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MATERIAL COMPLEMENTAR

Gestão Tributária 20/04/2023

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Prof. Felipe Dutra Dantas

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CARF MANTÉM AUTUAÇÃO BILIONÁRIA À UNILEVER

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Beatriz Olivon, Valor, Brasília

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O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) manteve uma cobrança de Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) da Unilever Brasil Industrial cujo valor passa de R$ 1,482 bilhão,

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segundo fontes da Fazenda Nacional. A Receita Federal desconsiderou a segregação de
atividades da companhia em duas empresas, a industrial e a comercial.

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O tema foi julgado pela 1ª Turma da 3ª Câmara da 3ª Seção do CARF ontem. Mas a empresa

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ainda pode recorrer à Câmara Superior do conselho, ou apresentar embargos de declaração
contra a decisão da turma. O valor de R$ 1,482 bi é referente a 2013.

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A companhia considera a organização um modelo mais eficiente. Defende ser uma estrutura
mundial, que não foi criada com a mera intenção de economizar IPI. A autuação se refere ao

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intervalo entre 2008 e 2010.

Para o Fisco, o mecanismo possibilita, indevidamente, o pagamento reduzido de IPI. Segundo a


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fiscalização, a empresa usou para a base do IPI os valores dos produtos na saída da operação
industrial – quando são vendidos à operação comercial da Unilever.
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Nessa etapa, são cerca de um terço do valor em relação à saída do estabelecimento comercial,
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segundo a Receita. Por isso, na autuação, foram considerados como base de cálculo do IPI os
valores de venda dos produtos pela unidade comercial.
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O conselheiro relator Valcir Gassen, representante dos contribuintes, negou o pedido da


empresa. No voto, citou a grande diferença de valores indicados nas notas fiscais na saída da
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Unilever industrial com relação à operação comercial.


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Para o relator, há uma simulação na divisão em duas empresas. Por isso, a base de cálculo do
IPI deveria ser o valor de venda da unidade comercial e não da industrial.
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Já para a conselheira Maria Eduarda Alencar Câmara Simões, representante dos contribuintes,
não há simulação. Segundo Maria Eduarda, as duas empresas existem e a separação é comum
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em companhias internacionais. “Acho que há uma falha na autuação, que confunde coisas”,
afirmou durante os debates.
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Ela votou para cancelar a autuação quanto à acusação de simulação. Mas manteve a parte
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referente à devolução de mercadorias – a empresa pedia a compensação com valores de


produtos que teriam sido devolvidos da unidade comercial para a industrial.
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Num placar de cinco votos a três, porém, prevaleceu o entendimento do relator.

A Unilever não quis comentar o resultado do julgamento.


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Qu

apresentados é do professor.
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