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LETRA, FONEMA, CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS, TIPOS DE FONEMAS, VOGAIS,

SEMIVOGAIS, ENCONTROS CONSONANATAIS, ENCONTROS VOCÁLICOS


1. Escreva uma palavra que possui tantas letras quanto fonemas
Sapato
2. Escreva uma palavra que possui menos letra que fonemas
Nexo
3. Escreva duas palavras que possuem o mesmo fonema representado por letras diferentes
Casa//Zebra
4. Escreva uma palavra que possui mais letras que fonemas
Gancho

5. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, mas dois fonemas?

a) exemplo X) complexo c) próximos d) executivo e) luxo

6. Qual palavra possui dois dígrafos?

a) fechar b) sombra c) ninharia X) correndo e) pêssego

7. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte:


ditongo, hiato, hiato, ditongo.

a) jamais / Deus / luar / daí


X) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
c) ódio / saguão / leal / poeira
d) quais / fugiu / caiu / história

8. Diga quantas letra e quantos fonemas há em cada palavra abaixo:


EXEMPLO: Garota: 6 letras e 6 fonemas
a) Chinelo: 7 letras e 5 fonemas
b) Táxi: 4 letras e 5 fonemas
c) Guerra: 6 letras e 4 fonemas
d) Hora: 4 letras e 3 fonemas
e) Campo: 5 letras e 4 fonemas
f) Cassino: 7 letras e 5 fonemas
g) Águia: 5 letras e 3 fonemas
h) Excesso: 7 letras e 2 fonemas
9. Escreva duas palavras que contenham:
a) semivogais
b) dígrafo
c) hiato
d) ditongo
e) tritongo
f) dígrafos vocálicos
g) ditongo crescente
h) ditongo decrescente

10. Complete com a palavra relativa a cada conceito:


Os fonemas da Língua Portuguesa classificam-se em:
____________: são fonemas pronunciados sem obstáculo à passagem de ar, chegando livremente ao
exterior. Exemplos: pato, bota.
_____________: são os fonemas que se juntam a uma vogal, formando com esta uma só sílaba.
Exemplos: couro, baile.
_____________: são fonemas produzidos mediante a resistência que os órgãos bucais (língua, dentes,
lábios) opõem à passagem de ar. Exemplos: caderno, lâmpada.
11. Complete com as palavras oxítona, paroxítona e proparoxítona:
a) Quando a sílaba tônica cai na última sílaba temos uma palavra ____________
b) Quando a sílaba tônica cai na penúltima sílaba, temos uma palavra________________
c) Quando a sílaba tônica cai na antepenúltima sílaba, teremos uma ________________
12 Classifique as seguintes palavras em oxítona, paroxítona e proparoxítona.
a) Amizade f) jovem
b) Verão g) bônus
c) Geladeira h) saci
d) Fúnebre i) dúvida
e) Cipó

LINGUAGEM, SIGNO LINGUÍSTICO, LÍNGUA, FALA


1. Preencha os espaços com as seguintes palavras:
Conceito regras imagem regras
O signo linguístico é composto de duas faces: o significante, ou seja, a _________ sonora e o significado,
que corresponde ao _____________ que temos na memória.
Nossa língua é composta por signos linguísticos que se organizam por meio de ___________. O
conhecimento de uma língua não se restringe apenas ao conhecimento dos signos que a compõem mas
também das __________________combinatórias.
2. Preencha com a palavra adequada para cada conceito:
Língua Linguagem Signo Fala
a) ___________________conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais.
b) ___________________ elemento representativo que possui duas partes indissolúveis: significado e
significante.
c) ____________________uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da
liberdade de expressão e compreensão.
d) A _______________ é o mecanismo que utilizamos para transmitir nossos conceitos, ideias e
sentimentos.
3. - Com relação ao conceito de signo linguístico, é correto afirmar que
A) ele se compõe de dois elementos: o significante e o significado.
B) A imagem acústica é o significante da palavra.
C) A imagem psíquica corresponde ao significante da palavra.
D) significado é parte perceptível, material do signo.
E) Esta sequência: “m/e/z/a” corresponde ao significante gráfico da palavra

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, VARIEDADES, REGISTRO, PRECONCEITO LINGUÍSTICO

1. A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo
a variação linguística condizente aos mesmos:

a – Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes
pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de
Andrade

b - Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade

c –“Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira
está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco
de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas
se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”

d – E aí mano? Ta a fim de dá uns rolé hoje?


Qual é! Vai topá a parada? Vê se desencana! Morô velho?

2) Qual variedade linguística (técnica ou literária) pode ser identificada em cada texto?

