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SITUAÇÃO DE USO
Discussão sobre linguagem corporal e gestos em culturas diferentes.
MARCADORES
Cultura; Comportamento; Comunicação.
EXPETATIVAS DE APRENDIZAGEM
- Compreender textos (áudio, escritos e icónicos);
- Ordenar parágrafos;
- Reconhecer fenómenos de próclise e ênclise.
- Conjugar verbos no modo conjuntivo;
- Escrever textos coesos e coerentes.
ATIVIDADE DE PREPARAÇÃO
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BLOCO DE ATIVIDADES
Número Parágrafo
A. Os gestos, juntamente com outro tipos de comunicação não verbal
tais como a postura e as expressões faciais, são uma parte importante
da linguagem corporal.
B. Gestos simples, como os referidos, podem combinar-se para formar
complexos-padrões. Por exemplo, numa reunião pode saber-se se uma
pessoa está a apreciar a exposição, apenas observando a posição dos
seus dedos na cara ou no queixo.
C. Há ainda a considerar as questões culturais. A linguagem não verbal
dos gestos varia de país para país. Por exemplo, apontar com um dedo
é considerado falta de educação na China, abanar a cabeça para dizer
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"não", na Índia significa "sim". As mãos possuem uma poderosa
capacidade expressiva. Segundo a sua posição e a velocidade com que
são movimentadas podem comunicar coisas diferentes.
D. Os gestos de apoio, tais como o contacto visual e abanar a cabeça
enquanto alguém está a falar, criam empatia. Toda a gente pode
controlar a sua linguagem corporal até certo ponto, mas não
totalmente. Convém também escolher as palavras com cuidado, caso
contrário a linguagem corporal pode contradizer essas mesmas
palavras.
E. Por exemplo, quando uma pessoa mostra as palmas para cima, com
os dedos estendidos demonstra uma certa dose de vulnerabilidade;
quando uma pessoa vira as palmas para si próprio indica que pode e
quer receber o interlocutor, tem uma intenção positiva.
http://student.dei.uc.pt/~aprata/Artigos/ComunicacaNaoVerbal.pdf
Coluna A Coluna B
1. Sinal de V com os dedos a) Pedir a alguém que se aproxime
2. Mostrar a palma da mão b) Sinal de carinho
3. Levantar o polegar c) Sinal de aprovação
4. Chamar com o indicador d) Sinal de vitória
5. Passar a mão pela cabeça e) Torcer por alguém/alguma coisa
6. Fazer figas f) Pare!
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EXTENSÃO DA UNIDADE
As pessoas que (1) (ser) surdas e (2) (querer) visitar a Capital Europeia da
Cultura já têm uma intérprete à disposição. Chama-se Felícia Peixoto e é surda, mas voluntaria-se
para colmatar dificuldades de comunicação, através da língua gestual. Assim, todos fazem parte.
Na chegada à Câmara Municipal de Guimarães, onde trabalha, Felícia Peixoto cumprimenta os colegas
com um simpático "boa tarde". Com isto explica a quem pergunta que "a surdez não implica ser
mudo" e são poucos, aliás, os surdos-mudos do país.
A oralidade de Felícia é quase perfeita e os seus colegas de trabalho percebem-na com facilidade.
Através da língua gestual, espera que os visitantes surdos da CEC também a percebam. O objetivo é
que todos (3) (poder) fazer parte da grande festa cultural que Guimarães acolhe neste
ano.
"Eu só quero facilitar a estadia dos surdos que (4) (vir) visitar Guimarães neste ano, pois
existe uma barreira comunicativa entre um visitante surdo e as pessoas da cidade", afirma. Felícia
está consciente de que "a comunidade surda portuguesa não tem noção da importância e do que se
trata quando uma cidade portuguesa é Capital Europeia da Cultura".
A ideia de servir de intérprete aos visitantes surdos da CEC foi proposta por Felícia Peixoto à Câmara
de Guimarães, que desde logo a acolheu com interesse. Sempre que algum surdo (5)
(visitar) a cidade neste ano e peça ajuda, informa-se a Autarquia. Esta, por sua vez, dispensa Felícia
dos seus serviços no departamento de recursos humanos, onde trabalha.
O gesto voluntário também foi participado pela própria Felícia à Fundação Cidade de Guimarães,
organizadora da CEC, uma vez que a organização também pode vir a ser contactada "por pessoas da
comunidade surda a precisar de ajuda quando (6) (chegar) a Guimarães". Assim, a
intérprete pode ajudar a que todos (7) (fazer) parte do evento, indicando restaurantes,
bares, monumentos e espetáculos a não perder. Isto sempre através da língua gestual, e não
linguagem gestual, como faz questão de esclarecer.
Aos 48 anos, apesar de ser natural da Trofa, Felícia reside em Creixomil, no concelho de Guimarães, e
conhece bem a cidade onde mora com o marido e dois filhos. Para ela, a CEC tem "uma importância
sem igual", uma vez que é "uma oportunidade única para a cidade se afirmar no panorama cultural e
não só, quer em Portugal quer na Europa", afirma.
Diz ainda que gostava "que (8) (existir) mais intérpretes ou legendas nas reportagens de
televisão da Capital Europeia da Cultura". O lema "Tu fazes parte" ganha uma abrangência maior com
gestos voluntários como o de Felícia, no ano cultural que já começou, na cidade cultural que espera
acolher 1,5 milhões de visitantes neste ano.
http://www.jn.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=2332141&dossier=Guimar%E3es%20Capit
al%20Europeia%20da%20Cultura&page=-1
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Releia o texto e responda às perguntas.
a. A que se propôs Felícia?
b. Quais os objetivos de Felícia?
c. Qual a sua opinião sobre a iniciativa desta funcionária camarária?
d. Felícia considera que há alguns pontos a melhorar. Quais?
e. Veja o vídeo promocial de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012
(https://www.youtube.com/watch?v=hX9sznIC65). E Em que medida o gesto
de Felícia põe em prática o lema desta iniciativa?
f. Como é feita a integração dos deficientes auditivos no seu país?
Seriam importantes iniciativas como esta?
g. No terceiro parágrafo, justifique a diferença existente, no que se refere
à colocação do clítico [ênclise (pronome antes do verbo) ou próclise
(pronome depois do verbo)]:
- "os seus colegas de trabalho percebem-na com facilidade"
- "e os visitantes surdos da CEC também a percebam"
h. Selecione, no texto, outro exemplo de próclise.
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO