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OPERACIONALIZANDO

O COMPLIANCE
SUMÁRIO

COMPLIANCE................................................................................................................................................................................................................ 3

PROBLEMÁTICA DO COMPLIANCE FOCADO EM CONDUTA.......................................................................................................................... 4

ISO 19600:2014 - SISTEMA DE GESTÃO DE COMPLIANCE – DIRETRIZES. .............................................................................................. 5

IMPLEMENTANDO UM SISTEMA DE GESTÃO DE COMPLIANCE................................................................................................................... 6

FASES DA ISO 19600

4. Contexto da Organização........................................................................................................................................................................ 7

5. Comprometimento da liderança, independência da função


de compliance e responsabilidade em todos os níveis................................................................................................................... 10

6. Planejamento para abordar riscos de compliance e alcançar objetivos. .............................................................................. 12

7. Funções de suporte................................................................................................................................................................................... 14

8. Planejamento operacional e controle dos riscos de compliance............................................................................................ 18

9. Avaliação de desempenho e Relatório de Compliance............................................................................................................... 20

10. Gestão do não cumprimentos e melhoria contínua................................................................................................................... 22

CONCLUSÃO................................................................................................................................................................................................................. 23

SOFTWARE.. ................................................................................................................................................................................................................... 24

SOBRE O AUTOR.......................................................................................................................................................................................................... 26

® Brasiliano INTERISK Operacionalizando o Compliance | 2


COMPLIANCE

A palavra Compliance ganhou notoriedade e destaque Nas diversas organizações, fruto da recente
a partir de 2013 no Brasil. Estudos recentes trazem estruturação da área, há diversas atribuições e escopos
que apenas 9% das organizações não possuem um de trabalho. A seguir segue as atribuições mais comuns
responsável pela área de Compliance, porém, o mesmo demandadas para o compliance officer:
estudo traz que apenas 42% das empresas possuem um
Compliance Officer, as demais tratam o tema em outras ► Elaboração e manutenção do código de conduta;
áreas como o Jurídico e a Auditoria Interna. Podemos ► Treinamentos relacionados ao código de conduta;
concluir que estamos dando os primeiros passos, há ► Estruturação e manutenção do canal de denúncia; e,
muita movimentação e pouca objetividade.
► Condução de investigações
Fato é que o compliance ainda é um desafio para
grandes organizações e, principalmente, para o médio e Analisando a definição acima, fica evidente que essas
pequeno empresário. Fruto da ineficiência neste tema, atribuições são subestimadas, não que sejam erradas,
o resultado é entrave na gestão empresarial, atingindo mas visando a sustentabilidade do negócio, o compliance
resultados e a estratégia, além dos próprios executivos. engloba atribuições mais profundas e estratégicas.

O termo por si só é simples de explicar e denota a grandeza dessa área. A ISO 19600:2014
- Sistema de Gestão de Compliance – Diretrizes - traz uma definição completa:

É a consequência de uma organização cumprir as suas obrigações, e é feito de forma sustentável, incorporando-o
na cultura da organização e no comportamento e atitude de pessoas que trabalham para ela. (ISO 19600:2014)

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PROBLEMÁTICA DO COMPLIANCE
FOCADO EM CONDUTA

Mais do que simplesmente causar problemas a organização, a má gestão de compliance é majoritariamente


responsável pelas mazelas da sociedade, tais como:

► A exclusão social;
► O desequilíbrio no crescimento;
► Um grande clima de incertezas para os negócios e investimentos.

Neste contexto, mais do que estruturar um programa de integridade focado na conduta, as


organizações devem estabelecer um Sistema de Gestão de Compliance (SGC) seguindo as diretrizes
da ISO 19600:2014, ampliando o escopo a todas as legislações e compromissos assumidos.

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ISO 19600:2014 - SISTEMA DE GESTÃO
DE COMPLIANCE – DIRETRIZES

Contexto da
Apesar de não ser certificável, a norma tem Organização
como objetivo fornecer diretrizes genéricas
para estruturar um sistema de gestão de
compliance. Identificação,
análise e avaliação
O recomendado é que, apesar de manter Melhoria contínua
dos riscos
a independência, é preferível que sua de compliance

implementação esteja integrada aos demais


Apoio da Alta
sistemas de gestão da organização (ISO Administração
9001, ISO 14001, ISO 27001 e outras.)

