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All content following this page was uploaded by Luiz Felipe Fröhlich on 26 January 2016.
■■ INTRODUÇÃO
A era do transplante de pulmão (TxP) começou há mais de 50 anos, quando Hardy e colaboradores
realizaram o primeiro transplante, em 1963, em um homem de 58 anos de idade com carcinoma
brônquico. Desde então, progressos significativos foram feitos em relação à técnica cirúrgica, ao
tratamento com imunossupressores, ao reconhecimento e ao tratamento de rejeição do enxerto, e
no desenvolvimento de equipes médicas e cirúrgicas multidisciplinares para prestar os melhores
cuidados a longo prazo, já que o “fantasma” da rejeição está constantemente presente.1
O TxP é uma opção de tratamento para crianças e adolescentes com doenças pulmonares
irreversíveis e fatais. Dados recentes sugerem que o TxP, nessa fase da vida, apresenta
resultados semelhantes ao TxP em adultos, apesar de toda a complexidade que é
realizar esse tipo de cirurgia na população pediátrica.1
O primeiro TxP pediátrico foi realizado em um menino de 16 anos com fibrose pulmonar, em 1987,
na Universidade de Toronto. Desde então, o TxP já foi realizado em crianças de todas as idades,
incluindo bebês, mas a maioria dos casos pediátricos envolve as crianças com idade superior a 11
anos. Os dados de registros mais recentes da Sociedade Internacional de Transplante Cardíaco
e Pulmonar (ISHLT) relata que 1.875 TxPs foram realizados em pacientes pediátricos, mais
comumente em crianças portadoras de fibrose cística (FC).1,2
Pode-se dividir a atuação fisioterapêutica em quatro fases: reabilitação pré-TxP, terapia intensiva,
internação e reabilitação pós-TxP. Cada fase possui suas particularidades, e o fisioterapeuta deve
dominar e utilizar-se das diversas técnicas existentes no manejo desses pacientes complexos,
oportunizando uma reabilitação funcional eficiente e de qualidade.
Neste artigo, será realizada uma revisão sobre a atuação fisioterapêutica nas quatro fases do
TxP, discutindo indicação de transplante, reabilitação pulmonar (RP), principais técnicas utilizadas
durante a internação hospitalar e reabilitação pós-TxP.
■■ OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
Fibrose cística
Sobrevida
Reabilitação pulmonar
Fisioterapia no pré-operatório de pré-transpante pulmonar
transplante pulmonar Avaliação da capacidade
funcional
Ventilação mecânica
Aspiração traqueal
Fisioterapia no pós-operatório de
Pós-operatório imediato Mobilização
transplante pulmonar
Drenos pleurais
Desmame
Drenagem postural
Técnicas de higiene brônquica
Pressões positivas das vias
aéreas
Fisioterapia intra-hospitalar
Espirometria de incentivo
Técnicas de expansão pulmonar
Terapia com pressão positiva das
vias aéreas
Fisioterapia no pós-alta
hospitalar
Caso clínico 1
Caso clínico 2
Caso clínico 3
Conclusão
Todos os fatores que são desafios para o TxP em crianças podem ter influência direta sobre a
morbidade e a mortalidade. Outro fator importante no sucesso do TxP em pacientes pediátricos é
o apoio dos pais em promover os cuidados pós-transplante. Circunstâncias psicossociais não
confiáveis podem de fato ser um grande obstáculo para o sucesso do transplante a longo prazo.
Há evidências claras de que a sobrevida após TxP pediátrico tem melhorado nos últimos anos,
porém o volume total de transplantes pediátricos é muito pequeno quando comparado por aqueles
realizados em adultos.1
ATIVIDADE
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a II e a III.
C) Apenas a I e a III.
D) A I, a II e a III estão corretas.
Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
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Doenças que indicam o TxP em adultos3 diferem daquelas observadas em crianças.4-6 Indicações
para TxP, em ordem decrescente de incidência, são:
■■ TxP em adultos:3
•• doença pulmonar obstrutiva crônica;
•• fibrose pulmonar idiopática;
•• FC;
•• deficiência de alfa-1-antitripsina;
•• hipertensão pulmonar (HP);
•• bronquiectasias não císticas (doenças mais prevalentes no Brasil do que em países
desenvolvidos);
•• pneumoconioses (doenças mais prevalentes no Brasil do que em países desenvolvidos);
■■ TxP em crianças:4-6
•• fibrose cística;
•• HP idiopática;
•• bronquiolite obliterante;
•• fibrose pulmonar idiopática;
•• doença cardíaca congênita;
•• retransplante;
•• bronquiectasias não císticas (doenças mais prevalentes no Brasil do que em países
desenvolvidos).
