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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVILLE

COORDENAÇÃO DE DIREITO

PROJETO DE PESQUISA

ASPECTOS LEGAIS DA IMPLANTAÇÃO DO COMPLIANCE E OS BENEFÍCIOS ÀS EMPRESAS

CHRISTIAN BEDIN LINZ


PROFESSORA FABIOLA POSSAMAI, Dra.
Trabalho de Conclusão de Curso I (Projeto)

JOINVILLE
2020
1 APRESENTAÇÃO DO TEMA E JUSTIFICATIVA

Nas organizações empresariais do Brasil e do mundo, tanto de pequeno quanto médio


ou grande porte, a prática do compliance é realizada com a finalidade de ser uma metodologia
sistematizada de prevenção a fraudes, abusos e erros que vão desde a não observância das
normas legais; práticas antiéticas e ilícitas; e tudo o mais que pode gerar uma imagem negativa
da organização e de seus colaboradores. Tais questões podem possibilitar a geração de
inúmeros danos potenciais, tanto na esfera judicial quanto em caráter concorrencial, o que não
é de interesse das empresas.
Por ser uma tendência global e devido à pressão governamental que exige melhoria
contínua do ambiente interno, a busca incessante pela realização de boas práticas pode resultar
em benefícios futuros às empresas. Quando não ocorrem fraudes, evitam-se prejuízos, além de
propiciar uma boa imagem e boa reputação perante o mercado, criando um diferencial perante
a concorrência.
Via de regra, as consequências da implantação de um programa de compliance são
melhorias generalizadas dentro da organização, que vão além de organização e cumprimento
correto das obrigações concernentes às sociedades empresárias. O número de organizações
empresariais que vêm investindo em compliance é crescente e considerável, devido,
principalmente, aos inúmeros escândalos de corrupção dos últimos anos, tanto no Brasil quanto
em outros países.
Compliance é interessante visto que não existe um modelo padrão para todo o tipo de
empresa e cada programa deve passar por uma customização. Além disso, salienta-se a
necessidade do entendimento de como utilizar tais ferramentas para otimizar o trabalho e
reduzir os prejuízos. Isto porque a importância do compliance já não é mais discutida, haja vista
que já está consolidada como parte integrante do processo de governança das empresas.
As empresas que pautam as suas funções em observância ao compliance criam uma
equipe de gestão de elevado nível, apta e preparada para a sua área de atuação de forma ética
e transparente, inserida no mercado nacional e/ou internacional de modo competitivo,
diferenciada dos concorrentes e que busca garantir sempre uma melhor rentabilidade.
O profissional da área do Direito é indispensável para integrar a implantação do
compliance, mormente por dominar os aspectos jurídicos e legais que dizem respeito às
atividades empresariais.

2 ABORDAGEM GERAL DO PROBLEMA

Cicco (2008) relata que o compliance pode ser considerado como um instrumento que
consolida o cumprimento de normas internas e externas de uma instituição pública ou privada,
consoantes com as conformidades jurídicas e de condutas, procurando equilibrar a legislação,
as práticas e os procedimentos das empresas. Baseado nesse contexto, pode-se afirmar que o
compliance é um processo constituído de maneira integrada e global com todos os setores da
organização, impactando inúmeros pontos de operação das organizações, principalmente no
que diz respeito aos aspectos legais.
Embora o conceito de compliance como política de boa gestão corporativa não seja
relativamente novo no cenário internacional, no Brasil ainda existe uma certa carência destas
estruturas nas organizações empresariais, mesmo depois do advento da Lei 12.486/2013
popularmente chamada de lei ‘Lei de Anticorrupção’ ou ‘Lei da Empresa Limpa’ (Brasil, 2013).
No mundo o compliance é um tema altamente desenvolvido com regimes e pilares já
formados, trazendo uma segurança jurídica maior dentro das empresas. No Brasil a prática vem
sendo difundida e aperfeiçoada, mas ainda é um tema recente, que demanda estudo e debate
sobre o assunto. Junto disso surge a necessidade das leis e normas que devem ser
contempladas em um programa de compliance, e o motivo da necessidade desses que devem
fazer parte do sistema.

3 QUESTÃO DE PESQUISA

O que é compliance e os aspectos legais da implantação e benefícios às empresas?


