A Coordenação de Educação Especial e Inclusiva, junto à
Secretaria Municipal de Educação organiza o encaminhamento dos (das) cuidadores(as) para os alunos público-alvo da educação especial. De acordo com a legislação vigente o cuidador destina-se aos alunos com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação, que apresentam comprometimentos motores e sensoriais severos e necessitam de ajuda constante para locomoção, alimentação, higiene, cuidados pessoais e manuseio de recursos de acessibilidade no contexto da escola, conforme avaliação da equipe escolar. Justifica-se o acompanhamento do cuidador quando a necessidade específica do aluno não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais alunos. A indicação de cuidador para o estudante com deficiência se dá mediante apresentação do laudo e avaliação da equipe escolar, junto à equipe técnica da Secretaria de Educação. Após finalizado o processo de solicitação, a unidade educacional receberá a planilha que indica quais alunos serão atendidos e o número de cuidadores. Se houver qualquer dúvida deverá ser contatado a Equipe da Educação Especial e Inclusiva. Para orientar e subsidiar as escolas na organização desse serviço, encaminhamos a seguir orientações referentes ao trâmite para solicitação, troca ou suspensão do acompanhamento dos cuidadores escolares, assim como para a organização do trabalho e funções desempenhadas por estes profissionais de apoio nas escolas.
Coordenação de Educação Especial e Inclusiva
Trâmite de solicitação, troca ou suspensão do acompanhamento do cuidador escolar
CUIDADOR ESCOLAR
A solicitação de cuidador deve ser realizada pelo gestor escolar,
diretamente à Coordenação de Educação Especial e Inclusiva, onde deve ser apresentado o número de alunos com deficiência, os respectivos laudos e as necessidades de cuidado no contexto da escola. A Coordenação avaliará caso a caso e constatando a necessidade de apoio ao estudante, organizará o encaminhamento dos (das) cuidadores(as) para os alunos público-alvo da educação especial. De acordo com a legislação vigente, o cuidador destina-se aos alunos com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas habilidades/superdotação que apresentam comprometimentos motores e sensoriais severos e necessitam de ajuda constante para locomoção, alimentação, higiene, cuidados pessoais e manuseio de recursos de acessibilidade no contexto escolar, conforme comprovação em laudo médico e avaliação da equipe técnica da Secretaria em parceria com a equipe escolar. Justifica-se o acompanhamento do cuidador quando a necessidade específica do aluno não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais alunos. É importante ressaltar que a efetivação de novas matrículas ou a frequência na escola de crianças e adolescentes pertencentes ao público-alvo da Educação Especial não poderão estar condicionadas à presença do cuidador, salvo em situações em que a família opte por aguardar a chegada do cuidador para que o aluno frequente a escola. No caso do cancelamento de matrícula do aluno atendido pelo cuidador, a unidade educacional deverá informar imediatamente à Coordenação, para reorganização do quadro de cuidador da escola ou possível transferência para outra unidade escolar. Do mesmo modo, quando o aluno atendido for entrar em licença para tratamento de saúde que implicará em seu afastamento da escola por prazo superior a 10 dias corridos. As solicitações de troca ou adequação de horário de cuidador devem ser devidamente justificadas pela equipe gestora e encaminhadas à Coordenação, para serem analisadas e efetivadas quando pertinentes. Considerando que a equipe escolar frequentemente deve acompanhar os processos de desenvolvimento da autonomia dos alunos acompanhados por cuidador relativo às necessidades de higiene, alimentação, locomoção e autocuidado, ao observar que o aluno não tem mais necessidade do serviço de cuidador, deve informar à Coordenação de Educação Especial e Inclusiva para tomada das devidas providências quanto à disponibilização do cuidador.