Cabe destacar também que a norma


recomenda a utilização de diretrizes Avaliação de
Planejamento para
abordar riscos
genéricas como a ISO 31000 no que tange a desempenho
de compliance
gestão de riscos de compliance.
Operacionalização
Está dividida, de forma sintética, nas fases e controles
ao lado. dos riscos de
compliance

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IMPLEMENTANDO UM SISTEMA
DE GESTÃO DE COMPLIANCE

Mais do que simplesmente estabelecer um programa de


compliance focado no atendimento a, principalmente, a Deve ficar claro que o Compliance Officer não é o
Lei 12.846/2013 (Anticorrupção), a ISO 19600 propõe responsável por todas essas demandas, áreas técnicas
que o compliance officer estabeleça processos para devem operacionaliza-las, o compliance deve fornecer
gerir todos os assuntos relacionados a legislações e estruturas para que a organização não esteja exposta
compromissos assumidos, englobando: a nenhuma sanção legal (incluindo assédio moral e
outros) e/ou contratual, responsabilidade que é bem
Leis e regulamentos nacionais e internacionais complexa e abrangente, resguardando a reputação,
aplicáveis, licenças (AVCB, ANVISA, Exército e demais), operação e outros.
acordos e contratos firmados e demais obrigações e Veja agora as fases da ISO 19600.
instrumentos assumidos pela organização.

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4. Contexto da Organização

4.2 Entendendo as necessidades e


expectativas das partes interessadas
4.1 Entendendo a organização e seu contexto
Deve-se conhecer profundamente as partes
Análise do ambiente interno e externo tais como: interessadas pertinentes ao sistema de gestão de
contexto regulamentar, social e cultural, situação compliance e, assim, entender os seus requisitos e
econômica, normas, políticas e procedimentos. O complexidade. São exemplos de partes interessadas:
objetivo é conhecer profundamente a organização para
► Internas: Acionistas e Colaboradores
assim, “calibrar” o sistema de gestão.
► Externas: Órgãos públicos, Órgãos privados,
Fornecedores, Clientes e Comunidade

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4. Contexto da Organização

4.4 Sistema de gestão de compliance


4.3 Determinando o escopo do sistema e princípios de boa governança
de gestão de compliance Deve ser estabelecido os princípios do SGC. Esses
princípios poderão, também, compor a Política de
Baseando-se no contexto da organização e partes
Compliance. Destaco os princípios de maior impacto
interessadas, deve ser estabelecido os limites
para o sucesso do SGC:
geográficos e organizacionais do compliance. Sendo
assim, uma organização multinacional deve deixar claro ► Acesso direto da função compliance
se o Sistema de Gestão de Compliance atende o todo ao órgão regulamentador;
ou apenas um país específico. ► Independência organizacional da função; e,
► Autoridade apropriada.

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4. Contexto da Organização

4.5 Obrigações de Compliance

4.5.1 Identificar as obrigações 4.6 Identificação, análise e avaliação


Pautado nas partes interessadas identificadas, deve-
dos riscos de compliance
se registrar as obrigações de compliance incluindo os Como base para o planejamento do sistema de gestão
Requisitos e Comprometimentos: de compliance, auxiliando na tomada de decisão e
► Requisitos: Leis e regulamentos, Permissões alocação de recursos de forma apropriada e assertiva,
e licenças e Decisões judiciais. a implementação de uma metodologia de gestão
de riscos de compliance estruturada e pautada nas
► Comprometimento: Acordo com grupos
melhores prática é necessária e essencial.
comunitários e ONG’s; Acordos com clientes;
Requisitos organizacionais – Políticas e A ISO 31000 fornece as diretrizes para a implementação
procedimentos; Princípios voluntários/códigos. da gestão de riscos de compliance, que deve ser
reavaliada periodicamente ou, quando houver alterações
4.5.2 Manutenção das obrigações
na estrutura, obrigações, não conformidade e etc.
Normalmente as organizações estabelecem processos
Desta forma, a organização deve estabelecer um
exclusivos para identificar e controlar os requisitos e
processo para gerir os riscos de compliance.
comprometimentos. Devido a dinamicidade do tema,
recursos tecnológicos de apoio são essenciais.