FIBROSE CÍSTICA
Na FC, os programas efetivos de reabilitação, especialmente amparados em fisioterapia contínua,
antibioticoterapia adequada e nutrição efetiva, têm aumentado a média de idade destes indivíduos,
mas os seguintes critérios têm sido usados como indicativos do melhor momento para o TxP:5
■■ volume expiratório forçado no primeiro minuto (VEF1) < 30% previsto pós-broncodilatador para
crianças de qualquer idade;
■■ hipoxemia de repouso (pressão parcial de oxigênio [PaO2] < 55 a 60mmHg);
■■ hipercapnia (pressão parcial de gás carbônico [PaCO2] > 50mmHg);
■■ HP secundária importante (pressão média da artéria pulmonar [PMAP] > 35mmHg ou pressão
sistólica da artéria pulmonar [PSAP] > 45mmHg);
■■ perda de peso de difícil controle, apesar de manejo agressivo (sonda nasoentérica, jejunostomia,
etc.);
■■ internações repetidas por infecções mais frequentes e de difícil manejo, sugerindo perda de
controle da doença.
O envolvimento de outros órgãos, como o pâncreas e o fígado, pode determinar aumento do risco
pós-operatório, e, eventualmente, impõe a necessidade de transplante conjugado de pulmões
e fígado, um procedimento de exceção, mas que já começa a prosperar em vários centros
especializados.7
Há muitos relatos de casos e estudos sugerindo que pode haver um maior sucesso da terapêutica
da HP idiopática quando são utilizadas medicações em associação, por exemplo, a utilização de
prostaciclina e sildenafil, principalmente quando o paciente não responde isoladamente a alguma
delas ou desenvolve tolerância.7
No momento atual, o TxP deixou de ser a primeira opção terapêutica nos portadores de
HP, reservando-se essa modalidade terapêutica aos pacientes que não responderam à
terapia vasodilatadora, ou àqueles que deixaram de responder à sua aplicação depois
de algum tempo de tratamento.
Os seguintes critérios têm sido sugeridos como indicativos da necessidade de inclusão imediata
em lista de espera para TxP:5,8
LEMBRAR
O uso da ECMO tem mostrado melhores desfechos em mortalidade hospitalar,
menor necessidade de hemodiálise e de tempo de ventilação mecânica (VM).9
A preferência pelo transplante bilateral deve-se ao fato de que, se ocorrer qualquer disfunção
precoce do enxerto (injúria de reperfusão, edema por hiper-hidratação, rejeição ou infecção), a
perfusão continuará fazendo-se quase exclusivamente no pulmão transplantado, o que implicará
em dessaturação grave por shunt severo. Isso se deve à rigidez da rede vascular do pulmão nativo,
que determina que, devido à menor resistência, o fluxo sanguíneo se faça predominantemente no
pulmão transplantado, mesmo na presença de eventuais disfunções do enxerto.7
Ainda que as dificuldades descritas possam ser efetivamente melhor manejadas, atualmente há
um consenso de que, sempre que possível, o transplante por HP deve ser bilateral (Figuras 1 a 4).7
A
Figura 1 – Transplante bilateral em paciente de 9 anos com
hipertensão arterial pulmonar idiopática. Coração com ventrículo
direito hipertrofiado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
B
Figura 2 – Transplante bilateral em paciente de 9 anos com
hipertensão arterial pulmonar idiopática. Anastomose.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
C
Figura 3 – Transplante bilateral em paciente de 9 anos
com hipertensão arterial pulmonar idiopática. Pulmão a ser
implantado, não perfundido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
D
Figura 4 – Transplante bilateral em paciente de 9 anos com
hipertensão arterial pulmonar idiopática. Pulmão implantado
e perfundido.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
O prognóstico para adultos com capacidade pulmonar total inferior a 60% do previsto ainda é
reservado, quase todos vão a óbito dentro de dois anos. É difícil traduzir essa informação para
a experiência pediátrica. Os pacientes devem ser avaliados para transplante no momento do
diagnóstico e transplantados quando se tornarem sintomáticos.5
ATIVIDADE
5. De acordo com o artigo, qual é a principal doença que indica TxP em crianças e em
adultos, respectivamente?
A) V – V – V – F.
B) V – V – F – F.
C) F – V – V – V.
D) F – V – V – F.
Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
A) Fibrose cística –
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B) Hipertensão pulmonar –
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■■ TIPOS DE TRANSPLANTES
Os principais tipos de TxPs serão apresentados a seguir:
■■ TxP unilateral;
■■ TxP bilateral;
■■ TxP intervivos.
