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ESQUEMA

DE
TRATAMENTO
DE
ESGOTO
Classificação

Esgotos domésticos:  São aqueles gerados nas atividades


residências e nas instalações hidráulico-sanitárias.

Esgotos não domésticos: Podem ser gerados nos processos


produtivos de indústrias e das prestadoras de serviços, do
comércio e em outros segmentos da atividade econômica.
Razões para tratar os
esgotos
Razão de saúde pública: Reduzir o número de organismos
patogênicos presentes nos esgotos, possibilitando o seu retorno
ao Meio Ambiente sem o risco de transmissão de doenças de
veiculação hídrica.

Razão ecológica: Evitar a degradação ambiental, protegendo a


vida vegetal e animal.

.
Razão econômica: Reduzir o custo do tratamento da água e a
indisponibilidade desse recurso para  diversos usos, dentre
eles o consumo humano, industrial, comercial, assim como
para as comunidades.

Razão estética: Evitar prejuízos ao lazer e ao turismo, pelo


mau aspecto, cheiro,  presença de lixo e animais
transmissores de doenças.

Razão legal: Evitar a depreciação dos patrimônios, pois os


proprietários de áreas a jusante dos lançamentos de esgotos 
têm direitos legais ao uso da água em seu estado natural.
Questão legal
 Algumas prefeituras exigem que todos os imóveis, que
tenham à sua disposição rede de esgotamento sanitário,
sejam  ligados a ela, eliminando outros tipos de lançamento,
como fossas ou até mesmo a céu aberto.
O esgoto a céu aberto é uma fonte contínua de transmissão
de doenças de veiculação hídrica, por meio do contato das
pessoas com o esgoto ou através de insetos e animais que se
multiplicam nesses locais.
ESQUEMA DE
TRATAMENTO
DE ESGOTO
BREVE DESCRIÇÃO DAS
ETAPAS DO TRATAMENTO
GRADE GROSSEIRA:
Retenção dos materiais de grandes dimensões,
como latas, madeiras, papelão, etc.
ELEVATÓRIA DE ESGOTO BRUTO:
Recalque dos esgotos para o canal das grades
médias.
GRADE MÉDIA:
Remoção de materiais, como trapos, estopas,
papéis, etc.
CAIXA DE AREIA:
Remoção da areia contida no esgoto, que, depois
de sedimentada, vai para o classificador de areia.
DECANTADOR PRIMÁRIO:
Remoção do resíduo sedimentável dos esgotos,
gorduras e óleos flutuantes. Estes materiais, após
serem recolhidos por pontes raspadoras, são
bombeados para os digestores.
TANQUE DE AERAÇÃO:
O efluente do decantador primário passa para o
tanque de aeração. Combinando-se a agitação do
esgoto com a injeção de ar, desenvolve-se, no
tanque de aeração, uma massa líquida de
microorganismos denominada "lodos ativados".
Estes microorganismos alimentam-se de matéria
orgânica, contidos no efluente do decantador
primário, e se proliferam na presença do oxigênio.
DECANTADOR SECUNDÁRIO:
Remoção dos sólidos (flocos de lodo ativado), que, ao
sedimentarem no fundo do tanque são raspados para
um poço central, retornando para o tanque de aeração.
A parte líquida vertente do decantador é destinada ao
Rio.
ELEVATÓRIA DE RETORNO DE LODO:
O lodo ativado, recolhido no decantador secundário por
pontes removedoras de lodo, é encaminhado a bombas,
retornando aos tanques de aeração e o excesso do lodo
ao decantador primário .
ELEVATÓRIA DE LODO PRIMÁRIO:
Recalque do lodo gradeado para o interior dos
adensadores de gravidade e digestores.
RETIRADA DO SOBRENADANTE:
Os adensadores e digestores são equipados com
válvulas para a retirada do sobrenadante (líquido que se
separa do lodo digerido), que retorna ao início do
processo.
ADENSADORES DE GRAVIDADE:
Equipado com um removedor mecanizado de lodo e
escuma, de tração central. O efluente é coletado em um
canal periférico e enviado para um sistema de coleta de
efluentes da fase sólida.
DIGESTORES:
