Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conteúdo
1 Introdução 3
2 A Derivada 8
3 Regras de derivação 14
4 Tabela de Derivadas 36
1
Disciplina de Cálculo 1 Apostila sobre Derivada
6 Derivação Implícita 40
8 L’Hosplital 67
1 Introdução
Sejam os pontos P (x0 , f (x0 )) e Q(x0 + h, f (x0 + h)) pertencentes a curva y = f (x). E seja r uma
reta secante a esta curva que liga os ponto P e Q, conforme figura abaixo.
Qualquer reta que passa por dois ponto de uma curva é chamada de reta secante, assim, a reta r
Observe que o segmento P Q da reta secante, é a hipotenusa do triangulo retângulo P QA. Assim,
a inclinação (coeficiente angular) da reta secante pode ser determinada pelo cálculo da tangente do
QA cat. oposto
ângulo α no triângulo P QA, isto é: tan(α) = = . E neste caso o cateto oposto é
PA cat. adjacente
dado por f (x0 + h) − f (x0 ) e o cateto adjacente é dado por (x0 + h) − x0 = h. Portanto a inclinação
f (x0 + h) − f (x0 )
(coeficiente angular) da reta secante por P e Q é dada por: mP Q = tan(α) = .
h
Quando (x0 +h) → x0 , equivale a dizer que h → 0, então o ponto Q move-se na curva aproximando-
se do ponto P que é fixo, consequentemente, a reta secante por P e Q se torna a reta tangente a curva
Segue abaixo, uma sequência de figuras representando o ponto Q se movendo na curva y = f (x) se
aproximando do ponto P .
Definição 1.1. Seja f uma função contínua em x0 . A reta tangente ao gráfico de f no ponto
P (x0 , f (x0 )) é:
• (a) a reta que passa por P dada por y − y0 = mT (x − x0 ) , onde y0 = f (x0 ) tendo
f (x0 + h) − f (x0 )
inclinação mT dada por: mT = lim se este limite existir.
h→0 h
f (x0 + h) − f (x0 )
• (b) a reta x = x0 se lim = ±∞.
h→0 h
OBS: Se (a) ou (b) não são válidos então não existe a reta tangente à curva nesse ponto.
Exemplo: 1.1. Ache a equação da reta tangente ao gráfico da função definida por f (x) = x2 no ponto
P (2, f (2)).
Solução:
Precisamos encontrar a inclinação da reta tangente ao gráfico no ponto P (2, f (2)), sabemos que
f (x0 + h) − f (x0 )
mT = lim e o problema nos informa que f (x) = x2 e x0 = 2, então vamos calcular
h→0 h
f (2) e f (2 + h):
f (2) = 22 = 4 e f (2 + h) = (2 + h)2 = 4 + 4h + h2
Assim:
f (2 + h) − f (2) (4 + 4h + h2 ) − 4 4h + h2 h(4 + h)
mT = lim = lim = lim = lim ⇒
h→0 h h→0 h h→0 h h→0 h
mT = lim (4 + h) = 4 + 0 = 4 ⇒ mT = 4
h→0
Logo,
y − y0 = mT (x − x0 )
y − 4 = mT (x − 2)
y − 4 = 4(x − 2)
y = 4x − 8 + 4
Um objeto move-se em uma linha reta de tal forma que, após t horas, ele está a f (t) = 3t2 + t
Solução:
Assim teremos:
f (1 + 2) − f (1) f (3) − f (1) 30 − 4 26
Vm= ⇒ Vm= ⇒ Vm= = ⇒ Vm = 13km/h
2 2 2 2
Solução:
f (1 + ∆t) − f (1)
Velocidade instantânea em t = 1h é dada por: Vi = lim .
∆t→0 ∆t
Como
e f (1) = 4 , temos:
f (1 + ∆t) − f (1)
Vi = lim
∆t→0 ∆t
(4 + 7∆t + 3∆t2 ) − 4
V i = lim =
∆t→0 ∆t
7∆t + 3∆t2
Vi = lim =
∆t→0 ∆t
∆t(7 + 3∆t)
Vi = lim =
∆t→0 ∆t
Vi = lim (7 + 3∆t) = 7 + 0 ⇒ Vi = 7km/h quando t = 1h.
∆t→0
2 A Derivada
f (x0 + h) − f (x0 )
Na sessão anterior, mostramos que, se o limite lim existir, então podemos
h→0 h
interpretá-lo ou como a inclinação da reta tangente à curva y = f (x) no ponto x = x0 ou como a
f (x0 + h) − f (x0 )
f ′ (x0 ) = lim .
h→0 h
Podemos pensar em f ′ (que se lê “f linha”) como uma função cuja entrada é x0 e saída é o número
instantânea de y em relação a x em x = x0 .
