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Salas de Recursos Multifuncionais e o Aee
Salas de Recursos Multifuncionais e o Aee
Salas de Recursos Multifuncionais e o Aee
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Sumário
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NOSSA HISTÓRIA
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Sala de Recursos Multifuncionais e o Atendimento
Educacional Especializado
Estudos relatam que a característica essencial da deficiência mental é um
funcionamento intelectual significativamente inferior à “média”, acompanhado de
limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das
seguintes áreas de habilidades: comunicação, segurança, auto-cuidado, trabalho, vida
doméstica, lazer, autosuficiência, saúde, uso de recursos comunitários, habilidades
sociais/interpessoais e habilidades acadêmicas.
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deficiência mental desenvolver sua (única) inteligência? Desenvolvendo-se a (única)
inteligência nas pessoas com deficiência mental, poderemos proporcionar
oportunidades para estimular seu desenvolvimento e crescimento pessoal?
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Segundo os estudos de Vygotsky, o desenvolvimento das crianças que
possuem deficiência mental dá-se em essência da mesma forma que o
desenvolvimento de crianças que não possuem essa especificidade. Neste sentido
segundo as práticas educacionais inclusivas e parafraseando Mantoan, devemos
trabalhar com a turma toda partindo da certeza de que as crianças sempre sabem
alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe
são próprios.
Vygotsky
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É fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa em relação à
capacidade dos alunos de progredir e não desista nunca de buscar meios que possam
ajudá-los a vencer os obstáculos escolares.
De acordo com Beyer (2005) “é importante frisar que ele não fazia distinção,
quanto ao desenvolvimento ontogenético, entre crianças com e sem necessidades
especiais”(103). Propôs na verdade que compreendamos as linhas gerais do
desenvolvimento dos sujeitos que não possuem deficiências para que possamos
identificar quais as peculiaridades do desenvolvimento dos sujeitos com deficiências,
sendo capaz, a partir desse conhecimento, de organizar uma ação pedagógica
significativa à esses alunos.
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Incluem-se, nesses grupos, alunos que enfrentam limitações no processo de
aprendizagem devido a condições, distúrbios, disfunções ou deficiências. Esses
alunos que, muitas vezes, não têm encontrado respostas às suas necessidades
educacionais especiais no sistema de ensino, poderão ser beneficiados com os
recursos de acessibilidade por meio de ajudas técnicas e de tecnologias assistivas,
utilização de linguagens e códigos aplicáveis e pela abordagem pedagógica que
possibilite seu acesso ao currículo. Alunos que apresentam, ao longo de sua
aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente,
compreendida, segundo as Diretrizes Nacionais para a educação Especial na
Educação Básica, em três grupos:
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comuns. Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento
educacional especializado em salas de recursos se destacam: o ensino de Libras, o
sistema Braille e o soroban, a comunicação alternativa, o enriquecimento curricular,
dentre outros.
Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição
dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir
um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e
produção de conhecimentos.
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participação no processo educacional; informar a comunidade escolar a cerca da
legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional;
participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento
às necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos
alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material didático-pedagógico que
possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; indicar e
orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos
existentes na família e na comunidade e articular, com gestores e professores, para
que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa
perspectiva de educação inclusiva.
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professores ou pais, podem fazer a diferença entre poder ou não estudar junto com
seus colegas.
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Sugestões de materiais e recursos pedagógicos que podem ser
utilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até
na sala de aula regular.
Há uma grande variedade de materiais e recursos pedagógicos que podem ser
utilizados para o trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais ou até na sala de aula
regular, entre eles destacam-se:
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São exemplos de atividades educacionais especiais:
Língua Brasileira de Sinais – Libras, Tradução e interpretação de Libras, ensino
de Língua Portuguesa para surdos;
Sistema Braille; orientação e mobilidade, Soroban, escrita cursiva;
Estimulação/intervenção precoce (favorecer o desenvolvimento cognitivo,
sensóriomotor, de linguagem e sócio-afetivo de crianças da faixa etária que vai
do nascimento aos três anos de idade);
Interpretação de Libras digital, tadoma e outras alternativas de comunicação;
Literatura em formato digital e material didático que respeite os preceitos do
desenho universal;
Tecnologias Assistivas e Ajudas Técnicas;
Atividades cognitivas que desenvolvam as funções menta
superiores; Enriquecimento e aprofundamento curricular de
vida autônoma e social.
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Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento dos processos mentais:
atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre
outros; fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar
iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações; propiciar a interação dos
alunos em ambientes sociais, valorizando as diferenças e a não discriminação.
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Alunos com deficiência física:
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comunicativa; realizar atividades para desenvolver os processos mentais: atenção,
percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros.
