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ANOTAÇÕES
LITERATURA
O que é literatura?
Literatura é uma forma de arte que se utiliza da linguagem escrita para se expressar;
entretanto não há uma definição específica para ela, já que é uma arte que abrange diversos
elementos conceituais e históricos, como: textos literários e textos não literários,
manifestações populares e eruditas, gêneros literários etc.
Porém, literatura vai muito mais além que isso, é transmitir ideias, emoções e experiências
humanas de maneira estética através da escrita. Ela também é composta por uma ampla
variedade de gêneros, como romances, poesia, contos, teatro, ensaios, entre outros. Então,
podemos entender que literatura é uma forma de expressão da arte, através da linguagem.
Origem da literatura
O origem de literatura remonta aos primeiros tipos de expressões de linguagem da
humanidade, quando as civilizações começaram a registrar suas histórias e tradições por meio
de símbolos e pictogramas em tabuletas de argila ou papiro. Com o passar do tempo, esses
sistemas de escrita evoluíram para o uso de símbolos alfabéticos, e logo após veio o
desenvolvimento do primeiro alfabeto, o fenício, juntamente com o grego e o romano.
Funções da literatura
A Literatura não tem uma função absoluta e definitiva. Na verdade, em cada leitor, a
Literatura atus de um jeito diferente. A apreciação e interpretação podem variar de indivíduo
para indivíduo, tornando-se uma experiência pessoal e subjetiva. Entretanto, aqui estão
algumas perspectivas onde a literatura pode ser transmitida.
Empatia e compreensão: Através das histórias, os leitores podem se colocar no lugar dos
personagens e desenvolver empatia, o que pode levar a uma melhor compreensão das
experiências humanas.
Uma pequena ressalva, mesmo que entretenimento seja uma das funções da literatura, ainda
assim é uma arte bastante importante e séria. A literatura é tão desvalorizada atualmente na
sociedade, que quando é se citada como “entretenimento”, transmite mais a impressão de uma
arte que não deve ser levada a sério.
A linguagem literária é uma forma de expressão que busca transcender a mera comunicação
factual e objetiva. Ela se caracteriza por utilizar recursos estilísticos, como metáforas e
simbolismo, para criar um impacto emocional e sensorial no leitor. Através da linguagem
literária, os escritores podem explorar profundamente as emoções, pensamentos e
ambiguidades dos personagens e situações. Essa abordagem detalhada da linguagem permite
aos leitores uma experiência mais rica e complexa, estimulando a reflexão e a interpretação.
A linguagem literária é conhecida por sua riqueza e expressividade. Ela frequentemente utiliza
figuras de linguagem, metáforas e símbolos para transmitir significados mais profundos e
complexos. Além disso, tende a ser mais elaborada e cuidadosamente estruturada do que a
linguagem cotidiana, visando a criar uma experiência estética para o leitor. A linguagem
literária também pode variar em estilo, tom e ritmo, adaptando-se ao gênero e ao propósito do
texto. É importante lembrar que as características exatas da linguagem literária podem variar
dependendo do autor, do período histórico e do contexto cultural.
A liberdade de expressão também está presente na linguagem literária, que isenta os escritores
de restrições ao abordar temas, ideias ou opiniões por meio de sua escrita. Isso permite
explorar questões controversas e desafiar convenções, contribuindo para a diversidade de
perspectivas na literatura. No entanto, essa liberdade também vem com responsabilidade,
considerando o impacto que as palavras podem ter. A linha entre expressão artística e discurso
prejudicial pode ser delicada, exigindo um equilíbrio entre criatividade e consideração ética. A
liberdade de criação também se refere à ruptura de tradições linguísticas e de técnicas de
composição
Drama: No contexto do drama, a linguagem literária é usada para criar diálogos entre
personagens, estabelecer atmosfera e desenvolver a trama. Os dramaturgos empregam
técnicas literárias para transmitir as emoções e os conflitos dos personagens de maneira
poderosa. A linguagem nos diálogos pode variar, dependendo da personalidade e da situação
de cada personagem, contribuindo para a construção das relações entre eles. Além disso,
monólogos e solilóquios podem ser usados para explorar os pensamentos internos dos
personagens e revelar suas motivações mais profundas. A linguagem literária no drama é uma
ferramenta essencial para criar tensão, humor, tragédia e conexão emocional entre os
personagens e o público.
A linguagem literária geralmente não está presente em textos técnicos, manuais, relatórios
científicos, documentos legais e outras formas de escrita que têm o objetivo principal de
transmitir informações de maneira objetiva e direta. Nessas situações, a linguagem é mais
voltada para a clareza e precisão, em contraste com a linguagem literária, que muitas vezes
enfatiza a expressão artística e emocional.
A linguagem literária se diferencia dos outros discursos pela sua utilização criativa e estilizada
da linguagem. Ela tende a explorar a estética das palavras, as emoções, os simbolismos e as
metáforas de maneira mais intensa do que a linguagem comum. Além disso, a literatura
muitas vezes busca transmitir significados mais profundos e subjetivos, permitindo ao leitor
uma experiência mais reflexiva e interpretativa.
