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a) Diferenciar os tipos e aplicações de cilindros de acção simples, de dupla acção, de haste passante e
cilindro telescópico
b) Identificar os símbolos dos vários cilindros
c) Calcular parâmetros básicos de trabalho dos cilindros (pressão de trabalho, a força de avanço-
retorno (empuxo) de cilindros, área de trabalho, volume e curso
Actuadores Lineares
Os actuadores lineares são conhecidos como cilindros ou pistões.
São actuadores lineares, ou seja, transformam a energia hidráulica em energia mecânica linear,,
executando movimentos lineares, elevando, descansando, bloqueando e deslocando cargas.
Um cilindro consiste de uma camisa de cilindro, de um pistão móvel e de uma haste ligada ao
pistão. Os cabeçotes são presos ao cilindro por meio de roscas, prendedores, tirantes ou solda
(a maioria dos cilindros industriais usa tirantes).
Conforme a haste se move para dentro ou para fora, ela é guiada por embuchamentos
removíveis chamados de guarnições. O lado para o qual a haste opera é chamado de lado
dianteiro ou "cabeça do cilindro". O lado oposto sem haste é o lado traseiro. Os orifícios de
entrada e saída estão localizados nos lados dianteiro e traseiro.
6 - Camisa do cilindro
Um rígido controle de qualidade e a precisão de fabricação garantem que todos as camisas atendam aos padrões
de alinhamento, circularidade e acabamento superficial. O acabamento da superfície interna da camisa de aço
minimiza o atrito interno e prolonga a vida das vedações.
7 - Êmbolo de ferro fundido inteiriço
O êmbolo tem amplas superfícies de apoio para resistir às cargas laterais e um longo encaixe por rosca na haste.
Como característica de segurança adicional, o êmbolo é fixado por Loctite e por um pino de travamento.
8 - Encaixe da camisa
Um rebaixo usinado nas extremidades da camisa, concêntrico com diâmetro interno do cilindro permite um
encaixe rápido e preciso com flanges dianteiro e traseiro, resultando em um perfeito alinhamento e longa vida em
operação sem vazamentos.
9 - Anel de amortecimento flutuante e luvas de amortecimento
O anel de amortecimento flutuante e a luva são auto-centrantes, permitindo tolerâncias estreitas e, portanto, um
amortecimento mais eficaz. Na partida do cilindro, uma válvula de retenção com esfera na extremidade do
cabeçote dianteiro e o anel flutuante na extremidade do cabeçote traseiro permitem que seja aplicada pressão à
toda área do pistão para maior potência e velocidade de partida.
Guarnições
Para uma operação apropriada, uma vedação positiva deve existir em toda a extensão do pistão do
cilindro, tanto quanto na haste. Os pistões do cilindro são vedados com as guarnições elásticas ou
anéis de vedação de ferro fundido. Os anéis de pistão são duráveis mas permitem vazamento na
ordem 15 a 45 cm3 por minuto em condições de operação normal. Guarnições tipo "U" elásticas
não vazam em condições normais, mas são menos duráveis. As guarnições elásticas da haste são
fornecidas em muitas variedades. Alguns cilindros são equipados com guarnições com formato em
"V" ou em "U", fabricadas de couro, poliuretano, borracha nitrílica ou viton, e uma guarnição
raspadora que previne a entrada de materiais estranhos no cilindro.
Um tipo comum de guarnição elástica consiste de uma guarnição primária com a lateral dentada em
formato de serra na parte interna. As serrilhas contatam a haste e continuamente raspam o fluido,
limpando-a. Uma guarnição secundária retém todo o fluido da guarnição primária e ainda previne
contra a entrada de sujeiras quando a haste recua.
Cilindros ou actuadores de acção simples são aqueles que recebem óleo ou ar somente numa
direcção. O movimento de recuo do êmbolo, e consequentemente da haste, é realizado por
meio de mola ou força externa. São comandados através de válvulas de controle direcional de 3
vias.
Tem várias aplicações, em especial em situações de segurança, como freios de caminhão, onde
os freios ficam normalmente fechados sob acção da mola, abrindo apenas quando o motor do
caminhão está funcionando e fornecendo pressão. Em caso de falha do motor os freios travam.
Os tipos mais comuns são: de haste dupla; telescópico ou de múltiplo estágio; duplex
contínuo ou em tandem; duplex.
É o mais utilizado possuindo inúmeras aplicações, como prensas, fixadores, etc… O curso não
pode ser muito grande pois surgem problemas de flambagem.
Uma das principais diferenças entre aplicações pneumáticas e hidráulicas reside na relação
entre força e velocidade.
Com ar comprimido se consegue grande velocidade, mas têm-se limitações em termos de
força.
Em hidráulica ocorre o oposto, consegue-se grande força de actuação, no entanto perde-se
em velocidade.
Tem como vantagens o fato de podermos utilizar as duas extremidades da haste na execução
de trabalhos, permitindo assim o uso de todo o curso do êmbolo, visto que a haste é melhor
apoiada, como também de ter iguais forças de avanço e recuo. São também comandados
através de válvulas de controlo direccional de 4 ou 5 vias.
CILINDRO TELESCÓPICO.