Definição 2.1. A derivada de uma função f em relação a x é uma função denotada por f ′ ,
tal que seu valor em qualquer número x do domínio da f seja dado por
f (x + h) − f (x)
f ′ (x) = lim ,
h→0 h
ou
f (x + ∆x) − f (x)
f ′ (x) = lim ,
∆x→0 ∆x
f (x + h) − f (x)
f ′ (x) = lim
h→0 h
Como
f (x + h) = (x + h)2 = x2 + 2xh + h2
então,
(x2 + 2xh + h2 ) − x2 2xh + h2 h(2x + h)
lim = lim = lim = lim (2x + h) = 2x.
h→0 h h→0 h h→0 h h→0
1
Exemplo: 2.2. Vamos calcular a derivada da função f (x) = usando a definição 2.1:
x
1 1 x − (x + h) x−x−h
f (x + h) − f (x) −
x(x + h) x(x + h)
f ′ (x) = lim = lim x + h x = lim = lim ⇒
h→0 h h→0 h h→0 h h→0 h
−h
x(x + h) −h 1 1 1 1 1
f ′ (x) = lim = lim · = lim − =− =− =− 2
h→0 h h→0 x(x + h) h h→0 x(x + h) x(x + 0) x·x x
1
Assim: f 1(x) = − 2
x
Quando queremos tratar da derivada da função no ponto x = x0 , temos a seguinte definição:
Definição 2.2. A derivada de uma função y = f (x) em um número x0 denotada por f ′ (x0 ),
é dada por:
f (x) − f (x0 )
f ′ (x0 ) = lim
x→x0 x − x0
ou
f (x0 + h) − f (x0 )
f ′ (x0 ) = lim ,
h→0 h
1
Exemplo: 2.3. Dada a função f (x) = , verifique se existe a derivada em x = 0.
x
Solução:
1
Já sabemos, pelo exemplo 2.2, que f ′ (x) = − .
x2
1
A função f (x) = não é derivável em x = 0.
x
1
Por que: f ′ (0) = “− 2 ” e não existe divisão por 0.
0
Geometricamente a derivada de uma função num ponto representa a declividade da reta tangente
A reta tangente a y = f (x) em a, f (a) é a reta que passa em a, f (a) cuja inclinação é igual a
• Um biólogo pode estar interessado na taxa de variação com que a quantidade de bactérias de
• Um economista pode estar interessado na taxa de variação com que os custos de uma produção
• Um médico pode estar interessado na taxa de variação com que o raio de uma artéria muda a
Exemplo: 2.4. Encontre, usando a definição 2.1, a derivada das seguintes funções:
1. f (x) = 3x2
• Solução:
3(x + h)2 − 3x2 3(x2 + 2xh + h2 ) − 3x2
f ′ (x) = lim = lim ⇒
h→0 h h→0 h
f ′ (x) = 6x
2. f (x) = x2 + 1
• Solução:
(x + h)2 + 1 − (x2 + 1) x2 + 2xh + h2 + 1 − x2 − 1
f ′ (x) = lim = lim ⇒
h→0 h h→0 h
2xh + h2 h(2x + h)
f ′ (x) = lim = lim ⇒
h→0 h h→0 h
f ′ (x) = lim 2x + h = 2x
h→0
f ′ (x) = 2x
3. f (x) = 4
• Solução:
4−4 0
f ′ (x) = lim = lim = lim 0 = 0
h→0 h h→0 h h→0
f ′ (x) = 0
Definição 2.4. Uma função é derivável se e somente se existir f ′ (x) para todo x ∈ D(f ).
• Derivadas Laterais
* Derivada à direita:
f (x + h) − f (x)
f+′ (x) = lim .
h→0+ h
* Derivada à esquerda:
f (x + h) − f (x)
f−′ (x) = lim .
h→0− h
df dy d
f ′ (x), y ′ , , , Dxf, (f (x))
dx dx dx
Observações:
• OBS(1): A recíproca deste teorema não é verdadeira; ou seja, f pode ser contínua em x1 e não
ser derivável em x = x1 .
• OBS(3): Uma função f é derivável se e somente se existir f ′ (x) para todo x ∈ Dom(f )
Uma função pode deixar de ser derivável em x1 por uma das seguintes razões:
1. A função f é descontínua em x1 .
3. A função f é contínua em x1 e o gráfico da função não tem uma reta tangente no ponto x = x1
(a) (b)
3 Regras de derivação
Regra 1. A derivada de uma função c constante é 0, isto é, se c é um número real qualquer, então:
ou
d
f (x) = c, (c) = 0 para todo c ∈ R.
dx
d d d d √
(5) = 0, (100) = 0, (5) = 0, (− 2) = 0
dx dx dx dx
df d 2 d 2 d
= (x + 1) = (x ) + (1) = 2x + 0 = 2x.