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5. Comprometimento da liderança,
independência da função de compliance e
responsabilidade em todos os níveis

Parte central e fundamental do SGC, o


► Estabelecer e defender os valores
comprometimento e o estabelecimento das diretrizes é
fundamentais da organização;
vital para a cultura de riscos e compliance.
► Assegurar que os objetivos sejam
estabelecidos e recursos/esforços sejam
5.1 Liderança e comprometimento
realizados para seu atingimento;
Refere-se a declaração de comprometimento da ► Assegurar alinhamento entre metas
organização, que deve estar expressa na Política de operacionais e obrigações de compliance;
Compliance. Alguns pontos que a norma sugere que
► Promover a melhoria contínua.
sejam abordados:

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5. Comprometimento da liderança,
independência da função de compliance e
responsabilidade em todos os níveis

5.2 Política de compliance 5.3 Papéis, responsabilidades e


autoridades organizacionais
A Política deve ser aprovada e assinada, no mínimo,
pelo CEO da organização. Quando houver conselho de Sendo a importância que as pessoas possuem para que
administração, é recomendável que o documento seja o SGC seja efetivo:
validado de forma colegiada.
► Conselho de Administração / Alta
A linguagem deve ser simples e amplamente divulgada administração: Apoio, recursos e
a todos os colaboradores e stakeholders e, quando independência ao compliance officer;
aplicável, deve ser traduzida. ► Função de Compliance: Suportar o sistema
Alguns itens devem ser abordados: de gestão de compliance, dando reportes
e orientações a toda organização;
► Escopo;
► Diretoria: Apoiar de forma clara e fazer com que o
► Independência;
SGC seja compreendido e executado por todos;
► Padrão de conduta;
► Empregados: Adesão as iniciativas de compliance,
► Consequências; participação em treinamentos e relato de
► Melhoria contínua. situações que possam prejudicar a organização.

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6. Planejamento para abordar riscos de
compliance e alcançar objetivos

6.1 Ações para abordar os riscos de compliance

O planejamento é pautado nos riscos identificados Pautado no processo de gestão de riscos de compliance,
e suas respectivas criticidades, assim, a gestão de deve ser estabelecida ações para abordar os riscos
riscos de compliance é tema central no SGC, sendo o identificados, visando:
norteador para decisões e recursos investidos. ► Garantir resultados consistentes para o
Desta forma, uma organização que tenha um nível sistema de gestão de compliance;
de risco menor de compliance necessitará, de forma ► Prevenir, detectar e reduzir os efeitos indesejáveis;
consciente, menor esforço de implementação e, ► Promover a melhoria contínua.
organizações com maior nível de risco demandará mais
recursos e esforços. Um ponto importante estabelecido pela norma é
a avaliação da eficácia das ações estabelecidas,
garantindo um resultado efetivo.

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6. Planejamento para abordar riscos de
compliance e alcançar objetivos

6.2 Objetivos de compliance e ► O que será feito para alcançar os objetivos;


planejamento para alcança-los ► Recursos necessários;
Como instrumento para melhorar continuadamente ► Responsáveis;
e verificar a evolução do SGC, deve ser estabelecido ► Forma de avaliação do resultado.
objetivos consistentes e, se possível, mensuráveis e
com meta (quando aplicável). Para cada objetivo deve Anualmente cada objetivo deve ser avaliado quanto aos
ser definido e descrito: resultados obtidos.

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7. Funções de suporte

7.1 Recursos

O SGC somente será estruturado e operacionalizado


efetivamente caso a alta administração garanta os
recursos necessários, sendo eles:
O suporte, assim como o item 5 da norma
► Financeiros: Utilizados para manutenção da
(comprometimento), tem especial atenção em vista
estrutura, realização de cursos, contratação
da grande demanda de treinamento e conscientização
de consultorias, entre outros.
de todos os colaboradores para que o SGC tenha
efetividade na organização. ► Humanos: Essencial para compor a equipe
que, diariamente, deve operacionalizar
os processos de compliance.

É responsabilidade do compliance officer demonstrar


a real necessidade dos recursos solicitados e,
posteriormente, apresentar resultados.