O lodo removido durante o processo de tratamento é
enviado aos digestores. São grandes tanques de
concreto hermeticamente fechados, onde, através do
processo de fermentação, na ausência de oxigênio
(processo anaeróbico), se processará a transformação
de lodo em matéria altamente mineralizada, com carga
orgânica reduzida e diminuição de bactérias
patogínicas.
SECADOR TÉRMICO:
Retira a água do lodo proveniente dos digestores,
elevando seu teor de sólidos até o mínimo de 33%,
seguindo para os silos e com destino para agricultura ou
aterro sanitário.
Alguns exemplos dos
efeitos das ações de
saneamento em saúde
Água de boa qualidade para o
consumo humano e seu
fornecimento contínuo asseguram a
redução e controle de: diarréias, cólera,
dengue, febre amarela, tracoma,
hepatites, conjuntivites, poliomielite,
escabioses, leptospirose, febre tifóide,
esquistossomose e outras verminoses.
Coleta regular, acondicionamento e
destino final adequado do lixo
diminuem a incidência de casos de:
peste, febre amarela, dengue,
toxoplasmose, leishmanioses,
cisticercose, salmonelose, teníase,
leptospirose, cólera e febre tifóide.
Drenagem contribui para a eliminação,
redução ou modificação dos criadouros
de vetores transmissores da malária e
de seus índices de prevalência e
incidência.
Esgotamento sanitário contribui para
reduzir ou eliminar doenças e agravos
como a esquistossomose, outras
verminoses, diarréias, cólera, febre
tifóide, cisticercoce, teníase e
hepatites.
Melhorias sanitárias domiciliares
estão relacionadas com a redução de:
esquistossomose, outras verminoses,
escabiose, tracoma e conjuntivites,
cólera, diarréias, febre tifóide e
hepatites.
Melhoria habitacional permite
habitação sem frestas e com condições
físicas que impeçam a colonização dos
vetores da doença de Chagas.
Fossas sépticas
Nos locais não servidos por rede
coletora pública de esgotos, os esgotos
das residências e demais edificações
aí existentes, deverão ser lançados em
um sistema de fossa séptica e
unidades de disposição final de
efluentes líquidos no solo,
dimensionados e operados conforme
normas NBR 7229 e NBR 13969.
Fossa séptica é um dispositivo de
tratamento de esgotos destinado a
receber a contribuição de um ou
mais domicílios e com capacidade
de dar aos esgotos um grau de
tratamento compatível com a sua
simplicidade e custo.
Como os demais sistemas
de tratamento, deverá dar
condições aos seus
efluentes de:
- Impedir perigo de poluição de
mananciais destinados ao
abastecimento domiciliário;
- Impedir alteração das
condições de vida aquática nas
águas receptaras;
- Não prejudicar as condições de
balneabilidade de praias e outros locais de
recreio e esporte; e
- Impedir perigo de poluição de águas
subterrâneas, de águas localizadas (lagos
ou lagoas), de cursos d'água que
atravessem núcleos de população, ou de
águas utilizadas na dessedentação de
rebanhos e na horticultura, além dos limites
permissíveis, a critério do órgão local
responsável pela Saúde Pública.
Fossas sépticas são câmaras
convenientemente construídas para reter os
despejos domésticos e/ou indústrias, por
um período de tempo especificamente
estabelecido, de modo a permitir
sedimentação dos sólidos e retenção do
material graxo contido nos esgotos,
transformando-os bioquimicamente,em
substâncias e compostos mais simples e
estáveis.
De acordo com a definição, o
funcionamento das fossas
sépticas pode ser explicado nas
seguintes fases do
desenvolvimento do processo:
- Retenção do esgoto: O esgoto é
detido na fossa por um período
racionalmente estabelecido, que
pode variar de 24 a 12 horas,
dependendo das contribuições
afluentes.
- Decantação do esgoto: simultaneamente à fase