dx dx dx dx
5
3. Se f (x) = precisamos reescrever a função da seguinte forma: f (x) = 5 · x−3 , então:
x3
15
f ′ (x) = 5 − 3x(−3−1) = 5(−3x−4 ) = −15x−4 = − 4 .
x
• Solução:
f ′ (x) = 6 3x(3−1) + 2x(2−1) − 0 = 18x2 + 2x
√ √
a b
Exemplo: 3.6. Calcule a derivada da função: y = x (Sugestão: utilize xb = x a )
√ 1
Primeiro vamos reescrever a função: y = x = x2
• Solução:
1 1 1 1 1 1
y ′ = x( 2 −1) = x− 2 = 1 = √
2 2 2x 2 2 x
• Solução:
• Solução:
1
f ′ (x) = −1x(−1−1) = −1x−2 = −
x2
√
3 2
Exemplo: 3.9. Calcule a derivada da função: f (x) = x2 +
x
2
Primeiro vamos reescrever a função: f (x) = x 3 + 2x−1
• Solução:
2 2 2 1 2 2 2 2
f ′ (x) = x( 3 −1) + 2(−1)x(−1−1) = x− 3 − 2x−2 = 1 − 2
= √
3
− 2
3 3 3x 3 x 3 x x
4
Exemplo: 3.10. Calcule a derivada da função: y =
x3
• Solução:
12
y ′ = 4(−3x(−3−1) ) = −12x−4 = −
x4
d d d
(f · g)(x) = f (x) · (g(x)) + (f (x)) · g(x)
dx dx dx
ou
• Solução:
dy Ou, na notação y ′ :
Na notação :
dx
dy d 2 ′
= x (3x + 1) ⇒ y ′ = x2 (3x + 1) ⇒
dx dx
dy 2 d d 2 ′
=x (3x + 1) + (3x + 1) (x ) ⇒ y ′ = x2 (3x + 1)′ + (3x + 1) x2 ⇒
dx dx dx
dy
= x2 [3] + (3x + 1) [2x] ⇒ y ′ = x2 (3) + (3x + 1) (2x) ⇒
dx
dy
= 3x2 + (6x2 + 2x) ⇒ y ′ = 3x2 + (6x2 + 2x) ⇒
dx
dy
= 9x2 + 2x y ′ = 9x2 + 2x
dx
d √
Exemplo: 3.12. Encontre (x x).
dx
• Solução:
dy Ou, na notação y ′ :
Na notação :
dx
dy d √ √ d √ ′ √
=x· ( x) + x · (x) ⇒ y ′ = x · ( x) + x · (x)′ ⇒
dx dx dx
dy d 1 √
1 ′ √
=x· x2 + 1 · x ⇒ y′ = x · x 2 + 1 · x ⇒
dx dx
√
√ 1 ( 1 −1)
dy 1 ( 1 −1) ′
y =x· ·x + x⇒
=x· ·x 2 + x⇒ 2
2
dx 2
√
√ 1 −1
dy 1 −1 ′
=x· ·x 2 + x⇒ y =x· ·x 2 + x⇒
dx 2 2
dy 1 1 √ 1 1 √
= · x(1− 2 ) + x ⇒ y ′ = · x(1− 2 ) + x ⇒
dx 2 2
dy 1 1 √ 1 1 √
= · x2 + x ⇒ y′ = · x 2 + x ⇒
dx 2 2
√ √ √ √
dy x √ 3 x x √ 3 x
= + x= . ′
y = + x= .
dx 2 2 2 2
√ √
dy 3 x 3 x
Logo: = Logo: y =′
dx 2 2
f
Regra 7. Se f e g são funções deriváveis, é derivável e
g
ou
′
g(x)f ′ (x) − f (x)g ′ (x)
f (x)
=
g(x) (g(x))2
2x
Exemplo: 3.13. Encontre a derivada da função f (x) = .
4 − 5x
• Solução:
(4 − 5x)(2x)′ − 2x(4 − 5x)′ (4 − 5x)2 − 2x(−5) 8 − 10x + 10x
f ′ (x) = 2
= 2
=
(4 − 5x) (4 − 5x) (4 − 5x)2
8
Logo, f ′ (x) =
(4 − 5x)2
(2x − 5)
Exemplo: 3.14. Sendo h(x) = , encontre h′ (x).
