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JUSTIÇA CONSTITUCIONAL

ANO LETIVO 2022/2023

Exercício 1

A 23 de fevereiro de 2020, foi aprovada, por maioria simples, na Assembleia da Repú-


blica, a Lei x/2020, que procedeu à segunda alteração à Lei Orgânica n.º 3/2006, de 21 de
agosto, que aprovou a lei da paridade nos órgãos colegiais representativos do poder polí-
tico.

Tendo sido remetido para o Presidente da República a 25 de fevereiro, o decreto é vetado


a 28 de fevereiro, sendo invocadas dúvidas de inconstitucionalidade.

Na sequência do veto, o decreto é devolvido à Assembleia da República, que procede à


confirmação do voto através da maioria absoluta dos deputados presentes.

Confrontado novamente com o decreto, o Presidente da República recusa a sua promul-


gação, suscitando a fiscalização preventiva da constitucionalidade junto do Tribunal
Constitucional a 20 de março de 2020.

A 3 de junho de 2020, o Tribunal Constitucional pronuncia-se pela inconstitucionalidade


do decreto. Num volte-face, o Presidente da República promulga o decreto, remetendo-o
para referenda ministerial.

Quid iuris?

Exercício 2

No dia 5 de março de 2021, o Governo aprova (i) o decreto-lei y/2021, que versa sobre a
aquisição, perda e reaquisição da cidadania portuguesa; (ii) um acordo internacional a
respeito da mesma matéria e (iii) o decreto-lei w/2021, sobre a exploração mineira.

Após análise dos três decretos, o Presidente da República optou:

(i) pela promulgação do decreto de aprovação do decreto-lei y/2021, pese embo-


ras as dúvidas de inconstitucionalidade que o mesmo lhe suscitou;

(ii) pela apresentação de um pedido de fiscalização preventiva do acordo interna-


cional;
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(iii) pela apresentação de um pedido de fiscalização preventiva do decreto-lei


w/2021.

Passados três dias, o Presidente da República assina o acordo internacional sobre aquisi-
ção, perda e aquisição de cidadania.

Após receção do pedido de fiscalização preventiva do decreto-lei w/2021, o Presidente


do Tribunal Constitucional verifica a admissibilidade do pedido. Passados seis dias dessa
data, e sem que tivesse existido qualquer diligência adicional, o Tribunal Constitucional
discute, em secção, o memorando elaborado pelo relator do processo. Nessa reunião, a
maioria dos presentes secunda a pronúncia pela inconstitucionalidade, embora tal maioria
não seja atingida quanto à respetiva fundamentação. Ainda assim, o Tribunal Constituci-
onal pronuncia-se pela inconstitucionalidade.

Quid iuris?

Exercício 3

A 2 de março de 2021, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores aprova o decreto-le-


gislativo regional y/2021. Após envio do respetivo decreto de aprovação para o Repre-
sentante da República dos Açores, é solicitada a fiscalização preventiva da constitucio-
nalidade das normas constantes nos artigos 5.º e 7.º.

O Tribunal pronuncia-se no sentido da inconstitucionalidade quer das normas constantes


nos artigos 5.º e 7.º, quer das normas previstas no artigo 9.º, tendo por base o mesmo
fundamento.

De seguida, o decreto de aprovação é vetado pelo Representante da República dos Açores,


sendo remetido para a Assembleia Legislativa Regional, que vem confirmar o voto por
maioria absoluta dos seus membros em efetividade de funções. Regressando o decreto ao
Representante da República, o mesmo é assinando e enviado para publicação.

Quid iuris?

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