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Em química, destilação azeotrópica é qualquer uma de uma variedade de técnicas utilizadas

para quebrar um azeótropo (uma mistura azeotrópica) na destilação.


E o que é uma mistura azeotrópica? elas se comportam como se fossem substâncias
puras em relação à ebulição, isto é, a temperatura mantém-se inalterada do
início ao fim da ebulição
destilação azeotrópica- refere-se à técnica específica da adição de outro componente para gerar
um azeótropo novo, de mais baixo ponto de ebulição que é heterogêneo (por exemplo,
produzindo duas fases líquidas imiscíveis). Esta prática de adição de um agente de arrastamento,
que forma uma fase separada é um subconjunto específico de métodos de destilação
azeotrópica.
Um Azeótropo é uma mistura de composição fixa que não pode ser alterada por destilação
simples ou fracionada. Um azeótropo se comporta como se fosse um composto puro e destila do
começo ao fim na mesma temperatura, dando um destilado de composição constante.
Adicionado na fase líquida, o novo componente pode alterar o coeficiente de atividade de vários
compostos de formas diferentes, alterando assim a volatilidade relativa de uma mistura.
A azeotropia é um fenômeno comum e complexo que depende da relação entre os tamanhos das
moléculas suas formas e polaridades.
No diagrama de fases, existe um mínimo na curva e as composições do líquido e do vapor são
idênticas a esta temperatura. Como consequência prática, o liquido a uma temperatura
correspondente ao mínimo da curva, até que um dos componentes seja completamente
removido. O componente residual destila então como liquido puro. O destilado inicial é
chamado de azeótropo de mínimo. Azeótropos de mínimo são mais comuns entre as misturas
orgânicas que o de máximo. Assim as misturas azeotrópicas de máximo, destilam a uma
temperatura acima do ponto de ebulição do liquido mais volátil, enquanto que as de mínimo,
destilam a uma temperatura abaixo do ponto de ebulição do liquido menos volátil.
Linha de cima- linha de vapor
Linha de baixo- linha de liquido
Aparelhagem para destilação azeotrópica com o dispositivo de
Dean-Stark.
A aparelhagem para a destilação azeotrópica, é usada a mesma para a destilação fracionada, é
adicionada apenas o dispositivo de dean-stark, que funciona para separar e coletar a água (ou
outra substância líquida) de um reator através da destilação.

DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR


- A destilação por arraste de vapor é utilizada para separar líquidos imiscíveis com o solvente de
arraste; isolar e purificar sólidos que sejam insolúveis a frio e solúveis a quente no solvente de
arraste; separar ou purificar líquidos que se decompõem na temperatura de ebulição a pressão
normal ou isolar óleos essenciais (essências).
A destilação por arraste e vapor é um método muito útil para o isolamento e purificação de
compostos orgânicos.
Quando uma mistura de líquidos imiscíveis é destilada, ela entra em ebulição no momento em
que a soma das pressões de vapor de cada substância se iguala a pressão atmosférica. A
temperatura na qual a mistura destila é menor do que o ponto de ebulição de qualquer
componente puro. Quando se usa a água como um componente na destilação por arraste, pode
se ter a destilação de compostos orgânicos a uma temperatura inferior a 100°c

3 únicas restrições para que a destilação a arraste de vapor seja efetuada:


 As substancias a serem arrastadas devem ser imiscíveis ou apenas levemente solúvel em
água;
 Essas substancias não podem reagir com a água;
 Essas substancias devem exercer alguma pressão de vapor, mesmo que pequena a
100°c.
Na figura 39 (a) o balão A funciona como uma caldeira que gera o vapor para o arraste da
substância que se encontra no balão B, que deve estar inclinado para se minimizar um possível
arraste mecânico do material durante a destilação. Quando o vapor passar do balão A para o B
ocorrerá uma condensação que deve ser evitada por um aquecimento suave. Este aquecimento
do balão B só é iniciado quando se observa que o vapor já está no balão B, através do
borbulhamento. Neste momento, a pressão de vapor da água estará abaixo de 100 °C e a pressão
de vapor do componente X estará abaixo de sua pressão de vapor normal. No balão A utiliza-se
um tubo de segurança para se manter o equilíbrio da pressão interna do sistema. Quando o
líquido de arraste no balão A for todo utilizado, o processo é interrompido até o balão resfriar e
ser possível adicionar mais água. Ao término da destilação a rolha do balão A dever ser
removida antes de cessar o aquecimento, evitando-se assim um refluxo do balão de destilação B
para o A.

A B
Na figura 39 (b) a aparelhagem não necessita de um balão gerador de vapor (balão A). Ao
balão, no qual se encontra a substância que será arrastada e o líquido de arraste, está conectado
um tubo de Claisen e a este um funil de adição contendo o líquido de arraste (água). À medida
que a destilação prossegue e o volume do líquido de arraste diminui no balão, é possível se
acrescentar mais água proveniente do funil de adição gerando o vapor in situ. Essa água deve
ser acrescentada lentamente para se evitar um resfriamento do sistema e consequentemente um
aumento no tempo da destilação. Logo, esse sistema apresenta uma vantagem sob o da figura
39(a) pois evita a interrupção da destilação para a reposição do líquido de arraste. Essa
aparelhagem também é denominada como aparelhagem para codestilação, sendo muito utilizada
para sólidos não finamente divididos ou misturas de baixa viscosidade.

1- Ampola de separação

Quando se realiza esse tipo de destilação para a extração de substâncias a partir de materiais
sólidos, tais como folhas, raízes, cascas ou outras partes de um vegetal ou fruta, recomenda-se
que o material sólido seja previamente ou cortado em pequenas partes. Esse procedimento
aumentará a superfície de contato do material facilitando o solvente de arraste extrair e carrear a
substância desejada.
Em muitos casos o produto após a destilação está na forma de uma emulsão*, como é o caso da
extração dos óleos essenciais. Para se realizar a separação do óleo da água é sugerido que se
acrescente à emulsão alguns mililitros de uma solução supersaturada de cloreto de sódio ou uma
pequena porção do próprio sal, a fim de se quebrar a emulsão pelo efeito salting out. Após a
separação das fases o óleo poderá ser facilmente removido da água em um funil de separação.
* Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis

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