.2 Chama .................................................................................................................17
5.4.3 Calor ....................................................................................................................17
5.4.4 Fumaça.................................................................................................................17
6 Classes de Incêndio...................................................................................................18
7 Métodos de Extinção..................................................................................................19
7.1 Resfriamento ..........................................................................................................19
7.2 Abafamento.............................................................................................................19
7.3 Isolamento...............................................................................................................20
7.4 Extinção química.....................................................................................................20
7.5 Diluição....................................................................................................................21
8 Agentes extintores de incêndio .................................................................................21
8.1 Água........................................................................................................................22
8.2 Espuma ..................................................................................................................22
8.3 Gás carbônico ........................................................................................................22
8.4 Pós-químicos...........................................................................................................22
8.5 Sistema de Segurança............................................................................................23
9 Extintores de Incêndio ...............................................................................................24
9.1 NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio ..........24
9.2 Extintores de Incêndio – Sobre Rodas...................................................................25
10 Sistemas de Hidrantes ...........................................................................................26
10.1 Mangueira ............................................................................................................27
10.2 Esguichos .............................................................................................................27
10.3 Chave de Mangueira............ ................................................................................28
10.4 Transportes de Mangueiras...................................................................................28
11 Alarme de emergência.............................................................................................28
12 Iluminação de Emergência.......................................................................................28
13 Sinalização de rota de fuga......................................................................................29
14 Equipamentos de Proteção Individual .....................................................................30
15 Primeiros Socorros...................................................................................................30
15.1 O que são os primeiros socorros ..........................................................................30
15.2 Aspectos Legais dos Primeiros Socorros .............................................................30
15.3 Finalidade .............................................................................................................31
15.4 Segurança da cena...............................................................................................32
15.5 A – vias aéreas .....................................................................................................33

3
15.6 B – respiração e ventilação...................................................................................32
15.7 C - Circulação com controle de hemorragias........................................................32
15.8 RCP – Ressuscitação cardiopulmonar..................................................................33
15.9 Estado de Choque.................................................................................................34
15.10 Hemorragia..........................................................................................................34
15.11 Ferimentos ..........................................................................................................36
15.12 Fratura.................................................................................................................36
15.13 Queimaduras.......................................................................................................38
15.14 Desmaio..............................................................................................................41
15.15 Crise convulsiva..................................................................................................42
15.16 Asfixia .................................................................................................................43
15.17 Acidentes por animais peçonhentos....................................................................43
15.17.1 Serpentes ........................................................................................................44
15.17.2 Aranhas ...........................................................................................................47
15.17.3 Escorpião..........................................................................................................48
15.17.4 Abelhas e Vespas ............................................................................................49
15.17.5 Taturanas ........................................................................................................51

4
1 BRIGADA DE INCÊNDIO

Grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou


indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no
combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros
socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta.

1.1 Funções

• Orientar e ajudar na saída com segurança das pessoas que


ocupem a edificação;
• Prestar os primeiros socorros;
• Combater o foco do fogo para proteger a vida humana e a
propriedade;
• Avisar, receber e orientar o Corpo de Bombeiros para o acesso
ao local do fogo.

1.2 Critérios Básicos para seleção de candidatos a brigadistas

• Permanecer na edificação durante deu turno de trabalho;


• Possuir boa condição física e boa saúde;
• Possuir bom conhecimento das instalações;
• Ter mais de 18 anos;
• Ser alfabetizado.

1.3 Formação dos Brigadistas

A validade do treinamento completo de cada brigadista é de no


máximo 12 meses.
Os brigadistas que concluírem o curso com aproveitamento mínimo
de 70% na avaliação teórica e prática definida no anexo B devem
receber certificados de brigadista, expedidos por instrutor em
incêndio e instrutor em primeiros-socorros, com validade de um ano.

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Para a reciclagem, o brigadista pode ser dispensado de participar da
parte teórica do treinamento de incêndio e/ou primeiros-socorros,
desde que seja aprovado em pré-avaliação em que obtenha 70% de
aproveitamento.

1.4 Atribuições da brigada de Incêndio

1.4.1 Ações de prevenção


• Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta;
• Avaliar os riscos existentes;
• Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio;
• Inspecionar as rotas de fuga;

1.4.2 Ações de emergência


• Aplicar os procedimentos estabelecidos no plano de emergência
contra incêndio.

1.4.3 Implantação da Brigada de Incêndio


População fixa: aquela que permanece regularmente na edificação,
considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação,
bem como os terceiros nestas condições.

População flutuante: aquela que não permanece regularmente na


planta. Deve ser considerado o número máximo diário de pessoas.

1.5 Equipamentos de Proteção Individual

Devem ser disponibilizados a cada membro da brigada, conforme


sua função prevista no plano de emergência da planta, os EPI para
proteção da cabeça, dos olhos, do tronco, dos membros superiores
e inferiores e do corpo todo, conforme Norma Regulamentadora 06
da Portaria 321 4/78, de forma a protegê-los dos risco s específicos
da planta.

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1.6 Procedimentos Básicos de Emergência
A brigada de incêndio deve atuar conforme o plano de emergência
contra incêndio da planta, que deve estar de acordo com a ABNT
NBR 152.

1.7 Controle da Brigada de Incêndio

As reuniões ordinárias, as reuniões extraordinárias e os exercícios


simulados devem ser realizados pelos membros da brigada de
incêndio, conforme Plano de emergência contra incêndio da planta e
ABNT NBR 15219 Plano de emergências Contra Incêndio.

1.8 Divulgação e Identificação da Brigada

O Brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível uma


identificação (por exemplo: botton, crachá etc.), que o identifique
como membro da brigada de incêndio.