3x2
• Solução:
3x2 (2x − 5)′ − (2x − 5)(3x2 )′ 6x2 − (2x − 5)(6x)
h′ (x) = = ⇒
(3x2 )2 9x4
6x2 − 12x2 + 30x −6x2 + 30x −2x + 10
h′ (x) = 4
= 4
=
9x 9x 3x3
−2x + 10
Logo, h′ (x) =
3x3
d
(sen(x)) = cos(x) ou f ′ (x) = cos(x)
dx
d
(cos(x)) = − sen(x) ou f ′ (x) = − sen(x)
dx
− sen(x) sen(h) cos(x) 1 − cos(h)
f ′ (x)
= lim − lim ⇒
h→0 h h→0 h
′ sen(h) 1 − cos(h)
f (x) = − sen(x) · lim − cos(x) · lim ⇒
h→0 h h→0 h
sen(h) 1 − cos(h)
Mas, lim = 1 e lim = 0 , então:
h→0 h h→0 h
f ′ (x) = − sen(x) · 1 − cos(x) · 0 = − sen(x)
d
(tan(x)) = sec2 (x) ou f ′ (x) = sec2 (x)
dx
d
cot(x) = − cossec2 (x) ou f ′ (x) = − cossec2 (x)
dx
d
(sec(x)) = sec(x) tan(x) ou f ′ (x) = sec(x) tan(x)
dx
• Prova: Sendo f (x) = sec(x), calcule f ′ (x).
1
f (x) = sec(x) =
cos(x)
Calculando a derivada da cot(x) pela regra do quociente (regra 7), obtemos:
cos(x) · (1)′ − 1 · [cos(x)]′
f ′ (x) = ⇒
[cos(x)]2
cos(x) · (0) − 1 · (− sen(x))
f ′ (x) = ⇒
cos2 (x)
sen(x) sen(x) 1
f ′ (x) = = · ⇒
cos2 (x) cos(x) cos(x)
sen(x) 1
Lembrando das identidades trigonométricas tan(x) = e sec(x) = temos
cos(x) cos(x)
f ′ (x) = tan(x) · sec(x).
d
(cossec(x)) = − cossec(x) cot(x) ou f ′ (x) = − cossec(x) cot(x)
dx
• Prova: Sendo f (x) = cossec(x), calcule f ′ (x).
1
f (x) = cossec(x) =
sen(x)
Calculando a derivada da cossec(x) pela regra do quociente (regra 7), obtemos:
sen(x) · (1)′ − 1 · [sen(x)]′
f ′ (x) = ⇒
[sen(x)]2
sen(x) · (0) − 1 · cos(x)
f ′ (x) = ⇒
sen2 (x)
cos(x) cos(x) 1
f ′ (x) = − 2
=− · ⇒
sen (x) sen(x) sen(x)
cos(x) 1
Lembrando das identidades trigonométricas cot(x) = e cossec(x) = temos
sen(x) sen(x)
f ′ (x) = cot(x) · cossec(x). Portanto a derivada de f (x) = cossec(x) é f ′ (x) = − cossec(x) cot(x).
Regra 14. Se a função g for derivável em x e a função f for derivável em g(x), então a função
dh i dh i d
(f ◦ g)(x) = f g(x) · g(x)
dx dx dx
ou
h i′
(f ◦ g)(x) = f ′ g(x) · g ′ (x).
dy dy du
= ·
dx du dx
ou
y ′ = f ′ (u) · u′
• Solução:
y = sen(u)
y ′ = [sen(u)]′ · u′
y ′ = cos(u) · u′
• Solução:
y = u10
′
y ′ = u10 · u′
y ′ = 10 · u9 · u′
y ′ = 10 · u9 · (3 + 12x2 )
√
Exemplo: 3.17. Calcule a derivada de f (x) = 2x − 5:
• Solução:
• Solução:
√
Reescrevendo f (x) = 3
x2 − 3 = (x2 − 3)1/3
2
Exemplo: 3.19. Calcule a derivada de y = :
(x2 − 5)3
• Solução:
y ′ = [2 · (−3) · u−4 ] · u′
y ′ = −6 · u−4 · (2x)
• Solução:
(2x + 3)4
Exemplo: 3.21. Calcule a derivada de f (x) = :
7x
• Solução:
essa derivada pela Regra da Cadeia (regra 14), para então continuarmos resolvendo a derivada da f .
Agora que temos a derivada que faltava, podemos retornar o cálculo da derivada da função f (x).
