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A importâ ncia do tratamento de esgoto.

A falta de tratamento dos esgotos e condiçõ es adequadas de saneamento pode


contribuir para a proliferaçã o de inú meras doenças parasitá rias e infecciosas além
da degradaçã o do corpo da á gua. A disposiçã o adequada dos esgotos é essencial
para a proteçã o da saú de pú blica. Aproximadamente, cinquenta tipos de infecçõ es
podem ser transmitidos de uma pessoa doente para uma sadia por diferentes
caminhos, envolvendo as excretas humanas. Os esgotos, ou excretas, podem
contaminar a á gua, o alimento, os utensílios domésticos, as mã os, o solo ou ser
transportados por moscas, baratas, roedores, provocando novas infecçõ es.
Epidemias de febre tifoide, có lera, disenterias, hepatite infecciosa e inú meros casos
de verminoses - algumas das doenças que podem ser transmitidas pela disposiçã o
inadequada dos esgotos - sã o responsá veis por elevados índices de mortalidade em
países do terceiro mundo.

Outra importante razã o para tratar os esgotos é a preservaçã o do meio ambiente.


As substâ ncias presentes nos esgotos exercem açã o deletéria nos corpos de á gua: a
matéria orgâ nica pode causar a diminuiçã o da concentraçã o de oxigênio dissolvido
provocando a morte de peixes e outros organismos aquá ticos, escurecimento da
á gua e exalaçã o de odores desagradá veis; é possível que os detergentes presentes
nos esgotos provoquem a formaçã o de espumas em locais de maior turbulência da
massa líquida; defensivos agrícolas determinam a morte de peixes e outros
animais. Há ainda a possibilidade de eutrofizaçã o pela presença de nutrientes,
provocando o crescimento acelerado de algas que conferem odor, gosto e
biotoxinas à á gua.

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de-esgoto.html?
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Saneamento bá sico no Brasil.

Quase 75% de todo o esgoto sanitá rio coletado nas cidades é despejado “in
natura”, o que contribui decisivamente para a poluiçã o dos cursos d’á gua urbanos
e das praias;

O esgoto sanitá rio requer, portanto, nã o só a implantaçã o de uma rede de coleta,


mas também um adequado sistema de tratamento e disposiçã o final.

CUSTO DO INVESTIMENTO
Investir em esgoto pode significar um grande salto para o município, em termos da
dotaçã o da infraestrutura requerida para a instalaçã o das modernas empresas
cada vez mais comuns nessa era da “globalizaçã o”.

Segundo dados do BNDES: o custo médio investido em sistemas de esgoto sanitá rio
compostos de coleta e tratamento vaia proporcionalmente ao tamanho da
populaçã o do município, de US$ 420.00 (R$ 851,17) a US$ 840.00 (R$ 1.702,34)
por domicílio atendido.

Ainda segundo a mesma fonte, os custos médios anuais de operaçã o variam de


forma igualmente proporcional entre US$ 6.00 (R$ 12,16) a US$ 13,00 (R$ 26,35)
por domicilio atendido.

Estações de Tratamento de Esgoto


As Estações de Tratamento de Esgoto objetivam reproduzir, em um menor espaço de tempo, a
capacidade dos cursos d’água de decompor naturalmente a matéria orgânica.
A água distribuída nas residências, depois de utilizada, vira esgoto. Ao deixar as casas, ele é
encaminhado para as redes coletoras até chegar às Estações de Tratamento de Esgoto.
O tratamento do esgoto consiste na separação da parte líquida da parte sólida e no tratamento de
cada uma delas separadamente. O objetivo é reduzir a carga poluidora de modo que elas possam
ser dispostas adequadamente, sem causar prejuízos ao meio ambiente.
Fase líquida
O tratamento da fase líquida do esgoto é composto pelas seguintes etapas:

 Peneiramento: o esgoto é peneirado em grades para retenção das sujeiras de maior


volume;
 Caixa de areia: a caixa de areia é responsável pela retirada da areia contida no esgoto;
 Decantação primária: em um decantador primário ocorre a sedimentação das
partículas mais pesadas;
 Aeração: nos tanques de aeração, é fornecido ar para os micro-organismos contidos no
esgoto, fazendo com que estes se multipliquem e se alimentem de material orgânico,
formando lodo e diminuindo a carga poluidora do esgoto;
 Decantação secundária: em uma segunda decantação, o lodo formado se deposita no
fundo do decantador, deixando a parte líquida livre de 90% das impurezas. Esta água
não é potável, mas pode ser lançada nos rios ou reaproveitada para fins de limpeza.

Fase Sólida
O tratamento da fase sólida do esgoto é composto pelas seguintes etapas:

 Entrada de Lodo: a água é separada do lodo sólido através da sedimentação das


partículas mais pesadas;
 Adensamento: os adensadores fazem com que o lodo torne-se mais concentrado
através da separação de uma parte da água;
 Flotação: é introduzida água com microbolhas de ar, contribuindo para a separação da
água do sólido;
 Digestadores: os digestadores recebem o lodo proveniente do sistema de adensamento
e contêm micro-organismos anaeróbios que degradam a matéria orgânica presente no
lodo, gerando gás metano e água;
 Filtros: nos filtros, o lodo proveniente do condicionamento químico é desidratado,
passando a conter 40% de sólidos;
 Despacho: o lodo é armazenado e desidratado para ser disposto em aterros sanitários.

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