2 Prevenção e Proteção contra Incêndios

2.1 Introdução
O nosso planeta já foi uma massa incandescente, que passou por um
processo de resfriamento, até chegar à formação que conhecemos.
Dessa forma, o fogo existe desde o início da formação da Terra,
passando a coexistir com o homem depois do seu aparecimento.
Presume-se que os primeiros contatos, que os primitivos habitantes
tiveram com o fogo, foram através de manifestações naturais como
os raios que provocam grandes incêndios florestais. Na sua
evolução, o homem primitivo passou a utilizar o fogo como parte
integrante da sua vida. O fogo colhido dos eventos naturais e, mais
tarde, obtido intencionalmente através da fricção de pedras, foi
utilizado na iluminação e aquecimento das cavernas e no cozimento
da sua comida.
Desde que o homem descobriu o fogo, a sua aplicação em muitas
áreas tem sido relevante. O fogo tem contribuído para o avanço da
humanidade, sendo que o desenvolvimento tecnológico surgiu com
a sua descoberta. No entanto, quando os homens perdem o controle

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do fogo, desencadeia-se um incêndio, com todas as perdas e danos
que dele podem resultar. Ou seja, um incêndio é um fogo
descontrolado.
Para dominar e controlar o fogo, e evitar um incêndio são necessários
conhecer os fundamentos do fogo.

2.2 Causas de incêndio

Naturais
Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da
natureza, que agem por si só, completamente independente da
vontade humana.

Artificiais: Acidentais e Propositais


Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia
ser por ele evitado tomando-se as devidas medidas de precaução.

Acidental
Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito
embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a
causa da maioria dos incêndios.

Proposital
Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a intenção
de alguém em provocar o incêndio.

Exemplos de origens:
• Fogos de Artifícios
• Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis.
• Aparelhos eletrodomésticos / Instalações Elétricas Inadequadas
• Pontas de Cigarros
• Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.)

3 Conceitos Básicos

3.1 Energias de Reação

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Para que um fogo se inicie, é necessário que os reagentes
(comburente e combustível) se encontrem em condições favoráveis
para que possa ocorrer a reação. A energia necessária para que a
reação se inicie denomina-se Energia de Ativa ção, e é fornecida
pelas fontes de ignição.

O calor de reação é a energia que se ganha ou se perde quando


ocorre uma reação.

3.2 Energia de Ativação

É a energia necessária para que ocorra uma reação química. Na


reação de combustão é conhecida como:
• Fonte de ignição: faísca. fósforo, raio, etc.

4 Elementos do fogo

4.1 Triângulo do Fogo

Na busca do entendimento dos fatores necessários para que


houvesse a combustão, durante muito tempo acreditou-se que
apenas três elementos seriam necessários: combustível, comburente
e energia de ativação.

Para tanto se buscou uma forma didática para disseminar este


conceito, daí foi criado o triângulo do fogo, aproveitando a forma
geométrica para a associação dos três elementos básicos para a
combustão.

Fig. Triângulo do Fogo


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico
de Bombeiro Militar, Volume III, 2014, p. 407.

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4.2 Tetraedro do Fogo

Os processos de combustão, embora muito complexos, eram


representados por um triângulo, em que cada um dos seus lados
representava um dos três fatores essências para a deflagração de
um fogo: combustível, comburente e calor.
Esta representação foi aceita durante muito tempo, não obstante
fenômenos anômalos não podiam ser completamente explicados
com base neste triângulo.
Para poder explicar tais fenômenos, foi necessário incluir um quarto
fator: a existência de reações em cadeia. Por essa razão, foi proposta
uma nova representação em forma de tetraedro que compreende as
condições necessárias para que se dê origem ao fogo.
A razão para empregar um tetraedro e não um quadrado é que cada
um dos quatro elementos está diretamente adjacente e em conexão
com cada um dos outros três. Ao retirar um ou mais dos quatro
elementos do tetraedro do fogo, este ficará incompleto e, por
consequência o resultado será a extinção.

Fig. Tetraedro do Fogo


Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.15.

4.3 Calor

• É a energia que dá início à combustão (ignição);


• Eleva a temperatura das substâncias;
• É responsável por vaporizar os materiais até o estado gasoso.
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Fontes de Calor

• Química Reação exotérmica.


• Mecânica Fricção (atrito) de dois materiais.
• Elétrica Estática, arco elétrico, curto-circuito, raio.
• Nuclear Reação nuclear, radiação solar.

4.4 Combustível
• É toda substância sólida, líquida ou gasosa capaz de queimar e
alimentar a combustão.
• Em princípio, todas as substâncias são combustíveis, para efeito de
combate ao fogo, são incombustíveis os materiais que queimam
somente acima de 1500ºC.
• A maioria dos combustíveis entram em combustão em fase gasosa.
Quando o combustível é sólido ou líquido, é necessário um
fornecimento prévio de energia térmica para o levar ao estado
gasoso.

Exemplos de Combustíveis:
• Carvão
• Monóxido de carbono
• Hidrocarbonetos (gasolina, GLP, benzeno, etc.).
• Elementos não metálicos facilmente oxidáveis (enxofre, fósforo,
etc.).
• Materiais que contenham celulose (madeira, têxteis , etc).
• Metais (alumínio, magnésio, titânio, zircônio, etc.).
• Metais não alcalinos (sódio, potássio, etc.).

4.4.1 Combustíveis Sólidos


• Dependem da área superficial.
• Sólidos particulados tem uma grande área superficial e queimam
muito rápido.
• Exemplos: madeira, papel, tecido, metais.

4.4.2 Combustível Líquido


• É necessário que ocorra a vaporização do líquido para que haja a
combustão.

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Exemplos: gasolina, álcool, éter, tinta, solventes.
• Não tem forma própria, assumindo a forma do recipiente que os
contém;
• Se derramados, escorrem e se acumulam nas partes baixa;
• A maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, sendo
assim flutuam sobre ela;
• Os líquidos derivados do petróleo tem pouco solubilidade em água;
• Na sua grande maioria são voláteis.

4.4.3 Combustível Gasoso


• Já estão em suspensão e se inflamam rapidamente.
Exemplos: hidrogênio, GLP, acetileno, metano.