4 HIPÓTESES

1 - Compliance faz com que impere a ética no meio empresarial, causando uma maior
produtividade e confiança aos colaboradores.
2 - O compliance aumenta a credibilidade no setor empresarial com isso, parcerias com
outras indústrias e com o governo foram fechadas, trazendo retorno financeiro.
3 - Com o compliance as demandas trabalhistas diminuem, devido à conduta ética dos
empregados e empregadores
4 – A implantação do compliance gera maior eficácia dos processos internos das
empresas com ganho de produtividade, segurança e equilíbrio financeiro.

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Compreender o compliance e sua importância, bem como investigar os aspectos legais


que estão ligados ao sistema de governança empresarial.

5.2 Objetivos Específicos

A) Conceituar e contextualizar o compliance na atualidade empresarial.


B) Destacar os aspectos legais que dizem respeito ao compliance.
C) Discorrer sobre os benefícios da aplicação do compliance.

6 VARIÁVEIS QUALITATIVAS DE INTERPRETAÇÃO

1. O QUE É COMPLIANCE?
1.1 Conceito de compliance
1.2 Como o compliance surgiu
1.3 O compliance no Brasil
2. OS ASPECTOS LEGAIS DA IMPLANTAÇÃO DO COMPLIANCE
2.1 Estrutura do compliance corporativo
2.2 Legislação aplicável e objetivos
2.3 Como implementar

3. BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DO COMPLIANCE


3.1 Contenção de demandas jurídicas
3.2 Benefícios econômicos
3.3 Reputação empresarial

7 METODOLOGIA

O presente estudo se origina da curiosidade de compreender quais os aspectos legais do


compliance, sua implantação e seus benefícios às organizações empresariais de segmentos e
porte variados ainda junto disso aprender de uma forma mais prática como o compliance se
relaciona com o direito.
Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa. Conforme Flick (2012), os
aspectos essenciais desta pesquisa consistem na escolha adequada de métodos e teorias
convenientes, no reconhecimento e na análise de diferentes perspectivas; nas reflexões dos
pesquisadores a respeito de suas pesquisas como parte do processo de produção de
reconhecimento; e na variedade de abordagem e métodos.
A pesquisa será do tipo bibliográfica, onde serão analisadas as referências a respeito do
assunto em livros, jornais, revistas e internet e outros meios de comunicação pertinentes. A
pesquisa bibliográfica possibilita um amplo alcance de informações, além de permitir a
utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na construção, ou
na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo proposto (GIL, 2010).
Nesta pesquisa, será usado o método dedutivo. De acordo com Severino (2007), pode-se
dizer que a dedução é um procedimento lógico, raciocínio pelo qual se pode tirar de uma ou de
várias proposições uma conclusão que delas decorre por força puramente lógica.
A pesquisa explicativa é centrada na preocupação de identificar fatores determinantes
ou contributivos ao desencadeamento dos fenômenos. Explicar a razão do fato ou fenômeno
social. Também é importante situar o ambiente social de ocorrência. Portanto, a realidade
tempo-espaço é fundamental na identificação de causa e efeito do evento social. Os
procedimentos básicos são: registrar, classificar, identificar e aprofundar a análise (ZANELLA,
2009).

8 REVISÃO DA LITERATURA

1 O QUE É COMPLIANCE

1.1 Conceito de Compliance

Compliance é um sistema de gestão interno que visa manter a integridade da empresa,


no que diz respeito à sua missão, à sua reputação, à continuidade da operação e a preservação
do seu patrimônio. É estratégico, ainda, na manutenção e ampliação da sua competitividade,
como ferramenta para alcançar seus objetivos de mercado e a sua missão. Vai além da simples
observância do cumprimento de leis e regulamentos pertinentes ao nicho de negócio,
compreendendo a busca pela preservação do respeito às normas de conduta, aos valores e
princípios da organização.
Não se pode falar de compliance sem entender o seu real significado. Como exposto por
Assi (2018), o compliance é um termo em inglês que deriva do verbo to comply e trata sobre
conformidade. Portanto, em uma tradução livre para a língua portuguesa significa cumprir,
obedecer e executar aquilo que foi determinado.
Como traz Rodrigo Pinho Bertocceli (2019, p. 39):