Este tipo de cilindro é empregado quando se faz necessário um grande curso, como por
exemplo em pequenos elevadores, empilhadeiras ou máquinas de terraplenagem de carga,
sendo usado preferencialmente na posição vertical. Podem ser de simples ou duplo efeito.
É composto de vários cilindros montando em série um dentro do outro. Apresenta curso longo
e dimensões reduzidas de comprimento, porém um diâmetro grande face à força gerada. É
aplicado em máquinas que precisam de um longo curso e comprimento reduzido.
Para proteger os cilindros contra choques excessivos, os mesmos podem ser protegidos por
amortecimentos. O amortecimento diminui o movimento do cilindro antes que chegue ao fim
do curso. Os amortecimentos podem ser instalados em ambos os lados de um cilindro.
No caso dos cilindros hidráulicos e pneumáticos precisamos verificar a área que está em
contacto com o fluido e a pressão da bomba ou compressor. Os cilindros têm duas partes
principais que são: êmbolo com haste (a), e o corpo do cilindro (b).
Quando o êmbolo efectua o movimento no sentido de sair do cilindro, realiza um movimento
positivo. Quando movimenta-se para dentro, o movimento e chamado negativo.
A forca que empurra o êmbolo para fora ou para dentro depende da pressão hidráulica ou
pneumática e da área do êmbolo no lado (+) ou no lado (-). Vejamos os exemplos na figura:
O diâmetro:
∅ cil=2 R
Cálculo de forças
A força útil (Fu) de um cilindro de simples efeito (retorno por mola) é dado por
Fu = (P x A) – Fr, com Fr = Fm + Fat,
onde:
Fr – força resistente em kgf/cm2;
Fu – força útil em kgf;
Fm – força da mola em kgf;
P – pressão de trabalho em kgf/cm2;
Fat – força de atrito em kgf;
A = área do cilindro em cm2;
Força do cilindro
As forças realizadas pelos cilindros dependem da pressão do óleo, ar, da área do êmbolo e das
resistências impostas pelos elementos de vedação. Abaixo, são apresentadas as fórmulas de acordo com
o tipo de cilindro.
Com cilindros de duplo efeito de haste simples, como as áreas A e a são diferentes, calculamos
as forças desenvolvidas no avanço e no retorno.
Curso do cilindro
A distância através da qual a energia de trabalho é aplicada determina quanto trabalho será
realizado.
Essa distância é o curso do cilindro. Já foi ilustrado que um cilindro pode ser usado para
multiplicar uma força pela acção da pressão hidráulica agindo sobre a área do pistão.
Quando se multiplica uma força, hidraulicamente tem-se a impressão de que se está recebendo
alguma coisa de graça. Parece que uma pequena força pode gerar uma força grande sob as
circunstâncias certas e que nada foi sacrificado. Isto é relativamente válido em um sistema
estático. Mas, se a força deve ser multiplicada e deslocada ao mesmo tempo, alguma coisa
deve ser sacrificada, neste caso a distância
Volume do cilindro
Cada cilindro tem um volume (deslocamento) que é calculado multiplicando-se o curso do
pistão em cm, pela área do pistão. O resultado dará o volume em cm 3.
V c = A p∗s
Onde:
Vc=volume do cilindro;
Ap=área do pistão em Cm2
S= curso em cm
Velocidade da haste
A velocidade da haste de um cilindro é determinada pela velocidade com que um dado volume
de líquido pode ser introduzido na camisa para empurrar o pistão. A expressão que descreve a
velocidade da haste do pistão é:
a)Um cilindro hidráulico tem as seguintes características: diâmetro do embolo D=5cm, diâmetro
da haste d=2.8cm, pressão máxima de trabalho P: 60 bar. Quais as forcas (+ e -) que fazem o
embolo avançar ou recuar.
b) Calcule a força de avanço e de retorno dos seguintes cilindros de acordo com a pressão
Fornecida.*
Øcil = 70mm Øhas = 20mm P = 60 BAR
c) Calcule a força de avanço e de retorno dos seguintes cilindros de acordo com a pressão
Fornecida:
Øcil = 3"Øhas = 1" P = 500 psi
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
Na ilustração, o pistão superior deve avançar a uma distância de 5,0 cm para fazer o pistão inferior avançar 2,5 cm.
O pistão superior desloca 325 cm3 de líquido e o pistão inferior desloca a mesma quantidade.
a) Calcular a força e velocidade que o actuador exerce no avanço e no retorno com uma
pressão de trabalho (p) de 60 kgf/cm2 e vazão (Q) de 5000 cm3/min.
b) Calcule a pressão necessária para se obter as forças indicadas abaixo com os respectivos
cilindros.
Øcil = 3" Øhas = 1" Fav = 1000kgf Fret = 700kgf
c) Calcule o diâmetro do pistão e o da haste para que seja satisfeita a força necessária em
Cada caso abaixa mediante a pressão fornecida.
c) Calcule o diâmetro do pistão e o da haste para que seja satisfeita a força necessária em
cada caso abaixo mediante a pressão fornecida.*
Fav = 5000 kgf Fret = 3000 kgf P = 20 BAR