O TxP bilateral também é indicado em pacientes com HP, visto que o unilateral acarretaria
um aumento do espaço morto. Isso ocorre porque o pulmão remanescente continuará com a
ventilação normal, mas todo o fluxo sanguíneo irá para o pulmão transplantado, em consequência
de a resistência vascular continuar aumentada no pulmão remanescente.
TRANSPLANTE INTERVIVOS
A experiência pioneira de Starnes, em 1996, buscou solucionar uma dificuldade importante, a
de se obterem órgãos de tamanho adequado para receptores muito pequenos. Como o doador
pediátrico é ainda mais raro, e há uma demanda crescente de receptores em estado crítico,
especialmente entre os portadores de FC, o transplante lobar, a partir de doadores familiares,
apresentou-se como uma proposta ousada e inteligente.10
Os doadores devem ser familiares, preferentemente os pais, para usufruir ao máximo das
vantagens decorrentes da similitude imunológica, seguramente responsável pela evolução tardia
mais favorável desse grupo de pacientes.7 Na maior parte dos casos, os receptores de lobos estão
entre 10 e 15 anos de idade, dependendo do grau de subdesenvolvimento imposto pela doença.7
SOBREVIDA
A sobrevida atual após TxP em crianças é de aproximadamente 50% em 5 anos e de 30% em 10
anos. Isso é claramente pior do que a sobrevida observada para outros transplantes de órgãos
sólidos em crianças.
As principais causas de morte no primeiro ano após o TxP em crianças são a rejeição do
enxerto e a infecção. Além disso, a bronquiolite obliterante é responsável por quase 50%
de todas as mortes e claramente é o “calcanhar de Aquiles” do TxP.5
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a II e a III.
C) Apenas a III.
D) A I, a II e a III.
Resposta no final do artigo
15. Quais são as principais causas de morte no primeiro ano após o TxP em crianças?
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Resposta no final do artigo
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O corredor ou local de realização do TC6M deve ser plano e seguir as orientações da American
Thoracic Society (ATS).15 Os valores de referência para crianças de 6 a 12 anos já foram publicados
no Brasil,16 no entanto, devido à variedade étnica e perfil nutricional, torna-se importante valores
de referência regionais. Fórmula sugerida:16
Distância percorrida (m) = 145,343 + [11,78 × idade (anos)] + [292,22 × altura (m)] + [0,611
× (FCfinal bpm - FCbasal bpm)] - [ 2,684 × peso (kg)]
Para o cálculo do valor, previsto em percentual, basta dividir o valor percorrido do paciente pelo
valor previsto. Como o erro-padrão é alto, admite-se que uma variação abaixo de 35% da distância
prevista ainda se apresenta normal.
Além do valor referência de normalidade que é utilizado como parâmetro de capacidade funcional
submáxima de exercício, existem valores prognósticos para crianças que estão à espera do
TxP, como:14
■■ distância percorrida > 305m (menor tempo de permanência no centro de tratamento intensivo
[CTI] 7 versus 11 dias) e menos dias sob VM (2 x 4 dias);
■■ distância percorrida > 229m (menor tempo de internação 37 versus 20 dias).
Deve ser dada uma atenção especial aos pacientes com FC, para evitar contaminação
cruzada, e as sessões devem ser intercaladas por dias ou turnos, com adequada
higienização e descontaminação dos objetos em comum.
A escala modificada de Borg [0 a 10] tem uma boa acurácia para a percepção subjetiva do esforço
em crianças maiores de 9 anos de idade.19 Ainda existe uma faixa etária difícil de avaliar quanto
à percepção do esforço, as crianças entre 5 e 8 anos, então deve ater-se a outros sinais clínicos,
como frequência cardíaca máxima e sintomas clínicos de exaustão.20
O fisioterapeuta pode utilizar-se de vídeo games e inserir dentro da sessão de reabilitação como
dispositivo o Wii Nintendo®. O uso do termo Wii-rehabilitation vem crescendo, assim como o
número de publicações sobre seus possíveis benefícios para a capacidade funcional, a atividade
física, o equilíbrio, a força e para o aumento à aderência ao tratamento desses pacientes
pediátricos.21
Alguns cuidados são necessários na prescrição de exercícios para crianças pneumopatas graves.22
São potencias riscos associados ao exercício:
■■ dispneia grave;
■■ desidratação;
■■ hipoxemia;
■■ broncoespasmo;
■■ pneumotórax;
■■ hemoptise;
■■ arritmias cardíacas;
■■ fraturas espontâneas;
■■ hipoglicemia;
■■ desnutrição.
físicas dos pacientes pediátricos (Figuras 5A e B), bem como orientar os cuidadores sobre a
importância de manter uma atividade lúdica, mesmo que restrita, e de realizar constantemente os
exercícios ventilatórios e de higiene brônquica supervisionada é fundamental.