Movimentos Literários
A literatura sempre foi mudando e se alterando com o passar do tempo. Por isso é dividida em
movimentos literários de acordo com cada época. Cada um deles tem características e
especificidades de períodos históricos diferentes. Esses movimentos muitas vezes refletem
mudanças sociais, políticas e culturais da época e têm uma grande influência na produção
literária. Existem diversos movimentos literários através da história, cada um sua influência
específica. Com base nisso, iremos discutir um pouco sobre os principais movimentos, e a
influência que cada um teve na literatura.
Esses foram alguns dos movimentos literários apresentados, é muito importante ressaltar que
esses não são os únicos movimentos literários existentes, existe uma variedades deles, e cada
um teve seus próprios aspectos e uma influência importante na sociedade, e que eles não
influenciaram apenas a área da literatura, mas como também na arte, dança, música e todas as
formas de expressões artísticas.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
Os elementos da narrativa são componentes essenciais que compõem uma história. Eles
incluem personagens (indivíduos na história), enredo (sequência de eventos), espaço
(ambiente onde a história acontece), narrador ( a voz que conta a história) e tempo ( a
velocidade e o método que os acontecimentos da história se desenrolam).
Personagem:
Uma personagem é um elemento crucial da narrativa. Ela é uma entidade fictícia criada pelo
autor para desempenhar um papel na história. As personagens podem ter diversas
características, como personalidade, aparência física, motivações, desejos e conflitos internos.
Elas podem ser protagonistas (personagens principais) ou secundários, e suas interações e
desenvolvimento ao longo da trama contribuem para a evolução do enredo. As personagens
também podem representar arquétipos, símbolos ou metáforas que enriquecem o significado
mais amplo do conto.
Personagens Estáticas: Essas personagens não passam por mudanças significativas ao longo
da história. Elas mantêm suas características e personalidades consistentes do início ao fim,
servindo muitas vezes como apoio para as personagens dinâmicas.
O Mentor: O mentor é uma personagem sábia e experiente que orienta e aconselha o herói
em sua jornada. Ele oferece sabedoria e conhecimento, ajudando o herói a superar
dificuldades.
A Donzela em Perigo: Este arquétipo representa a personagem feminina que precisa ser
resgatada ou protegida. Ela simboliza vulnerabilidade e pureza. No entanto, muitas histórias
contemporâneas reinterpretaram esse papel de maneira mais empoderada.
O Tolo ou Bobo da Corte: Esse personagem fornece alívio cômico e perspectiva, muitas
vezes trazendo leveza à trama. Ele pode ser ingênuo ou engraçado e geralmente não é levado
a sério pelos outros personagens.
Enredo:
Enredo é o termo usado para se referir à sequência de eventos e ações que compõem a
estrutura central da narrativa, ele descreve como os personagens interagem e como os eventos
se desenrolam ao longo do tempo, criando uma progressão lógica e coerente.
Além disso, o enredo pode ser influenciado por elementos como as escolhas dos personagens,
os obstáculos que enfrentam, os dilemas morais que precisam resolver e as transformações
emocionais pelas quais passam. O enredo é a espinha dorsal da narrativa, fornecendo uma
linha de eventos conectados que dão forma e significado à história contada.
Outro detalhe bastante importante de lembrar, é que o enredo pode ser em formato linear,
seguindo a ordem cronológica dos acontecimentos ou em forma fragmentada, que é quando a
narrativa não faz o uso de uma ordem cronológica, mas que ainda sim, conte uma história
coesa com começo meio e fim.
Além disso, o espaço pode influenciar as ações e as emoções dos personagens. Um ambiente
sombrio e enevoado pode criar uma sensação de mistério ou perigo, enquanto um cenário
ensolarado e vibrante pode sugerir alegria e otimismo. A interação entre os personagens e o
cenário também pode ser explorada, com elementos do ambiente influenciando as decisões
que eles tomam.
O espaço é muito mais do que apenas um fundo estático; é uma parte fundamental da
narrativa que ajuda a criar uma experiência mais rica e envolvente para os leitores,
contribuindo para o desenvolvimento da trama, dos personagens e do clima emocional da
história.
Tempo:
Detalhar o tempo na narrativa envolve escolhas cuidadosas, como a ordem cronológica dos
eventos, o ritmo da história e a duração de cada cena. O tempo pode ser utilizado de inúmeras
maneiras diferentes em uma narrativa como por exemplo em flashback para desenvolver
personagem, em um romance, um personagem principal está enfrentando um dilema. Em um
flashback, os leitores são levados ao passado do personagem, revelando eventos que
moldaram suas crenças e ações atuais. Isso ajuda os leitores a entenderem melhor as
motivações do personagem.