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Fitas de áudio de debates, discussões, processos, de
resolução de problemas Relatórios finais
Interpretações teatrais
Listas de verificação das habilidades de leitura
Fitas de áudio com leitura ou narração de histórias
Amostras de quebra-cabeças resolvidos
Fotos de projetos
Modelos tridimensionais
Diagramas, gráficos de fluxo, esboços e/ou mapas mentais do pensamento
Amostras ou fotos de colagens, desenhos, pinturas
Vídeos de projetos
Mostras de quebra-cabeças visuoespaciais resolvidos
Para documentar a inteligência corporal-cinestésica
Vídeos de projetos e demonstrações
Amostras de projetos realizados
Vídeos ou outros registros da "atuação" de processos de pensamento Fotos de
projetos práticos
Para documentar a inteligência musical
Fitas de áudio com execuções, composições e colagens musicais
Amostras de partituras escritas (executadas ou compostas)
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Letras de raps, músicas ou rimas escritas pelo aluno
Discografias compiladas pelo aluno
Para documentar a inteligência interpessoal
Cartas enviadas e recebidas (por exemplo, escrever para obter informações de
alguém)
Relates de grupo
Feedback por escrito de colegas, professores e especialistas
Relates de conversas professor-aluno (resumidos/transcritos)
Relatos de conversas pais-professor-aluno
Relatos de grupo de colegas
Fotos, vídeos ou relatórios de projetos de aprendizagem cooperativa
Documentação de projetos de serviços comunitários (certificados, foto).
Anotações do diário
Ensaios, listas de verificação, desenhos e atividades de auto-
avaliação
Amostras de outros exercícios de auto-reflexão
Questionários
Entrevistas transcritas sobre metas e pianos
Inventários de interesse
Amostras de passatempos ou atividades ao a livre
Gráficos de progresso mantidos pelo aluno
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o Fotos de coleções de elementos da natureza (por ex., folhas,
insetos).
Demais atividades:
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Confecção de instrumentos musicais a partir de sucatas para exploração e
identificação de elementos da música, expressar sensações, sentimentos,
improvisações, composições e interpretações musicais.
Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, pintura,
modelagem colagem e construção para que possa se expressar, interessar-se
pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras
artísticas ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura.
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Construir uma tabela matemática onde apareçam os números usados no
cotidiano do aluno (data de nascimento, altura, peso, telefone, nº da casa, do
sapato, da roupa) para trabalhar com situações numéricas.
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Esquema corporal: reconhecimento, nomeação , localização de
partes do corpo; descolamento no espaço,...
Lateralidade: dominância lateral, definição lateral
Noções de espaço
Seriação (do maior para menor e vice-versa), classificação (por cores, por
formas, por categorias) , proporcionalidade (maior, menor, igual), seqüenciação
(histórias em quadrinhos) quantificação (mais, menos, igual)....
Noções de tempo
Localização no tempo (calendário, dias da semana, meses do ano, relógio,...)
Brincadeiras como: dizer nome de animais, flores, cores sem repetir.
Mostrar: uma série de figuras, retirá-las e pedir para nomeá-las
Jogo da cobra (ludo)
Ditado desenho
Adquirir comportamentos adequados para trabalhar em grupo
Modelar com argila, massa plástica
Compor painéis com os temas em estudo, recortar (com dedos, com tesoura)
e colar
Fazer dobraduras
Jogos pedagógicos
Explorar a representação simbólica através de: desenho, modelagem, recorte
e colagem, dramatização
Partir do concreto sem permanecer nele
Desenvolver auto-cuidados (saber dar informações pessoais, cuidados com
asseio pessoal, vestuário, alimentação, locomoção, segurança pessoal
Educação sexual
Ouvir e reproduzir histórias
Envolver-se em pesquisas
Produzir ritmos com instrumentos de percussão para orientar a marcha, a
dança, os movimentos do corpo
Escrever receitas simples (usar símbolos para medidas de colher, xícara
e rótulos correspondentes aos ingredientes (farinha, açúcar, chocolate,...)
Enfiar contas em um cordão, obedecendo a uma seqüência de cores
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Montar quebra-cabeças
Montar um álbum de desenhos sobre excursão feita
Ordenar quadrinhos de uma história de acordo com a seqüência lógica (gibis)
Observar o efeito de cozimento sobre diversos alimentos
Organizar programas de TV, discutindo temas abordados em aula
Construir regras de convivência com o grupo
Construir com sucatas, máscaras, fantoches, cartazes, cenários
Visitar espaços da comunidade
Ler e escrever textos de acordo com a hipótese construída para a escrita (pré-
silábica, silábica, silábica-alfabética ou alfabética).
Freqüentar bibliotecas, escolher livros
Realizar tarefas em computador
Ler e comentar notícias de jornais
Ouvir poesias
Escrever poesias, músicas
Assistir filmes e comentá-los
Vivenciar exercícios de expressão corporal
Utilizar o espaço de diferentes formas, para perceber os limites de seu próprio
corpo, conscientizando-se do próprio espaço e o dos outros
Dançar com o grupo compondo coreografias espontâneas ou ensaiadas
Participar das atividades da classe, respeitando as peculiaridades do educando
com deficiência mental
Proporcionar ao aluno o conhecimento do seu corpo, levando-o a usa-lo como
instrumento de expressão consciente na busca de sua independência e na
satisfação de suas necessidades;
Fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar
iniciativas, a partir de suas necessidades e motivações;
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REFERÊNCIAS:
ALVES, Denise de Oliveira. Sala de Recursos Multifuncionais: espaços para
atendimento educacional especializado. Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Especial.
Brasília, 2006.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto
Alegre: Mediação, 2004.
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