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7. Funções de suporte

7.3 Conscientização
7.2 Competência e treinamento
O Sistema de Gestão de Compliance só surtirá o efeito
A competência e o treinamento possuem papel de
desejado se todos os colaboradores e stakeholders
destaque no compliance, conforme descrito abaixo:
tiverem consciência de seu papel, que é fundamental,
► Competência: Deve-se determinar as competências no sistema. Desta forma, todos os colaboradores e
necessárias da equipe que comporá o compliance, stakeholders devem conhecer:
bem como, demais colaboradores com
► A Política de Compliance;
posição chave na organização (como gerentes
e diretores). Estabelecer tais competências ► Seu papel para contribuir para o Compliance;
na descrição de cargo é uma boa opção. ► As implicações em não cumprir o
► Treinamento: Prover treinamento adequado a sistema de gestão de compliance.
organização, fomentando a cultura de riscos e O objetivo é atingir uma elevada cultura de
compliance, é fundamental para a efetividade do Compliance. Na Política a alta gestão deve demonstrar
SGC. Atentar-se as reciclagens periódicas, conforme seu comprometimento e os valores que todos
nível de risco da organização e avaliar a eficácia dos devem preservar, bem como, as consequências dos
treinamentos, retendo evidências para comprovações. descumprimentos.

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7. Funções de suporte

7.4 Comunicação
Como sugestão, pode-se citar: E-mail direto para o
É preciso estabelecer canais de comunicação para o compliance, caixas para depósito de formulários,
público interno e externo com o objetivo de estreitar caixa postal, canal de denúncia e demais. Para cada
e facilitar o relacionamento entre a organização, organização deve-se pensar de forma a atender a
colaboradores e stakeholders: demanda de comunicação.
► Interno: Criar canais de comunicação para Cabe destacar que canais de denúncia devem ser
os empregados. Importante considerar estruturados para garantir o sigilo do denunciante e a
colaboradores que não possuem e-mail ou imparcialidade nas tratativas, assim, contratar empresas
aptidão para recursos tecnológicos. externas especializadas para operacionalizar o canal é
► Externo: Criar canais de comunicação com as uma excelente opção.
partes interessadas, tais como investidores, Toda comunicação deve ser registrada e arquivada de
comunidade, fornecedores e demais. Importante forma estruturada, possibilitando consultas futuras,
considerar locais cujo recursos tecnológicos bem como, a realização de auditorias.
sejam escassos, inclusive a telefonia.

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7. Funções de suporte

7.5 Informação documentada Deve-se estabelecer a hierarquia e o formato da


documentação, bem como, fluxo de aprovação para
A organização deve elaborar as documentações emissão e atualizações (sistema de gestão documental).
necessárias para operacionalização do SGC, tais como: Resguardar a forma de distribuição, acesso, atualizações
► Política de Compliance; e eliminação para evitar que documentos obsoletos
sejam utilizados.
► Manual do SGC;
► Objetivos e metas; Caso a organização já possua um sistema de gestão
documental, o que é muito provável, o SGC deve
► Procedimento de análise e avaliação de riscos; e,
adequar-se ao processo existente e, caso necessário,
► Demais procedimentos necessários. articular adequações.

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8. Planejamento operacional e
controle dos riscos de compliance

Este item fornece diretrizes para operacionalizar o


Sistema de Gestão de Compliance. Cada organização
tem uma forma única de se operacionalizar em ► Acompanhar os objetivos estabelecidos na fase
decorrência de sua maturidade e nível de riscos. 6.2, bem como, analisar criticamente os resultados,
estabelecendo ações corretivas quando necessário.

8.1 Planejamento e controle operacional Um ponto muito importante destacado pela norma é
a gestão das mudanças, assim, caso a organização não
Refere-se ao planejamento dos processos necessários
possua um procedimento estruturado para administrar
para “rodar” o SGC. Mas, o que compreende o “rodar”?
as mudanças deve ser estabelecido visando identificar
► Estruturar processos para garantir que as obrigações previamente alterações que possam afetar o escopo do
de compliance identificadas sejam cumpridas compliance.
pelas áreas responsáveis (legislações, licenças,
Caso a organização já possua um procedimento de
contratos, termo de ajustamento de conduta e etc.);
gestão de mudanças, deve-se articular para que o
► Implementar e acompanhar as ações procedimento atenda às necessidades do compliance.
para mitigação dos riscos de compliance,
conforme estabelecido na fase 6.1; e,

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8. Planejamento operacional e
controle dos riscos de compliance

8.2 Estabelecendo controles e procedimentos

Para que o planejamento ocorra de maneira efetiva,


8.3 Processos terceirizados
deve-se elaborar controles para atingir os objetivos,
além de se estabelecer a documentação necessária As normas ISO possuem um padrão homogêneo e, em
como procedimentos, instrução de trabalhos e demais. alguns pontos estabelecem particularidades conforme
Exemplos de controles: tema abordado. Este item é extremamente focado em
compliance, onde os terceiros podem afetar de forma
► Procedimentos operacionais (acompanhamento severa a organização.
de legislações, comunicação com
partes interessadas e demais); A norma orienta de forma incisiva a realização de Due
Diligence para avaliar o comprometimento e a estrutura
► Relatórios periódicos (indicadores de
de compliance dos parceiros de negócio, dando
meta, ocorrência e demais);
especial atenção a corresponsabilidade.
► Avaliações e fiscalizações;
► Indicadores.