“O poeta é um fingidor “A busca de melhores práticas de sala de aula visa


Finge tão completamente o aprimoramento do processo de ensino
Que chega a fingir que é dor aprendizagem.”
A dor que deveras sente.”
(Fernando Pessoa)
..................... .........................

3) Você já sofreu preconceito linguístico? Ou seja, já sentiu ter sido julgado negativamente pelo seu modo
de falar? Justifique sua resposta (diga sim ou não e por quê). Você já exerceu o preconceito linguístico,
julgando outra pessoa negativamente ao ouvi-la dizer alguma coisa e perceber seu modo distinto de
comunicação?
4) Leia: Muitas vezes, cidadãos são marginalizados por não saberem empregar a norma culta na hora de
falar ou de escrever. Esse comportamento é chamado de preconceito linguístico. A língua é viva e sofre
modificações de acordo com o contexto. É um engano pensar que haja certos ou errados absolutos. Há
razões históricas para que comunidades inteiras se expressem de uma forma e não de outra. Exigir que
todos empreguem a mesma linguagem é um desrespeito às diferenças.”
(SARMENTO, Leila Lavar. Oficina de Redação. São Paulo: Moderna, 2003 vol. 3, 7ª série, pág. 131.)

Seguindo as ideias do texto, podemos concluir que:

a) a língua é morta e não sofre modificações.


b) a variação linguística no nosso país é respeitada.
c) a linguagem culta é a única língua falada no Brasil.
d) muitos cidadãos são marginalizados por não saberem a norma culta.
e) para respeitar as diferenças, é preciso que todos sejam obrigados a falar a mesma linguagem.

LÍNGUA FALADA, LÍNGUA ESCRITA, LINGUAGEM VERBAL, NÃO-VERBAL E MISTA OU


MULTIMODAL
1. Faça uma pesquisa na internet e construa um quadro que mostra a diferença entre oralidade e escrita:

LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA

2) Leia o texto abaixo e complete as lacunas a seguir.


“Diariamente, duas horas antes do caminhão da prefeitura, a gerência de um restaurante da cidade
deposita na calçada dezenas de sacos plásticos com restos de sanduíches.”
A mensagem do texto foi transmitida através da linguagem .............................(verbal/não verbal), utilizando
um código estruturado denominado ..............................(língua/fala). Por ser um emprego individual
da ............................(língua/fala), é uma representação ...............................(oral/escrita) da .....................
(língua/fala).
3. Responda V para verdadeiro e F para falso:
a) ( ) A linguagem verbal é aquela que se utiliza da palavra na transmissão da mensagem.
b) ( ) As histórias em quadrinhos, geralmente, apresentam linguagem verbal e não verbal.
c) ( ) As placas de trânsito se utilizam de linguagem verbal.
d) ( ) Linguagem verbal é aquela que transmite mensagens através de palavras e gestos.
e) ( ) Os gestos, os símbolos, os desenhos, as placas são exemplos de linguagem não verbal
4.Leia o anúncio parra responder as questões que o seguem:
Quanto mais cedo se nota algo de estranho, maiores são as chances de cura.
Cuide de sua Saúde. Faça exames periódicos
8 de abril Dia Mundial de Combate ao Câncer.

a) Qual é o objetivo do anúncio?


b) Observe a forma como está grafada a palavra em destaque no anúncio. O que há de estranho?
Explique a relação estabelecida entre a maneira como a palavra foi escrita e o enunciado que aparece
no canto inferior esquerdo do anúncio
5. (ENEM 2013)

c)
Através da linguagem não verbal, o artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego aborda a triste
realidade do trabalho infantil
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas
ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.
d)

6. Ao aliar linguagem verbal e não verbal, o cartunista constrói um interessante texto com elementos da
intertextualidade. Sobre o cartum de Caulos, assinale a proposição correta:
I. A linguagem verbal é desnecessária para o entendimento do texto;
II. Linguagem verbal e não verbal são necessárias para a construção dos sentidos pretendidos pelo
cartunista;
III. O cartunista estabelece uma relação de intertextualidade com o poema “No meio do caminho”, de
Carlos Drummond de Andrade;
IV. O cartum é uma crítica ao poema de Carlos Drummond de Andrade, já que o cartunista considera o
poeta pouco prático.
a) Apenas I está correta.
b) II e III estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.