4.4.4 Ponto de Fulgor


É a temperatura mínima a que uma substância combustível, em
presença de ar, emite uma quantidade de vapores suficiente para
que a mistura se inflame quando sujeita a uma fonte de ignição. Esta
variável pode ser encontrada na bibliografia como ponto de
inflamação ou flash point

Fig. Ponto de Fulgor


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Jane
iro, Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55

4.4.5 Ponto de Combustão


Consiste na temperatura a qual um combustível emite vapores com
rapidez suficiente para proporcionar a continuidade da combustão.
Ou seja, mesmo eliminando a fonte de ignição inicial a combustão
continua.
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Esta temperatura é denominada de ponto de combustão ou
temperatura de combustão.

Fig. Ponto de Combustão


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Jane
iro, Manual Básico de Bombeiro Militar, Volume 1, 2014, p. 55

4.4.6 Temperatura de Auto-Ignição

É a temperatura mínima a que um combustível deve ser aquecido na


presença de ar, para provocar sua combustão espontânea, sem a
presença de uma fonte de ignição.
A temperatura de auto-ignição de um combustível sólido é
influenciada pela circulação de ar de aquecimento ou ventilação, e
pela forma e dimensão do sólido.

Fig. Temperatura de Auto Ignição


Fonte: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, Volume 1, 2014,p. 55

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4.5 Comburente

É o agente oxidante (comburente) da reação de combustão, o


oxigênio presente no ar atmosférico.

4.6 Reação em Cadeia

As reações em cadeia constituem o processo que permite o


progresso da reação no seio da mistura comburente-combustível.

Na combustão ocorre a formação de frações químicas, instáveis e


temporárias, denominadas “radicais livres”. Estes radicais são
responsáveis pela transferência de energia entre uma molécula
“queimada” e uma molécula “não queimada”.

5 Propagação do Calor

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução,


convecção e irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio,
o calor é transferido de objetos com temperatura mais alta para
aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia
do outro.

5.1 Condução

Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de


molécula a molécula.
Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro
próxima a uma fonte de calor, as moléculas desta extremidade
absorverão calor; elas vibrarão mais vigorosamente e se chocarão
com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.

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Fig. Propagação do calor por condução
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.26.

5.2 Convecção

É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de


gases ou de líquidos dentro de si próprios.
Quando a água é aquecida num recipiente de vidro, pode-se
observar um movimento, dentro do próprio líquido, de baixo para
cima. À medida que a água é aquecida, ela se expande e fica menos
densa (mais leve), provocando um movimento para cima. Da mesma
forma, o ar aquecido se expande e tende a subir para as partes mais
altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos níveis mais
baixos. Em incêndio de e difícios, essa é a principal forma de
propagação de calor para andares superiores, quando os gases
aquecidos encontram caminho através de escadas, poços de
elevadores, etc.

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Fig. Propagação do Calor por convecção
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.26.

5.3 Irradiação

É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se


deslocam através do espaço. As ondas de calor propagam-se em
todas as direções, e a intensidade com que os corpos são atingidos
aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais
afastados da fonte de calor.

Fig. Propagação do Calor por Irradiação


Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.25.

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5.4 Produtos da Combustão
Os produtos de um incêndio podem ser divididos em quatro
categorias: Gases da combustão; Chama; Calor e Fumaça.
Estes produtos têm uma variedade de efeitos fisiológicos nas
pessoas, sendo os mais importantes às queimaduras e os efeitos
tóxicos da inalação do ar quente e gases.

5.4.1 Gases da Combustão


São gases que permanecem no ambiente ao reduzir-se ao normal a
temperatura dos produtos da combustão.
A toxicidade dos gases da combustão depende de sua composição,
concentração, duração da exposição e condições físicas do indivíduo
exposto. Normalmente durante os incêndios, devido ao esforço físico,
a taxa respira tória das pessoas se torna mais elevada,
tornando-as mais suscetíveis.

5.4.2 Chama
A queima de materiais em presença de uma atmosfera normal, rica
em oxigênio, é geralmente acompanhada por uma radiação luminosa
de nominada chama. A exposição direta à chama provoca tanto
queimaduras nas pessoas como da nos materiais, uma vez que as
chamas propagam o fogo, através do calor que irradiam.

5.4.3 Calor
O calor é um dos grandes responsáveis pela propagação do
incêndio. É uma forma de energia radiante que se produz juntamente
com os produtos da combustão durante a queima de um combustível.
O calor emitido no decorrer de um incêndio, e a consequente
elevação da temperatura, produzem danos tanto às pessoas como a
os bens materiais.
Efeitos: desidratação, esgotamento físico, bloqueio das vias
respiratórias e queimaduras.

5.4.4 Fumaça
A fumaça é constituída por pequenas partículas sólidas, parcialmente
queimadas, e por vapor condensado em suspensão no ar, e gases
de combustão. A cor da fumaça é influenciada pelo tipo de

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combustível. A fumaça branca ocorre na fase inicial devido à
umidade dos materiais. A madeira provoca um tom marrom, já os
plásticos e superfícies pintadas emitem uma fumaça cinza, e os
hidrocarbonetos uma fumaça preta.

6 Classes de Incêndio

Visando obter maior eficiência nas ações de combate a incêndio,


tornando-as mais objetivas e seguras com o emprego do agente
extintor correto, os incêndios foram classificados de acordo com o
material combustível neles envolvidos. Essa classificação foi
elaborada pela NFPA (National Fire Protection Association), uma
associação norte-americana. As classes foram divididas desta
maneira para facilitar a aplicação e utilização correta do agente
extintor correto para cada tipo de material combustível.

Classe A - são materiais de fácil combustão com a


propriedade de queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos,
madeira, papel, fibras, etc.

Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que


queimem somente em sua superfície, não deixando
resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina,
etc.
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos
energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.

Classe D - elementos pirofóricos como magnésio,


zircônio, titânio.

Classe K – óleos de cozinha, gorduras e graxa


(classificação da norma NFPA 10).

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7 Métodos de Extinção

A extinção de um incêndio corresponde sempre em extinguir a


combustão pela eliminação ou neutralização de pelo menos um dos
elementos essenciais da combustão representados pelo tetraedro do
fogo.

7.1 Resfriamento

Método de extinção de incêndio que consiste no arrefecimento do


combustível, ou seja, na diminuição da temperatura deste, resfriando
o material inflamado abaixo do seu ponto de fulgor.

Fig. Exemplo de extinção por resfriamento


Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.39.

7.2 Abafamento

Método de extinção de incêndio que consiste na redução da


concentração do oxigênio tornando a mistura pobre ou da retirada de
Oxigênio, pela aplicação de um agente extintor, que deslocará o ar
da superfície do material em combustão.

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Fig. Exemplo de extinção por abafamento
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.38.

7.3 Isolamento

Método de extinção de incêndio que consiste na redução na


separação entre o combustível e a fonte de energia (calor) ou entre
aquele e o ambiente incendiado.

7.4 Extinção química

Método de extinção de incêndio que consiste em aplicar agentes


extintores que interferem com certos radicais livres que alimentam a
combustão, provocando a quebra da reação química, o que impede
que o incêndio tenha continuidade.

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Fig. Exemplo de extinção química
Fonte: Escola Nacional de Bombeiros, Fenomenologia da combustão e extintores,
Volume VII, 2006, p.40.

7.5 Diluição

Método de extinção de incêndio que consiste na diluição do


combustível, aplicável em líquidos inflamáveis solúveis em água e
incêndios de pequenas proporções do tipo “poça”.

8 Agentes extintores de incêndio

8.1 Água

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente


por resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grande
quantidade de calor. Atua também por abafamento (dependendo da
forma como é aplicada, neblina, jato contínuo, etc.). A água é o
agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo custo e da
facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em
sua composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário,
em presença de materiais energizados, pode sofrer choque elétrico.
Quando utilizada em combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o
risco de ocorrer transbordamento do líquido que está queimando,
aumentando, assim, a área do incêndio.

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8.2 Espuma

A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de


formação. A Química resulta da reação entre as soluções aquosas
de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. A Mecânica é formada
por uma mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%)
de concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar, fazendo
com que produza um aumento de volume da solução (de 10 a 100
vezes), formando a espuma.
A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois
constitui-se de um aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas
por película de água. Mais leve que todo s os líquidos inflamáveis, é
utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter água,
possui uma ação secundária de resfriamento.

8.3 Gás carbônico

Este tipo de agente é utilizado, principalmente, em incêndios classe


C (equipamento elétrico energizado). Além de não conduzir
eletricidade, o CO2 fornece sua própria pressão para a descarga do
extintor ou cilindro de armazenamento e , sendo gás, pode penetrar
e espalhar-se por toda área incendiada.
É eficaz como agente extintor porque, em primeiro lugar, reduz a
concentração de O2, agindo por abafamento. É cerca de uma vez e
meia mais denso que o ar, propriedade que lhe proporciona a
tendência de substituir o oxigênio sobre as superfícies que queimam.
Também possui certo efeito resfriador dependendo da condição de
aplicação. O CO2 é um asfixiante simples e pode levar a
inconsciência e morte quando presente em altas concentrações.
Uma concentração de 20% pode levar à morte em 20 ou 30 minutos.

8.4 Pós-químicos
Os pós-químicos são altamente eficientes para extinguir incêndios
envolvendo líquidos inflamáveis. As partículas de produto químico
finam ente divididas, são interceptoras de radicais livres e quebram

22
o processo de oxidação da reação e m cadeia de combustão dentro
da chama.
Como não têm a capacidade de resfriar, não assegura m o
combustível contra a re-ignição, caso o mesmo seja exposto a fontes
de ignição.

Principais tipos:
• Bicarbonato de sódio [NaHCO3];
Bicarbonato de sódio é comumente referido como pó químico
comum. É aplicado para as classes de incêndio B e C. Ele não é
compatível com espumas de proteína, porque contém aditivos que
são agentes anti-espumantes e que causam a quebra das espumas
de proteína.

• Bicarbonato de potássio [KHCO3];


Este pó tem maior capacidade de extinção em incêndios classe B do
que o bicarbonato de sódio. Pode ser usado na classe C.
Dependendo do processo de fabricação pode ser usado com espuma
proteínica.

• Fosfato de monoamônio [NH4H2PO4].


É um pó químico de múltiplo uso “ABC”, é o único pó químico que é
eficiente em incêndios de combustíveis da classe A. Ele é mais e
ficaz em incêndios classe B que o bicarbonato de sódio, mas é menos
eficiente que o b icarbonato de potássio.

Agentes extintores de incêndio Classe D


• Agente extintor a base de Cloreto de Sódio Isolamento entre o metal
e a atmosfera e o resfriamento

Agentes extintores de incêndio Classe K


• Solução especial de acetato de potássio diluída em água

8.5 Sistema de Segurança

Todo extintor possui dois sistemas de segurança, o lacre, que tem a


finalidade de demonstrar que o extintor ainda não foi utilizado, e o

23
pino de segurança, que trava o gatilho do extintor, impossibilitando
que o extintor seja utilizado acidentalmente.

Fig. Sistemas de segurança


Fonte:Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, Manual Básico de
Bombeiro Militar, VolumeIII, 2014,p. 480.

9 Extintores de Incêndio

9.1 NBR 12962 - Inspeção, manutenção e recarga em extintores de


incêndio

Inspeção
Exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no
extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece
em condições originais de operação.

Manutenção
Serviço efetuado no extintor de incêndio, com a finalidade de manter
suas condições originais de operação, após sua utilização ou quando
requerido por uma inspeção.

Manutenção de primeiro nível


Manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal
habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está

24
instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina
especializada.
A manutenção de primeiro nível consiste em:
a) limpeza dos componentes aparentes;
b) reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos
à pressão;
c) colocação do quadro de instruções;
d) substituição ou colocação de componentes que não estejam
submetidos à pressão por componentes originais;
e) conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com
dióxido de carbono.

9.2 Extintores de Incêndio – Sobre Rodas

São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados


sobre rodas para serem conduzidos com facilidade. As carretas
recebem o nome do agente extintor que transportam, como os
extintores portáteis.

As carretas podem ser:


• De água;
• De espuma mecânica;
• De espuma química;
• De pó químico seco;
• De gás carbônico.

