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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO CAZENGA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA


CURSO ENGENHARIA INFORMÁTICA

IMPLEMENTAÇÃO DA TECNOLGIA VOIP NA REDE LAN


(ESTUDO DE CASO ISPOCA)

Trabalho de Fim do Curso para


obtenção do grau de Licenciatura
(Opção: Redes de Computador)

Por:
INÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO
Orientador: João Claúdio Paco (Engº)

LUANDA, 2017
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO CAZENGA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA
CURSO ENGENHARIA INFORMÁTICA

IMPLEMENTAÇÃO DA TECNOLGIA VOIP NA REDE LAN


(ESTUDO DE CASO ISPOCA)

Trabalho de Fim do Curso apresentado ao


Departamento de Engenharia e Tecnologia do
Instituto Superior Politécnico do Cazenga
(ISPOCA), como requisito parcial para a
obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia
Informática.

Por:
INÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO
Orientado por: Prof. Engº João Claúdio Paco
DEDICATÓRIA

À minha Mãe “Feliciana Joaquim” que tudo


fez para que hoje, tudo fosse materializado.
Aos meus irmão pelo apoio incondicional que
sempre me deram.
AGRADECIMENTOS

À Deus, que me proporciona as oportunidades que tenho na vida, entre elas a


participação nesse curso de Licenciatura e sua conclusão.
À minha família pelo apoio incondicional que me deram sem eles nada do que agora
se materializou seria possível, é claro ao meu irmão Edvan Paulo que tudo fez para que
hoje eu me tornasse Licenciado, o meu muito obrigado.
Aos meus amigos, e colegas pelo apoio e estímulo que sempre me deram em todos
os momentos da minha vida.
À todos que sempre me ajudaram directa ou indirectamente, ao meu orientador Prof.
João Cláudio Paco pela orientação, paciência e dedicação que me prestou.
Em especial a todos os professores que passaram pela minha vida, desde o ensino de
base até a universidade.
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Lista de Siglas e Abreviaturas.................................................................................................i
Listas de Figuras...................................................................................................................iii
Lista de Tabelas e Quadros...................................................................................................iv
RESUMO...............................................................................................................................v
ABSTRACT..........................................................................................................................vi
INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA....................................................................................2
PERGUNTA DE PESQUISA................................................................................................2
Objectivo Geral......................................................................................................................3
Objectivos Específicos...........................................................................................................3
Delimitação............................................................................................................................3
ESTRUTURA DO TRABALHO...........................................................................................4
CAPITULO I –FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................5
1.1 Definição de termos e conceitos......................................................................................5
1.2- Internet............................................................................................................................6
1.2.3- Tendências atuais dos serviços utilizados na Internet................................................7
1.3- Telefonia IP.....................................................................................................................7
1.3.1- Voip (Voice over Ip)...................................................................................................8
1.4- Protocolo IP (Internet Protocol)..................................................................................10
1.5- Comutações...................................................................................................................10
Tabela 1: Comparativo entre Comutação de Circuitos e Comutação de Pacotes. [2]..........12
1.5.1- Protocolos de controle de Gateway............................................................................12
1.5.2- Protocolos de Transporte...........................................................................................12
1.5.3- Redes de acesso..........................................................................................................13
1.5.4- Arquitetura PC-A-PC.................................................................................................13
1.5.5- Arquitetura com Gateway..........................................................................................13
1.5.6- Arquiteturas híbridas..................................................................................................14
1.6- Conceitos de voz..........................................................................................................15
1.6.1- Sinal de voz...............................................................................................................15
1.6.2- Sinal digital................................................................................................................15
1.7- Funcionamento do VoIP..............................................................................................16
1.6- Protocolos.....................................................................................................................17
1.6.1- Protocolo H323..........................................................................................................17
1.5.7- Gatekeeper.................................................................................................................17
1.6.2- SIP (protocolo de sinalização de sessão)...................................................................18
1.6.3- Componentes SIP.......................................................................................................19
1.7- Jitter..............................................................................................................................20
1.7.1- Atraso.........................................................................................................................20
1.8- Silêncio.........................................................................................................................20
1.9- Erros de sequenciamento..............................................................................................20
1.10- Perda de pacotes.........................................................................................................21
1.11- Qualidade de Serviço (QoS) no VoIP.........................................................................21
CAPITULO II: ESTUDO DO EXISTENTE OU RECONHECIMENTO DO ESTUDO
………………………………………………………………………………………....22
2.1 Apresentação do estudo de caso (ISPOCA)..................................................................22
2.1.1- Breve Historial...........................................................................................................22
2.1.2- Estrutura Organizacional Formal do ISPOCA..........................................................22
2.2- Estudo de Caso..............................................................................................................24
2.2.1- Filiais..........................................................................................................................25
2.3- Equipamentos utilizados nas soluções VoIP.................................................................26
2.3.1- Telefone IP.................................................................................................................26
2.3.2- Softphone...................................................................................................................26
2.3.3- Gateway de VoIP.......................................................................................................27
2.3.4- PABX.........................................................................................................................27
2.3.5- Switch Gigabit Cisco.................................................................................................27
2.3.6- Roteadores Cisco (2800) System...............................................................................28
CAPITULO III- IMPLEMENTAÇÃO E RESULTADO ESPERADO........................29
3.1- Soluções Propostas........................................................................................................29
3.1.1- Ambiente de Testes....................................................................................................29
3.1.2- Redes:.........................................................................................................................29
3.1.3- Servidor VoIP............................................................................................................29
3.2- Descrição dos IP´s.........................................................................................................30
Tabela 2: Descrição dos IP´s (Fonte Autor).........................................................................30
3.2.1- VLAN.........................................................................................................................30
3.3- Diagrama Geral da Rede...............................................................................................31
3.4- Cenários 1: Chamada VoIP de um PC para outro PC...................................................32
3.4.1- Cenários 2: Chamada de um Telefone IP para outro Telefone IP.............................32
3.4.2- Cenários 3: Chamada de um Telefone IP para um PC e Vice-Versa........................32
3.4.3- Cenários 5: Chamada de um PC para um Telefone Celular......................................33
3.5- Cronograma de Actividades..........................................................................................33
3.6- VoIP Presente e Futuro na vida das Organizações.......................................................34
CONCLUSÃO......................................................................................................................36
RECOMENDAÇÕES..........................................................................................................37
BIBLIOGRAFIAS................................................................................................................38
ANEXOS..............................................................................................................................39
Lista de Siglas e Abreviaturas

ARQ – Admission Request – Pedido de Admissão.


ATM– Assynchronous Transfer Mode – Modo de Transferência Assíncrono.
DRQ –Disengage Request – Pedido de Divórcio.
DCF -Disengage Confirm – Confirmação de divórcio.
DNS – Domain Name Service – Protocolo de Nomes de Domínios.
FTP – File Transmission Protocol – Protocolo Transmissor de Dados.
GRQ– Gatekeeper Request – Requisição Multicast.
HTTP– Hyper Text Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hirpertexto
IEEE– Institute of Electrical and Eletronics Engineers – Instituto de Engenharia de
Electricidade e Electrónica
IBM – Internacional Business Machines.
IPS – Sistema de Prevenção de Invasão.
IRC – Internet Relay Chat– Conversa Reservada pela Internet
ITU – International Telecommunication Union - União Internacional de
Telecomunicações
IPX– Internet Packet Exchange – Protocolo compatível com redes Novel Netware
ISDN - Rede Digital com Serviços Integrados
IMTC - Consórcio Internacional de Multimédia e Teleconferência
IETF – Internet Engineering Task Force –Força Tarefa para a Engenharia da Internet.
IP– Internet Protocol – Protocolo de Internet
LDAP – Protocolo Leve Para Acessório Ou Directório
MC– Multipoint Controller – Controlador Multiponto
MP –Módulo Processador.
MCU – Multipoint Control Unit – Unidade de Controlo Multiponto
NNTP – Network News Transfer Protocol – Protocolo de Transferência para novas redes.
NTICs – Novas Tecnologia de Informação de Comunicações
PC – Personal Computer – Computador pessoal
PABX – Private Automatic Branch Exchange – Alteração de Filial Automática e
Particular.

iv
PBX – Private Branch Exchange – Alteração de Filial Particular.
PSTN– Public Switched Telephone Network – Rede de Telefonia Alternada Pública.
RTP – Real -Time Transport Protocol – Protocolo de Transporte em Tempo Real.
RTCP – Control Protocol for Real-Time – Protocolo de Controlo de Tempo Real.
RAS – Registration, Admission and Status – Estado de Admissão e Registo
RR – Receiver Reports – Relatório do Receptor
SR – Send Reports – Relatório do Transmissor
SIP – Session Initiation Protocol – Protocolo de Sinalização de Sessão
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência Simples de E-mail.
TTL – Time To Live – Tempo Para Viver
TCP – Transmission Control Protocol – Protocolo de Controlo de Transmissão.
UDP – User Datagram Protocol – Protocolo de Datagrama de Usuário.
VoIP – Voice over Internet Protocol – Voz sobre IP
WWW – World Wide Web –Teia de Alcance Mundial
WAN – Wide Area Network – Rede de Área Longa
VLAN – Virtual Local Area Network – Rede de Área Local Virtual