A equipe escolar deve
planejar como se dará o desligamento do cuidador(a) do aluno que não precisa mais ser acompanhado; deve também explicar a situação à família. Orientações para a organização do trabalho dos cuidadores na escola Para que as equipes escolares possam organizar o trabalho desses profissionais nas instituições educacionais, apresentamos as seguintes informações e orientações: A Coordenação de Educação Especial e Inclusiva, através da Secretaria de Educação é responsável pelo encaminhamento e pelas diretrizes da organização do trabalho dos cuidadores junto aos alunos nas escolas. Os cuidadores recebem, periodicamente, da Equipe Técnica, orientações básicas sobre suas funções e responsabilidades nas escolas e, especialmente, formações especificas voltadas para o público-alvo da Educação Especial, numa perspectiva inclusiva. O cuidador trabalhará 40 (quarenta) horas semanais, distribuídas em 08 horas diárias, com intervalo de 15 minutos, em horário a ser combinado com a equipe gestora e professoras. A gestão educacional e professoras deverão organizar esse intervalo de modo que não acarrete prejuízo no atendimento às necessidades de cuidado do aluno. A frequência do cuidador deve ser registrada e assinada diariamente. As horas diárias de trabalho do cuidador deverão ser organizadas pela equipe gestora, considerando as necessidades na entrada e saída dos alunos, respeitando o período que está contratado. A equipe gestora deverá organizar os espaços de reunião dos quais o cuidador participará, considerando-se que estes espaços são importantes para alinhar a proposta educativa da escola e deverão ocorrer dentro da sua jornada de oito horas e sem prejuízo do atendimento ao aluno durante sua permanência na escola. O Cuidador, cujo aluno se ausentou, deverá, a partir da orientação da equipe escolar, auxiliar no cuidado aos outros alunos público-alvo da educação especial ou desenvolver atividades planejadas pela equipe gestora (exemplos: organizar registros do trabalho, fazer estudos relativos às atividades de cuidado da criança, fazer higienização dos materiais que a criança acompanhada utiliza, entre outras). Quando da chegada do cuidador à unidade educacional este deverá, antes do primeiro contato com o aluno, ser recebido e orientado pela equipe gestora e professora de Educação Especial (nos casos de escolas que funcionam como Polo de Atendimento Educacional Especializado), quanto às características do aluno e à organização da escola. É desejável que o cuidador tenha contato prévio com o(s) professor(es) dos alunos a serem cuidados. Para que essa preparação prévia ao trabalho com o aluno aconteça, a equipe gestora junto com a professora de educação especial, deverá planejar esse momento. O cuidador deverá ter um primeiro contanto também com os responsáveis pelo estudante, para obter informações e orientações para conduzir com êxito sua adaptação e permanência na escola. A gestão escolar deverá acompanhar e avaliar o trabalho do cuidador: assiduidade, pontualidade, adequação à proposta pedagógica da escola e habilidade para atuar com estudantes com deficiência. Os casos nos quais o profissional não atenda às expectativas para o trabalho devem ser encaminhados à Coordenação de Educação Especial e Inclusiva para análise e tomada de providências. A definição do número de alunos por cuidadores é feita a partir da demanda apresentada pela escola, analisada pela Equipe da Secretaria, levando-se em consideração as necessidades e características dos alunos e as necessidades no contexto da escola. Desta forma, alguns casos demandam um cuidador exclusivo para o aluno; em outros, um mesmo cuidador atenderá a necessidade de dois ou mais alunos. Essa primeira organização é avaliada no decorrer do ano e poderá sofrer ajustes. Os cuidadores em hipótese alguma podem ser colocados em situações de trabalho que caracterizam disfunções (Exemplos: assumir sala de aula, fazer adaptação de atividades pedagógicas). Não é permitido que o cuidador que fique ocioso pela saída permanente do aluno que acompanhava na escola, seja realocado para acompanhar qualquer outro aluno público-alvo da educação especial, sem que seja comunicado à Coordenação de Educação Especial e Inclusiva. Os cuidadores são orientados a sempre comunicar à equipe gestora sobre suas ausências com antecedência, para