25
10 Sistemas de Hidrantes

Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam mangueiras para


combate ao fogo. São no mínimo duas tomadas d’água por hidrante.
O abastecimento de água poderá ser por gravidade o u através de
bombas que sugam água de cisternas ou de lagos.

10.1 Mangueira

Tubos enroláveis de nylon, revestidos internamente de borracha,


utilizada como duto para fluxo de água tem diâmetro de 1 ½” e 2 ½”
e comprimento de 15m e 30m.

10.2 Esguichos

Corpo metálico cilíndrico tendo necessariamente um a extremidade


de entrada, com junta storz e comando tríplice para as operações:

26
• Fechamento;
• Jato de chuveiro e
• Jato compacto

10.3 Chave de Mangueira

Haste de ferro que possui em sua extremidade, uma seção cavada


com ressalto interno.
Empregada na conexão de mangueiras dotadas de junta s storz.

Fig. Chave Storz


Fonte: http://instaltecnologia.com.br/norma.php?norma=5

10.4 Transportes de Mangueiras

O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um


ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer
todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também
toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não
excedendo os limites estabelecidos na Tabela 1.
27
Para sistemas de hidrantes, deve-se preferencialmente, utilizar
lances de mangueiras de 15 metros.

11 Alarme de emergência
Ativador de alarme com programação específica na central, que
emite simultaneamente a ativação de todos os alarmes de bandono
de uma área ou de todo o prédio.

11 Iluminação de Emergência

Este sistema é instalado em todas as circulações, acessos, escadas,


áreas de escape das instalações com o objetivo de clarear o
ambiente para que a saída seja realizada com segurança evitando

28
acidentes e garantir a evacuação das pessoas do prédio. O sistema
dispõe de uma autonomia de 2 horas e sinaliza as rotas de fuga
utilizáveis no momento do abandono do local.

A intensidade da iluminação deve ser suficiente par a evitar acidentes


e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível
penetração de fumaça nas áreas.

12 Sinalização de rota de fuga

É o sistema de sinalização com placas fotoluminescentes que estão


localizadas em pontos estratégicos das instalações indicando a rota
de saída mais rápida do prédio.
Este sistema permite que qualquer pessoa mesmo não tendo um
conhecimento geral do local em que está, faça a evacuação do prédio
o mais rápido possível seguindo a indicação das placas da rota de
fuga, que levará a uma área externa o deixando em segurança.

Fig. Placa de sinalização


Fonte: http://www.everlux.com.br/br/
29
13 Equipamentos de Proteção Individual

Devido ao ambiente em que desempenhar suas funções de


brigadistas, é necessária a utilização de equipamentos de proteção
individual – EPIs.
• Cabeça;
• Olhos;
• Auditiva;
• Respiratória,
• Do tronco;
• Dos membros superiores e inferiores

15 Primeiros Socorros

15.1 O que são os primeiros socorros são os procedimentos de


emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de
vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até
que ela receba assistência definitiva.

Significa:

 Atendimento imediato
 Prestado a vítima de um acidente
 Ou de Mal súbito

15.2 Aspectos Legais dos Primeiros Socorros

Obrigação Legal
Abaixo, condições que será obrigação moral:

1) Quando a função profissional exigir;


2) Quando pré existir uma responsabilidade intrínseca;
3) Após iniciar o atendimento de socorro.

30
Omissão de Socorro

Segundo o Código Penal Brasileiro, qualquer indivíduo, mesmo o


leigo na área da saúde (pertencente a qualquer outra área de
trabalho, ocupação ou estudo), tem o dever de ajudar um
necessitado ou acidentado ou simplesmente chamar ajuda para
estes. Do contrário, sofrerá complicações penais.

"Artigo 135”
Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena.

Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Parágrafo único. “A


pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte."

15.3 Finalidade

 Manter a vida
 Reduzir o agravamento das lesões
 Encaminhar para socorro adequado

31
Importante

 Segurança da cena;
 Estado de consciência;
 Vias aéreas;
 Respiração;
 Circulação.

15.4 Segurança da cena

OBJETIVO: preservar a vida do socorrista.

Para atingir esse objetivo é necessário:


 Verificar se o ambiente está seguro;
 Utilizar equipamentos de segurança
 Sinalizar área

15.5 A – vias aéreas

A: Vias aéreas superiores e estabilização da coluna cervical


 Falar com a vítima;
 Imobilizar a coluna cervical;
 Posicionar a vítima (de costas em uma superfície dura);
 Efetuar manobras de elevação do queixo ou da mandíbula;
 Visualizar a cavidade oral, e retirar corpos estranhos.

15.6 B – respiração e ventilação

 Expor o tórax do paciente;


 Ver, ouvir e sentir se há movimento respiratório;
 Realizar respiração boca a boca.

Verificar a respiração

 Sentir o ar que é expirado


 Observar os movimentos respiratórios no tórax.
 Parada respiratória:
32
 Posicionar a cabeça;
 Iniciar a respiração boca-a-boca

Ventilação Boca-máscara

Fig. Ventilação
Fonte: Manual de Primeiros Socorros, Escola de Bombeiros, SINTRA, 2008 p.115.

15.7 C - Circulação com controle de hemorragias


 Verificar a existência de pulso;
 Iniciar massagem cardíaca na ausência de pulso;
 Controlar sangramentos;
 Aquecer o paciente.
 Lembrar de manter a cabeça alinhada.

15.8 RCP – Ressuscitação cardiopulmonar


Segundo a Aliança dos Comitês de Ressuscitação, as diretrizes são
para que leigos executem as compressões torácicas de forma
contínua fazendo manter o fluxo contínuo de sangue para o coração,
cérebro e outros órgãos vitais, permitindo a manutenção da vida por
mais tempo.

15.9 Estado de Choque


O choque ocorre quando o sistema circulatório falha em mandar
sangue para as diversas partes do corpo.
Sinais e sintomas:

33
 Pulso rápido
 Respirações curtas, rápidas e irregulares;
 Pele fria e úmida; pálida e arroxeada nas extremidades;
 Agitação ou depressão do nível de consciência.