Tínhamos:
• Solução:
2x + 3
Chamaremos u = lembrando que u = g(x). Sendo assim, teremos:
7x
4
2x + 3
y= = u4
7x
y ′ = (u4 )′ · u′ = 4u3 · u′
2x + 3 ′ 2x + 3 ′
3
2x + 3
y′ =4 · ,→ Aplicando a derivada do quociente (regra 7) em
7x 7x 7x
3
(2x + 3)′ · (7x) − (2x + 3) · (7x)′
2x + 3
y′ = 4 ·
7x (7x)2
3
2x + 3 2 · (7x) − (2x + 3) · 7
y′ =4 ·
7x (7x)2
3
2x + 3 14x − (14x + 21)
y′ =4 ·
7x (7x)2
3
2x + 3 −21
y′ =4 ·
7x (7x)2
4(2x + 3)3
−21
y′ = ·
(7x)3 (7x)2
−84(2x + 3)3
y′ =
(7x)5
√
Exemplo: 3.23. Calcule a derivada de y = cos x2 + 1 :
• Solução:
√
Chamaremos u = x2 + 1 lembrando que u = g(x). Sendo assim, teremos
y = cos(u)
y ′ = − sen(u) · u′
√ √ ′
y ′ = − sen x2 + 1 · x2 + 1
√ ′
Neste passo, vamos recorrer mais uma vez a regra da cadeia (regra 14) para encontrar x2 + 1 .
√ √
′
y ′ = − sen x2 + 1 · ( v ) · v ′
√ 1 ′
y ′ = − sen x2 + 1 · v 2 · v ′
√ 1 1
y′ = − sen 2
x +1 · v − 2 · (x2 + 1)′
2
√ 1 1
y′ = − sen 2
x +1 · · · (2x)
2 v 12
√ 1
y ′ = − sen x2 + 1 · x · √ ,→ Voltando para x:
v
√ x
y ′ = − sen x2 + 1 · √
x2 + 1
√
−x · sen x2 + 1
y′ = √
x2 + 1
d 1 1
(ln x) = ou f ′ (x) =
dx x x
Prova: y = ln x → y ′ =?
d ln(x + h) − ln x
y′ = (ln x) = lim ,→ Aplicando a propriedade dos logaritmos:
dx h→0 h
′ 1 x+h
y = lim ln ⇒
h→0 h x
′ 1 h
y = lim ln 1 +
h→0 h x
h
Seja v = , então h = v · x e h → 0 equivale a v → 0. Assim
x
′ 1
y = lim ln(1 + v) ⇒
v→0 v·x
′ 1 1
y = lim ln(1 + v) ⇒
x v→0 v
1 h i1/v
y′ = lim ln(1 + v) ⇒
x v→0
1 h i
y ′ = ln lim (1 + v)1/v ⇒
x v→0
1 1
Seja agora, u =, então v = e v → 0 equivale a u → ±∞. Assim:
v u
1 ui
1 h
y ′ = ln lim 1+ ,→ Segundo Limite Fundamental
x u→±∞ u
1
y′ = ln[e] ⇒
x
1
y′ =
x
d 1 1
(logb )(x) = ou f ′ (x) =
dx x ln b x ln b
d
f ′ (x) = (logb x) ,→ Aplicando a mudança de base dos logaritmos:
dx
d ln x
f ′ (x) = ⇒
dx ln b
1 d
f ′ (x) = · (ln x) ,→ Aplicando a regra da derivada de y = ln x (regra 15):
ln b dx
1 1 1
f ′ (x) = · ⇒ f ′ (x) =
ln b x x ln b
1
Logo temos que a derivada de f (x) = logb x é f ′ (x) =
x ln b
• Solução:
y ′ = (ln u)′ · u′
1 ′
y′ = ·u
u
1
y′ = · (12x3 + 4x)
3x4 + 2x2
12x3 + 4x
y′ =
3x4 + 2x2
• Solução:
y ′ = (ln u)′ · u′
1 ′
y′ = ·u
u
1
y′ = · (cos x)
sen x
cos x
y′ = ⇒ y ′ = cot(x)
sen x
• Solução:
Seja u = x2 + 2x então u′ = 2x + 2.
y ′ = (ln u)′ · u′
1 ′
y′ = ·u
u
1
y′ = · (2x + 2)
x2 + 2x
2x + 2
y′ =
x2 + 2x
√
Exemplo: 3.27. Calcule a derivada de y = ln x2 − 5x3
• Solução:
√
Tomando u = x2 − 5x3
y ′ = (ln u)′ · u′
1 ′
y′ = ·u
u
1
y′ = √ · u′
x2 − 5x3
√
Como u = x2 − 5x3 , para encontrar u′ , vamos recorrer mais uma vez a regra da cadeia (regra
1 1 ′
y′ = √ · v 2 · (x2 − 5x3 )′
x2 − 5x3
1 1 −1
y′ =√ · v 2 · (2x − 15x2 )
x − 5x3
2 2
1 1 1
y′ = √ · · · (2x − 15x2 )
x − 5x3
2 2 v 12
1 1
y′ = √ · (2x − 15x2 ) · 1
2
x − 5x 3
2v 2
2x − 15x2 1
y′ = √ · 1 ,→ Retornando a variável x teremos:
2 3
x − 5x 2v 2
2x − 15x2
y′ = √ √
2 x2 − 5x3 · x2 − 5x3
2x − 15x2
y′ = √ 2
2 x2 − 5x3
2x − 15x2
y′ = ,→ Colocando x em evidência no numerador e no denominador.