Listas de Figuras

iv
Figura 1: Arquitetura PC-a-PC [7].......................................................................................13
Figura 2: Arquitetura com Gateway [7]...............................................................................14
Figura 3: Arquitetura Híbrida...............................................................................................14
Figura 4: sinal de voz..........................................................................................................15
Figura 5: Sinal digital..........................................................................................................15
Figura 6: conversor analógico-digital. (RODRIGO, Anderson 2005)...............................15
Figura 7: Comportamento físico do caminho VoIP. (PEIXOTO 2004)............................16
Figura 8: Modelo de arquitetura genérica de VoIP. (BRITO, 2000).................................16
Figura 9: Arquitectura cliente/servidor................................................................................18
Figura 10: Organograma do ISPOCA..................................................................................23
Figura 11: Telefone IP..........................................................................................................26
Figura 12: Softphone............................................................................................................26
Figura 13: Gateway de telefonia (Vocoder) IEN 6000........................................................27
Figura 14: PABX BXS / 20..................................................................................................27
Figura 15: SwitchGigabits Cisco..........................................................................................28
Figura 16: Roteador Cisco....................................................................................................28
Figura 17: Rede Privada Virtual (VLAN)............................................................................30
Figura 18: Arquitectura VoIP proposta na rede do ISPOCA...............................................31
Figura 19: Chamada de um telefone IP para outro telefone IP............................................32
Figura 20: Chamada de um telefone IP para um PC............................................................32
Figura 21: Chamada de um PC para um telefone IP............................................................33
Figura 22: Arquitectura de um PC para um celular..............................................................33

Lista de Tabelas e Quadros


Tabela 1: Classificação das redes quanto a distância.............................................................8

iv
Tabela 2: Relacionamento entre os protocolos IP, TCP, UDP............................................15
Tabela 3: Estrutura do modelo OSI em camadas e protocolo..............................................17
Tabela 4: Descrição dos IP´s (Fonte Autor).........................................................................40
Tabela 5: Cronograma de Actividades.................................................................................43
Tabela 6: Modelo OSI..........................................................................................................53
Tabela 7: Lista de mensagens da aplicação SIP...................................................................54

iv
RESUMO
Cada vez mais as pessoas e as organizações estão usufruindo os benefícios da
convergência dos sistemas de comunicação de voz para as redes IP. Essa mudança está
ocorrendo, sobretudo devido as inúmeras vantagens que a tecnologia promove, seja na
redução de custo envolvidos em infraestrutura de rede que passa a ser compartilhada com a
rede de dados, seja na disponibilidade de novos serviços. Somado a esses factores, a
crescente evolução da infraestrutura de rede que passou a fornecer bandas cada vez
maiores a preços acessíveis com mecanismos mais eficientes de qualidade de serviço,
possibilitou um ambiente fértil para a proliferação das aplicações de Voz sobre IP. Esta
monografia apresenta as principais vantagens de se implementar e analisar uma rede VoIP
(voz sobre IP) em uma rede convergente (como a diminuição de custos nas ligações
telefónicas nacionais e internacionais), com perspectivas de ser usada em qualquer
ambiente que tenha um ponto de rede. A implementação pode tornar-se muito simples e
vantajosa caso a organização já possua uma rede de dados. Como as conversas telefónicas
têm características de tempo real, é necessário utilizar uma boa política de qualidade de
serviço (QoS). A tecnologia VoIP pode ser uma alternativa viável e confiável não apenas
para organizações que querem, reduzir os custos em ligações telefónicas, mas também para
aquelas que querem modernizar a sua telefonia, para melhor gerir a sua infra-estrutura
telefónica. Acrescentar alguns ramais (um ramal por funcionário), estabelecer cotas de
conversação e deixar de ter gastos em centrais telefónicas entre outras possibilidades, para
aumentar ainda mais o crescimento da tecnologia VoIP não só pelo seu carácter mas
também pelo seu custo e benefício.
Palavras-chave: VoIP – análise, perspectivas e implementação.

v
ABSTRACT

More and more people and companies are enjoying the benefits of the convergence
of voice communication systems for IP networks. Such a change is taking place mainly
because of the several advantages offered by this technology, either regarding the reduction
of infrastructure costs, since infrastructure is shared by the data network, or in terms of
availability of new services. In addition to these factors, the increasing progress of the
network infrastructure, which has been providing broader bands at reasonable prices and
more efficient mechanisms of service quality, made it possible to create a fertile
environment that promoted the proliferation of voice over IP applications. This monograph
presents the main advantages of implementing a VoIP network (Voice over IP) in a
converged network (such as reduction of costs in national and international telephone
connections).The implementation can be very simple and advantageous if the organization
already has a data network. As telephone conversations have characteristics of real time is
necessary to use a good policy for quality of service (QoS). The VoIP technology can be a
viable alternative and reliable not only for organizations that want to reduce costs in
telephone connections, but also for those who want to modernize its telecommunications,
to better manage its telephone infrastructure. Add some branches (one branch per official),
to establish quotas for conversation and let you have spent on call centers and other
opportunities to further enhance the growth of VoIP technology not only his character but
also by its cost and benefit.
Word-key: VoIP – Analisation, perspective and implementation.

vi
INTRODUÇÃO

A possibilidade de transmissão de serviços de voz sobre a rede IP, tecnologia


conhecida pela sigla VoIP-Voice over Internet Protocol, tem se mostrado uma solução
bastante atraente no mercado de comunicação mundial. As altas tarifas cobradas pelos
serviços de telefonias convencionais atrelada a uma infra-estrutura de comutação de
circuito que pouco tem evoluído nos últimos anos pouco combinam com a expectativa
dos consumidores frente aos avanços e necessidades de comunicação do mundo
moderno.
Em contra partida, a convergência dos serviços de voz para as redes de dados
proporciona, além da economia de recursos devido à consolidação de uma plataforma
de rede integrada, um aumento de produtividade na medida em que essa integração
facilite o controle sobre a informação com diferentes serviços e aplicações de uma
plataforma tecnológica unificada.
Uma vez o tráfego de telefonia percorrendo por caminhos da Internet as
chamadas telefónicas não são diferenciadas nos requisitos interurbano internacional ou
local, porque na Internet a distância entre dois pontos não é levada em consideração.
Dessa forma esta tecnologia vem promovendo economia para os usuários.
Uma das grandes vantagens do VoIP é a mobilidade. Para as empresas de
telefonia é muito difícil, por exemplo, fazer uma migração de um telefone fixo para
outra central telefónica mantendo o mesmo número, já com o VoIP o usuário pode estar
em qualquer lugar do mundo onde haja um ponto de Internet que o número pode ser o
mesmo.
As principais causas para evolução do mercado de VoIP são as seguintes:
 Baixo custo das chamadas telefônicas,
 Serviços de valores agregados e mensagem unificada,
 União da infra-estrutura de dados/voz.
O sistema de VoIP consiste de um número de diferentes componentes:
 Gateway/Media Gateway, Gatekeeper, Call Agent, Signaling Gateway, Media
Gateway Controller e Call Manager.
Pretende-se nesta monografia dar ao leitor uma visão geral das principais
questões relacionadas com à implementação da tecnologia VoIP.

37
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA

A razão deste trabalho assenta-se na necessidade de suprir os problemas associados


com:
 Desconhecimento por parte de muitas organizações sobre a tecnologia VoIP e suas
características para uma futura utilização.
 Pouca informação técnica no Instituto Superior Politécnico do Cazenga (ISPOCA)
sobre a tecnologia de VoIP.
 Falta de medidas de segurança aplicada as comunicações telefónicas actuais em uso na
instituição.
PERGUNTA DE PESQUISA
Considerando os problemas identificado em cima a nossa problemática resumiu-se em
como promover a implementação da tecnologia VoIP, suas aplicações e os seus
benefícios no Instituto Superior Politécnico do Cazenga?
HIPÓTESE
Observando de uma maneira geral a situação que se encontra a escola, viemos
propor ao Responsável da Escola o seguinte:
 Implementar um sistema de Telefonia de Voz sobre IP (VoIP) tendo o computador
como ferramenta de tratamento;
 Demonstrar as possibilidades ou os benefícios da tecnologia VoIP para a
implementação da rede VoIP nas instituições.

JUSTIFICATIVA
A utilização da tecnologia VoIP proporciona a segurança, confiabilidade,
integridade e minimizará custo em sua utilização. Por isso a importância de se analisar
as soluções apresentadas no mercado (que fazem uso da tecnologia VoIP) nas redes de
computadores e se possível, identificar melhorias que agreguem valor as aplicações e
facilitem o seu uso. Imaginem as empresas que até o momento estão investindo
e ampliando cada vez mais suas redes banda larga, e se deparam com uma
tendência mundial que é a reestruturação da rede para suportarem outros serviços
como VoIP e vídeo. Agora imagine se esta empresa não ceder às tendências de
mercado e se estagnar no único ramo de Internet rápida onde o mercado já conhece e
esta aguardando novidades. Por isso é necessário um planejamento para dosar o
tamanho do investimento com a malha de clientes interessados na tecnologia.

37
METODOLOGIA
Métodos
Método Histórico: Nos permitiu conhecer a Historia do “ISPOCA”, seu
surgimento e sua evolução até nos dias de hoje.
Método descritivo: Nos permitiu-nos de descrever factos sem a manipulação,
buscando com precisão distribuir a frequência em que um fenómeno ocorre e a sua
relação com outros factores.
Técnicas
Documentos: vamos consultar os diferentes tipos de documentos de trabalho
que a direcção colocar a nossa disposição.
Bibliográficas: onde podemos consultar os diferentes livros e monografias,
fascículos e arquivos.
O estudo de caso faz-se necessário devido a necessidade de comprovar que é
possível utilizar-se da comunicação VoIP em uma rede de computadores sem que para
isso seja necessário abrir mão do requisito segurança, ou ainda, colocando o mesmo em
situação de fragilidade.
Objectivo Geral
Apresentar o projecto técnico que caracterize os principais aspectos a se ter em
conta para a implementação da tecnologia VoIP numa rede LAN do Instituto Superior
Politécnico do Cazenga.
Objectivos Específicos
 Fazer uma breve abordagem sobre a rede como um sistema de comunicação;
 Descrever as principais vantagens da tecnologia VoIP numa organização;
 Fazer uma breve abordagem sobre os principais protocolos utilizados em VoIP;
 Desenvolver estudos sobre a segurança das redes de voz sobre IP;
 Identificar os principais equipamentos utilizados na tecnologia VoIP numa rede
LAN.
 Concepção e configuração da rede VoIP.
Delimitação
Todo trabalho científico deve ser delimitado no espaço e no tempo. O nosso
trabalho esta delimitado quanto ao espaço o Departamento de Engenharia e Tecnologia,
especificamente no curso de Engenharia Informática, quanto ao tempo consideramos os
dados de 2008 ate hoje.