7. Analise os emojis abaixo e responda as questões que os seguem:


Os emojis foram criados em 1999 pelo designer japonês Shigetaka Kurita com o intuito de aprimorar a
comunicação da população japonesa. Sobre essa linguagem é correto afirmar:

a) Os emojis complementam a linguagem verbal expressando as emoções dos emissores da mensagem.


b) Os emojis utilizam a linguagem mista em que há o uso da linguagem verbal e não verbal.
c) os emojis representam uma linguagem verbal expressa por diversas figuras.
d) Os emojis são sempre utilizados com os emoticons, outro tipo de linguagem não verbal.
e) os emojis são essencialmente uma comunicação linguística expressa pela ordem das palavras.

8. Leia a tirinha e responda as questões:

Segundo a tirinha acima, é INCORRETO afirmar:


e) As linguagens verbal e não verbal são utilizadas pelas duas personagens.
b) Somente a Susanita que utiliza a linguagem não verbal quando levanta o dedo.
c) A linguagem verbal é representada pelas falas das personagens.
d) A linguagem não verbal envolve as expressões e os movimentos das personagens.
e) Em todos os quadros temos o uso da linguagem verbal e não verbal.

9) I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela
resultando um texto mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a
que todos pretendem chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramaticais.
Sobre as afirmações acima:
A) apenas I e II estão corretas.
B) apenas II e III estão corretas.
C) apenas II, III e IV estão corretas.
D) apenas III e IV estão corretas.
E) todas estão corretas.
10. Analise as placas abaixo e após responda as questões:
a) O que as placas revelam sobre o contato que seus autores tiveram com a escrita?
b) Reescreva esses textos, respeitando as regras da ortografia da língua portuguesa?
c) Sobre a placa abaixo podemos dizer que uma das razões para que haja erro ortográfico (emprego da
letra “g” quando deveria ser “j”) é porque não há uma relação entre exata entre letra e fonema e a
pessoa que escreveu a placa não domina completamente essas convenções da escrita. Como a palavra
deveria ter sido escrita?

NÍVEIS DE LINGUAGEM, NORMA CULTA, LINGUAGEM INFORMAL E SEMI-FORMAL


1. Diga se as frases são exemplos de registro coloquial, culto ou popular.
a) Traga o prato pra mim comer. ..................
b) “Quando oiei a terra ardendo / Quá foguera de são João.” ..................
c) Qué apanha, sordado? Qué apanhá?...................
d) Dê-me um cigarro / Diz a gramática /Do professor e do aluno / E do mulato sabido. ..................
e) Me perco nesse mar de solidão. ......................
f) Cem mil pessoas morreram. ...................
g) A gente não sabe mais o que fazer. .....................

2) Qual variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações?
a) Falando em público sobre o meio ambiente......................
b) Numa mensagem de celular para um amigo. .........................
c) Numa mensagem de celular para seu professor de português. .....................
d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma. ..................
e) Numa conversa entre amigos. ......................
f) Num debate ou conferência sobre o Bullying. ......................
g) Num bilhete para sua mãe. ......................
h) Numa redação solicitada pelo professor de português. ......................
3. Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o
passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda
úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se
não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco,
sugeriu que devia sofrer de ataque.
TREVISAN. D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefantes. Rio de Janeiro: civilização Brasileira. 1964 (adaptado).

No texto. um acontecimento é narrado em linguagem literária. Esse mesmo fato, se relatado em versão
jornalística, com características de notícia, seria identificado em:

a) Aí, amigão, fui diminuindo o passo e tentei me apoiar no guarda-chuva... mas não deu. Encostei na
parede e fui escorregando. Foi mal cara! Perdi os sentidos ali mesmo. Um povo que passava falou
comigo e tentou me socorrer. E eu, ali, estatelado, sem conseguir falar nada! Cruzes! Que mal!
b) O representante comercial Dario Ferreira, 43 anos, não resistiu e caiu na calçada da Rua da Abolição,
quase esquina com a Padre Vieira, no centro da cidade, ontem por volta do meio-dia. O homem ainda
tentou apoiar-se no guarda-chuva que trazia, mas não conseguiu. Aos populares que tentaram socorrê-lo
não conseguiu dar qualquer informação.
c) Eu logo vi que podia se tratar de um ataque. Eu vinha logo atrás. O homem, todo aprumado, de
guarda-chuva no braço e cachimbo na boca, dobrou a esquina e foi diminuindo o passo até se sentar no
chão da calçada. Algumas pessoas que passavam pararam para ajudar, mas ele nem conseguia falar.
d) Vitima Idade: entre 40 e 45 anos Sexo: masculino Cor: branca Ocorrência: Encontrado desacordado na
Rua da Abolição, quase esquina com Padre Vieira. Ambulância chamada às 12h34min por homem
desconhecido. A caminho.
e) Pronto socorro? Por favor, tem um homem caído na calçada da rua da Abolição, quase esquina com a
Padre Vieira. Ele parece desmaiado. Tem um grupo de pessoas em volta dele. Mas parece que ninguém
aqui pode ajudar. Ele precisa de uma ambulância rá¬pido. Por favor, venham logo!