2(x2 − 5x3 )
x(2 − 15x)
y′ =
2x(x − 5x2 )
(2 − 15x)
y′ =
2(x − 5x2 )
2 − 15x
Portanto, y ′ = .
2(x − 5x2 )
d x
(e ) = ex ou f ′ (x) = ex
dx
• Prova
d x ex+h − ex
y′ = (e ) = lim ,→ Aplicando regra da potência:
dx h→0 h
ex · eh − ex
y ′ = lim ,→ Colocando ex em evidência:
h→0 h
ex · (eh − 1)
y ′ = lim
h→0 h
eh − 1
y ′ = ex · lim ,→ Terceiro Limite Fundamental.
h→0 h
y ′ = ex · ln e ⇒ y ′ = ex .
d x
(a ) = ax · ln a ou f ′ (x) = ax · ln a
dx
• Prova
d x ax+h − ax
y′ = (a ) = lim ,→ Aplicando regra da potência:
dx h→0 h
ax · ah − ax
y ′ = lim ,→ Colocando ax em evidência:
h→0 h
ax · (ah − 1)
y ′ = lim
h→0 h
ah − 1
y ′ = ax · lim ,→ Terceiro Limite Fundamental.
h→0 h
y ′ = ax · ln a.
2 +x
Exemplo: 3.28. Calcule a derivada de y = e3x :
• Solução:
y = eu
y ′ = (eu )′ · u′
2 +x)
y ′ = e(3x · (3x2 + x)′
2 +x)
y ′ = e(3x · (6x + 1)
2 +x
y ′ = (6x + 1) · e3x
2 +3
Exemplo: 3.29. Calcule a derivada de y = ex :
• Solução:
y = eu
y ′ = (eu )′ · u′
y ′ = eu · u′
2 +3)
y ′ = e(x · (x2 + 3)′ ,→ Voltando para a variável x para calcular u′
2 +3)
y ′ = e(x · (2x)
2 +3
y ′ = 2x ex
• Solução:
y = eu
y ′ = (eu )′ · u′
y ′ = eu · [sen(2x + 4)]′
Vamos recorrer mais uma vez a regra da cadeia para calcular a derivada de sen(2x + 4). Chama-
y ′ = eu · cos(v) · (2)
√
Exemplo: 3.31. Calcule a derivada de y = e x:
• Solução:
√
Chamaremos x de u, sendo u = g(x). Sendo assim, teremos
y = eu
y ′ = eu · u′
√
y ′ = eu · ( x)′
1 ′
y ′ = eu · x 2
1 −1
y′ = eu · ·x 2
2
1 1
y′ = eu · ·
2 x 21
1 1
y ′ = eu · ·√
2 x
eu
y′ = √
2 x
Substituindo u na expressão,
√
e x
y′ = √
2 x
√
Exemplo: 3.32. Calcule a derivada de y = e x2 −5 :
• Solução:
√
Chamaremos u = x2 − 5 sendo u = g(x). Sendo assim, teremos
y = eu
y ′ = eu · u′
√
y ′ = eu · ( x2 − 5)′
√
Vamos recorrer mais uma vez a regra da cadeia para calcular a derivada de x2 − 5. Chamaremos
1 ′
y ′ = eu · v 2 · (x2 − 5)′
1 −1
y′ = eu · ·v 2 · (2x)
2
1
y′ = eu · 1 · (2x)
2v 2
1
y ′ = 2x · eu · √
2 v
√
Substituindo v = x2 − 5 e u = x2 − 5, temos
√ 1
y ′ = 2x · e x2 −5 · √
2 x2 − 5
√
2
2x · e x −5
y′ = √
2 x2 − 5
√
2
x · e x −5
y′ = √
x2 − 5
• Solução:
Precisamos aplicar a regra do produto (regra 6) e a regra da cadeia (regra 14), assim teremos:
y′ = 2x · e3x + x2 · e3x · 3
y′ = xe3x · (2 + 3x)
• Solução:
Precisamos aplicar a regra da cadeia mais de uma vez. Vamos começar fazendo: u = cos2 (4x + 1):
′
y′ = ln(u)
1
y′ = · u′ ,→ Voltando para x.
u
1 h i′
y′ = · cos2 (4x + 1)
cos2 (4x + 1)
" #′
1 2
y′ = 2
· cos(4x + 1) ,→ Agora, vamos tomar t = cos(4x + 1).
cos (4x + 1)
1 h i′
y′ = · t2
cos2 (4x + 1)
1 h i
y′ = 2
· 2 · t2−1 · t′
cos (4x + 1)
1 h i
y′ = 2
· 2t · t′ ,→ Voltando para x.