37
ESTRUTURA DO TRABALHO

Assim para atingir os objectivos propostos, o presente trabalho além da


Dedicatória, Agradecimentos, Resumo, Índice, Introdução, Conclusão, Recomendação,
Bibliografia e anexos Conta com mais três (3) capítulos que foram organizados da
seguinte forma:
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Abordagem sobre:
1. Definição de termos e conceitos.
2. Internet.
3. Telefonia voip e seu funcionamento.

CAPITULO II: ESTUDO DO EXISTENTE OU RECONHECIMENTO DO ESTUDO


Abordagem sobre:
1. Apresentação do estudo de caso (ISPOCA)
2. Estudo de caso.
3. Equipamentos utilizados nas soluções VoIP.

CAPITULO III: IMPLEMENTAÇÃO E RESULTADO ESPERADO


1. Soluções Propostas
2. Diagrama Geral da rede
3. Voip Presente e Futuro.

37
CAPITULO I –FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Definição de termos e conceitos

Este capítulo apresenta a base teórica, concernente a implementação da


tecnologia voip, dispositivos de redes e infra-estruturas convergentes. Foram também
abordados outros conceitos relativamente ligados à solução apresentada. Tendo em
conta um melhor entendimento da problemática a investigar no presente estudo, importa
explorar o que já foi estudado e estabelecido por outros autores. Clarificar conceitos
permite também, estabelecer um quadro teórico de referência para a interpretação dos
resultados da investigação.
A comunicação é uma das maiores necessidades da sociedade humana desde os
primórdios de sua existência”. E o uso de redes de computadores possibilitou ao homem
moderno não somente que se comunicasse compartilhando informações, mas que
também o fizesse a longas distâncias e em tempos reais. [1].
As redes de computadores surgiram da necessidade da troca de informações,
onde é possível ter acesso a um dado que está fisicamente localizado longe de você.
Além da vantagem de se trocar dados, há também a vantagem de
compartilhamento de periféricos, que podem significar uma redução nos custos de
equipamentos e descentralização dos recursos computacionais. Existem dois tipos de
tecnologia de transmissão, as redes de difusão e as redes ponto a ponto.
As redes de difusão (broadcasting) têm apenas um canal de comunicação
compartilhado por todas as máquinas. Os pacotes enviados por uma das estações são
recebidos por todas as outras. Um campo dentro do pacote especifica o seu destinatário.
Quando uma estação recebe um pacote, ela analisa o campo destinatário e, se o pacote
for endereçado para si mesma, ela o processará, ao passo que se for destinado a outra
máquina ela o ignorará. Seu uso é comum em configurações de pequeno porte, como as
redes doméstica de pequenos laboratórios e escritórios, já que seu custo de implantação
é baixo.
As redes ponto a ponto são tecnologias de transmissão de dados que utilizam
uma mídia não compartilhada para conectar pares de computadores.
Embora haja excepções, geralmente redes menores tendem a usar a tecnologia
de difusão e as maiores, os sistemas ponto a ponto.

37
1.2- INTERNET

A Internet teve origem no projeto Advanced Research Project Agency


(ARPANET) do Departamento de Defesa Norte Americano em 1969 em plena
guerra fria e tinha como importante característica a continuidade do funcionamento
da rede, isto pelo fato de ser um alvo para os inimigos, esta rede foi projetada
bastante descentralizada a ponto de não ser obstruída por eventuais ataques em
alguns de seus pontos. A princípio esta rede era composta pela interligação de
quatro computadores onde já era possível a realização de trocas de informações
através de e-mail.
Quando foi superado aquele período conturbado da guerra fria, o Departamento
de Defesa Norte Americano deixou de investir idéias para programar aquele ambiente
estratégico que foi criado, e então, cederam de certa forma as responsabilidades
das evoluções aos cientistas que por sua vez levaram até as universidades que então
levaram para outras universidades em outros países e sucessivamente até chegar aos
lares dos pesquisadores, empresas e cidadãos comuns.
Depois do TCP/IP, foi a vez do WWW (World Wide Web) trazer uma gama
de melhorias para a rede Internet. Dessa forma, o conteúdo e o acesso a Internet ficou
mais atraente possibilitando incorporar imagens e sons neste ambiente.
Além disso, este novo sistema possibilitava a localização de arquivos ou sites
na grande rede a partir de um endereço único agregado a cada página.
A Internet surgiu com o intuito de oferecer um serviço limitado a pesquisas e
trocas de informações através das interligações entre Universidades, campos de
pesquisas e pessoas interessadas, promovendo assim um maior desenvolvimento
científico dos diversos assuntos, devido à velocidade nas trocas de informações e a
diversidade de conteúdo, devido à facilidade de disseminação dos dados.
Nos anos subseqüentes ao lançamento da Internet ao mercado, foram
surgindo ambientes de navegação e estruturas de transmissão, que proporcionavam
melhores interfaces para navegação, bem como meios de transmissão que permitiram
incorporar outras tecnologias para proporcionar melhoria nos serviços dedicados
aos usuários. Foi neste ponto que os horizontes da Internet começaram a ser
traçados.

37
1.2.3- Tendências atuais dos serviços utilizados na Internet

A Internet é uma ferramenta que encurta os caminhos naturais dos processos


rotineiros, ou seja, através de um computador e um ponto de Internet é
possível fazer movimentações bancarias fazer compras inclusive de automóveis,
reservas em hotéis etc. sem precisar se deslocar. Atualmente o usuário pode utilizar o
computador ligado a Internet para substituir o telefone fixo padrão, através da
tecnologia VoIP (voz sobre IP, que será abordado adiante) podendo economizar
com interprovinciais, e mais uma vez a Internet encurtando caminhos. O usuário tem
acesso a TV com multicanais através da Internet, enfim é muito vasta a
disponibilidade de serviços que podemos encontrar na Internet.
Este é um exemplo claro da evolução dos meios de acesso à
Internet que promoverá uma expansão ainda maior nos diversos serviços
oferecidos pela rede mundial de computadores e o mais importante é a
facilidade (comodidade), para o usuário poder acessar, neste caso, serviços
como o VoIP, vídeo e banda larga.
Se formos fazer uma comparação, entre o acesso discado e a banda larga em
relação à quantidade de informações, o resultado é impressionante. Com a banda
larga as pessoas permanecem muito mais tempo conectadas, ou seja, os usuários
estão tendo acesso a muito mais informações.

1.3- Telefonia IP

È muito comum a tecnologia VoIP ser confundida com a telefonia IP, apesar de
ambas serem idênticas na verdade são diferentes, a telefonia IP é uma versão evoluída
do VoIP.
Para um serviço ser caracterizado como telefonia IP, é necessário que este tenha
no mínimo funcionalidades e qualidades equivalentes a telefonia convencional. [9]
A telefonia IP faz uso de aparelhos telefónicos específicos (ver anexos), e utiliza
de forma efectiva as redes de computadores (como por exemplo a Internet), esses
dispositivos possibilitam a transmissão de voz em tempo real, as vezes com qualidades
que igualam ou superam as telefonias convencionais, (com centrais telefónicas
hierárquicas).

37
O que é muito interessante pois a telefonia IP consegue ser muito eficiente sem
necessitar de centrais telefónicas e ainda pode apresentar vantagens de integração,
aplicação, mobilidades e convergência com outros serviços de dados, como vídeo e e-
mail. [3]
Integração: é a vantagem mais evidente, pois duas estruturas independentes de
dados e telefonia passam a utilizar uma mesma infra-estrutura para voz e dado, que
pode trazer economia de investimento inicial, suporte e manutenção.
Aplicação: por estarem totalmente interligados a rede de dados, a telefonia IP
podem funcionar com computadores ligados a Internet.
Mobilidade: por ser feito via rede de computadores a telefonia IP pode utilizar a
Internet como meio de comunicação e desta forma através de uma conexão em banda
larga pode ficar activo em qualquer lugar do mundo, e trabalhar como se estivesse na
empresa a fazer e receber ligações.
Convergência: à medida que os serviços da Internet rápidos baixam de preço e
ficam cada vez mais acessíveis, existe a possibilidade de convergência de outras
aplicações, como a de vídeo-conferência junto com a voz. Desta forma o computador
com uma webcam passa a funcionar como a imagem da pessoa com quem esta a falar.

1.3.1- VOIP (VOICE OVER IP)

VoIP é um conjunto de tecnologias que usam a Internet ou as redes IP


privadas para a comunicação de Voz, substituindo ou complementando os sistemas
de telefonia convencionais. [11]
A tecnologia VoIP (Voice Over Internet Protocol) é um sistema de telefonia e
fax baseado na rede de pacotes IP, onde os pacotes utilizam a Internet em vez de
utilizar a rede de telefonia convencional. O VoIP unifica telefonia e dados numa só
rede, onde o tráfego relativo a voz é levado para as redes de dados.
Uma vez o tráfego de telefonia percorrendo por caminhos da Internet as
chamadas telefônicas não são diferenciadas nos r e quesitos interprovincial,
internacional ou local, porque na Internet a distância entre dois pontos não é levada
em consideração. Dessa forma esta tecnologia vem promovendo economia para
os usuários. Uma das grandes vantagens do VoIP é a mobilidade.

