Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um, mas dois fonemas?
1. A seguir são apresentados alguns fragmentos textuais. Sua tarefa consistirá em analisá-los, atribuindo
a variação linguística condizente aos mesmos:
a – Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não
faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes
pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de
Andrade
b - Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
c –“Aqui no Norte do Paraná, as pessoas chamam a correnteza do rio de corredeira. Quando a corredeira
está forte é perigoso passar pela pinguela, que é uma ponte muito estreita feita, geralmente, com um tronco
de árvore. Se temos muita chuva a pinguela pode ficar submersa e, portanto, impossibilita a passagem. Mas
se ocorre uma manga de chuva, uma chuvinha passageira, esse problema deixa de existir.”
2) Qual variedade linguística (técnica ou literária) pode ser identificada em cada texto?
3) Você já sofreu preconceito linguístico? Ou seja, já sentiu ter sido julgado negativamente pelo seu modo
de falar? Justifique sua resposta (diga sim ou não e por quê). Você já exerceu o preconceito linguístico,
julgando outra pessoa negativamente ao ouvi-la dizer alguma coisa e perceber seu modo distinto de
comunicação?
4) Leia: Muitas vezes, cidadãos são marginalizados por não saberem empregar a norma culta na hora de
falar ou de escrever. Esse comportamento é chamado de preconceito linguístico. A língua é viva e sofre
modificações de acordo com o contexto. É um engano pensar que haja certos ou errados absolutos. Há
razões históricas para que comunidades inteiras se expressem de uma forma e não de outra. Exigir que
todos empreguem a mesma linguagem é um desrespeito às diferenças.”
(SARMENTO, Leila Lavar. Oficina de Redação. São Paulo: Moderna, 2003 vol. 3, 7ª série, pág. 131.)
c)
Através da linguagem não verbal, o artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego aborda a triste
realidade do trabalho infantil
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas
ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.
d)
6. Ao aliar linguagem verbal e não verbal, o cartunista constrói um interessante texto com elementos da
intertextualidade. Sobre o cartum de Caulos, assinale a proposição correta:
I. A linguagem verbal é desnecessária para o entendimento do texto;
II. Linguagem verbal e não verbal são necessárias para a construção dos sentidos pretendidos pelo
cartunista;
III. O cartunista estabelece uma relação de intertextualidade com o poema “No meio do caminho”, de
Carlos Drummond de Andrade;
IV. O cartum é uma crítica ao poema de Carlos Drummond de Andrade, já que o cartunista considera o
poeta pouco prático.
a) Apenas I está correta.
b) II e III estão corretas.
c) I e IV estão corretas.
d) II e IV estão corretas.
9) I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela
resultando um texto mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a
que todos pretendem chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramaticais.
Sobre as afirmações acima:
A) apenas I e II estão corretas.
B) apenas II e III estão corretas.
C) apenas II, III e IV estão corretas.
D) apenas III e IV estão corretas.
E) todas estão corretas.
10. Analise as placas abaixo e após responda as questões:
a) O que as placas revelam sobre o contato que seus autores tiveram com a escrita?
b) Reescreva esses textos, respeitando as regras da ortografia da língua portuguesa?
c) Sobre a placa abaixo podemos dizer que uma das razões para que haja erro ortográfico (emprego da
letra “g” quando deveria ser “j”) é porque não há uma relação entre exata entre letra e fonema e a
pessoa que escreveu a placa não domina completamente essas convenções da escrita. Como a palavra
deveria ter sido escrita?
2) Qual variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações?
a) Falando em público sobre o meio ambiente......................
b) Numa mensagem de celular para um amigo. .........................
c) Numa mensagem de celular para seu professor de português. .....................
d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma. ..................
e) Numa conversa entre amigos. ......................
f) Num debate ou conferência sobre o Bullying. ......................
g) Num bilhete para sua mãe. ......................
h) Numa redação solicitada pelo professor de português. ......................
3. Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o
passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda
úmida da chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se
não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco,
sugeriu que devia sofrer de ataque.
TREVISAN. D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefantes. Rio de Janeiro: civilização Brasileira. 1964 (adaptado).
No texto. um acontecimento é narrado em linguagem literária. Esse mesmo fato, se relatado em versão
jornalística, com características de notícia, seria identificado em:
a) Aí, amigão, fui diminuindo o passo e tentei me apoiar no guarda-chuva... mas não deu. Encostei na
parede e fui escorregando. Foi mal cara! Perdi os sentidos ali mesmo. Um povo que passava falou
comigo e tentou me socorrer. E eu, ali, estatelado, sem conseguir falar nada! Cruzes! Que mal!
b) O representante comercial Dario Ferreira, 43 anos, não resistiu e caiu na calçada da Rua da Abolição,
quase esquina com a Padre Vieira, no centro da cidade, ontem por volta do meio-dia. O homem ainda
tentou apoiar-se no guarda-chuva que trazia, mas não conseguiu. Aos populares que tentaram socorrê-lo
não conseguiu dar qualquer informação.
c) Eu logo vi que podia se tratar de um ataque. Eu vinha logo atrás. O homem, todo aprumado, de
guarda-chuva no braço e cachimbo na boca, dobrou a esquina e foi diminuindo o passo até se sentar no
chão da calçada. Algumas pessoas que passavam pararam para ajudar, mas ele nem conseguia falar.
d) Vitima Idade: entre 40 e 45 anos Sexo: masculino Cor: branca Ocorrência: Encontrado desacordado na
Rua da Abolição, quase esquina com Padre Vieira. Ambulância chamada às 12h34min por homem
desconhecido. A caminho.
e) Pronto socorro? Por favor, tem um homem caído na calçada da rua da Abolição, quase esquina com a
Padre Vieira. Ele parece desmaiado. Tem um grupo de pessoas em volta dele. Mas parece que ninguém
aqui pode ajudar. Ele precisa de uma ambulância rá¬pido. Por favor, venham logo!
4. Observe a questão abaixo da prova do ENEM em 2009. Leia atentamente o texto e após escolha a
alternativa correta:
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra e veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na
agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a
maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido:
a) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
b) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
c) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
d) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
e) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
5) Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos, moradores de Bom Jesus, cidade paraibana
na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro nas roças de milho e feijão. “Não ganhamos salário, é ‘de
meia’. Metade da produção fica para o dono da terra e metade para a gente.” (Folha de São Paulo, 1° jun.
2002)
Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão “é de meia” e, logo
em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles
a) alteram o sentido da expressão.
b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
c) dificultam a comunicação com o repórter.
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.
6) I. A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais impostas pelo padrão culto, dela
resultando um texto mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio, reflete um índice de cultura a
que todos pretendem chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às normas gramaticais.
8. (ENEM-2001) Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Caminha:
“A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muito
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais
Diamantes tem à vontade
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui”.
(MENDES, Murilo. Murilo Mendes - poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)
→ Arcaísmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste, como ocorre
em:
a) A terra é mui graciosa / Tem macaco até demais
b) Salvo o devido respeito / Reforçai, Senhor, a arca
c) A gente vai passear / Ficarei muito saudoso
d) De plumagens mui vistosas / Bengala de castão de oiro
e) No chão espeta um caniço / Diamantes tem à vontade