A B
ATIVIDADE
18. Cite três potenciais riscos associados ao exercício físico em pacientes listados para
TxP:
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Resposta no final do artigo
21. Segundo o artigo, “os marcadores fisiológicos e testes de capacidade funcional são
comumente utilizados com o objetivo de fazer o prognóstico e de identificar o melhor
momento para realizar o TxP”. Nesse sentido, escreva um breve parágrafo sobre o
TC6M:
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As complicações podem estar em parte relacionadas com as alterações dos volumes e das
capacidades pulmonares, do padrão respiratório, das trocas gasosas e das defesas pulmonares,
as quais ocorrem após incisão e abertura da cavidade torácica.
funcional diminuem 30%. A causa dessas alterações é a paresia diafragmática, que resulta de
um reflexo inibitório do nervo frênico, desencadeado pela estimulação de receptores de vísceras,
vagais e simpáticos presentes no interior da cavidade torácica.
LEMBRAR
A infecção pulmonar continua sendo a primeira causa de mortalidade nos primeiros
meses pós-TxP.23
PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
Os cuidados com o paciente transplantado de pulmão no pós-operatório imediato (POI) são muito
particulares, dependendo de alguns fatores, como:
■■ doença de base;
■■ permanência de um pulmão nativo ou não;
■■ complicações no intraoperatório;
■■ necessidade e tempo de CEC;
■■ presença de edema pulmonar.
Geralmente, o POI do TxP bilateral é mais complicado por causa do maior tempo de cirurgia,
de CEC, de edema bilateral, de lesão na caixa torácica e dos músculos respiratórios, com maior
comprometimento na mecânica ventilatória. Por causa disso, a incidência de atelectasias e a
probabilidade de acúmulo de secreção podem aumentar significativamente, levando a um maior
tempo de VM e a um pior prognóstico.
Aspiração traqueal
A aspiração traqueal faz-se muito necessária no POI, devido às alterações dos músculos
respiratórios (fraqueza muscular, incisão cirúrgica, dor). A denervação que rompe a informação
aferente dos mecanorreceptores pulmonares, comprometendo o controle inspiratório, e a redução
do reflexo de tosse e da atividade mucociliar diminuem a capacidade do paciente de tossir
adequadamente.
No paciente intubado, deve ser realizada a aspiração traqueal pelo menos 2 ou 3 vezes
ao dia. Ao realizar o procedimento, o calibre e a introdução da sonda de aspiração devem
ser de escolha criteriosa, pois o tubo endotraqueal direciona a sonda diretamente para
a traqueia e para a sutura operatória.
É importante lembrar que o paciente que chega à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do
tempo de cirurgia com anestesia geral, deverá ainda permanecer por outras horas sob efeito de
anestésicos e sedativos. Portanto, o bom posicionamento do paciente não é apenas uma questão
de conforto, e sim uma maneira de evitar escaras e perdas de amplitude articular.
No POI, deve-se iniciar a movimentação dos membros inferiores de maneira passiva, para melhora
da circulação e diminuição dos pontos de pressão. A mobilização dos membros superiores pode
ser realizada, porém, deve-se ser cauteloso na movimentação articular da cintura escapular do
hemitorax transplantado. Assim que o paciente for despertando da sedação, os movimentos ativo-
assistidos e ativos devem ser iniciados.
A saída do leito (Figura 6) e a deambulação devem ser iniciadas o mais precocemente possível,
o que muitas vezes pode ocorrer no ambiente da UTI. Além da insegurança e do receio da dor,
que pode ser um importante fator limitante, causando hipoventilação, atelectasias e infecções, a
presença de drenos pleurais inibe a iniciativa do paciente de sair do leito.
O controle da dor, seja pelo uso do cateter peridural ou via endovenosa, é crucial para
a eficácia e a participação do paciente na terapia pós-TxP. O papel do fisioterapeuta
nesse momento é decisivo.
O paciente e seus familiares devem ser orientados quanto aos cuidados com o dreno,
como: não tracionar, não elevar acima do ponto da incisão cirúrgica e, principalmente,
não dobrar. Mesmo estando com o sistema de aspiração contínua, o paciente deve ser
incentivado a sair do leito e a deambular.
Desmame
Após a estabilização do paciente, inicia-se o processo de desmame da VM. No paciente
transplantado unilateral, o objetivo é realizar o desmame e a extubação o mais precocemente
possível.
