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muito prazer,

nós somos a
Bem-estar animal e
abate humanitário de bovinos
Leonardo Thielo de La Vega
Desembarque
Descanso e movimentação nos currais
Insensibilização
Sangria
Emergência
Indicadores de BEA
Desembarque
Instalações e manejo
DESEMBARQUE

Desembarcador
Veículos corretamente estacionados

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


DESEMBARQUE

Desembarcador

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


DESEMBARQUE

Desembarcador
- Laterais sólidas (fechadas);
- Piso no mesmo nível do veículo.

Dalmau et al. (2010).


Imagens: WSPA - Programa STEPS.
DESEMBARQUE

Desembarcador
Piso antiderrapante

Imagens: Everton Andrade, JBS.


DESEMBARQUE

Desembarcador
Iluminação no piso

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


Fonte: F&S
Fonte: F&S
DESEMBARQUE

Separação dos animais

§ Animais fraturados;

§ Com diferença grande de tamanho;

§ Touros ou animais mais agressivos;

§ Animais com e sem chifres (desde que não tenham sido criados juntos);

§ Animais com sinais de dor ou sofrimento.

Animais misturados Escoriações e carne DFD

Fonte: Pflanzer, 2013, Lab de carnes.


Descanso e movimentação nos currais
Instalações e manejo
CURRAIS

Densidade

§ Ocupação de 2,5m2 /450 kg;

§ Os animais devem ter espaço suficiente para:

- Fugir de brigas;

- Andar e deitar sem dificuldade;

- Ter acesso aos cochos de água;

- Afastar-se dos outros em clima quente.

Imagem: Fonte: Voogd, 2006.


CURRAIS

Tempo de jejum

JEJUM NO É necessário alimentar os animais


CAMPO JEJUM quando o jejum ultrapassa o tempo
TRANSPORTE de 24 horas.

JEJUM
FRIGORÍFICO

Imagem: WSPA - Programa STEPS


Jejum total: 16 a 18 horas
CURRAIS

Tempo de jejum

Os bovinos começam a perder peso vivo a partir de 8 horas sem pastar, podendo perder até 7% de
PV em 15 horas.
Fonte: Warris et al, 1995

Tempo de descanso

O tempo recomendado de espera nos currais é de no mínimo 6 horas.


CURRAIS

Tempo de jejum e descanso

Imagem: Pflanzer, 2013, Lab de carnes.


CURRAIS

Bebedouros

20% dos animais devem conseguir beber simultaneamente

Imagem: WSPA - Programa STEPS


CURRAIS

Bebedouros

• Água bem distribuída no curral


• Bebedouros familiares (cocho);
• 20% dos animais devem conseguir beber simultaneamente;
• Renovação constante;
• Água fresca e potável;
• Sistema ligado a um reservatório protegido do sol.

Imagem: WSPA - Programa STEPS


CURRAIS

Sombra

Sombrites bem distribuídos

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


CURRAIS

Piso

§ Sem buracos, degraus;

§ Sem poças de água;

§ Antiderrapantes.

Piso escorregadio Escorregões e quedas

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


CURRAIS

Piso
Antiderrapantes

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


CURRAIS

Piso
Antiderrapantes

Pode-se colocar os antiderrapantes apenas na área de maior agitação.


Fonte: F&S
CURRAIS

Fonte: www.grandin.com
Piso
Antiderrapantes

Piso quadro profundo: indicado para áreas com movimentação intensa.

Quadrados de 20x20cm;
Sulcos em V de 2,5 cm de profundidade.
CURRAIS

Fonte: www.grandin.com
Piso
Antiderrapantes

Piso com malha de ferro: mais recomendado para box de insensibilização.

Não devem ter hastes passando umas sobre as outras e nem amarradas por arames.
O tamanho das casas é de 30cm x 30cm.
Imagem: Everton Andrade, JBS.
Imagem: Everton Andrade, JBS.
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
CURRAIS

Piso
Drenagens laterais reduzem os pontos de parada.

Imagens: WSPA - Programa STEPS.


CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

• O caminho deve ser bem iluminado (luz uniforme);

• As paredes devem ser sólidas (fechadas);

• Curvas sem ângulos muito agudos.

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Imagem: Everton Andrade, JBS.


CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Imagem: Everton Andrade, JBS.


CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Fonte: F&S
DESEMBARQUE

Fonte: F&S
DESEMBARQUE

Fonte: F&S
CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010
Fonte: F&S
CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais
CURRAIS

Corredores
Concebidos para facilitar a condução dos animais

Fonte: www.grandin.com
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
Imagens: WSPA - Programa STEPS.
Fonte: F&S
CURRAIS

Origem das contusões associadas à concepção das instalações.

Identificação das lesões

Imagem: Mateus Paranhos. Better Training for Safer Food; 2014.


Instrumentos de manejo
INSTRUMENTOS DE MANEJO

Bandeira

Imagem: www.beefpoint.com.br
INSTRUMENTOS DE MANEJO

Picana elétrica

Imagem: www.fluxo.ind.br
INSTRUMENTOS DE MANEJO

Picana elétrica
Uso aceitável:

• Somente em animais que podem andar;

• Nunca em áreas sensíveis (genitais, ânus, olhos, rosto, orelhas);

• No máximo em 25% dos animais (1 a cada 4);

• No máximo em 1 segundo;

• Com tensão e frequência controlada.

Imagem: www.fluxo.ind.br
INSTRUMENTOS DE MANEJO

Picana elétrica

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Sistema de vibração

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Sistema de vribração

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Espelhos

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Portão auxiliar

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Portão auxiliar

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSTRUMENTOS DE MANEJO

Portão auxiliar

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


Insensibilização
Instalações e procedimentos
INSENSIBILIZAZÇÃO

Regulamento Europeu nº 1099/2009:


Métodos de insensibilização

OBS: Apenas para ruminantes de até 10 kg de peso vivo


INSENSIBILIZAZÇÃO

Box de insensibilização
INSENSIBILIZAZÇÃO

Box de insensibilização

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSENSIBILIZAZÇÃO

Box de insensibilização
INSENSIBILIZAZÇÃO

Dardo cativo penetrativo

Posição que permita a penetração do córtex e do mesencéfalo.


Fonte: Rebeca García Pinillos. Better Training for Safer Food; 2014.
INSENSIBILIZAZÇÃO

Dardo cativo penetrativo

Imagem: Jarvis Imagem: Steffan Edward, 2017.


INSENSIBILIZAZÇÃO

Dardo cativo não penetrativo

2 cm acima do ponto de cruzamento das linhas.


Atenção para não produzir fratura óssea.
PISTOLAS E CARTUCHOS

Imagem: Accles & Shelvoke


INSENSIBILIZAZÇÃO

Sinais clínicos de insensibilização

• Colapso instantâneo (queda com os membros dobrados);


• Fase tônica e clônica;
• Ausência de piscar espontâneo;
• Ausência de movimentos oculares;
• Ausência de respiração rítmica;
• Ausência de lateralização do corpo ou pescoço (tentativa de retornar à postura natural);
• Ausência de vocalização;
• Língua solta;
• Mandíbula relaxada.
INSENSIBILIZAZÇÃO

Sinais clínicos

Imagens: WSPA - Programa STEPS.


Imagem: Everton Andrade, JBS.
INSENSIBILIZAZÇÃO

Imagem: Everton Andrade, JBS.


INSENSIBILIZAZÇÃO

Imagem: Everton Andrade, JBS.


INSENSIBILIZAZÇÃO

Sinais clínicos de retorno

• Rotação do globo ocular

• Vocalização

• Respiração rítmica

• Lateralização da cabeça e corpo

• Reflexos palpebral e corneal


INSENSIBILIZAZÇÃO

Ação corretiva
Repetir o tiro:

• Se o tiro foi dado no alvo, mirar logo acima, mais a direta ou a esquerda;

• Se o tiro foi dado fora do alvo, mirar o ponto correto.

Imagens: WSPA - Programa STEPS.


INSENSIBILIZAZÇÃO

Ação corretiva
Pistola reserva na praia de vômito

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


INSENSIBILIZAZÇÃO

Ação preventiva
Pistola reserva na praia de vômito

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSENSIBILIZAZÇÃO

Ação preventiva
• Pressão do dardo pneumático verificada antes do início das operações e durante.
• Equipamento calibrado.

Fonte: Copyright Voogd Consulting, 2010


INSENSIBILIZAZÇÃO

Ação preventiva
Medidor de velocidade de disparo

Fonte: Jarvis
INSENSIBILIZAZÇÃO

Avaliação
INSENSIBILIZAZÇÃO

Avaliação
Sangria
Instalações e procedimentos
SANGRIA

§ Sangrar só animais efetivamente insensibilizados;

§ 60 segundos para dardos penetrativos;

§ 30 segundos para dardos não penetrativos;

§ Tempo mínimo de sangria é de 3 minutos.