37
Para as empresas de telefonia é muito difícil, por exemplo, fazer uma
migração de um telefone fixo para outra central telefônica mantendo o mesmo
número, já com o VoIP o usuário pode estar em qualquer lugar do mundo onde haja
um ponto de Internet que o número pode ser o mesmo.
Mas foi em Israel no ano de 1995 altura em que só era possível a comunicação
entre computadores (PC a PC) que a empresa VocalTec communications, criada em
1994 desenvolveu um software denominado Internet Phone Software, projecto que
consistia na percepção do sinal de voz, que era traduzido em pacotes de dados e
lançados na rede. Ou seja era feito a digitalização da voz, comprimindo-a e
transmitindo-a através da rede. No princípio só era possível a ligação entre dois
computadores, e a tecnologia só funcionava se a pessoa que ligasse e a que recebesse a
ligação tivessem os mesmos equipamentos e softwares.
A qualidade era baixíssima, com vários cortes e atrasos. Mas sem dúvida, foi
muito importante para alcançarmos o desenvolvimento que temos hoje. Nos últimos anos
tem-se observado mudanças nas redes telefónicas convencionais.
Em Angola hoje já temos operadoras de telecomunicações voltadas para esta
tecnologia como a MS Telcom (Mercury Sistem Telecomunications), Angola Telecom
(operadoras de telefonia convencional), a Movicel e agora a Unitel (ambas as ultimas
operadoras de telemóveis), estas operadoras estão a começar a implementar esta
tecnologia. [3]
A telefonia tradicional está a dar lugar a modernização, começando a integrar os
serviços e a convergir diferentes tipos de tecnologias (voz e dados). Esta faz com que as
redes de telefonia utilizem o mesmo caminho das redes de dados para a transmissão de
voz, desta forma é possível que ao usar-nos um microfone, uma caixa de som e um
software apropriado, pode-se estabelecer uma ligação para telefones fixos utilizando o
computador.
Este serviço recebe o nome de Softphones, mas existem também aparelhos
telefónicos apropriados para redes IP (aparelhos IP) que fazem o mesmo serviço e são
denominados hardphones.
Para se manter uma transmissão de voz dentro da rede, o VoIP captura a voz,
que é transmitida de forma analógica e transforma-a em pacotes de dados que são
enviados por qualquer rede TCP/IP em forma digital. Assim, é possível trabalhar esses
pacotes pela Internet. Quando o destino recebe os pacotes, estes são transformados em
sinais analógicos e transmitidos de uma maneira que seja possível ouvir.

37
Durante a instalação de um sistema VoIP, pelo menos um gateway de telefonia é
instalado em cada ponto da rede, e é atribuído um número de localização que identifica
o endereço IP de cada equipamento.
Para que a tecnologia VoIP funcione, deve-se investir na qualidade de
serviço (QoS) que dará prioridade a voz dentro da rede, e para termos qualidade na
transmissão de voz é necessário que os pacotes que transmitem a voz tenham prioridade
dentro do encaminhador. Para que isso se torne possível, a solução esta no aumento da
largura de banda, o aumento da velocidade de transmissão e recepção de dados. [3]

1.4- Protocolo IP (Internet Protocol)

“O protocolo IP foi projetado para permitir a interconexão de redes de


computadores que utilizam à tecnologia de comutação de pacotes. O ambiente inter-
rede consiste em host (equipamentos) conectados à rede, que por sua vez são
interligados atravéz de um gateway (também conhecido por Router, cuja
responsabilidade é de interligar redes distintas)”. (Soares, Luiz Fernando G - 1997)
O IP possui um mecanismo de transmissão sem conexão e não- confiável
cuja principal função é transferir blocos de dados denominados datagramas da origem
até o destino, onde a origem e o destino são hosts identificados por endereços IP, que
são números com 32 bits utilizados para identificar uma conexão à rede, ou seja,
o endereço IP, não identifica um máquina individual, mas sim uma conexão à inter-
rede. Assim um gateway que interconecta várias redes possui todos os endereços IP
de cada conexão com os vários hosts.
As principais características do protocolo IP
são:
 Roteamento distribuído nos gateways.
 Identificação das conexões dos hosts.
 Serviço de datagrama não confiável.
 Fragmentação e remontagem de pacotes.
 Controle do tempo de vida dos pacotes (descarte).

1.5- Comutações

Comutação é o conjunto de operações para interligar circuitos que permitem a


conexão entre dois ou mais assinantes. [2]

37
Dentro do atual sistema telefônico, existem dois tipos de comutação: comutação
de circuitos e comutação de pacotes.
No sistema telefônico convencional, quando as chamadas são realizadas, um
trajeto de fios de cobre é percorrido, do emissor ao receptor. Esse trajeto é desenvolvido
pelo equipamento de comutação do sistema telefônico. Tal processo é denominado
comutação de circuitos. [2]
Comutação de circuitos pelo fato de que dados só poderão ser enviados após
estabelecido um caminho de um nó até o outro da rede. Essa é uma das vantagens dessa
técnica, pois ao estabelecer a conexão por meio do caminho de cobre, o atraso estimado
para a entrega dos dados é apenas o tempo de propagação de um sinal eletromagnético,
cerca de 5 ms por 1000km. Uma outra vantagem está na questão de não haver
congestionamentos na comunicação após esta estabelecida. O risco que se corre é
congestionamento antes de estabelecer a conexão (sinal de ocupado) devido à
capacidade do tronco. [2]
Já em outra extremidade do assunto, existe a comutação de pacotes. Técnica esta
que impõem um limite máximo para o tamanho do pacote.
A comutação de pacotes não permite que usuários ocupem toda a rede para a
transmissão de seus dados. Essas redes operam bem com a manipulação de tráfego
interativo. Na maioria dos casos, as redes de computadores utilizam a comutação de
pacotes. [2]
Uma das principais particularidades da comutação de circuitos em relação à de
pacotes, é que ela consome totalmente a largura da banda antes de estabelecer a
conexão. A comutação de pacotes permite que pacotes distintos sejam transmitidos, sem
que parte da banda seja desperdiçada.
E uma última diferença muito significativa para desenvolvermos parte desse
trabalho é entender como tais técnicas de comutações são tarifadas.
A comutação de circuitos baseia suas tarifas na distância e no tempo, e é
indiferente quanto ao tráfego. Ao contrário, a comutação de pacotes está ligada ao
número de bytes transmitidos e no tempo de conexão.

37
Abaixo, a Tabela 1(um) apresenta o comparativo dos dois tipos de comutação:
Comutação de Circuitos Comutação de Pacotes
Caminho de “cobre” SIM NÃO
Largura de Banda Disponível FIXA DINÂMICA
Largura de Banda potencialmente
desperdiçada. SIM SIM
Transmissão store-andforward NÃO SIM
Cada pacote segue a mesma rota SIM NÃO
Configuração de chamada Necessária Desnecessária
Quando pode haver
congestionamento. Durante a configuração Em todos os pacotes
Tarifação Por minuto Por pacote
Tabela 1: Comparativo entre Comutação de Circuitos e Comutação de Pacotes. [2]

1.5.1- Protocolos de controle de Gateway

São protocolos responsáveis pela interoperabilidade entre a rede VoIP e a rede


telefônica pública. Executa a conversão de mídia em tempo real (Voz analógica x Voz
digital comprimida) e a conversão de sinalização para as chamadas telefônicas que
entram e saem da rede VoIP.

1.5.2- Protocolos de Transporte

Protocolo de transporte, em redes de computadores, é o protocolo da camada de


transporte de dados do modelo OSI. Os dois protocolos mais utilizados nesta camada
são: TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol). [4]
O protocolo TCP é orientado à conexão. Nesse caso, a conexão
estariasolucionando os problemas de erros que não foram solucionados ao nível de IP.
Dessa forma, o TCP tem a missão de recuperar pacotes, ou avaliar se há duplicidade nos
mesmos, ou seja, assegurar a integridade dos dados.
O protocolo (fornece) um número seqüencial para cada pacote, garantindo que
os mesmos sejam entregues na mesma ordem de postagem em seu destino.
Protocolos trabalham com conceitos de portas, o que permite que vários programas
estejam em funcionamento, sem que um interrompa o outro, trocando pacotes com um
ou mais serviços.
O protocolo UDP é um padrão TCP/IP, e é utilizado em algumas aplicações em
vez do TCP para o transporte rápido de dados. Uma das principais diferenças entre o
TCP e o UDP é o fato de que o UDP é um protocolo não orientado à conexão, e que
também não faz a verificação dos dados.

37
A definição de portas UDP é idêntica ao conceito de portas TCP, porém a
maneira de como as portas são utilizadas é que se difere. Devido a essas características,
se um host necessita de uma comunicação confiável, ele certamente deverá usar o TCP
em um aplicativo que ofereça seus próprios serviços de confirmação e seqüênciamento.
[4]

1.5.3- Redes de acesso

Na telefonia IP, a rede é plana, não hierárquica, especializada no roteamento e


transporte de pacotes de dados, e pode oferecer vários tipos de serviços. Os terminais
são inteligentes, seu endereçamento independe de sua localização geográfica, e o
processamento e a realização das chamadas ocorrem em vários equipamentos que
podem estar localizados em qualquer parte da rede. [4]
No caso específico de VoIP, o acesso pode ser obtido através de um serviço IP
ligando computadores ou IP phone, e ainda por uma herança analógica, handsets através
de um gateway.

1.5.4- Arquitetura PC-A-PC

Conforme apresentado na Figura 1 (um), nessa arquitetura dois computadores,


dotados de recursos multimídia ligados por uma rede local ou Internet, se comunicam
para a troca de sinais de voz. Entre essa conexão são realizados três processos de
tratamento do sinal de voz para que se tenha uma comunicação perfeita, são eles:
amostragem, compressão e empacotamento.

Figura 1: Arquitetura PC-a-PC [7]

1.5.5- Arquitetura com Gateway

Na arquitetura com Gateway, um telefone específico (tipo VoIP com


reconhecimento do SIP) é utilizado para realizar e receber chamadas da Internet. O
usuário faz a conexão para seu gateway mais próximo, e esse tem a função de
reconhecer e validar o número telefônico do usuário de origem.

37
Após esses passos, é realizada a autenticação e a solicitação do número do
usuário de destino, conforme ilustrado na Figura 2 (dois).