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9. Avaliação de desempenho e
Relatório de Compliance

Avaliações periódicas promovem subsídios para Um dos principais objetivos do monitoramento é a


mudança de estratégia e intervenções, além de retroalimentação do processo (advinda de diversas
promover a melhoria contínua. fontes, incluindo partes interessadas) fomentando,
desta forma, a melhoria contínua.

9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação Deve ser estabelecido também formas (processo/
procedimento) para registrar e classificar as
Deve-se estabelecer o que necessita ser monitorado, o ocorrências de compliance (riscos concretizados /
motivo e os métodos. O monitoramento deve agregar não conformidades), realizando a análise e avaliação
valor ao SGC. (investigação) quando necessário. Considerar também
Exemplos de monitoramento do SGC e seu ocorrências sistêmicas de pequeno impacto.
desempenho: A emissão periódica e pontual de relatórios de
► Eficácia dos treinamentos; compliance é mandatória para reporte a alta direção
► Eficácia dos controles; e conselho de administração. Os relatórios devem
conter dados de inteligência em riscos, resultados de
► Grau de atendimento às obrigações de compliance;
fiscalizações e auditorias e demais itens relevantes.
► Indicadores de objetivos e metas
Todos os registros gerados no SGC (relatórios,
estabelecidos no item 6.2;
denúncias e etc.) devem ser arquivados e protegidos
► Ocorrências. contra alterações.

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9. Avaliação de desempenho e
Relatório de Compliance

9.2 Auditoria

Deve-se planejar, estabelecer, implementar e manter


um programa de auditoria periódica, com foco em
9.3. Análise crítica pela direção
verificar o Sistema de Gestão de Compliance: Em intervalos planejados, normalmente anualmente,
► Conformidade frente os critérios estabelecidos a alta direção deve reunir-se a analisar criticamente o
pela própria organização; e, SGC, verificando (não exaustivo):

► Conformidade frente as recomendações da ISO. ► Suficiência da Política;

Cabe destacar que é essencial manter um programa de ► Suficiência de recursos;


auditoria baseada em riscos, avaliando os riscos, fatores ► Atingimentos dos objetivos planejados; e,
de riscos e controles de compliance. ► Evolução do gerenciamento de
Dar a devida publicidade ao relatório de auditoria é riscos e seus planos de ação.
vital para demonstrar a transparência do SGC e garantir
a independência.

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10. Gestão do não cumprimentos
e melhoria contínua.

10.1 Não conformidade, não


cumprimento e ação corretiva

Deve ser estabelecido um processo de registro de riscos


concretizados, não conformidades e qualquer desvio
detectado. O processo deve contar com uma sistemática 10.2 Melhoria contínua
de investigação, atribuindo prazos e responsabilidades.
O SGC está amparado no conceito PDCA, desta forma, é
Frente a qualquer risco concretizado, não conformidade “vivo” e constantemente deve adaptar-se as mudanças
identificada e outros, a organização deve: impostas pelo ambiente interno e externo. Cabe ao
► Analisar e identificar as causas fundamentais compliance office estabelecer as estruturas e processos
do evento (causa raiz – fatores de risco); necessários para, de forma assertiva, acompanhar a
evolução do ambiente ajustando o sistema a nova
► Realimentar o processo de análise de riscos de
realidade.
compliance, reavaliando a matriz de riscos;
► Estabelecer planos de ação para sanar os fatores
de risco e ajustar, caso necessário, o SGC; e,
► Avaliar se o plano de ação foi suficiente para
baixar a probabilidade e/ou impacto do risco.