O sentido da expressão compliance não pode ser resumido apenas ao seu


significado literal. Em outras palavras, o compliance está além do mero
cumprimento de regras formais. Seu alcance é muito mais amplo e deve ser
compreendido de maneira sistêmica, como um instrumento de mitigação de
risco, prevenção dos valores éticos e de sustentabilidade corporativa,
preservando a continuidade do negócio e o interesse dos stakeholders.
Com isso, observa-se que o compliance é como a empresa estimula seus colaboradores a
seguir uma lei, tanto interna quanto externa. Não só isso, mas também demonstrar ética no
ambiente de trabalho e um compromisso social.
Compliance é estratégico para a continuidade de um negócio e para a remediação de
falhas no seu funcionamento. Além de ser uma importante medida para a detecção de riscos e
perdas de maneira antecipada, contribui para atrair e reter talentos, ao passo que melhora o
ambiente organizacional e a reputação da instituição.
No que diz respeito à subcontratação de terceiros, fomenta práticas que visam evitar
conflitos éticos e impedir a concretização de eventos perigosos para o negócio, estabelecendo
relações harmoniosas e resultando em credibilidade e lealdade do público. O bom
funcionamento de um programa de compliance favorece a qualidade das decisões e reduz o
custo operacional, representando um pressuposto para a boa governança das organizações.

1.2 Como Surgiu o Compliance

O compliance surgiu a partir da legislação americana, com a criação da Prudential


Securities, em 1950, e a regulação da Securities and Exchange Commission (SEC), em 1960, e
também a criação do Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), em 1977. Cerca de 25 anos depois, o
Reino Unido criou o Bribery Act, e, em 2013, foi a vez do Brasil criar a lei 12.846, conhecida
como lei anticorrupção.
A lei brasileira define a responsabilidade da pessoa jurídica por atos contra a
administração pública. Tais atos incluem oferecer vantagem a agentes públicos, financiar ou
custear a prática de atos ilícitos, e ocultar interesses ou a identidade dos beneficiários destes
atos. A lei anticorrupção também define penalidades, como a perda de bens, suspensão de
atividades, proibição de receber incentivos e doações, entre outras. O compliance já está
inserido em na sociedade há anos, conforme traz Assi (2018) com o exemplo da Securities and
Exechager Comission (SEC) no ano de 1960 onde começou a contratar especialistas em
compliance, os chamados Compliance Officer. Esses eram responsáveis por estabelecer as regras
e os procedimentos dentro da empresa, e junto disso, capacitar os colaboradores. Por
conseguinte, é claro que o mercado financeiro acabou sendo o primeiro setor a implementar o
compliance com leis, normas e acordos definidos.
Um exemplo clássico da ausência do compliance foi a falência do Banco Barings Toledo
(2020) narra bem esse caso, onde um dos mais antigos bancos da Inglaterra que tem clientes
como a rainha Elizabeth. Tal banco quebrou por conta de um único colaborador de 28 anos, que
apostou 1,3 bilhões de dólares em uma operação no mercado financeiro. Após esse escândalo,
o Banco Central Europeu constatou que a falta de supervisão, e a falha de seus funcionários de
fazerem o seu trabalho correto acarretou nesse desastre.
Como trazem bem Swistalski e Lobato (2020, p. 675) em conclusão:

Os episódios históricos nos permitem afirmar que o compliance nasceu de


eventos que tiveram impactos relevantes no setor financeiro e mercado de
capitais. Eventos de diferentes naturezas, inclusive os mais trágicos, acabam
culminando na normatização do Setor com reflexos no compliance mundial.

Casos como do Banco Barings demonstra que o compliance vem se aperfeiçoando e


criando técnicas para o combate de fraudes, imprudências, furtos e demais falhas que o ser
humano pode causar. Dentro disso ainda é valido observar que todo os erros que culminaram
em tragédia ou uma grande perda empresarial, foi usada para que não fosse mais repetida,
assim aperfeiçoando o compliance como um todo.
Com o passar dos anos, o compliance vem se desenvolvendo em todo o mundo e muitos
instrumentos multitarefas foram criados, como cita Bertocceli (2019, p. 42):

Convenção Interamericana contra a corrupção (OEA 1196), a convenção sobre


o combate a corrupção de funcionários públicos estrangeiros em transações
comerciais (OCDE, 1997), o convênio sobre a luta contra o suborno dos
funcionários públicos estrangeiros em transações comerciais internacionais
(Comitê de ministros do conselho europeu, 1999) e a convenção das nações
unidas contra a corrupção (ONU 2003) dentre outros.