Figura 2: Arquitetura com Gateway [7]

Assim, após gateways de entrada e saída serem reconhecidos, inicia-se a


transmissão dos pacotes fim-a-fim. O processo de codificação do sinal e seu respectivo
empacotamento são realizados no próprio gateway de origem enquanto o inverso é
realizado no destino. A digitalização do sinal pode ser feita tanto no gateway, quanto na
central e ainda no telefone.

1.5.6- Arquiteturas híbridas

Ilustrado na Figura 3 (três), nessa arquitetura o usuário de um telefone analógico


(convencional) realiza (ou recebe) uma ligação de um usuário de PC ou telefone IP. Em
tais aplicações deve haver um sistema de translação de endereços IP em números
telefônicos. Para tal feito podem ser empregadas quatro variações: PC-a-PC, PC-a-
Gateway, Gateway-a-Gateway, Gateway-a-PC.

Figura 3: Arquitetura Híbrida

Numa rede o tráfego de voz exige muito mais largura de banda do que a
comunicação de dados, uma vez que para garantir a qualidade, a transmissão deve ser
feita em tempo real e a perda de um pacote pode causar a degradação do sinal.

37
1.6- Conceitos de voz

A voz é caracterizada por um sinal analógico, ou seja, sinal que sofre


variações no decorrer do tempo, assumindo qualquer valor de amplitude até onde
vai à capacidade humana.

1.6.1- Sinal de voz

Figura 4: sinal de voz.

Ao se transmitir um sinal de voz em um meio físico como par


metálico ou par trançado, torna-se necessário a digitalização deste sinal, ou seja,
agora os sinais devem assumir valores pré-determinados no decorrer do tempo,
adquirindo variações descontinuadas na sua amplitude.

1.6.2- Sinal digital

Figura 5: Sinal digital

Então para transformar um sinal analógico em um sinal digital, é necessário


que transforme primeiramente em sinal elétrico e consequentemente a utilização
de um conversor analógico-digital para padronizar a amplitude da freqüência.
Da mesma forma é necessária a utilização de conversor digital-analógico para
que o destinatário receba o sinal enviado da forma que foi falado. Este conversor é
similar ao que converte analógico-digital.

37
Figura 6: conversor analógico-digital. (RODRIGO, Anderson 2005)

1.7- Funcionamento do VoIP

Antes de qualquer coisa é importante salientar que para a pratica do


VoIP, é essencial que se utilize um acesso banda larga com a Internet. A
largura de banda compromete diretamente na velocidade na transmissão dos
pacotes e consequentemente na qualidade do serviço.
De forma bem simples, o funcionamento ou comportamento da voz
sobre protocolo IP se processa da seguinte forma:

• A voz captada pelo microfone (origem) com característica


analógica é primeiramente codificada (codec) para reduzir a taxa de
transmissão de bits, consequentemente são “empacotados” no padrão IP (pilha IP)
e lançados na rede Internet. No destino os “pacotes” são desempacotados (pilha
IP) e decodificados antes de serem enviados para o receptor.

Figura 7: Comportamento físico do caminho VoIP. (PEIXOTO 2004)

A forma genérica do funcionamento do VoIP mostrada acima


pode assumir várias topologias ou arquitetura de funcionamento, nomes
específicos e equipamentos dedicados. A seguir vamos mostrar uma
topologia simples para nos ajudar a compreender esta forma inovadora de
comunicação de voz.

37
Figura 8: Modelo de arquitetura genérica de VoIP. (BRITO, 2000)

Mas o funcionamento não é tão simples quanto parece. Existe uma série de
protocolos que são responsáveis pelo o funcionamento ideal do VoIP.
1.6- Protocolos

Existem alguns protocolos que são essenciais para que a voz seja empacotada,
transmitida pelo emissor e entendida pelo receptor. Para que seja possível a
comunicação via VoIP pelas diferentes redes, mais do que nunca é
necessário um conjunto de protocolos padronizados para que aconteça a
comunicação. [6]
Os protocolos mais usados atualmente são:

• H323 ITU
• SIP IETF

1.6.1- Protocolo H323

A versão1 do H.323 criada em 1996 para a transmissão da voz sobre a


tecnologia de rede local (LAN) com base em IP (Protocolo de Internet), IPX (Protocolo
compatível com redes Novel Netware – Internet Packet Exchange) e Apple Talk. O
H.323 pertence a série H que trata dos sistemas e equipamentos de telefone visual para
redes locais e não garantem qualidade de serviço ou seja trata dos sistemas de áudio e
multimédia, também estabelece padrões de codificação e descodificação e é um padrão
exclusivo para rede LAN, do ITU-T.
Originalmente antes já se tinha tido experiência com as comunicações
multimédia durante o desenvolvimento do H.320 que trata das conferências multimédia
para redes com base em ISDN (Rede Digital com Serviços Integrados).
Esse antecedente teve algumas consequências boas para o H.323, como boa
interoperabilidade com o H.320 e algumas consequências não muito boas como uma
estrutura pesada desnecessária.

1.5.7- Gatekeeper

Elemento opcional da rede H.323. São necessários para assegurar a


confiabilidade e uma comunicação comercialmente viável. É comumente chamado de
cérebro de uma rede H.323 por causa dos serviços de controle e gerenciamento

37
centralizado que oferece. Quando existe um gatekeeper, todos os endpoints (terminais,
gateways e MCUs) devem se registrar com ele. Mensagens de controle de registro de
endpoints são roteadas através do gatekeeper.
O gatekeeper e os endpoints por ele administrados formam um zona de
gerenciamento.
Serviços oferecidos pelo gatekeeper a todos os endpoints em sua zona:

 Tradução de endereçamento – O gatekeeper mantém uma base de dados para a


tradução entre aliases, tais como números telefônicos internacionais e endereços
de rede.
 Admissão e controle de acesso de endpoints – Este controle pode ser baseado
em disponibilidade de banda, limitação do número de chamadas H.323
simultâneas o privilégios de registro de endpoints.
 Gerenciamento de banda – Administradores de redes podem gerenciar a banda
apenas especificando limitações no número de chamadas simultâneas e
limitando a autorização de terminais específicos a realizar chamadas em horários
específicos.
 Capacidade de roteamento – Um gatekeeper pode rotear todas as chamadas
originadas ou terminadas em sua zona. Esta capacidade fornece numerosas
vantagens. Primeiro, informação de accouting das chamadas podem ser mantidas
para cobrança e segurança. Segundo, um gatekeeper pode re-rotear uma chamada
para um gateway apropriado baseado na banda disponível. Terceiro, re-roteamento
pode ser usado para desenvolver vários serviços avançados, tais como:
endereçamento móvel, call forwarding e voice mail.

1.6.2- SIP (protocolo de sinalização de sessão)

O protocolo SIP originado na década de 90 foi desenvolvido pela universidade de


Colombia, aprovado pela IETF. Definido para gerir os termos e as sessões para troca de
fluxo multimédia entre aplicações. [8]

37
Figura 9: Arquitectura cliente/servidor.

O SIP baseia-se em enviar mensagens de texto, e estabelecer sessões entre


usuários, oferecendo recursos para a sua localização, controle de chamada e gerência de
participantes em uma conferência.
Este protocolo é do tipo cliente-servidor, As requisições geradas por uma
entidade cliente são enviadas para uma entidade do tipo servidor. O servidor processa a
mensagem e devolve ao cliente uma resposta.

1.6.3- Componentes SIP

Tendo como base uma estrutura de tipo cliente-servidor, o SIP possui dois
componentes principais: o agente cliente (User Agent Client) e servidor SIP (User
Agent Server).
Uma aplicação SIP tem basicamente três tipos de servidores distribuídos pela rede,
servidor de registo, o servidor Proxy e o de redireccionamento. [10]

O agente cliente (User Agent Client): como o próprio nome indica está
residente no cliente e tem a finalidade de dar início às chamadas e enviar as requisições.
Pode originar ou terminar uma sessão SIP. O agente cliente pode ser um telefone SIP,
um cliente PC (softphone) ou até mesmo um gateway SIP.
O agente servidor SIP (User Agent Server): este residente no servidor, e é
responsável pela resposta das requisições feitas pelo agente cliente.
Uma aplicação SIP possui basicamente três tipos de servidores distribuídos pela rede.
Servidores de Registo: servidor onde os clientes devem registar-se de modo a
serem localizados por outros clientes na rede.
Servidores Proxy: são os responsáveis por encaminhar as requisições dos
clientes para outros servidores são denominados next-hop Servers (O servidor next-
hoppode ser outro servidor Proxy, ou um servidor de redireccionamento), e estabelecem
assim a comunicação entre as partes.

37
Servidores de Redireccionamento: são os responsáveis por redireccionar os
clientes para outros clientes. Ou seja recebem as requisições e determinam um servidor
next-hop.

Estes protocolos são responsáveis pela transmissão da voz com qualidade, ao


ponto que não haja interrupções. Por isso que estes protocolos são de tempo
em tempo atualizados para mais e melhor atender os usuários.
1.7- Jitter
O Jitter é percebido quando a rede entrega os pacotes ou células com
uma latência ou atraso variável, onde afeta principalmente a comunicação de áudio
porque pode causar pops que são estouros e clicks que provoca sons rápidos.
1.7.1- Atraso
Atraso ocorre em aplicações de tempo real, tais como VoIP,
videoconferência, por serem sensíveis ao atraso. A rede também contribui para
latência no atraso de propagação, atraso de transmissão, atraso de armazenamento
e reenvio e atraso de processamento, isto devido a própria característica da rede
Internet, ou seja, perda de pacote, erro de sequenciamento, que são eventos
normais no que se diz respeito à transmissão de dados.
1.8- Silêncio
A conversação normal possui intervalos de silêncio, o que pode gerar
um desperdício de recursos em se tratando de alocar uma possível banda fixa,
como ocorre com a telefonia convencional. Como forma de melhorar o uso
da banda, deve-se empregar algoritmos de compressão de voz e supressão de
silêncio. Com a compressão, consegue-se obter áudio de boa qualidade numa
banda menor. “ Os algoritmos de compressão empregam a supressão de
silêncio, eliminando as pausas, que ocupam até 40% da conversação telefônica,
e ocupando a banda por outros pacotes quando intervalos de silêncio ocorrem.
Entretanto, há que se levar em consideração que com a compressão, os pacotes
de voz aumentam a sensibilidade a perdas, donde vemos a importância dos
mecanismos que evitam tais características”. (NETO, Almir Pires 2004).