No transplante bilateral, o desmame deve ser lento, podendo ocorrer em três ou mais dias. A
maior probabilidade de ocorrer complicações e a necessidade de manter os pulmões expandidos
força a permanência do tubo endotraqueal por mais tempo.
O suporte ventilatório com pressão positiva após a retirada do tubo endotraqueal é essencial,
inicialmente pela ventilação mecânica não invasiva (VMNI), ainda com períodos longos e desmame
também lento.
ATIVIDADE
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Resposta no final do artigo
de TxP:
A sequência correta é:
A) V – F – V – F.
B) V – V – V – V.
C) F – V – V – F.
D) V – V – F – V.
Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
25. Explique por que o POI do TxP bilateral é mais complicado, segundo o artigo:
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A sequência correta é:
A) 2 – 1 – 4 – 5 – 3.
B) 1 – 2 – 3 – 4 – 5.
C) 2 – 5 – 4 – 1 – 3.
D) 3 – 5 – 1 – 4 – 2.
Resposta no final do artigo
Drenagem postural
A terapia por drenagem postural envolve o uso da gravidade e da energia mecânica para auxiliar a
mobilizar as secreções, melhorando o equilíbrio da relação ventilação-perfusão (V/Q), e normalizar
a capacidade residual funcional (CRF). O objetivo da técnica é direcionar as secreções dos lobos
ou dos segmentos distais para as vias aéreas centrais, facilitando sua remoção pela tosse ou
aspiração.
LEMBRAR
Como adjuvantes da depuração das vias aéreas, a pressão positiva contínua, a
EPAP e a PEP nunca são utilizadas isoladamente, mas sempre em combinação com
a tosse dirigida ou com outras técnicas de depuração das vias aéreas.
A técnica com EPAP envolve a expiração contra uma resistência ao fluxo variável. Teoricamente,
a PEP auxilia a mover secreções nas vias aéreas pelo enchimento dos segmentos hipoventilados
ou não ventilados, pela ventilação colateral e pela prevenção do colapso das vias aéreas durante a
expiração. Uma manobra da técnica de expiração forçada subsequente permite que o paciente
gere o fluxo necessário para expelir o muco das vias aéreas bloqueadas.
O principal objetivo das técnicas de expansão pulmonar é aumentar o volume pulmonar. O aumento
do volume pulmonar ocorre por aumento do gradiente de pressão transpulmonar, que representa
a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural. O gradiente de pressão pleural pode ser
aumentado por:
Como visto a seguir, a espirometria de incentivo (EI), a pressão positiva contínua das vias aéreas
(CPAP) e PEP são as principais técnicas empregadas para expansão pulmonar.
A EI é o recurso mais utilizado para prevenção e tratamento de atelectasias. Ela é projetada para
mimetizar o suspiro natural pela estimulação dos pacientes para que eles realizem inspirações
profundas e lentas. O esforço inspiratório sustentado aumenta a complacência pulmonar, reduz a
desigualdade da relação V/Q, diminui o espaço morto fisiológico e libera o surfactante.
Como a PEP e a EPAP são mais utilizadas como técnicas de higiene brônquica e já foram relatadas
anteriormente, nesta seção descreve-se mais a utilização da CPAP.
Enquanto a PEP e a EPAP criam somente uma pressão positiva expiratória, a CPAP mantém uma
pressão positiva das vias aéreas durante a inspiração e a expiração. Ou seja, ocorre uma elevação
e uma manutenção da pressão alveolar e das vias aéreas durante todo o ciclo respiratório. O
paciente sob CPAP respira através de um circuito pressurizado contra um resistor de entrada, com
as pressões sendo mantidas entre 5 e 20cmH2O.
Os mecanismos que a CPAP utiliza para a prevenção e a resolução das atelectasias são:
27. São mecanismos que a CPAP utiliza para a prevenção e a resolução de atelectasias:
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a I e a III.
C) Apenas a II, a II e a IV.
D) A I, a II, a III e a IV.
Resposta no final do artigo
A) O objetivo da técnica pressão positiva das vias aéreas é direcionar as secreções dos
lobos ou dos segmentos distais para as vias aéreas centrais, facilitando sua remoção
pela tosse ou aspiração.
B) A EPAP e a PEP são utilizadas isoladamente.
C) A presença dos drenos pleurais não limita o uso da técnica de drenagem postural.
D) Teoricamente, a PEP auxilia a mover secreções nas vias aéreas pelo enchimento
dos segmentos hipoventilados ou não ventilados, pela ventilação colateral e pela
prevenção do colapso das vias aéreas durante a expiração.
Resposta no final do artigo
atelectasias?
A) EI.
B) Drenagem postural.