Nesse sentido, houve a criação de leis internacionais de combate a corrupção, e as mais


importantes mundialmente foram a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), de 1997 e UK Bribery
Act. A FCPA é uma lei criada pelos Estados Unidos com o intuito de preservar os mercados. Foi
promulgada no ano de 1977, com o intuito de não apenas punir a corrupção interna, mas
também no exterior. Ainda, para regular o mercado e não promover uma concorrência desleal
como explica Bertocceli (2019, p. 43) “para se evitar uma concorrência desleal, ao mesmo
tempo que se protegia os negócios americanos e se preservava o seu mercado de capitais”.
Como a promulgação dessa lei investigações foram feitas pela SEC, e foi constatado que
várias empresas americanas haviam feito pagamento para tirar vantagem ilícitas, como explica
Bertocceli (2019, p 42) “centenas de companhias norte-americanas haviam efetuado
pagamentos ilegais a políticos, partidos e agentes públicos estrangeiros em montantes
superiores a 300 milhões de dólares”.
Então, a nova lei conseguiu frear essa corrupção e trazer a credibilidade ao mercado
novamente. Tal lei vigora até os dias de hoje.
Uk Bribery Act lei foi promulgada no ano de 2010 no Reino Unido após o país sofrer
várias críticas, por ser leniente no combate a corrupção, como consta Correia (2015). Esta lei foi
em termos uma ampliação da FCAP tendo sanções mais severas.

1.3 Compliance no Brasil

No Brasil, o compliance ficou de fato conhecido com a lei de Anticorrupção, mas antes
devesse observar leis que já remetiam a prática do compliance no país. No ano de 1998, houve a
Lei nº 9.613 que tratava de crimes como a lavagem de dinheiro e ocultação de bens no sistema
financeiro. Junto disso, também houve a criação da COAF que Assi (2018, p. 21) assim explica:

A unidade de inteligência financeira brasileira órgão integrante do Ministério


da fazenda. Este órgão possui papel central no sistema brasileiro de combate à
lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo, tendo a incumbência
legal de coordenar mecanismos de cooperação e de troca de informações que
viabilizem ações rápidas e eficientes no combate à lavagem de dinheiro,
disciplinar e aplicar penas administrativas, receber examinar e identificar
ocorrências suspeitas.
Com isso se observa mais uma vez que as regulamentações dentro do mercado
financeiro tiveram forte influência, para que tivéssemos as práticas de compliance como temos
hoje.
No ano de 2000, houve outro marco que foi a adoção da convenção da organização para
a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE):

O Brasil aderiu à Convenção da Organização para a Cooperação Econômica e


Desenvolvimento (OCDE), a qual tem o intuito de combater tanto a corrupção
no Comércio Internacional, quanto adotar ações que assegurem a real
cooperação entre os países signatários. Em razão disso, pode-se notar uma
grande interferência da OCDE na criação da Lei Anticorrupção brasileira
(KLEINDIENST, 2019, p 16).

Outra lei de igual importância foi a lei nº 91.638 de dezembro de 2011 onde como cita
Assi (2018) “determina que as empresas brasileiras fizessem seus demonstrativos financeiros
seguindo as normas internacionais, que fez com que os investidores estrangeiros pudessem ter
informações mais claras”.
Em 2013, houve a aprovação da lei 12.846, conhecida como lei de anticorrupção ou lei
empresa limpa, a qual veio com o intuito de amenizar um problema que havia no direito
brasileiro e tampar lagunas que se tinha.

A Lei Anticorrupção buscou endereçar um problema no direito brasileiro que há


muito era apontado por organizações internacionais e especialistas no combate
à corrupção: a falta de previsão legal que permitisse a efetiva responsabilização
das empresas por ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou
estrangeira (MENDES; CARVALHO, 2017, P.89).

Ainda, Correia (2015, p.22) traz em seu artigo que a lei anticorrupção tem por principal
objetivo não somente trazer sanções mais rigorosas contra as práticas de corrupção de pessoas
jurídicas, mas criar meios de inibir isso e assim trazer mais transparência para o meio
empresarial.
É visto que o direito brasileiro tinha grande defasagem na prática de anticorrupção. As
grandes empresas começaram a se atentar à prática do compliance por conta de grandes
escândalos como o da Petrobrás nos governos Lula e Dilma.
Mas com a lei também surgiram dúvidas a quem se aplica, e a quais atos:

A Lei Anticorrupção tem como objetivo punir as empresas e entidades


responsáveis por atos lesivos à administração pública e se aplica “às sociedades
empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não,
independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado,
bem como a quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas, ou
sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no território
brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente
(MENDES; CARVALHO, 2017, p. 89).

