Você está na página 1de 5

Letras em dia, Português, 10.

° ano Oralidade

Compreensão

Reportagem
Vê atentamente a reportagem sobre o projeto «Gap Year»
(SIC Notícias), disponível a partir do seguinte link:
https://sicnoticias.pt/pais/2015-05-30-Gap-year-pausa-nos-
estudos-para-viajar

Durante o visionamento, regista a informação que te permita


responder às perguntas que se seguem.

1. Identifica as marcas que confirmam a integração do texto no género da reportagem.


(A) Intencionalidade comunicativa associada à divulgação de informação.
(B) Carácter apelativo.
(C) Pluralidade de pontos de vista (alternância da 1.ª e da 3.ª pessoas).
(D) Explicitação e defesa de um ponto de vista.
(E) Carácter persuasivo.
(F) Multiplicidade de intervenientes.
(G) Ausência de marcas de subjetividade.

1.1. Comprova a presença das características que identificaste na reportagem.

2. Nos itens que se seguem, seleciona a opção que permite obter uma afirmação correta.

2.1. No seu Gap Year, os jovens entrevistados


(A) dedicaram-se exclusivamente ao voluntariado fora de Portugal.
(B) aproveitaram o seu percurso académico para fazer voluntariado.
(C) fizeram uma pausa no seu percurso académico e viajaram por muitos países.
(D) viajaram por muitos países a fim de decidir qual o curso que deveriam escolher.

2.2. Para Francisco Silva, esta experiência


(A) ficou comprometida pelo facto de não ter arranjado trabalho em Londres.
(B) ajudou-o a relativizar e a ultrapassar certos problemas.
(C) fê-lo estar mais atento às dificuldades do mercado de trabalho.
(D) contribuiu para aprender a viver sem eletricidade.

2.3. A partir desta reportagem, podemos concluir que a Gap Year Portugal
(A) faz anualmente um concurso para premiar os jovens mais empreendedores.
(B) propõe experiências arriscadas que nem todos os jovens conseguirão suportar.
(C) permite experiências sobretudo fora da Europa, valorizando o enriquecimento
curricular dos jovens.
LDIA10 © Porto Editora
Letras em dia, Português, 10.° ano Oralidade

(D) ajuda cada jovem a desenhar a sua experiência, valorizando a sua autonomia e
individualidade.

LDIA10 © Porto Editora


Letras em dia, Português, 10.° ano Oralidade

Transcrição do registo vídeo


Nota: Os textos apresentados correspondem à transcrição literal do discurso dos intervenientes, caracterizando-se,
nalguns casos, pelas marcas próprias da oralidade, dada a sua espontaneidade.