Causas:

 Hemorragias e/ou fraturas graves:


 Dor intensa
 Queimaduras graves
 Esmagamentos ou amputações
 Exposições prolongadas a frio ou calor extremos
 Acidente por choque elétrico
 Ferimentos extensos ou graves
 Infecções graves

Conduta:

 Deitar a vítima de costas, com a cabeça alinhada e cervical


imobilizada elevando os membros inferiores se não houver
fraturas;
 Se hemorragia, comprimir o local;
 Cobrir a vítima;
 Providenciar transporte para remoção imediata a serviço de
emergência de hospital

15.10 Hemorragia

Conceito:
É a perda constante de sangue ocasionada pelo rompimento de um
ou mais vasos sanguíneos (veias ou artérias).

Classificação:
A hemorragia pode ser externa ou interna.

34
Hemorragia externa:
É aquela que é visível, sendo portanto mais fácil identificar. Se não
for prestado atendimento, pode levar ao estado de choque. A
hemorragia pode ser arterial ou venosa. Na Arterial, a saída de
sangue acompanha os batimentos cardíacos. Na Venosa, o sangue
sai contínuo.

Atendimento para hemorragia externa:


 Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue
ou fluidos corpóreos).
 Identificar o local exato da hemorragia, o sangue espalha-se e
podemos estar realizando atendimento no local errado.
 Colocar um pano limpo dobrado, no local do ferimento que
ocasiona a hemorragia.
 Colocar a atadura em volta ou fazer uma atadura improvisada,
com tiras largas ou cintos.
 Não utilizar objetos que possam causar dificuldade circulatória
(arames, barbante, fios,
 etc.). Faça um curativo compressivo, sem prejudicar a
circulação daquele membro.
 Se a hemorragia for em braço ou perna, eleve o membro, só
não o faça se houver fraturas.
 Pressione a área com os seus dedos (ponto de pressão) para
auxiliar a estancar a hemorragia.

35
 Caso o sangue continue saindo mesmo após a realização do
curativo compressivo, não retire os panos molhados de sangue.
Coloque outro pano limpo em cima e uma nova atadura,
evitando com isso, interferir no processo de coagulação.
 Evite usar torniquete, pois ele pode levar a amputação cirúrgica
de membro se não for afrouxado corretamente e no tempo
certo.
 Se a hemorragia for abundante, pegue uma camisa ou um
cinto, coloque um pouco acima da hemorragia e de um nó e
puxe, fique segurando firme, isso vai diminuir a chegada de
sangue ao local. Esse método é para substituir o torniquete, e
não causa lesões circulatórias, pois cada vez que o socorrista
cansar e tiver que "tomar fôlego", vai diminuir a pressão e
aquela área será irrigada com sangue arterial.

15.11 Ferimentos

Ferimentos mais comuns

 Ferimento por arma branca


 Ferimentos por arma de fogo
 Acidente automobilístico
 Queda de altura
 Atropelamento
 Agressão
 Esportes de risco

15.12 Fratura

Definição
Fratura é a quebra de um osso. Pode ser completa (quando ocorre à
separação ou ruptura total de um osso) ou incompleta (fissura),
quebra parcial com ou sem desvio dos fragmentos.

Classificação de fraturas
 fechadas: quando não há solução de continuidade entre a pele
e o osso fraturado, (trinca).

36
 abertas: quando existe um ferimento no local da fratura, porém
o osso não se expõe.
 expostas: quando existe uma abertura na pele, por onde se
expõe parte do osso fraturado.

Como diagnosticar uma fratura:

 A inchação, a deformidade e a dor são os sintomas mais


comuns.
 Para melhor avaliação estimule o socorrido a mobilizar o
membro afetado.
 Perda de sangue em fraturas
 As vítimas que apresentarem sinais de fratura do fêmur e
fraturas múltiplas na bacia devem ser levadas ao hospital
imediatamente, pois essas fraturas costumam sangrar muito.
 Ao sofrer uma fratura do fêmur, a vítima poderá perder até 1,5
litros de sangue. Já se apresentar fraturas múltiplas da bacia
este mesmo paciente poderá perder até 3 litros de sangue.

Sinais e sintomas
 Dor intensa que aumenta com o movimento
 Inchação do ponto fraturado
 Deformidade de contorno
 Perda de função (Dificuldade de movimento)

37
 Posição anormal do membro fraturado
 Mobilidade insólita de um ponto, como se ali houvesse uma
nova articulação
 Sensação de crepitação.

Conduta

 Não mover o paciente antes de conhecer a lesão


 Não lhe permitir levantar-se ou sentar-se
 Não lhe dar álcool ou estimulantes
 Não remover a vítima, sem uma prévia imobilização
 Imobilize o local de modo a impedir que o osso fraturado se
mexa e danifique as partes moles. A imobilização costuma
reduzir a dor.
 Não tente de forma alguma colocar o osso no lugar. Se houver
ferimento na pele, lave com água e sabão e coloque uma
compressa de gaze cobrindo a região afetada, antes de
imobilizar.

15.13 Queimaduras

Causadores
 Chama, brasa ou fogo;
 Vapores quentes;
 Líquidos ferventes;
 Sólidos superaquecidos ou incandescentes;
 Substância química;
 Radiações;
 Frio excessivo;
 Eletricidade.

Térmicas
Causadas pela condução do calor através de líquidos, sólidos, gases
quentes e do calor de chamas.

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Conduta
Não interessa qual a profundidade da queimadura térmica, o primeiro
cuidado é a interrupção da atividade agressiva aos tecidos orgânicos
do agente agressor.

 Utilização de água corrente na zona lesada


 NUNCA estoure as bolhas que se poderão formar na
queimadura

Elétricas
Causadas pelo contato com a eletricidade de alta e baixa voltagem.
O dano é causado pela produção de calor que ocorre à medida que
a corrente elétrica atravessa o corpo.

Conduta
A principal prioridade está em determinar se a vítima ainda
permanece em contato com a rede elétrica.
 Podem causar paradas cardíacas e a reanimação
cardiopulmonar pode ser necessária
 Encaminhar para o hospital

Químicas
Provocada pelo contato de substâncias corrosivas, líquidas ou
sólidas com a pele.
O produto químico continua a reagir até ser totalmente removido.
A pele libera água que permite qualquer reação, portanto é melhor
lavar e diluir com grande quantidade de água.