Imagem: www.uel.br Imagem: WSPA - Programa STEPS.


SANGRIA

Fonte: F&S
SANGRIA

Fonte: F&S
Emergências
EMERGÊNCIAS

ANIMAIS NOS CURRAIS POR PERÍODO MAIOR QUE 24H


Prover alimento volumoso para os animais

• Os alimentos concentrados não são recomendados.

• Volumoso: 0,5Kg/animal/hora.
EMERGÊNCIAS

ANIMAIS NOS CURRAIS POR PERÍODO MAIOR QUE 24H


Volumoso: 0,5Kg/animal/hora.

Deve-se fazer um novo jejum antes do abate


Imagens: WSPA - Programa STEPS.
EMERGÊNCIAS

FALTA DE ÁGUA
• Deve-se ter o número telefônico do corpo de bombeiros ou
• Empresas de distribuição de água potável.

Fonte: F&S
EMERGÊNCIAS

ABATE DE EMERGÊNCIA

• Animais injuriados ou doentes devem ser abatidos o quanto antes;

• Animais que não podem andar devem ser abatidos (insensibilizados e sangria) no local e removidos
por carrinhos, retro-escavadeiras ou guinchos.

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


EMERGÊNCIAS

ABATE DE EMERGÊNCIA
EMERGÊNCIAS

ABATE DE EMERGÊNCIA

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


EMERGÊNCIAS

ABATE DE EMERGÊNCIA

Imagem: WSPA - Programa STEPS.


EMERGÊNCIAS

ABATE DE EMERGÊNCIA

Fonte: F&S
Indicadores de BEA
INDICADORES

Indicadores Chave de Bem-Estar Animal

Ponto de Controle Definição Limite Local

Desembarque dos animais e


Animais que escorregam durante o
Escorregões Máx. 3% do curral ao box de
manejo (tocam o joelho no chão)
atordoamento
Desembarque dos animais e
Animais que caem durante o
Quedas Máx. 1% do curral ao box de
manejo (tocam o corpo no chão)
atordoamento
Máx. 3%
Animais que vocalizam durante o Máx. 5% (para box Do curral ao box de
Vocalização
manejo com contentor de atordoamento
cabeça)
Animais que recebem choque com
bastão elétrico (mais de um Na entrada do box de
Uso do bastão elétrico Máx. 25%
choque no mesmo animal deve ser atordoamento (seringa)
contado como uma aplicação).
INDICADORES

Indicadores Chave de Bem-Estar Animal

Ponto de Controle Definição Limite Local

Animais que recebem relhadas,


Condução violenta chicotadas, batidas, pontapés, cutucões 0% Todos os locais
com aguilhão, etc.

Arraste de animais Animais que não podem andar e que são


0% Todos os locais
sensíveis arrastados sem prévio atordoamento.

Eficácia do primeiro Animais atordoados corretamente no


Min. 95% Box de atordoamento
tiro primeiro tiro, com um único disparo.
Eficácia da Após o atordoamento e
Animais adequadamente insensibilizados 100%
insensibilização durante sangria

Animais com os principais vasos Após a sangria até a


Eficácia da sangria 100%
sanguíneos cervicais seccionados esfola
INDICADORES

Indicadores Chave de Bem-Estar Animal

Estado geral das carcaças:

- Hematomas;
- Fraturas;
- Contusões em geral.
INDICADORES

Indicadores Chave de Bem-Estar Animal

Qualidade das carnes


Imagem: Everton Andrade, JBS.
ANEXO I

A inconsciência no EEG:

• Início imediato de um sinal quiescente (podendo ter uma leve flutuação no primeiro trecho).

TJ Gibson, CB Johnson, JC Murrell, SL Mitchinson , KJ Stafford & DJ Mellor. Electroencephalographic responses to concussive
non-penetrative captive-bolt stunning in halothane-anaesthetised calves
MUITO OBRIGADO!

Faculdade de Veterinária da República do Uruguai; 2011.


LEONARDO DE LA VEGA
Diretor Executivo
Brasil +55 (11) 97371-2821

leonardo@fands-consulting.com
www.fands-consulting.com

SÃO PAULO: RUA DR. GUILHERME BANNITZ, 126 / 81 (8º ANDAR) / CV: 9568, ITAIM BIBI, SP – CEP: 04532-060

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