C) Terapia com pressão positiva das vias aéreas.
D) Drenos pleurais.
Resposta no final do artigo
A) Apenas a I.
B) Apenas a I e a II.
C) Apenas a I e a III.
D) Apenas a II e a III.
Resposta no final do artigo
LEMBRAR
Em crianças, o ganho de massa magra pode ocorrer até 12 meses após o transplante,
com ganhos menores observados em 24 meses, por isso programas de reabilitação
de seis meses ou mais, ou, ainda, programas de manutenção assistida, seriam mais
interessante para essa população.29
ATIVIDADE
33. Quanto à RP pós-transplante, após a alta hospitalar, o fisioterapeuta deve estar atento a:
A sequência correta é:
A) V – F – F – V.
B) F – V – F – V.
C) V – V – F – V.
D) V – V – F – F.
Resposta no final do artigo
■■ CASO CLÍNICO 1
Paciente do sexo masculino, 16 anos, diagnóstico de FC, realizou transplante lobar
intervivos. Foi extubado 21 horas após a cirurgia. Permaneceu na UTI por 7 dias e,
posteriormente, 19 dias na unidade de internação. Após a alta hospitalar foi encaminhado
à RP.
ATIVIDADE
35. Em uma avaliação para iniciar um programa de reabilitação pós-TxP, quais parâmetros
devem-se observar?
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
■■ CASO CLÍNICO 2
Paciente de 11 anos, sexo masculino, portador de hipertensão pulmonar arterial (HPA),
NYHA III, com indicação de transplante bilateral, encaminhado para o programa de RP
como protocolo do programa de transplante.
ATIVIDADE
37. Considerando o caso clínico 1, calcule a distância prevista para o TC6M desse
paciente:
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
■■ CASO CLÍNICO 3
Paciente feminino, 15 anos, diagnóstico de FC, realizou TxP. Chegou à UTI estável,
intubada, sedada, com dreno de tórax bilateral em selo d’água:
ATIVIDADE
41. Que tipo de transplante esta paciente foi submetida? Por quê?
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
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Resposta no final do artigo
Pode-se dividir a atuação fisioterapêutica em quatro fases: reabilitação pré-TxP, terapia intensiva,
internação e reabilitação pós-TxP. Observam-se no estudo as principais técnicas fisioterapêuticas
utilizadas nesses quatro momentos. Por ser um procedimento tão complexo e pouco realizado,
existe uma carência de estudos que descrevam as indicações de técnicas específicas para esses
pacientes pediátricos. Deixa-se aqui a experiência dos profissionais dos hospitais Pavilhão Pereira
Filho e Dom Vicente Scherer, ambos da ISCMPA.
Atividade 2
Resposta: B
Comentário: Um fator importante no sucesso do TxP em pacientes pediátricos é o apoio dos pais
em promover os cuidados pós-transplante. Circunstâncias psicossociais não confiáveis podem de
fato ser um grande obstáculo para o sucesso do transplante a longo prazo.
Atividade 3
Comentário: O tamanho do doador e do receptor podem apresentar grandes desafios cirúrgicos,
como: sistema imunológico imaturo e em amplo desenvolvimento, infecções respiratórias virais
sazonais e outras infecções, nutrição, doença do refluxo gastresofágico e risco de aspiração.
Atividade 5
Resposta: A
Comentário: Doenças que indicam TxP em crianças diferem daquelas observadas em adultos.
Indicações para TxP adulto, em ordem decrescente de incidência, são: doença pulmonar obstru-
tiva crônica, fibrose pulmonar idiopática, FC, deficiência de alfa-1-antitripsina, e HP. Em crianças:
FC é a indicação mais comum, seguida pela HP primária, bronquiolite obliterante, fibrose pulmonar
idiopática, doença cardíaca congênita e retransplante.
Atividade 6
Resposta: D
Comentário: Doença com a segunda maior indicação de TxP, a HP idiopática é a doença de
mais difícil previsão de expectativa de vida, principalmente porque muitos pacientes morrem
subitamente por arritmias graves. Há um consenso de que, sempre que possível, o transplante
por HP deve ser bilateral.
Resposta: A
Comentário: Um aspecto importante da preparação para o transplante por FC é o tratamento
agressivo da desnutrição, praticamente sempre presente no momento da inclusão em lista de
espera desses pacientes, que somam as dificuldades metabólicas da pancreatopatia à exposição
a infecções crônicas e ao consumo energético decorrente do esforço respiratório aumentado.
Atividade 8
Comentário: O TxP bilateral é indicado em pacientes com HP, visto que o unilateral acarretaria
um aumento do espaço morto. Isso ocorre porque o pulmão remanescente continuará com a
ventilação normal, mas todo o fluxo sanguíneo irá para o pulmão transplantado, em consequência
de a resistência vascular continuar aumentada no pulmão remanescente.
Atividade 9
Resposta: A
Comentário: O prognóstico para adultos com capacidade pulmonar total inferior a 60% do previsto
ainda é reservado, quase todos vão a óbito dentro de dois anos. É difícil traduzir essa informação
para a experiência pediátrica. Os pacientes devem ser avaliados para transplante no momento do
diagnóstico e transplantados quando se tornarem sintomáticos.
Atividade 11
Resposta: D
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: O tipo de TxP bilateral é obrigatório para doenças supurativas, como bronquiectasias
e FC, em que a manutenção de um pulmão comprometido mantém uma fonte de infecção, cujo
risco de disseminação é proibitivo após o início da imunossupressão.
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: O TxP unilateral raramente é realizado em crianças, pois a maioria dos diagnósticos
subjacentes indicam o TxP bilateral, como na FC ou ou na HP. Após o transplante unilateral, tanto
a ventilação como a perfusão são desviadas quase que totalmente para o pulmão transplantado,
ocorrendo um equilíbrio quase perfeito entre a ventilação e a perfusão no pulmão transplantado.
Atividade 14
Resposta: D
Comentário: O candidato ideal ao transplante com doadores vivos é um pneumopata terminal,
na maioria das vezes com FC, em geral uma criança grande ou um adolescente com uma caixa
torácica do tamanho aproximado do lobo de um adulto. O receptor não pode ser tão pequeno
que um lobo de adulto não caiba na cavidade, nem tão grande que um lobo inferior de adulto não
consiga preencher a cavidade pleural. Como a questão é meramente de adequação espacial,
alguns casos de transplante lobar têm sido feitos em adultos com tórax pequeno.
Atividade 17
Resposta: C
Comentário: A chave para o sucesso do programa de TxP é a equipe ser multidisciplinar e estar
bem informada e em comunicação o tempo todo. Entre os profissionais, médicos, enfermagem,
assistente social, farmacêutico, psicólogos e nutricionista, o fisioterapeuta é vital, já que está
envolvido na monitorização e na educação dos beneficiários durante cada fase do processo de
transplante.
Atividade 18
Comentário: Dispneia grave, desidratação, hipoxemia, broncoespasmo, pneumotórax, hemoptise,
arritmias cardíacas, fraturas espontâneas, hipoglicemia e desnutrição.
Atividade 19
Resposta: B
Comentário: Reduzir sintomas como a dispneia e a fadiga muscular periférica é um dos objetivos
do programa de RP pré-TxP.
Atividade 20
Resposta: A
Comentário: O importante no processo da RP pré-TxP é seguir os princípios do treinamento físico:
individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, continuidade, especificidade, variabilidade e
interdependência volume-intensidade, observando as repostas fisiológicas, como frequência
cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial periférica, saturação periférica de oxigênio, e
monitorando sintomas como dispneia e fadiga muscular.
Atividade 22
Comentário: Os principais objetivos são fundamentalmente manter vias aéreas ventiladas, manter
pulmão transplantado livre de atelectasias e otimizar tempo e parâmetros da VPM. Para isso,
deve-se reavaliar o paciente diariamente, lembrando inclusive dos cuidados com drenos de tórax,
incisão operatória, etc.
Atividade 23
Resposta: D
Atividade 24
Comentário: As complicações mais comuns no período pós-operatório são as infecções e a
rejeição aguda, manifestadas por febre baixa, leucocitose e gradiente alvéolo-arterial de oxigênio
aumentado, piora nos resultados dos testes de função pulmonar e queda da saturação e da
tolerância aos esforços durante a sessão de fisioterapia. A infecção pulmonar continua sendo a
primeira causa de mortalidade nos primeiros meses pós-transplante.
Atividade 26
Resposta: C
Resposta: D
Comentário: Enquanto a PEP e a EPAP criam somente uma PEP, a CPAP mantém uma pressão
positiva das vias aéreas durante a inspiração e a expiração. Ou seja, ocorre uma elevação e uma
manutenção da pressão alveolar e das vias aéreas durante todo o ciclo respiratório. O paciente sob
CPAP respira através de um circuito pressurizado contra um resistor de entrada, com as pressões
sendo mantidas entre 5 e 20cmH2O. Os mecanismos que a CPAP utiliza para a prevenção e
a resolução das atelectasias é: o recrutamento de alvéolos colapsados por meio do aumento
da CRF; uma diminuição do trabalho respiratório em razão do aumento da complacência ou da
abolição da auto-PEEP; uma melhor distribuição da ventilação por meio dos canais colaterais e
um aumento da eficácia de remoção de secreção.