Apesar de o compliance estar inserido em nossa sociedade a algum tempo, é visto que
ainda estamos nas fases iniciais com tal prática no Brasil, tanto com as práticas internas nas
empresas, quanto com relação à legislação.
O compliance por ser um dos pilares de Governança Corporativa, à medida que fortalece
o sistema de controles das empresas, os princípios, são aplicáveis a qualquer empresa, o que
dependerá do tamanho da organização, complexidade e arcabouço regulatório. O custo inicial
pode parecer alto, porém os benefícios são para toda a empresa.
Entretanto, para que um programa de compliance funcione, primeiramente deve
receber o apoio da Alta Administração para que a cultura organizacional aceite a mudança.
No Brasil, pelo fato de ainda não existir uma lei ou regulamentação que determine a
criação da função de compliance, apesar de ser um assunto já consolidado em diversos países,
faz com que as empresas, com estruturas mais complexas, busquem métodos e sistemas para
se sentirem mais protegidas dos diversos riscos expostos. Assim, atualmente, no mercado,
devido muitas empresas estrangeiras terem suas filias no Brasil, já existe um movimento
favorável, em nosso país, e um entendimento da segregação da função de compliance em
relação às outras áreas e de sua importância para as empresas que buscam mitigar o risco de
não compliance atrelado à reputação e ao risco regulatório e legal.

9 CRONOGRAMA (2020)

Atividades/Mês M A M J J
Revisão do Projeto com OE x
Alterações determinadas pelo orientador x
Novo levantamento bibliográfico x x
Escrita dos itens restantes x x
Redação da Análise dos dados x
Redação das outras partes do Artigo Científico x
Revisão gramatical, ortográfica e de formatação x
Preparação da apresentação x
Apresentação pública do Artigo Científico x

10 REFERÊNCIAS

ANDRADE, Priscilla de; RODRIGUES, Maria Rafaela Junqueira Bruno. O papel do advogado na
governança corporativa através do compliance e da gestão de riscos. Revista de Iniciação
Científica e Extensão da Faculdade de Direito de Franca, p. 1-23, junho 2019.
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BERTOCCELLI, Rodrigo de Pinho. Compliance. In: CARVALHO, André Castro; BERTOCCELLI,
Rodrigo de Pinho; ALVIM, Tiago Cripa; VENTURINI, Otavio (orgs). Manual de compliance. Rio de
Janeiro Forense, 2019. Não Paginado.
BRASIL. Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização administrativa
e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou
estrangeira, e dá outras providências. 2013. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em: 18 nov.
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CICCO. Francesco de. Programas de Compliance - A norma AS 3806: 2006: Compliance, AS
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CORREIA, Ingrid Dutra. Os principais aspectos da Lei Anticorrupção brasileira 12.846/2013 e a
importância da cultura de compliance no ramo empresarial. Rio de Janeiro: Editora PUC, 2015.
Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/26080/26080.pdf. Acesso em: 01 out.
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FLICK, Uwe. Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Penso Editora,
2012. 248 p.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2017. 176 p.
KLEINDIENST, Ana Cristina. Grandes Temas do Direito Brasileiro: Compliance. São Paulo:
Almedina Brasil, 2019. 205 p.
MENDES, Francisco Schertel; CARVALHO, Vinicius Marques de. Compliance: Concorrência e
combate à corrupção. São Paulo: Trevisan Editora, 2017. 164 p.
SALEMA, Rodolfo Fernandes de Souza. Aspectos legais do compliance como ferramenta de
gestão empresarial estratégica. Revista Jurídica da Escola Superior de Advocacia da OAB-PR.
Ano 5, n. 1, abril, 2020
SWISTALSKI, Andressa; LOBATO, Carla Cristina Cavalheiro. Compliance no setor financeiro e
mercado de capitais. In: CASTRO CARVALHO, André; CRIPA ALVIM, Tiago; BERTOCCELI, Rodrigo;
VENTURINO, Otavio. Manual de Compliance. Rio de Janeiro: Forense, p. 659-673, 2020.
TOLEDO, Letícia. O colapso do Barings Bank 25 anos depois: o que o mercado aprendeu?
InfoMoney, 26 de fevereiro de 2020. Disponível em:
https://www.infomoney.com.br/mercados/o-colapso-do-barings-bank-25-anos-depois-o-que-o-
mercado-aprendeu/. Acesso em: 29 set. 2020.
ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de estudo e de pesquisa em administração.
Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, p. 129-149, 2009.

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