anterior, processa-se uma sedimentação de 60 a
70%dos sólidos suspensos contidos nos esgotos,
formando-se uma substância semiíquida
denominada de lodo. Parte dos sólidos não
sedimentados, formados por óleos, graxas,
gorduras e outros materiais misturados com
gases, emerge e é etida na superfície livre do
líquido, no interior da fossa séptica, os quais são
comumente denominados de escuma
- Digestão anaeróbia do lodo:
Ambos, lodo e escuma, são
atacados por bactérias anaeróbias,
provocando destruição total ou
parcial de material volátil e
organismos patogênicos.
- Redução de volume do lodo: Do
fenômeno anterior, digestão anaeróbia,
resultam gases, líquidos e acentuada
redução de volume dos sólidos retidos
e digeridos, que adquirem
características estáveis capazes de
permitir que o efluente líquido das
fossas sépticas possa ser disposto em
melhores condições de segurança.
A fossa séptica é projetada de modo a receber
todos os despejos domésticos (de cozinhas,
lavanderias domiciliares, lavatórios, vasos
sanitários, bidês, banheiros, chuveiros, mictórios,
ralos de piso de compartimentos
interiores,etc.),ou qualquer outro despejo, cujas
características se assemelham às do esgoto
doméstico. Em alguns locais é obrigatória a
intercalação de um dispositivo de retenção de
gordura (caixa de gordura) na canalização que
conduz os despejos das cozinhas para a fossa
séptica.
São também vetados os lançamentos
diretos de qualquer despejo que
possam, por qualquer motivo, causar
condições adversas ao bom
funcionamento das fossas sépticas ou
que apresentem um elevado índice de
contaminação por microorganismos
patogênicos.
De bem com a fossa séptica
• Faça um diagrama preciso que
mostre a localização do tanque e de
seus tubos de acesso para saber
exatamente onde se encontra a fossa
no terreno.
• Evite plantas de raiz muito profunda
em áreas próximas, assim como outras
atividades que possam ser prejudiciais
ao sistema.
• Mantenha um registro de limpezas,
inspeções e outras manutenções, sempre
incluindo nome, endereço e telefone dos
técnicos que efetuaram os serviços.
• Faça com que a área sobre a fossa
permaneça limpa, quando muito apenas
com uma cobertura de grama ou relva.
Raízes de árvores ou arbustos podem
entupir e danificar as linhas de dreno.
• Evite que automóveis estacionem
sobre a área e não deixe que
equipamentos pesados sejam
colocados no local.
• Não planeja nenhuma construção
como piscinas e calçadas perto da
fossa.
• Não verta demasiada água sobre
o sistema, nem permita que a
chuva consiga adentrá-lo. Quando
inundada com mais água do que
pode absorver, a fossa reduz sua
capacidade de escoar resíduos e
esgoto, aumentando o risco de os
efluentes se agruparem na
superfície do solo.
• Não escoe para a fossa materiais
que não são biodegradáveis, tais
como plásticos, fraldas e
absorventes, papel higiênico e
guardanapos, já que esses detritos
podem encher o tanque e entupir o
sistema.
• Não descarte óleos de cozinha
e outras gorduras no ralo da pia,
já que tais alimentos se
solidificam e entopem o campo
de absorção da terra.
• Não permita que tintas, óleos de
motor de automóvel, pesticidas,
fertilizantes e desinfetantes entrem no
sistema séptico. Essas substâncias
podem atravessá-lo diretamente,
contaminando os terrenos em volta da
fossa e matando os microrganismos
que decompõem os resíduos.
• Use água fervente para
desentupir ralos, em substituição
a quaisquer produtos cáusticos.
Além disso, faça a limpeza do
banheiro e da cozinha com um
detergente moderado.
Obrigado pela atenção de todos!
 
CLAUDETE

ALEXANDRE

CAROL

BRUNO

CASSIO

JONATAS

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