cos (4x + 1)
1 h i ′
y′ = 2
· 2 cos(4x + 1) · cos(4x + 1) ,→ Tomando, v = 4x + 1.
cos (4x + 1)
1 h i ′
y′ = 2
· 2 cos(4x + 1) · cos(v)
cos (4x + 1)
1 h i
y′ = 2
· 2 cos(4x + 1) · − sen(v) · v′
cos (4x + 1)
1 h i
y′ = 2
· 2 cos(4x + 1) · − sen(v) · 4 ,→ Voltar para x.
cos (4x + 1)
1
y′ = 2
· 2 cos(4x + 1) · − sen(4x + 1) · 4
cos (4x + 1)
−8 · sen(4x + 1) · cos(4x + 1)
y′ =
cos2 (4x + 1)
sen(4x + 1)
y ′ = −8 · = −8 tan(4x + 1)
cos(4x + 1)
OBS: Todas as regras de derivação apresentadas acima, foram descritas para y = f (x). Mas
Por exemplo, a regra da derivada da função logarítmica (regra 15) foi escrita em termos de x:
d 1 1
se f (x) = ln x então (ln x) = , ou, f ′ (x) = .
dx x x
Esta mesma regra, pode ser reescrita em termos de u, já aplicando a regra da cadeia (regra 14) ou
d 1 du 1
Se f (u) = ln u então (ln u) = · ou f ′ (u) = · u′ .
dx u dx u
4 Tabela de Derivadas
y=u y ′ = u′
y =c·u y ′ = c · u′
y =u±v y ′ = u′ ± v ′
y = un y ′ = n · un−1 · u′ , n ̸= 1
y =u·v y ′ = u′ · v + v ′ · u
u u′ · v − v ′ · u
y= y′ =
v v2
y = au y ′ = au (ln a)u′ , (a > 0, a ̸= 1)
y = eu y ′ = eu u′
u′
y = logb u y′ =
u · ln b
1
y = ln u y ′ = u′
u
y = uv y ′ = vuv−1 u′ + uv (ln u)v ′
y = sen u y ′ = u′ cos u
y = tan u y ′ = u′ sec2 u
Derivadas Sucessivas.
Dada uma função f , a sua derivada, se existir, é a função f ′ chamada derivada primeira ou derivada
de primeira ordem de f .
Como f ′ também é uma função, a sua derivada, se existir, é a função f ′′ chamada derivada segunda
Como f ′′ também é uma função, a sua derivada, se existir, é a função f ′′′ chamada derivada terceira
E assim sucessivamente.
Notações:
df
f ′, , Dx f
dx
d2 f
f ′′ , , Dx2 f
dx2
d3 f
f ′′′ , , Dx3 f
dx3
d4 f
f 4, , Dx4 f
dx4
..
.
dn f
f n, , Dxn f
dxn
• Solução:
′
f ′ (x) = x5 − 2x4 + x3 − 2x2 = 5x4 − 8x3 + 3x2 − 4x
′
f ′′ (x) = 5x4 − 8x3 + 3x2 − 4x = 20x3 − 24x2 + 6x − 4
• Solução:
′
f ′ (x) = 3x4 + 5x3 − x = 12x3 + 15x2 − 1
′
f ′′ (x) = 12x3 + 15x2 − 1 = 36x2 + 30x
′
f ′′′ (x) = 36x2 + 30x = 72x + 30
• Solução:
p
f (x) = (7x + 1)3 = (7x + 1)3/2
′ 3 21 21 √
f ′ (x) = (7x + 1)3/2 = · (7x + 1)3/2−1 · 7 = · (7x + 1)1/2 = · 7x + 1
2 2 2
21 ′
21 1 147 147 1
f ′′ (x) = · (7x + 1) 1/2
= · · (7x + 1) 1/2−1
·7 = · (7x + 1)−1/2 = ·√
2 2 2 4 4 7x + 1
• Solução:
• Solução:
f (x) = ex
f ′ (x) = ex
f ′′ (x) = ex
f ′′′ (x) = ex
.. ..
. .
f n (x) = ex
Observe que as derivadas sucessivas de f (x) = ex são sempre iguais a ex , então f n (x) = ex para
todo n.