1.9- Erros de sequenciamento

Durante o transporte dos pacotes de Voz pela rede a ordem ou seqüência dos
mesmos pode ser alterada devido ao comportamento dos protocolos de roteamento
existentes nas redes pelas quais os pacotes são transportados.

37
Mecanismos de sequenciamento são implementados pelos protocolos de
controle da tecnologia VoIP para evitar que haja problema na recepção da voz pelo
ser humano. Os mecanismos utilizados para controlar a perda de pacotes são
aplicados aqui com a mesma finalidade.

1.10- Perda de pacotes

A prioridade e o controle de congestionamento certamente diminuem a perda


de pacotes. Contudo, os roteadores devem empregar técnicas de bufferização e
ocultamento de erros, para compensar os atrasos e perdas de pacotes que ocorrem de
forma inevitável. Buffers na extremidade receptora enfileiram uma pequena
quantidade de pacotes, antes de sua execução, eliminando as variações de atrasos que
podem ocorrer na rede.
Podem ser implementados métodos de estimação do conteúdo de pacotes
perdidos baseados nos pacotes previamente enviados, de forma a repor a
informação ausente.
Contudo, o que podemos afirmar hoje em dia sobre o VoIP, é que ele é uma
tecnologia do presente e que no futuro próximo, será uma pequena parte do que
poderá ser colocado à disposição do assinante em termos de serviço agregado. Isso é o
que anunciam as revistas de tecnologia, pois com a revolução da informação as
tendências de serviços agregados no tão antigo serviço de voz e nos vários meios de
comunicação são inevitáveis, e o melhor, a tendência é que os meios de
comunicação, ou seja, Internet, TV, voz funcionem via wirelles.

1.11- Qualidade de Serviço (QoS) no VoIP

Segundo a união internacional de telecomunicações (ITU) a qualidade de serviço


é um efeito colectivo provocado pelo desempenho de um serviço, que determina o grau
de satisfação do utilizador do mesmo. O seu maior objectivo é fornecer tecnologias que
permitam atingir um número de tráfego ideal e confiável para os dados e aplicações,
obtendo assim garantia de que o serviço será realizado. Onde o serviço é considerado o
conjunto de funções oferecidas pelo utilizador por uma organização. E o utilizador é
qualquer entidade externa da rede que utiliza suas conexões para comunicação.

37
Qualidade de serviço pode ser considerada uma exigência básica, porém irá depender de
quanto o usuário deseja investir na mesma.[12]
Alguns factores que podem ser observados para que se determine o nível de
qualidade do serviço de voz são: fidelidade da voz, disponibilidade da rede,
disponibilidade de funções do telefone (conferencia a três, indicador de chamada no
visor, desvio de chamada chefe-secretária, etc.) e a escalabilidade. [12]

CAPITULO II: ESTUDO DO EXISTENTE OU


RECONHECIMENTO DO ESTUDO

2.1 Apresentação do estudo de caso (ISPOCA)


2.1.1- Breve Historial
O Instituto Superior Politécnico do Cazenga, abreviado por ISPOCA, é uma
Instituição de Ensino Superior integrada no subsistema de Ensino Superior de Angola,
na zona Académica 01, sediada no Bairro da Mabor do Município do Cazenga/Luanda,
na rua da IEBA nº 29. Este Instituto foi legalizado pelo despacho Presidencial nº 47/11
de 04 de Julho e Decreto Executivo nº 113/11 de 05 de Agosto, dispostos no Diário da
Republica nº 125 e 149, Iª Série.
Este Instituto Superior Politécnico do Cazenga (ISPOCA) é um estabelecimento
Institucional de direito privado, titulado, juridicamente, pela empresa DINAKI –
Comercio Geral, Importação e Exportação, S.A.R.L – uma empresa de direito
Angolano, cuja constituição se encontra publicada no Diário da Republica nº 15 IIª
Série, de 14 de Abril de 1995, representada pelo sócio Fuieto Tecassala, Presidente da
DINAKI, entidade Promotora deste Instituto Superior Politécnico do Cazenga.
Lê-se no Plano de Desenvolvimento Institucional (2010:04) que a entidade
Promotora do ISPOCA busca empenhar-se no desenvolvimento de um Instituto
Superior Politécnico assente no trinómio Ensino/Investigação/Extensão. Entende que só
desta forma poderá ter uma Instituição que contribua para o desenvolvimento do País e
que forme pessoal diferenciado, com qualidade reconhecida.
Destrate, deste plano de Desenvolvimento Institucional consta, como missão do
ISPOCA, enquanto Instituição Privada do Ensino Superior, produzir, sistematizar e
socializar o conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento humano, cientifico,
tecnológico e regional, comprometendo-se com a formação de profissionais qualificados

37
para um mundo de trabalho cada vez mais competitivo, exigente, susceptível de actuar
na sociedade com base em princípios éticos para o exercício da cidadania, de modo a
favorecer o desenvolvimento socioeconómico do País.

2.1.2- Estrutura Organizacional Formal do ISPOCA

A estrutura organizacional pode ser definida como o arcabouço institucional que


define a forma pela qual o trabalho, as tarefas e actividades da organização estão
divididos ou repartidos, espelhando a organização formal e o sistema de distribuição de
autoridade e hierarquia da Instituição.
Uma estrutura adequada permite à organização identificar às tarefas necessárias,
a organização das funções e responsabilidades, a fluidez de informações no sentido
horizontal e vertical, medida do desempenho compatível com os objectivos definidos,
condições motivadoras, distribuição racional da força de trabalho, utilização eficaz dos
recursos da Instituição, atribuição de papéis e tarefas segundo a hierarquia instituída,
definição de posicionamento de cada funcionário dentro da organização, dentre outras
realidades organizacionais.

37
A figura abaixo apresenta o organograma definido para a Instituição, para o
período de 2014 a 2019.

Figura 10: Organograma do ISPOCA

2.2- Estudo de Caso


O presente estudo relata o funcionamento de um serviço VoIP juntamente com
uma rede privada, onde encontra-se computadores, gateways, roteadores e inclusive um
firewall configurado. O que ocorre é que em determinadas redes, as restrições são tantas
que são capazes até de impedir ou prejudicar o funcionamento de alguns serviços.
Segundo a norma ABNT NBR ISO/IEC 17799:2005, segurança da informação é
definida como a protecção da informação, nas diversas formas que ela pode existir, de
uma serie de ameaças com o objectivo de garantir a continuidade do negócio, minimizar

37
o risco ao negócio e maximizar o retorno sobre o investimento e as oportunidades de
negócio.
Um firewall tem a tarefa de restringir o tráfego entre uma rede protegida e uma
não-confiável. A função do firewall é bloquear todo tráfego de rede que não esteja de
acordo com a política de segurança implementada por suas regras de acesso. O
processamento do tráfego pelo firewall é realizado através de técnicas denominada filtro
de pacote.
A problematização levantada nesse trabalho é de que clientes de redes privadas
não consigam acessar o serviço VoIP em uma rede pública, devido à segurança imposta
pelo firewall. Nas redes privadas, cada computador recebe um número de “IP falso”,
que só é válido para aquela rede.
Determinados tipos de protocolos não conseguem funcionar com os “IP´s
falsos”, o que torna necessário que haja uma translação para “IP´s válidos”. Esse
processo é feito por uma técnica chamada NAT ( Network Andress Translation –
Translação de Endereço de Rede). Apesar da técnica ser eficiente e muito
utilizada, as regras de alguns firewalls chegam a ser tão rígidas que mesmo assim o
serviço não funciona como o usuário deseja. A cada dia milhares de novos
computadores são conectados à Internet. Devido ao crescimento dessa rede, os
especialistas têm cada vez mais preocupação com a segurança das informações que
trafegam entre esses computadores.
Quando uma rede é criada, e interconectada a outras, milhares de pacotes
transitam pelos mais variados percursos. Pelo fato de quase nunca ser possível saber por
onde esses pacotes passam, e quem pode estar “acessando-os” é que ferramentas de
segurança são implantadas em redes privadas. Apesar de todo esse cuidado, nem sempre
há proteção total dos dados.
Uma ferramenta muito utilizada na criação e proteção de redes é o chamado
Firewall. Firewall é um dispositivo que pode ser tanto físico quanto lógico e que irá
determinar regras de acesso dentro de uma rede.
O mesmo permite ou bloqueia o acesso às portas, protocolos, a programas ou a
outros tipos de dados. Para sanar a situação de endereços privados que não conseguem
acessos a endereços públicos sem que se prejudique o nível de segurança da rede, foi
configurada a ferramenta chamada STUN (Simple Traversal of UDP NATs) .
Servidor STUN é um dispositivo que, mesmo com o firewall ativo e suas regras
rígidas, ele proporcionará a clientes internos acessos à rede pública.

37
2.2.1- Filiais
O ISPOCA com três filiais ate agora constituído, onde estão localizados os
alunos desta instituição de ensino, os professores e os colaboradores responsáveis pelo
funcionamento da escola.
As dependências das filiais são organizadas em: áreas de colaboradores
(funcionários da organização), áreas para os professores (sala dos professores,
laboratórios e departamentos) e os laboratórios de informática para os alunos.
Uma descrição básica da rede destas filiais pode ser observada abaixo:
a) Rede LAN do polo I
 Rede local contendo os colaboradores da organização (ambiente
administrativo) e salas de aula e laboratórios (ambiente educacional);
 Uma sala de gerenciamento da rede contendo um servidor de arquivo e
Internet.
b) Rede LAN do polo II
 Encontra-se desactiva por falta de funcionamento da infra-estrutura
c) Rede do LAN polo III
 Rede local contendo os colaboradores da organização (ambiente
administrativo) e salas de aula e laboratórios (ambiente educacional);
 Uma sala de gerenciamento da rede contendo um servidor de arquivo e
Internet.