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CONCLUSÃO

O Sistema de Gestão de Compliance deve ser flexível


e adequar-se constantemente ao ambiente externo e Gestão de Riscos
interno. De forma simples, sintética e esquemática, o de Compliance
sistema possui três pilares. (figura ao lado)

A base para estabelecimento do sistema é a gestão


de riscos de compliance, que determinará o nível de
risco e, por consequência, a estrutura necessária para
operacionalização do SGC e resguardo da organização.

O SGC deve ser composto por todos os processos


necessários que garantam que os riscos de compliance Operacionalização Auditoria e
do Sistema de Gestão Registro de Riscos
estejam controlados e, assim, a organização não seja de Compliance Concretizados
surpreendida com eventos desagradáveis e impactantes,
como perda de licenças vitais ou casos de corrupção.

A auditoria do SGC, auditoria baseada em riscos e


registro de riscos concretizados (e não conformidades)
deve retroalimentar o processo, possibilitando os
ajustes e correções necessárias, além de prover
indicadores.

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SOFTWARE

O Software INTERISK fornece metodologia adaptável


de forma eficiente as demandas necessárias, além de
as necessidades da organização e em conformidade
favorecer o erro em análises por falhas de operação na
com a ISO 19600:2014 e ISO 31000:2009. Através
planilha, versões de arquivos e demais.
dos módulos GRC (Gestão de Riscos Corporativos),
Gestão de Perdas e ABR (Auditoria Baseada em Riscos) Contar com um software que seja totalmente
o compliance officer terá de forma facilitada, gráficos, parametrizável, contemple o conceito das três linhas
registros, dicionário de riscos e controles e a matriz de de defesa do IIA (The Institute of Internal Auditors) e de
riscos. forma ágil e simplificada suporte o Sistema de Gestão
de Compliance deixou de ser uma opção, trata-se de
Atualmente, em decorrência da alta volatilidade do
ferramenta mandatória para mitigação dos riscos de
mercado e enorme quantidade de informações, realizar
compliance e o sucesso organizacional.
controles e análises em planilhas Excel não suporta

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SOFTWARE

Identificação dos Fatores de Riscos Matriz SWOT

Listagem, Definição e Classificação dos Riscos Matriz Risco Residual

Análise Situacional - Fluxograma do Processo Sumário

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MARIO ALVES, mbs | sobre o autor

Mestrando em Planejamento e Gestão de Projetos no Departamento de Engenharia e Construção do Exército


Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT, especializado Brasileiro e Direito Marítimo - Fundação de Estudos do
em Gestão de Riscos Corporativos – Master Business Mar.
in Administration – MBA pela Faculdade de Engenharia
Foi oficial do Exército Brasileiro (1º Tenente de
de São Paulo (FESP), Extensão universitária em Master
Cavalaria), trabalhou em multinacional petroleira
Business Security – MBS – Avançado em Segurança
britânica e atualmente trabalha como Gerente de
Empresarial pela Faculdade de Engenharia de São Paulo
Consultoria na Brasiliano INTERISK.
(FESP), Graduado em Administração de Empresas pela
Universidade Metropolitana de Santos e Técnico em Participou diversos projetos de envergadura em
Edificações pela ETEC Getúlio Vargas. empresas de grande porte, tais como: Agência Nacional
de Energia Elétrica – ANEEL, Brookfield Energia
Principais cursos extracurriculares: Sistema de
Renováveis, Robert Bosch, Brenntag, CEAGESP, Fundação
Excelência Gerencial – Exército Brasileiro, Segurança
Copel, CPFL, ISO Cteep, CTG – China Three Gorges, DP
de Autoridade – Exército Brasileiro, Gerenciamento
World, Ecoporto Santos, EDP – Energia de Portugal,
de Projeto - Fundação de Estudos do Mar, Sistemas
Grupo Baumgart, Cia Porto Seguro, Leão Alimentos e
de Gestão de Segurança para a Cadeia Logística – ISO
outros
28000 – ECITON, Sistema Integrado de Administração
de Serviços Gerais, Licitações e Contratos –

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Sobre a Brasiliano INTERISK

A Brasiliano INTERISK acredita que a diferença neste mercado de extrema volatilidade e


turbulência está na constante inovação de valor. É necessário quebrarmos paradigmas e
buscarmos a diferenciação e a liderança de custos ao mesmo tempo!

Oferecendo o software de gestão de riscos junto da metodologia única, com 30 anos de


experiência, e treinamentos. Desenvolveu a solução INTERISK, software de análise de riscos para
gestão de riscos, auditoria, continuidade de negócios, entre outros, com integração!

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