4. Observe a questão abaixo da prova do ENEM em 2009. Leia atentamente o texto e após escolha a
alternativa correta:
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na
agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a
maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido:
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

5) Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade paraibana
na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. “Não ganhamos salário, é ‘de
meia’. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a gente.” (Folha de São Paulo, 1° jun.
2002)

Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão “é de meia” e, logo
em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles
a) alteram o sentido da expressão.
b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
c) dificultam a comunicação com o repórter.
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.

6) I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela
resultando um texto mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a
que todos pretendem chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramaticais.

Sobre as afirmações acima:


A) apenas I e II estão corretas.
B) apenas II e III estão corretas.
C) apenas II, III e IV estão corretas.
D) apenas III e IV estão corretas.
E) todas estão corretas.

7. Leia o texto a seguir e assinale a alternativa incorreta:


Duzentas gramas
Tenho um amigo que fica indignado quando peço na padaria “duzentas” gramas de presunto – já que a
forma correta, insiste ele, é duzentos gramas. Sempre discutimos sobre os diferentes modos de falar. Ele
argumenta que as regras de pronúncia e de ortografia, já que existem, devem ser obedecidas, e que os mais
cultos (como eu, um cara que traduz livros) devem insistir na forma correta, a fim de esclarecer e
encaminhar gente menos iluminada.
Eu sempre argumento que, quando ele diz que só existe uma forma correta de falar, está usurpando um
termo de outro ramo, que está tentando aplicar a ética à gramática, como se falar corretamente implicasse
algum grau de correção moral, como se dizer “duzentas” significasse incorrer numa falha de caráter, e dizer
duzentos gramas fosse prova de virtude e integridade. Ele vem então com aquela de que se pode desculpar a
moça da padaria quando fala “duzentas”, pois ela desconhece a norma culta, mas quanto a mim, que a
domino, demonstro uma falha de caráter ao ignorá-la em benefício dos outros – só para evitar o
constrangimento de falar diferente. “Quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado” – parece concluir.
Eu reconheço, sim, que falo de forma diferente dependendo de quem seja meu interlocutor. Às vezes uso
deliberadamente formas como “tentêmo” ou “vou ir”. Pelo mesmo motivo, todas as gírias e dialetos locais
me interessam. Não que – por exemplo – a decisão de dizer “duzentas” gramas seja consciente, uma
premeditação em favor da inclusão social. É que, algumas vezes, a coisa certa a se fazer – sobretudo na
linguagem falada – é ignorar a norma, ou pervertê-la. Quando peço “duzentas gramas de presunto, por
favor”, a moça da padaria invariavelmente repete, como que para extorquir minha profissão de fé à norma
inculta:
− DUZENTAS?
− Duzentas, confirmo eu, já meio arrependido, mas caindo, ainda assim, em tentação.
(Paulo Brabo. A bacia das almas.)
a) Em situações formais de interação verbal/interlocução, é recomendável que seja utilizada a linguagem
culta (norma-padrão da língua portuguesa).
b) Mesmo dominando a linguagem culta (norma-padrão), os usuários das línguas devem selecionar os níveis
de linguagem considerando o contexto discursivo e o nível de formalidade entre os interlocutores.
c) A linguagem coloquial é empregada em situações informais, com os amigos, familiares e em ambientes
e/ou situações em que o uso da norma culta da língua possa ser dispensado.
d) A linguagem coloquial é mais utilizada oralmente e, pelo fato de ser utilizada em nosso dia a dia, não
requer a perfeição em termos gramaticais.
e) A existência de diferentes níveis de linguagem não significa que podemos utilizar sempre a linguagem
coloquial, já que sempre prevalecerá a língua padrão em quaisquer situações comunicativas.

8. (ENEM-2001) Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Caminha:
“A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muito
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais
Diamantes tem à vontade
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui”.
(MENDES, Murilo. Murilo Mendes - poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)

→ Arcaísmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste, como ocorre
em:
a) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais
b) Salvo o devido respeito / Reforçai, Senhor, a arca
c) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso
d) De plumagens mui vistosas / Bengala de castão de oiro
e) No chão espeta um caniço / Diamantes tem à vontade

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