Atividade 28
Resposta: D
Comentário: Teoricamente, a PEP auxilia a mover secreções nas vias aéreas pelo enchimento
dos segmentos hipoventilados ou não ventilados, pela ventilação colateral e pela prevenção do
colapso das vias aéreas durante a expiração.
Atividade 29
Resposta: C
Comentário: Enquanto a PEP e a EPAP criam somente uma pressão positiva expiratória, a CPAP
mantém uma pressão positiva das vias aéreas durante a inspiração e a expiração. Ou seja, ocorre
uma elevação e uma manutenção da pressão alveolar e das vias aéreas durante todo o ciclo
respiratório.
Atividade 30
Resposta: A
Comentário: A EI é o recurso mais utilizado para prevenção e tratamento de atelectasias. Ela é
projetada para mimetizar o suspiro natural por meio da estimulação dos pacientes para que eles
realizem inspirações profundas e lentas.
Atividade 31
Resposta: B
Comentário: O gradiente de pressão pleural pode ser aumentado por redução da pressão pleural
e aumento da pressão intra-alveolar em nível superior ao da pressão atmosférica.
Atividade 32
Resposta: B
Comentário: A reabilitação pós-TxP deve ter duração de 3 a 6 meses, encaminha-se para atividade
física normal, 3 a 5 vezes por semana.
Atividade 33
Resposta: D
Comentário: Alterações significativas de saturação, dispneia ou ainda na ausculta pulmonar
podem indicar infecções, rejeição, estenoses ou deiscência das anastomoses, podendo acarretar
perda da função do enxerto, e a equipe clínica e cirúrgica deve ser alertada. A perda significativa
de peso em crianças após o transplante também pode estar associada a infecções gastrintestinais
por fungos ou bactérias oportunistas na imunossupressão, comprometendo os resultados do
transplante.
Atividade 35
Comentário: Para dar-se início a um programa pós-TxP, devem-se observar alguns parâmetros:
saber se o paciente já realizou treinamento antes do transplante, qual treinamento, avaliar força
muscular periférica, TC6M e, se possível, teste incremental.
Atividade 36
Comentário: Promover o recondicionamento físico, contribuir para a readaptação à vida diária e às
limitações, aumentar a força e a resistência muscular, aumentar a tolerância ao exercício, reduzir
a perda óssea, reduzir a toxicidade muscular, melhorar a qualidade de vida.
Atividade 37
Resposta: 615m
Comentário: Dp = 145,343 + [11,78 × 11] + [292,22 × 1,34] + [0,611 × (148-89)] – [2,684 × 32,6]
Dp = 145,343 + [129,58] + [391,57] + [0,611 × (59)] - [87,49]
Dp = 145,343 + [129,58] + [391,57] + [36,05] - [87,49]
Dp = 702,543 - 87,49; Dp = 615 metros.
Atividade 38
Comentário: Distância percorrida pelo paciente / distância teórica prevista, 274 / 615 = 0,44, ou
seja, 44% da distância teórica prevista. Para o cálculo do limite da normalidade é deduzido 35%
da distância teórica prevista: 615 a 35% = 400 metros, ou seja, o valor de 274 metros é inferior a
400 metros, portanto o valor encontra-se abaixo da normalidade.
Atividade 39
Comentário: Pacientes que percorrem distâncias superiores a 305 metros têm menor tempo sob
VM, portanto menor tempo de permanência no CTI. O paciente percorreu uma distância de 274
metros, portanto tem um pior prognóstico quanto ao tempo de permanência no CTI.
Atividade 40
Comentário: Melhorar a distância do TC6M (capacidade funcional); fortalecimento muscular
periférico para diminuição da sensação de fadiga.
Atividade 41
Comentário: Em se tratando de uma doença supurativa, a indicação seria a realização de um TxP
bilateral. Se fosse realizado o TxP unilateral, o pulmão nativo iria contaminar o pulmão transplan-
tado.
Atividade 42
Comentário: Os drenos pleurais devem ser reavaliados continuamente, observando-se pontos
como oscilação, quantidade e aspecto do débito, presença ou não de escape de ar e se o paciente
está ou não em aspiração contínua.
Atividade 44
Comentário: Após a estabilização hemodinâmica, já se inicia a mobilização. Inicialmente com
exercícios passivos e progredindo conforme o paciente for despertando da sedação. A saída do
leito e a deambulação devem ser iniciadas o mais precocemente possível, o que muitas vezes
pode ocorrer no ambiente da UTI.
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