que a escolar possa providenciar a substituição. Para os casos de faltas não previamente comunicadas, sem apresentação de justificativa legal (atestados médicos, comprovantes de acompanhamento de dependentes, atestados de óbito) o gestor deverá computar a falta. Para os cuidadores que computarem mais de 05 faltas por mês deverá ser aplicado uma advertência, registrada em Ata na escola. Nos casos de faltas frequentes sem justificativas ou superior a 08 dias no mês, comunicar à Coordenação para que sejam tomadas as providências cabíveis. Qualquer comunicação e orientação à família do aluno deverá ser feita somente pela equipe da unidade escolar (Gestor(a), Adjunto(a), Coordenador(a) Professora de Educação Especial e Professor(a) da turma) e nunca pelo Cuidador. Quando a unidade educacional realiza atividades fora da escola como passeios, estudos do meio, entre outras, a equipe gestora deve organizar previamente como se dará o acompanhamento do aluno pelo cuidador, principalmente nos casos em que este compartilha um ou mais alunos. É importante considerar que o cuidador acompanhará apenas os casos de alunos autorizados a serem cuidados. O cuidador não pode se responsabilizar pela turma na ausência do professor. Cada escola deve manter um arquivo onde constem: os dados pessoais e de contato dos cuidadores; a planilha atualizada com os nomes dos alunos atendidos por eles. É responsabilidade da gestão escolar fornecer os materiais necessários para o cuidado do aluno ( sabonete, toalhas de banho, lenço umedecido, etc) e solicitar ao setor responsável pelas compras quando necessário. Não cabe à gestão escolar comunicar ao cuidador que este será enviado para outra escola. É a Coordenação de Educação Especial e Inclusiva quem tem a responsabilidade de informar e tomar as providências junto aos cuidadores. Funções do cuidador escolar Funções do cuidador escolar Orientações para o bom desempenho do cuidador na escola
- Cumprir horário, comunicar antecipadamente à direção escolar
ausências e possíveis faltas. - Estar adequadamente uniformizado e manter as unhas em tamanho seguro para não machucar o estudante acidentalmente. - Adequar-se ao ambiente educacional, exercendo sua função de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Projeto Pedagógico da escola e a orientação da equipe gestora. - Respeitar o espaço do professor da turma como planejador, orientador e realizador de todas as atividades pedagógicas. - Auxiliar o aluno, parcial ou totalmente, na manipulação e acesso de objetos e recursos ( pranchas, computadores, caderno, bengala entre outros) para acesso às atividades e espaços escolares, e na orientação espacial em todas as atividades, inclusive nas brincadeiras e aulas de Educação Física. - Atuar em todos os espaços da escola, quando necessário, atentando para não interferir no trabalho pedagógico e no desenvolvimento da autonomia dos alunos. - Respeitar a privacidade de quem está sendo cuidado, demonstrando escuta, sensibilidade, empatia e paciência. - Saber ouvir, manter a calma em situações críticas, atuar com discrição em situações especiais. - Saber lidar com a agressividade, com sentimentos negativos e frustrações de forma criativa e acolhedora. - Manter sigilo acerca de informações sobre quem está sendo cuidado. - É proibido o cuidador tirar fotos ou gravar o aluno cuidado sem a prévia autorização do gestor e consentimento da família. Nos casos os quais a família solicite ao cuidador fotos ou filmagem, comunicar ao gestor esse pedido. O mesmo tomará as precações para evitar possíveis transtornos. - Durante o expediente é proibido o uso de celular. O profissional poderá fazer uso somente no seu momento de pausa. A atenção do cuidador deve ser voltada para os cuidados do aluno com deficiência. - Participar das orientação no âmbito escolar, socializando seus conhecimentos sobre os procedimentos que realiza para o desenvolvimento do aluno. - Não é responsabilidade do cuidador ensinar o aluno a usar recursos como máquina braille, teclado adaptado, sorobã, etc. Isso é função das professoras de educação especial.
Guarabira, abril, 2023
Secretaria de Educação Coordenação de Educação Especial e Inclusiva
O atendimento educacional especializado aos alunos com deficiência visual em escolas públicas e centros especializados: O processo de ensino aprendizagem