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Superior Tribunal de Justiça

AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 987.726 - MT (2007/0218119-9)

RELATOR : MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS


AGRAVANTE : RAIMAR ABÍLIO BOTTEGA
ADVOGADOS : EDUARDO A B MANZEPPI
LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(S)
AGRAVADO : BANCO BRADESCO S/A
ADVOGADO : MAURO PAULO GALERA MARI E OUTRO(S)
EM EN TA

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA. TERMO INICIAL.


- O Termo inicial dos juros de mora na execução dos honorários advocatícios,
incide desde a citação do executado na ação de execução.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir por unanimidade, negar provimento
ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Nancy Andrighi e Massami Uyeda ( convocado para compor
quorum) votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler.
Brasília (DF), 03 de dezembro de 2007 (Data do Julgamento).

MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS


Presidente e Relator

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AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 987.726 - MT (2007/0218119-9)

RELATÓRIO

MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS: Agravo regimental


interposto contra decisão proferida à fl. 288, na qual neguei seguimento ao recurso especial,
mantendo o acórdão recorrido, o qual entendeu que o termo inicial dos juros de mora na
execução de honorários advocatícios incide desde a citação do devedor na ação de
execução.
O agravante alega que não cabe a jurisprudência colacionada, pois não se
trata de discussão de execução em cima de contrato de honorários advocatícios, mas de
execução de sentença, sendo os honorários provenientes de sucumbência em processo de
conhecimento, o que atrai o termo inicial para a data da citação do processo de conhecimento
e não de execução.
AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 987.726 - MT (2007/0218119-9)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUROS DE MORA.


TERMO INICIAL.
- O Termo inicial dos juros de mora na execução dos
honorários advocatícios, incide desde a citação do executado
na ação de execução.
- Não merece provimento recurso carente de argumentos
capazes de desconstituir a decisão agravada.

VOTO

MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS (Relator): Não


merece reparo a decisão proferida.
O termo inicial dos juros de mora na execução dos honorários advocatícios,
incide desde a citação do executado na ação de execução.
Com efeito, a mora somente aparece quando deflagrada a execução.
Veja-se a jurisprudência do STJ:
"Honorários de advogado: compensação e termo inicial dos juros moratórios.
1. Não se há de falar em compensação, sob a guarida do art. 21 do Código de
Processo Civil, quando se trate de créditos de outra natureza e, ainda, em
ações diversas.
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2. O termo inicial dos juros moratórios relativos aos honorários de advogado
impostos sobre o valor da causa é a data da citação do executado no processo
de execução.
3. Recursos especiais não conhecidos."( REsp 720290 / DIREITO)

Nego provimento ao agravo regimental.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA

AgRg no
Número Registro: 2007/0218119-9 REsp 987726 / MT

Números Origem: 15371993 18800 1882000 36761 367612005

EM MESA JULGADO: 03/12/2007

Relator
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MAURÍCIO VIEIRA BRACKS
Secretária
Bela. SOLANGE ROSA DOS SANTOS VELOSO

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : RAIMAR ABÍLIO BOTTEGA
ADVOGADOS : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(S)
EDUARDO A B MANZEPPI
RECORRIDO : BANCO BRADESCO S/A
ADVOGADO : MAURO PAULO GALERA MARI E OUTRO(S)

ASSUNTO: Civil - Contrato - Honorários - Advocatícios

AGRAVO REGIMENTAL
AGRAVANTE : RAIMAR ABÍLIO BOTTEGA
ADVOGADOS : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO(S)
EDUARDO A B MANZEPPI
AGRAVADO : BANCO BRADESCO S/A
ADVOGADO : MAURO PAULO GALERA MARI E OUTRO(S)

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Nancy Andrighi e Massami Uyeda ( convocado para
compor quorum) votaram com o Sr. Ministro Relator.

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Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler.
Brasília, 03 de dezembro de 2007

SOLANGE ROSA DOS SANTOS VELOSO


Secretária

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