Conduta
 Retirar a roupa impregnada pela substância
 A lavagem deve começar imediatamente

Importante: identificar o produto

Radiação
Resulta da exposição à luz solar ou a fontes nucleares.

39
A pele libera água que permite qualquer reação, portanto é melhor
lavar e diluir com grande quantidade de água.

Conduta
 Aplicar água corrente ou toalhas molhadas;
 Ingerir bastantes líquidos pelo risco de desidratação

Gravidade
Depende da:
 Causa;
 Profundidade;
 Percentual de superfície corporal;
 Localização;
 Comprometimento das vias aéreas;

Classificação
Pela profundidade (1º, 2º, 3º graus)
 1º - vermelhidão, dor, edema
 2º - bolhas, dor intensa
 3º - pele esbranquiçada, necrose, indolor

40
O que NÃO fazer?
 Não toque a área afetada.
 Nunca fure as bolhas.
 Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se
necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região
afetada.
 Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro
produto doméstico sobre a queimadura.
 Não cubra a queimadura com algodão.
 Não use gelo ou água gelada para resfriar a região.

15.14 Desmaio

É a perda súbita e passageira, parcial ou total da consciência,


acompanhada de uma baixa temporária de suprimento sanguíneo e
oxigênio no cérebro.

Sinais e sintomas:
 Visão escurecida
 Perda parcial ou total da consciência
 Tontura
 Palidez
41
15.15 Crise convulsiva

É uma doença do sistema nervoso, não transmissível, que se


caracteriza por contrações desordenadas da musculatura,
geralmente com perda da consciência.

Sintomas:
 Salivação abundante;
 Perda de urina;
 Movimentos desordenados dos membros.

Causas
 Epilepsia
 Hipoglicemia
 Overdose
 Abstinência Alcoólica
 Meningite
 Lesões cerebrais: tumores, derrames
 Febre alta

Conduta
 Avaliar a cena
 Lateralizar todo corpo
 Não tentar conter mecanicamente a crise
 Afastar tudo que possa lesar a pessoa
 Afrouxar as roupas
 Pedir ajuda
 Aguardar cessar a crise
 Realizar o ABC

Fase de recuperação
Uma crise convulsiva leva em torno de 3 a 7 minutos.
Após vem:
 O estado de sonolência;
 Confusão mental;
 Reorganização do pensamento.

42
15.16 Asfixia

É causada por obstrução das via aérea.


Suas manifestações incluem:
 Ausência ou dificuldade para falar
 Angústia respiratória

15.17 Acidentes por animais peçonhentos

O que são animais peçonhentos?


Animais peçonhentos são aqueles que produzem substância tóxica
e apresentam um aparelho especializado para inoculação desta
substância que é o veneno, possuem glândulas que se comunicam
com dentes ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa
ativamente.

Quais são os animais peçonhentos de importância em saúde


pública?
Serpentes do grupo da jararaca, cascavel, surucucu e coral
verdadeira; algumas aranhas como a aranha marrom, armadeira e a
viúva negra, além dos escorpiões preto e o amarelo.

Primeiros socorros
Muitos procedimentos, embora não recomendados, são ainda
amplamente empregados como medidas visando retardar a absorção

43
no veneno. Boa parte deles pode, na verdade, contribuir para a
ocorrência de complicações no local da picada.

15.17.1 Serpentes

Características dos gêneros de serpentes peçonhentas no Brasil

Fosseta loreal presente


A fosseta loreal, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado
entre o olho e a narina, daí a denominação popular de “serpente de
quatro ventas”. Indica com segurança que a serpente é peçonhenta.
Todas as serpentes deste gênero são providas de dentes
inoculadores bem desenvolvidos e móveis, situados na porção
anterior do maxilar.

Jararaca
Possui fosseta loreal ou lacrimal, tendo a extremidade da cauda, com
escamas e cor geralmente parda. Nomes populares: Caiçara,
Jararacuçu, Urutu, Jararaca do Rabo Branco, Cotiara, Cruzeira e
outros. As espécies mais agressivas encontram-se em locais úmidos.

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Cascavel
Possui fosseta loreal ou lacrimal, a extremidade da cauda apresenta
guizo ou chocalho de cor amarelada. Nomes populares: Cascavel,
Boicininga, Maracambóia, etc. Essas serpentes são menos
agressivas que as jararacas e encontram-se em locais secos.

Coral Verdadeira
Não possui fosseta loreal (atenção: ausência de fosseta loreal é
característica de não venenosas. As corais são exceção). Coloração
em anéis vermelhos, pretos, brancos e amarelos.
Nomes populares: Coral, Coral verdadeira, Boicará, etc. São
encontradas em tocas e possuem hábitos subterrâneos. Essas
serpentes não são agressivas. Seus acidentes são raros, porém, pelo
risco de insuficiência respiratória aguda, devem ser considerados
como graves.

45
Como prevenir acidentes
 o uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas e
sapatos evita cerca de 80% dos acidentes;
 cerca de 15% das picadas atinge mãos ou antebraços. Usar
luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes
de lixo, lenha, palhas, etc. Não colocar as mãos em buracos;
 cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e
úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de
feijão, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros;
 onde há rato há cobra. Limpar paióis e terreiros, não deixar
amontoar lixo. Fechar buracos de muros e frestas de portas;
 evitar acúmulo de lixo ou entulho, de pedras, tijolos, telhas,
madeiras, bem como mato alto ao redor das casas, que atraem
e abrigam pequenos animais que servem de alimentos às
serpentes.

Primeiros socorros
 lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
 manter o paciente deitado;
 manter o paciente hidratado;
 procurar o serviço médico mais próximo;
 se possível, levar o animal para identificação.

Não fazer
 não fazer torniquete ou garrote;
 não cortar o local da picada;
 não perfurar ao redor do local da picada;

46
 não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
 não oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.