Ao descrever um ambiente, personagem ou ação, você pode usar o tempo para transmitir
nuances, criando uma atmosfera ou destacando momentos significativos. Por exemplo, o uso
de descrições lentas e detalhadas pode amplificar um momento de tensão, enquanto descrições
mais rápidas podem aumentar o ritmo da narrativa.
Tempo cronológico O tempo cronológico na narrativa refere-se à ordem linear dos eventos
conforme ocorrem na história. É a sequência de eventos do passado, presente e futuro de
acordo com a linha do tempo da história. Geralmente, a maioria das histórias segue uma
progressão cronológica, onde os eventos são apresentados na ordem em que acontecem. No
entanto, em algumas narrativas, os autores podem usar técnicas como flashbacks (cenas que
retornam ao passado) ou flashforwards (cenas que antecipam o futuro) para criar
complexidade na estrutura temporal da história. Essas técnicas podem adicionar profundidade
e interesse à narrativa.
No entanto, é importante notar que nem todas as narrativas exigem esse nível de detalhe no
tempo cronológico. A escolha de como apresentar o tempo depende do estilo do autor e das
necessidades da história. Às vezes, a simplificação do tempo pode ser mais eficaz para manter
o ritmo narrativo.
Esses são apenas alguns exemplos de como o tempo psicológico pode ser usado para
enriquecer a experiência de leitura, aprofundando a conexão emocional com os personagens e
a história.
Narrador: O narrador desempenha um papel fundamental em uma narrativa, pois é ele quem
conta a história e guia os leitores ou ouvintes por meio dos acontecimentos e emoções dos
personagens. O narrador é a voz por trás da história, moldando a perspectiva e influenciando a
forma como os eventos são percebidos. Existem diferentes tipos de narradores, cada um com
suas próprias características e impactos na história.
Narrador personagem:
Esse tipo de narrador fornece uma visão íntima e subjetiva dos acontecimentos, permitindo
que os leitores compreendam os acontecimentos através das lentes desse personagem. Isso
muitas vezes cria uma conexão mais profunda entre o leitor e a história, pois eles podem
experimentar os eventos e emoções de forma mais direta.
Narrador observador:
O narrador observador é uma entidade externa à história que observa e relata os eventos que
acontecem com os personagens. Esse tipo de narrador não faz parte da trama e não possui
acesso direto aos pensamentos e emoções dos personagens, transmitindo apenas o que pode
ser visto e ouvido.
O narrador observador mantém uma perspectiva neutra, oferecendo uma visão objetiva dos
acontecimentos, sem emitir opiniões pessoais. Ele descreve ações, diálogos e cenários,
permitindo que os leitores interpretem e compreendam as situações por meio das interações
dos personagens e das pistas visuais e auditivas fornecidas.
Narrador onisciente:
O narrador onisciente é uma técnica de narração em que o narrador tem conhecimento total e
ilimitado sobre os eventos, pensamentos, emoções e motivações de todos os personagens na
história. Esse tipo de narrador atua como um observador imparcial e conhece todos os
detalhes do enredo, mesmo que essas informações não sejam explicitamente compartilhadas
com os personagens ou com o leitor.
O narrador onisciente pode mergulhar nos pensamentos internos de cada personagem, revelar
informações que os personagens desconhecem e proporcionar uma visão ampla da história.
Isso permite uma compreensão profunda dos conflitos, das relações e dos eventos que
ocorrem na trama.
Essa técnica narrativa oferece flexibilidade ao autor para explorar diferentes perspectivas e
criar uma narrativa rica em camadas, proporcionando uma visão ampla do mundo fictício e
das complexidades dos personagens.
Narrador heterodiegético:
Narrador homodiegético:
Um narrador homodiegético é um tipo de narrador que faz parte da história que está sendo
contada. Em outras palavras, é um narrador que é um personagem dentro da narrativa e que
possui conhecimento limitado aos eventos e informações que ele mesmo vivenciou ou
testemunhou dentro da história.
Isso significa que o narrador homodiegético está inserido na trama e não possui um
conhecimento onisciente dos acontecimentos, como um narrador heterodiegético. Esse tipo de
narrador oferece uma perspectiva mais limitada e subjetiva da história, pois só pode relatar o
que ele mesmo experimentou ou presenciou.
Narrador autodiegético:
Esse narrador usa da sua própria visão para contar a história e tem um conhecimento limitado
aos seus próprios pensamentos, sentimentos e experiências. Isso permite que o leitor tenha
acesso direto aos pensamentos e emoções do narrador, mas também limita o que o narrador
pode saber sobre outros personagens e eventos que ocorrem fora de sua própria experiência.
Referências:
AGUIAR E SILVA, Vitor Manuel de. Teoria da Literatura. 8. ed. Coimbra: Almedina,
2007.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 7. ed. São Paulo: Ática, 2007.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/movimentos-literarios/ Acesso em:
30/08/2023
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Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/literatura Acesso em: 22/08/2023.
Disponível em: https://www.google.com/amp/s/www.portugues.com.br/amp/literatura/tipos-
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