O documento descreve uma pesquisa de campo realizada em um centro cultural que ensina capoeira em São Luís. O local contava com seis pessoas praticando e se preparando para um ensaio, que incluiu a troca de instrumentos musicais e canto de músicas tradicionais, sob a orientação do mestre fundador. A pesquisadora observou a dinâmica do ensaio por aproximadamente uma hora.
O documento descreve uma pesquisa de campo realizada em um centro cultural que ensina capoeira em São Luís. O local contava com seis pessoas praticando e se preparando para um ensaio, que incluiu a troca de instrumentos musicais e canto de músicas tradicionais, sob a orientação do mestre fundador. A pesquisadora observou a dinâmica do ensaio por aproximadamente uma hora.
O documento descreve uma pesquisa de campo realizada em um centro cultural que ensina capoeira em São Luís. O local contava com seis pessoas praticando e se preparando para um ensaio, que incluiu a troca de instrumentos musicais e canto de músicas tradicionais, sob a orientação do mestre fundador. A pesquisadora observou a dinâmica do ensaio por aproximadamente uma hora.
Disciplina: Métodos e Técnicas e Pesquisa Professor: Renato Moreira
Trabalho de Pesquisa de Campo
Realização: 06/04/2023 Data de entrega: 16/04/2023
Aluna: Abigail Pereira dos Santos
São Luís – MA 2023 Descrição do local e das pessoas
No dia 06/04/2023 (quinta-feira), foi realizada uma pesquisa de
campo no Centro Histórico de São Luís, mais precisamente no Centro Cultural Mandingueiros do Amanhã. Por volta de 18h20min entrei no casarão localizado na Rua da Estrela n°163, onde estava sendo realizado um treino instrumental de capoeira. A fachada do casarão pertencente ao grupo era azul claro com detalhes brancos nas bordas. Por dentro era muito amplo, bem iluminado, forrado e com piso branco. Havia também decorações nas paredes brancas como banners com fotos do grupo, mestres de capoeira, quadros decorativos, fotografias, fantasias que lembravam bumba-meu-boi (em torno de 15 chapéus) e desenhos representativos da capoeira e tambor de crioula. Havia também uma escada que levava a um local de acesso restrito e outro compartimento coberto por uma cortina. No local havia seis pessoas, sendo eles dois homens com idade aparente de cerca de 50 anos, sendo que um deles era moreno, calvo e usava óculos enquanto o outro era negro e tinha bigode; uma jovem morena que aparentava ter de 23 -25 anos, usava óculos e tinha uma tatuagem no braço direito; um jovem branco, barbudo que aparentava ter a mesma idade da jovem; uma mulher que aparentava ter 30 anos, branca, com vestido longo florido e cabelos presos; por fim, o Mestre Kleber, conhecido como Mestre Bamba – também o mesmo era o fundador do grupo junto com a Mestra Valdira - que aparentava ter cerca de 40 - 45 anos, era moreno, tinha um cavanhaque ralo, usava uma boina azul com detalhes coloridos. Todos os integrantes com exceção do jovem usavam camisetas brancas. Havia também algumas estantes logo na entrada onde havia livros, artigos decorativos como pinturas, arcos usados para fazer berimbau e uma mesa onde estavam dispostas bijuterias feitas de miçangas, brincos, pulseiras, e cordões. Nas paredes e estantes havia uma variedade de instrumentos como pandeiros (cerca de 20), caxixis/ganzás (cerca de 30), berimbaus de tamanhos variados (cerca de 60), cabaças/afoxés ( de 25 – 30 delas) e atabaques, todos de tamanhos variados e coloridos (cerca de 30). Ordem dos acontecimentos Chegando lá, percebi que o ensaio iria começar. O mestre conversava com a mulher de vestido longo e os outros componentes pegavam seus instrumentos. Aproveitei um curto espaço de tempo para fazer algumas perguntas para a jovem que se chamava Gabrielle. Perguntei há quanto tempo eles estavam naquele local e ela respondeu que não sabia precisar ao certo por ainda ser nova no grupo, mas que sabia que eles estiveram em outros locais antes de estabelecerem lá. Questionei também sobre a frequência de ensaios e apresentações. Tive como resposta que de segunda a quinta acontecem os ensaios, às sextas acontecem as rodas, ambas no horário que vai de 18h30 até às 20h e dia de sábado pela manhã ocorre treino para o público infantil. Perguntei também sobre quantos componentes fazem parte da companhia e ela respondeu que cerca de doze pessoas fazem parte do grupo. Após esse momento, começaram a tocar. A princípio o senhor calvo tocava o agogô, o jovem tocava atabaque, a jovem tocava o berimbau menor rosa e o outro senhor tocava o berimbau maior e ficaram assim por um longo tempo, até que começaram a entoar um canto que tinha um refrão “Catarina vou pra Alcântara”, conduzido pela jovem. Depois revezaram os instrumentos, sendo que os dois homens mais velhos continuaram nos seus instrumentos, o jovem assumiu um berimbau azul, e a jovem tocava o atabaque. Conduziram então outro canto com o refrão “joguei minha rede no mar”. Nesse momento começou a chover e o senhor que tocava berimbau se levantou e fechou as portas sem parar de tocar. A moça que conversava com o mestre foi embora e ele assumiu a condução do ensaio, orientando os alunos sobre o ritmo e a intensidade (o atabaque às vezes acelerava e os instrumentos cobriam muito a voz de quem conduzia o canto), ele também cantou e brincou com a dinâmica musical (acelerando e diminuindo o ritmo). Quando a chuva parou, agradeci a quem me recebeu e saí do local às 19h25. O tempo da pesquisa durou cerca de 1 hora. Anexos