15.17.2 Aranhas

Aranha Marrom
Aranha pouca agressiva, com hábitos noturnos. Encontrada em
pilhas de tijolos, telhas, beira de barracos, nas residências, atrás de
móveis, cortinas e eventualmente nas roupas.

Aranha Armadeira
Aranha muito agressiva, com hábitos vespertinos e noturnos.
Encontrada em bananeiras, folhagens, entre madeira e pedras
empilhadas e no interior de residências.

Viúva-negra
Encontrada predominantemente no litoral nordestino, causa
acidentes leves e moderados com dor local acompanhada de
contrações musculares, agitação e sudorese.

47
Caranguejeiras e tarântulas
Apesar de muito comuns, não causam envenenamento. As que
fazem teias áreas geométricas, muito encontradas dentro das casas,
também não oferecem perigo.

15.17.3 Escorpião
Os escorpiões são pouco agressivos e têm hábitos noturnos.
Encontram-se em pilhas de madeira, cercas, sob pedras e nas
residências. Duas espécies merecem maior atenção médica: T.
serralatus (amarelo) e T. bahiensis (marrom).

Como prevenir acidentes


 Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos,
folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas
proximidades das casas;
 Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras,
arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das
casas. Manter a grama aparada;

48
 Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo
menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas;
 Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los pois as aranhas e
escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem
comprimidos contra o corpo;
 Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres. É
comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha
férrea;
 O uso de calçados e de luvas de raspas de couro pode evitar
acidentes.

Primeiros socorros
 Lavar o local da picada;
 Usar compressas mornas ajuda no alívio da dor;
 Procurar o serviço médico mais próximo;
 Se possível, levar o animal para identificação.

15.17.4 Abelhas e Vespas


As reações desencadeadas pela picada de abelhas são variáveis de
acordo com o local e o número de ferroadas, as características e o
passado alérgico do indivíduo atingido.
As manifestações clínicas podem ser: alérgicas (mesmo com uma só
picada) e tóxicas (múltiplas picadas).

49
Como prevenir acidentes
 A remoção das colônias de abelhas e vespas situadas em
lugares públicos ou residências deve ser efetuada por
profissionais devidamente treinados e equipados;
 Evitar aproximação de colméias de abelhas sem estar com
vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas,
máscara, botas, fumigador, etc.);
 Evitar a aproximação dos ninhos quando as vespas estiverem
em intensa atividade, cujo pico é atingido geralmente entre 10
e 12 horas;
 Evitar caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas vespas
e abelhas;
 Evitar aproximar o rosto de determinados ninhos de vespas
pois algumas esguicham o veneno no rosto do operador,
podendo provocar sérias reações nos olhos;
 Evitar a aproximação dos locais onde as vespas estejam
coletando materiais: hortaliças e outras plantações, onde
procuram por lagartas e outros insetos para alimentar sua
prole; flores (coleta de néctar); galhos, troncos e folhas
(coletam fibras para construir ninhos de celulose); locais onde
haja água principalmente em dias quentes, outras fontes de
proteína animal e carboidratos tais como frutas caídas, caldo

50
de cana-de-açúcar (carrinhos de garapeiros), pedaços de
carne e lixo doméstico;
 Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do
corpo e cores escuras (principalmente preta e azul-marinho)
desencadeiam o comportamento agressivo e
conseqüentemente o ataque de vespas e abelhas.

Primeiros socorros
 Em caso de acidente, provocado por múltiplas picadas de
abelhas ou vespas, levar o acidentado rapidamente ao hospital
e alguns dos insetos que provocaram o acidente;
 A remoção dos ferrões pode ser feita raspando-se com
lâminas, evitando-se retirá-los com pinças, pois provocam a
compressão dos reservatórios de veneno, o que resulta na
inoculação do veneno ainda existente no ferrão.

15.17.5 Taturanas
As lagartas, também conhecidas como lagartas de fogo e oruga, são
larvas das mariposas.
Vivem durante o dia agrupadas nos troncos de árvores, onde causam
acidentes em contato com seus espinhos.

As taturanas ou lagartas que podem causar acidentes são formas


larvais de mariposas que possuem cerdas pontiagudas contendo as

51
glândulas do veneno. É comum o acidente ocorrer quando a pessoa
encosta a mão nas árvores onde habitam as lagartas.
O acidente é relativamente benigno na grande maioria dos casos. O
contato leva a dor em queimação local, com inchaço e vermelhidão
discretos. Somente o gênero Lonomia pode causar envenenamento
com hemorragias à distância e complicações como insuficiência
renal.

Primeiros socorros
 Lavar o local afetado com água e sabão;
 Comprimir o local com gelo ou água gelada;
 Procurar o pronto-socorro mais próximo;

Soroterapia
Os soros antipeçonhentos são produzidos no Brasil pelo Instituto
Butantan (São Paulo), Fundação Ezequiel Dias (Minas Gerais) e
Instituto Vital Brazil (Rio de Janeiro). Toda a produção é comprada
pelo Ministério da Saúde que distribui para todo o país, por meio das
Secretarias de Estado de Saúde. Assim, o soro está disponível em
serviços de saúde e é oferecido gratuitamente aos acidentados.

Referências Bibliográficas
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
14276:2006 – Brigada de Incêndio Requisitos. Rio de Janeiro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Inspeção,
manutenção e recarga em extintores de incêndio. NBR 12962:98. Rio
de Janeiro: 1998.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Manutenção
de terceiro nível (vistoria) em extintores de incêndio. NBR 13485:99.
Rio de Janeiro: 1999.
BAROLI, Gildo. Manual de prevenção de incêndios. 1. ed. São Paulo:
Atlas, 1981.

52
MARTHA, Geraldo Bueno; REIS, Jorge Santos. Manual de
prevenção e combate a incêndio. 1. ed. São Paulo: Fundacentro,
1983.
SEITO, Alexandre Itiu; GILL, Alfonso Antônio; PANNONI, Fabio
Domingos Pannoni; SILVA, Rosaria Ono Silvio Bento; DEL CARLO,
Ualfrido ; SILVA, Valdir Pignatta , A segurança Contra Incêndio no
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