2.3- Equipamentos utilizados nas soluções VoIP


Existem alguns equipamentos que podem ou devem ser utilizados para implantar
uma solução de Voz sobre IP em uma rede corporativa. Dar-se-á uma breve introdução
sobre alguns desses equipamentos nos itens a seguir:

2.3.1- Telefone IP
Telefones IP são terminais que possuem, além das características e
funcionalidades dos telefones normais, várias funções que podem aumentar a
produtividade de uma organização. Como mostra a figura 11, algumas destas funções e
características podem ser:
 Suporte a serviços na Internet.
 Suporte a características de qualidade de serviço.
 Menus de fácil navegação.

37
 Lista de histórico de chamadas.
 Fácil actualização.

Figura 11: Telefone IP.

2.3.2- Softphone
Softphone é um software para fazer chamadas de VoIP usando um computador
de uso geral. Comporta-se como um telefone tradicional, aparecendo às vezes como
uma imagem de telefone, com um painel de exposição e as teclas com que o usuários
pode interagir. É usado geralmente com um headset conectado a placa de áudio do PC.
Uma aplicação típica é fazer chamadas de uma operadora VoIP.

Figura 12: Softphone

2.3.3- Gateway de VoIP


Também conhecido por Vocoder é o codificador de voz que fica responsável por
transformar o sinal analógico da voz proveniente do PABX em um sinal digital e
empacotá-lo para que possa trasfegar na rede IP. O modelo IEN 6000 possui portas
ethernet 10Mbps e UTP, que neste caso estão ligadas ao PABX e ao switch,
respectivamente. Como mostra a figura 13.

37
Figura 13: Gateway de telefonia (Vocoder) IEN 6000.
2.3.4- PABX
É uma central telefónica interna responsável por todo o gerenciamento das
ligações telefónicas. Responsável por enviar a ligação para o codificador de voz, caso
seja necessário. O modelo BXS / 20, como mostra a figura 14 possui, entre outras, as
seguintes características:
 Plataforma multitarefa que permite, entre outros, os seguintes serviços: PABX, Correio
de voz, Correio de fax, etc.
 Usa o sistema operacional Windows 2000.
 Possibilidade de interligação com qualquer central PABX.
 Portas E1 para interligar com a operadora de telecomunicações.

Figura 14: PABX BXS / 20.


2.3.5- Switch Gigabit Cisco
Um switch é um dispositivo utilizado em redes de computadores para
reencaminhar pacotes de dados entre os diversos nós, tem como função traçar o melhor
caminho para o tráfego dos dados evitando assim a colisão dos pacotes o que vai tornar
a rede mais confiável e estável. É também um dispositivo que Possui diversas portas,
como mostra a figura 15.

Figura 15: SwitchGigabits


Cisco

2.3.6- Roteadores Cisco (2800) System


É um equipamento usado para interligar diferentes redes de computadores
provendo a comunicação entre computadores distantes entre si. A principal

37
característica desses equipamentos é seleccionar a rota mais apropriada para encaminhar
os pacotes recebidos. Ou seja, encaminhar os pacotes para o melhor caminho disponível
para um determinado destino, como mostra a figura 16. O modelo 2800 da Cisco
fornece um serviço seguro de dados voz e vídeo em simultâneo, e possui ainda outras
características:
 Sistema de prevenção de invasão (IPS) para proteger a rede dos vírus e ataques.
 Suporte de voz analógico.
 Permite a ligação de até 44 portas de switch em simultâneo, e contêm portas USB para
futuras aplicações e suporte interfaces com Gigabit Ethernet 4/9 portas.

Figura 16: Roteador Cisco

CAPITULO III- IMPLEMENTAÇÃO E RESULTADO ESPERADO

O cenário de rede que será usado para definir este trabalho aborda a rede do
ISPOCA que detém uma rede privada de alta capilaridade, com pontos de presença de
abrangência privada, conectando-se a um ponto central onde está localizada a sede desta
empresa.

3.1- Soluções Propostas


A solução proposta contempla toda infra-estrutura de telefonia IP (gateway
PSTN, equipamentos de controlo de chamadas, terminais IP e Voice Mail).

37
3.1.1- Ambiente de Testes
Serão configuradas três redes locais distintas, a fim de comprovar a
funcionalidade dos equipamentos, ambas com a mesma configuração. E fora dessas,
será configurado o provedor VOIP, onde também será testado o funcionamento desta
tecnologia.
A seguir, a descrição detalhada dessas redes:
3.1.2- Redes:
a) Configuração de cada Servidor/Roteador:
 Sistema Operacional: Suse Linux 9.3
 Acesso à Internet Banda Larga;
 Duas placas de Rede (IP Falso (Rede Local) e IP Verdadeiro (Rede Pública))
b) Configuração de cada Cliente:
 Desktop com Processador Celeron® de 2.5 GHz;
 1 Gb de Memória RAM, 40 Gb de capacidade de disco rígido;
 Kit multimídia com caixas de som e microfone;
 Sistema Operacional Windows XP Professional;
3.1.3- Servidor VoIP
a) Servidor:
 Sistema Operacional: Suse Linux 9.3
 Acesso à Internet Banda Larga;

3.2- Descrição dos IP´s

Nº Dispositivos Portas IP da Rede IP usado Mascara


1 R1 (ISR-1) S0/0/0 10.10.10.0 10.10.10.1 255.255.255.252
F0/0.10 192.168.10.0 192.168.10.1 255.255.255.0
ISPOCA 1 F0/0.20 192.168.20.0 192.168.20.1 255.255.255.0

1 Sw-PoE-1 F0/24 VLAN 10 e 20


3 Telefones IP VLAN 20 192.168.20.1 192.168.20.1
1 R2 (ISR-2) S0/0/0 10.10.10.0 10.10.10.2 255.255.255.252

37
S0/0/1 20.20.20.0 20.20.20.1 255.255.255.252
ISPOCA 2 F0/0.10 192.168.30.0 192.168.30.1 255.255.255.0
F0/0.20 192.168.40.0 192.168.40.1 255.255.255.0
1 Sw-PoE-1
3 Telefones IP F0/24 VLAN 30 e 20
VLAN 40 192.168.40.1 192.168.40.1
1 R1 (ISR-3) S0/0/0 20.20.20.0 20.20.20.2 255.255.255.252
F0/0.3 192.168.3.0 192.168.3.1 255.255.255.0
ISPOCA 3 F0/0.4 192.168.4.0 192.168.4.1 255.255.255.0

1 Sw-PoE-1 F0/24 VLAN 3 e 4


3 Telefones IP VLAN 4 192.168.4.1 192.168.4.1
Tabela 2: Descrição dos IP´s (Fonte Autor).

3.2.1- VLAN
Basicamente, o que uma VLAN faz é criar um túnel entre os 2 (dois) pontos
remotos, onde todo o conteúdo que transita dentro deste túnel é criptografado. Sendo
assim, mesmo que alguém consiga interceptar este tráfego, não conseguirá interpretar
ou mesmo utilizar tal conteúdo para outros fins como mostrado na figura 17.

Figura 17: Rede Privada Virtual (VLAN)

37
3.3- Diagrama Geral da Rede
Figura 18: Arquitectura VoIP proposta na rede do ISPOCA.

A figura a acima representa uma solução VoIP e tem como principal intuito a
visualização dos componentes da mesma solução, como mostra a figura 18. Enquanto
que as figuras abaixo representam uma visão geral de vários conceitos e tecnologias
relacionadas a comunicação de voz sobre o protocolo IP. Esta visão é dada sob a forma
de cenários e a partir destes são identificados componentes essências presentes nos
serviços VoIP.

37
3.4- Cenários 1: Chamada VoIP de um PC para outro PC

Neste cenário todo o tratamento de sinal de voz é realizado pelos computadores, sendo a
chamada de voz estabelecida com base no endereço IP do receptor, e torna possível uma
comunicação entre dois computadores para troca de informação, por exemplo quando um
funcionário quiser fazer uma chamada de voz e utilizar a sua estação de trabalho para ligar a
outra estação de trabalho situada noutro ponto desde que estejam ambos ligados a rede IP, como
mostram as figuras 3 (três) e 4 (quatro). Esta arquitectura só pode ser ligada de um PC com um
software (Skipe, Googletalk ou Msn) para outro com o mesmo software. É a situação mais
simples no VoIP.

3.4.1- Cenários 2: Chamada de um Telefone IP para outro Telefone IP

Para uma ligação de telefone IP para telefone IP é necessário um gateway em cada uma
das pontas para interligar os dois aparelhos. Por exemplo quando um funcionário de uma cidade
quiser fazer uma chamada via telefone IP, a sua chamada será roteada do gateway de telefonia
(que é a sua central telefónica) mais próximo até o gateway de telefonia de outra cidade ou a
mesma noutro ponto. Como mostra a figura 19.

Figura 19: Chamada de um telefone IP para outro telefone IP.

3.4.2- Cenários 3: Chamada de um Telefone IP para um PC e Vice-Versa


Quando um funcionário quiser fazer uma chamada do seu telefone IP para um
PC, a chamada será encaminhada até o PABX mais próximo que por sua vez procurará
o gateway de telefonia correspondente que roteará a chamada para o gateway de
telefonia do destino. Este gateway de telefonia encaminhará a chamada para o servidor
gateway e este para a estação. Caso a chamada partir da estação de trabalho, será o
servidor gateway (ao invés do PABX) que encaminhará a mensagem para o gateway de
telefonia. Como mostram as figuras 20 e 21.