Gap Year – Pausa nos estudos para viajar


Jornalista: Aos dezoito anos e sem um futuro profissional definido, André Alves decidiu fazer uma pausa
antes de entrar na universidade. Juntou-se a dois amigos e aventurou-se pelo mundo. Durante seis meses,
passou por vinte e dois países e documentou tudo num blogue.
André Alves: Nós, inicialmente, sabíamos que íamos perder, entre aspas, um ano de universidade e,
5 portanto, queríamos fazer as coisas da forma mais intensa, mais autêntica possível. Precisamente para
tirarmos os maiores ensinamentos dessas mesmas aventuras. Por isso, escolhemos África, em que as
culturas, as pessoas são muito diferentes daquilo a que nós estamos habituados aqui na Europa.
Jornalista: Para fazer voluntariado, escolheram Moçambique, por a língua materna ser o português, mas,
quando chegaram, a realidade era outra.
10 André Alves: É um país tão grande, tem tanta diversidade que as pessoas falam dialetos. E, portanto, houve
ali um primeiro choque, mas depois com o tempo nós fomos aprendendo, fomos dizendo algumas palavras e
depois conseguimo-nos adaptar facilmente à cultura e às pessoas.
Jornalista: Francisco Silva também decidiu tornar-se um gapper. Em conjunto com um amigo, fez-se à
estrada. Visitou Inglaterra, País de Gales, Irlanda, Escócia e Moçambique.
15 Francisco Silva: Quando acabei o 12.º, eu não sabia o que é que queria fazer. Sabia que queria ir para a
faculdade, talvez porque se calhar é um bocadinho o estereótipo da sociedade – é acabar e ir para a
faculdade – e eu sabia que queria ir, só não sabia mesmo o quê. Então, se eu não parasse, ia entrar para
um curso de que provavelmente não ia gostar.
Jornalista: Em Londres, o objetivo era encontrar trabalho e ficar durante três meses, mas as dificuldades
20 obrigaram Francisco e o amigo a mudar de planos e a encurtar a visita.
Francisco Silva: Não correu bem porque não conseguimos o trabalho. Eu lembro-me que nós nos
candidatamos a um bocadinho de tudo, mas, de qualquer maneira, ajudou-nos a perceber que, quando
planeamos uma viagem, nem tudo corre como nós queremos. E foi uma maneira de nós também
percebermos isso e sabermos como é que havíamos de ultrapassar o problema.
25 Jornalista: A última paragem foi em Moçambique, onde fez voluntariado.
Francisco Silva: Eu sinto que ajudamos muito aquela comunidade e isso fez-nos crescer um bocadinho.
Ficamos mais humildes, também em ultrapassarmos outro tipo de problemas que nos iam surgindo. E
ficamos a conhecer o mundo e percebemos que, às vezes, pequenos problemas para nós lá não são
problemas nenhuns, nomeadamente estar sem eletricidade, por exemplo.
30 Jornalista: As viagens de descoberta de André e Francisco fizeram parte de um concurso da Associação
Gap Year Portugal, que surgiu da necessidade de orientar os jovens quanto ao futuro e suporta as
despesas de um ano sabático.
Gonçalo Azevedo Silva, presidente da Associação Gap Year Portugal: Víamos muitos jovens do Ensino
Secundário com dúvidas quanto àquilo que queriam fazer no Ensino Superior e mesmo assim a
35 candidatarem-
-se. Gap Year surge essencialmente para as pessoas crescerem; vai pôr o jovem em contacto com uma
série de experiências que de outra forma não iria ter.
Jornalista: Um novo concurso decorre até dia 15 de junho. Há já mais de duzentas candidaturas. A maioria
concorre com propostas de itinerários em países fora da Europa.
40 Gonçalo Azevedo Silva, presidente da Associação Gap Year Portugal: A Ásia, no geral, a América
latina e depois a África, também no geral. Comparando Portugal com outros países, nomeadamente o
sudeste asiático, vemos grandes diferenças. E é na diferença que se encontra o desenvolvimento do jovem.
Jornalista: Arriscar para amadurecer é a base do Gap Year. E depois da viagem, ficam as lembranças da
força de vontade e dos limites postos à prova fora de casa.
LDIA10 © Porto Editora
Letras em dia, Português, 10.° ano Oralidade

in https://sicnoticias.pt/pais/2015-05-30-Gap-year-pausa-nos-estudos-para-viajar (Consult. 2021-01-10)

LDIA10 © Porto Editora


Letras em dia, Português, 10.° ano Sugestões de resolução

Compreensão

Reportagem

1. (A), (C), (F).

1.1. (A) A intenção desta reportagem é divulgar informação relativamente ao Gap Year e à Associação Gap Year
Portugal, apresentando alguns casos de jovens que viveram esta experiência.
(C) Ao longo da reportagem, é usada a 3.ª pessoa, sobretudo pela jornalista, e a 1.ª pessoa, pelos jovens que contam
as suas experiências.
(F) Para além da jornalista, a reportagem conta também com a intervenção de dois jovens que fizeram um Gap Year
(André Alves e Francisco Silva) e do presidente da Associação Gap Year Portugal (Gonçalo Azevedo Silva).

2.1. C; 2.2. B; 2.3. D.

LDIA10 © Porto Editora

Você também pode gostar