Figura 20: Chamada de um telefone IP para um PC

37
Figura 21: Chamada de um PC para um telefone IP

3.4.3- Cenários 5: Chamada de um PC para um Telefone Celular


Neste cenário um usuário pode ligar a outro em outra parte do mundo, através de
um software pode-se fazer uma ligação de Angola a rede telefónica Japonesa que por
sua vez faz a ligação para o celular do amigo. A ligação chega a central telefónica do
amigo no Japão, a transmissão de dados foi feita via Internet. Como mostra a figura 22.

Figura 22: Arquitectura de um PC para um celular.

3.5- Cronograma de Actividades

Nº Tempo de Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Responsaveis


actividades

1 Escolha do tema * Estudante

2 Pesquisa/Bibliografica * * * * Orientador/Estudante

3 Elaboração do * * * * Estudante
projecto

4 Aprovação do projecto * Orientador

5 Recolha de Dados * * * * * Orientador/Estudante

6 Elaboração da * * * * Estudante
Monografia

7 Defesa da Monografia Estudante

Tabela 3: Cronograma de Actividades

37
3.6- VoIP Presente e Futuro na vida das Organizações

Segundo Eduardo Fagundesa Forrester fez uma pesquisa em 2007 com 3.500
empresas americanas e o resultado mostrou três aspectos que não estimulam as
empresas e muitos usuários particulares a implementarem a tecnologia VoIP
actualmente:[12]
 Voz metalizada. Sem um sofisticado mecanismo de qualidade de serviço (QoS) que
garanta uma largura de banda dedicada para as chamadas de voz, os usuários
experimentam um som metalizado na comunicação.
 Confiabilidade dos equipamentos do VoIP menor que os actuais PBX.
Tradicionalmente os PBXs empresariais possuem a mesma confiabilidade dos
equipamentos das companhias telefónicas, ou seja, possuem um tempo médio entre
falhas (MTBF) elevadíssimo. O que não ocorre com os equipamentos que suportam
o VoIP, onde muito deles estão baseado no hardware de PCs, com a confiabilidade
do Windows da Microsoft.
 Grandes investimentos sem redução de custos. Ao estender o VoIP para todas as
localidades da empresa é necessário investir em gateways em todos os pontos.
Mais de acordo com previsões do Gartner, em 2010, 30% das casas norte
americanos usarão apenas telefones móveis, telefonia IP ou farão chamadas pela
Internet. Isso indica um grande crescimento na adopção dessa tecnologia nos próximos
anos. Para o desenvolvimento e a expansão de novas tecnologias tem de haver
justificativas claras e sustentáveis. O VoIP tem conseguido demonstrar benefícios para
os usuários e deve firmar o seu sucesso a longo prazo.
O benefício da tecnologia vai depender da redução de custos principalmente em
equipamentos, a simplificação, consolidação e aplicação avançada da tecnologia.
 A simplificação não é nada mais que a integração da infra-estrutura que suporta
todas as formas de comunicação para permitir uma maior padronização e
redução nos investimentos feitos em equipamentos.
 Esta infra-estrutura compartilhada pode aperfeiçoar o uso da largura de banda e
minimizar os custos de redundância da topologia de rede. As diferenças nos
padrões de uso de voz e dados oferecem oportunidades adicionais para melhorar
a eficiência das redes de comunicações.

37
 A consolidação nas empresas, do uso de sistema de gerenciamento de rede
centralizado baseado em SNMP que monitora voz e dados trazem excelentes
benefícios tanto de redução de custos como de agilidade na determinação de
problemas.
 Aplicação avançada, embora os serviços básicos de telefonia e fax sejam as
aplicações iniciais do VoIP, no futuro é esperado o uso de aplicações multimédia
e aplicações multi-serviços. Por exemplo, as soluções de e-commerce podem
combinar acessos a Web e a partir desse acesso, através do próprio PC os
usuários terem acesso imediato para chamar o atendente do call-center. A
redução de custos das chamadas de longa distância pelas companhias telefónicas
é um assunto que desperta a atenção das pessoas para a introdução do VoIP.
Os preços fixos para acesso a Internet podem ser uma excelente oportunidade
para reduzir os custos de voz. Estima-se que 70% dos custos de transmissão de voz
entre os Estados Unidos e Ásia poderiam ser reduzidos pela metade se fossem
substituídos por VoIP. [12]
Essas reduções de custos estão baseadas em evitar o uso das chamadas
internacionais e nacionais nas infra-estruturas convencionas para que passem a usar a
Internet que têm redução de custos em larga escala para a voz.
Criar uma rede VoIP e seleccionar os seus equipamentos exige uma iteração
entre a qualidade de voz desejada e os atrasos de entrega dos pacotes que são inerentes
ao sistema.
Os equipamentos de VoIP começam a oferecer mecanismos para ajustar o
ambiente de transmissão e aperfeiçoar a qualidade de voz dentro de custos aceitáveis.
Tendo em conta que minimizar o custo do sistema e oferecer a melhor qualidade de voz
é um dos desafios desta tecnologia para o futuro.
Como a criptografia mais utilizada actualmente versão 4 (quatro) do IP (IPv4)
não será totalmente eficaz para combater os invasores, já a pensar no futuro criou-se a
versão 6 (seis) do IP (IPv6) ainda pouco utilizada mais muito mais segura que as outras
versos no combate a invasão a redes IP.

37
CONCLUSÃO

Definiu-se ao longo deste trabalho um modelo de melhores práticas de utilização


de uma rede convergente em uma organização. E também pode ser aplicável a qualquer
instituição que se encontre em cenários semelhantes.
Uma vez concluído o trabalho, pode-se observar que a tecnologia VoIP (Voz
sobre IP), em alguns casos, é uma alternativa para muitas organizações diminuírem as
suas despesas cortando custos com ligações telefónicas nacionais e internacionais.
O presente trabalho se mostrou válido, pois conseguiu-se atingir o objetivo geral,
inicialmente proposto, que era de Apresentar um projecto técnico que caracterize os
principais aspectos a se ter em conta para a implementação da tecnologia VoIP numa
rede LAN do Instituto Superior Politécnico do Cazenga.
Os objetivos específicos também foram alcançados. Com a revisão
bibliográficas, pode-se mostrar a importância de se adotar tecnologias que facilitem as
organizações. Pois estas auxiliam os gestores de forma a tomarem suas decisões mais
precisas e no momento mais correcto.
O VoIP ainda é pouco influente no mercado das telecomunicações em Angola,
mas com o estudo e o desenvolvimento que tem merecido, principalmente no mercado
de trabalho, nos próximos anos vai consolidar-se como tecnologia revolucionária e
inovadora do nosso país.
Sendo assim o funcionamento integrado do VoIP com a rede de dados faz com
que o usuário não tenha que abandonar o posto de trabalho para atender o telefone, o
que vai facilitar a vida de muitos usuários particulares e trabalhadores com vista a
aumentar a produtividade das suas respectivas empresa.

37
RECOMENDAÇÕES

Um grande desafio para a tecnologia VoIP é a segurança, a definição de padrões


e sua adesão por parte dos fornecedores. Como recomendação para futuras
investigações os próximos estudantes que optarem por falar da tecnologia VoIP, é lhes
recomendado:
 Fazer um estudo mais profundo sobre os problemas com a voz e a qualidade de serviço
no VoIP.
 Estudar as relações existentes entre a telefonia convencional e a tecnologia VoIP.
 Estudar os protocolos utilizados em VoIP, propriamente os protocolos de sinalização, e
falar das diferenças entre soluções VoIP com os protocolos H323, SIP e Megaco.
 Abordar mais profundamente sobre a qualidade de serviço (QoS) em tecnologias de voz
sobre IP.

37
BIBLIOGRAFIAS
Livros consultados:

[1] – SOARES, Luiz Fernando Gomes – Redes De computadores. Brasil, Editora

Campus, Rio de Janeiro, 1995.

[2] – TANENBAUM, Andrew S. A Camada Física. Cap. 2 In: Redes de Computadores.


São Paulo: Campus,(1990). p: 87- 193.
[3] – SILVA, Milton – Monografia Estudo sobre a Influência da Tecnologia VoIP nas
Telecomunicações, Luanda, Novembro de 2007.
[4] – BARBOSA, Camila Soares. Voz sobre IP em Redes Locais sem Fio. CEFET –
Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás. Goiânia, (2006).
[6] – SANTOS, Rafael Moraes. Telefonia IP: Estudo dos Protocolos SIP e H.323.
CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás). Goiânia, (2006)
[7] – CEFET – RIO. VoIP. Disponível em www.cefetrio.hpg.ig.com.br. Acesso em
25/05/2015.
[8] – Wikipédia enciclopédia livre – [http://pt.wikipedia.org/wiki] SIP e TCP/IP.
Consultado em 25/07/2015.
[9] –Telefonia IP. [http://www.infowester.com.br]. Acesso em 08/09/2015
[10] – Protocolos TCP/IP. [http://www.geocities.com/ /Network/tcpip.htm]. Acesso em
18/05/2016.
[11] – SIP, Características de Transmissão– [http:// www.teleco.com.br/opvoip.asp].
Acesso em 26/10/2016
[12] – FAGUNDES, Eduardo em Convergência das Redes de Voz.–
[http://www.efagundes.com.br]. Acesso em 15/11/2016.

37
ANEXOS

Selecção de alguns equipamentos utilizados para a tecnologia VoIP, para casa ou


escritório. Como o Free Net Phone, ATA 151, NTP 100
Free Net Phone – Fone simples Utilizado para ligações via web, o Free net, da
Dynacom, é compatível com programas como Skype, ICO e MSN Messenger.
O Free Net Phone da figura 23, basta conectá-lo à porta USB do computador,
configurar as opções de áudio do software de comunicação e esta pronto a ser utilizado.

Figura 23: Free Net Phone Figura 24: Free Net Phone
ATA 151 – Aparelho que transforma o telefone analógico em um dispositivo
preparado para receber VoIP.

Figura 25: ATA 151


NTP 100: Destinado para ligações via IP para uso residencial e de pequenos
escritórios dispensa o computador.

Figura 26: NTP 100

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