6 Derivação Implícita
Derivar implicitamente uma relação significa encontrar a lei da derivada de todas as funções que
3. Isolar y ′
• Solução:
√
y1 = + 25 − x2
↗
√
y 2 + x2 = 25 ⇒ y = ± 25 − x2
↘
√
y2 = − 25 − x2
d 2 d
(y + x2 ) = (25) ,→ Derivar os dois lados da igualdade em relação a x.
dx dx
2y.y ′ = −2x
−2x
y′ = ,→ Isolar y ′
2y
−x
y′ =
y
Assim, para achar a derivada de y1 é só substituir y1 na expressão encontrada acima para a derivação
implícita :
√ −x
• y1 = + 25 − x2 derivada de y1 ⇒ y1′ = √
25 − x2
1/2
Observe que, se tivéssemos aplicado as regras y1 = + 25 − x2
√ 1 −1/2
de derivação diretamente em y1 = + 25 − x2 o y1′ = 25 − x2 · (−2x)
2
−x
resultado seria o mesmo: y1′ = √
25 − x2
√ −x x
• y2 = − 25 − x2 derivada de y2 ⇒ y2′ = √ ⇒ y2′ = √
− 25 − x 2 25 − x2
1/2
Observe que, se tivéssemos aplicado as regras y21 = − 25 − x2
√ 1 h −1/2 i
de derivação diretamente em y2 = − 25 − x2 o y2′ = · − 25 − x2 · (−2x)
2
x
resultado seria o mesmo: y2′ = √
25 − x2
Com este exemplo, fica claro que derivar implicitamente uma relação significa encontrar a lei da
derivada de todas as funções que estão implícitas numa relação, sem precisar calcular a
• Solução:
d 5 d
(x + y 3 + xy) = (3x2 + 1) ,→ Derivar os dois lados da igualdade em relação a x.
dx dx
3y 2 · y ′ + xy ′ = 6x − 5x4 − y
6x − 5x4 − y
y′ =
3y 2 + x
• Solução:
d 5 d
(x + y 5 − 5xy) = 0 ,→ Derivar os dois lados da igualdade em relação a x.
dx dx
d 5 d 5 d d
(x ) + (y ) − (5xy) = 0
dx dx dx dx
5y 4 · y ′ − 5x · y ′ + 5x4 − 5y=0
5y − 5x4
y′ =
5y 4 − 5x
y − x4
y′ =
y4 − x
• Respostas:
1. A maior temperatura atingida durante o ano foi de T = 30°C (Valor Máximo/Máximo Absoluto).
2. A maior temperatura durante todo o ano ocorreu no mês de Janeiro, t = 1 (no 1º mês).
3. A maior temperatura atingida no último trimestre foi de T = 25°C (Valor Máximo relativo/Máximo
Relativo).
4. A maior temperatura no último trimestre ocorreu no mês de outubro, t = 10 (no 10º mês).
5. A menor temperatura atingida durante o ano foi de T = 10°C (Valor Mínimo/Mínimo Absoluto)
6. A menor temperatura durante todo o ano ocorreu no mês de junho, t = 6 (no 6º mês)
7. A menor temperatura atingida no último trimestre foi de T = 15°C (Valor Mínimo rela-
tivo/Mínimo Relativo).
Observe que a figura 1 mostra um gráfico em que apresenta 5 pontos na qual a função tem valores
extremos em seu domínio [0, 12]. O mínimo absoluto da função ocorre em t = 6 embora em t = 12 o
valor da função seja menor do que em qualquer outro ponto próximo (isto é, durante o quarto trimestre
do ano). A função é crescente quando se aproxima de t = 10 e depois passa a decrescer a medida que
t se aproxima de t = 12, tornando f (10) um máximo local, (maior temperatura atingida no último
Assim podemos definir extremos locais (relativos) (Definição 7.1 e Definição 7.2 ) e também pode-
mos definir máximos ou mínimos absolutos (globais) (Definição 7.5 e Definição 7.6).
valo aberto contendo x0 , no qual f (x) seja definida, tal que f (x0 ) ≥ f (x) para todo x nesse
intervalo.
Definição 7.2. A função f terá um valor de mínimo relativo em x0 , no qual f (x) esteja
relativo em x0 .
Os extremos relativos ocorrem em pontos nos quais o gráfico da função tem retas tangentes hori-
são pontos nos quais o gráfico da função tem retas tangentes horizontais. E x2 é um ponto onde a
Teorema 7.1. Seja f (x) definida para todos os valores no intervalo aberto (a, b) contendo c.
O Teorema 7.1 afirma que os pontos críticos de uma função constituem a coleção completa dos
Observação 1: Uma função pode ter um ponto crítico num número c e f ′ (c) não existir.
• Solução:
x = 0 é ponto crítico de f .
y = 0 é mínimo absoluto.
x = 0 é extremos relativo de f .
Observação 2: O número c pode ser um ponto crítico sem ser extremo relativo.
Exemplo: 7.3. Seja f (x) = (x − 1)3 . Ache os pontos críticos de f e determine se são extremos
• Solução:
Assim:
é um extremo relativo.
O Sinal da derivada primeira de uma função nos fornece informações importantes sobre os intervalos
Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e derivável no intervalo aberto (a, b):
desta função.
• Solução:
f ′ (x) = 0 ⇒ 2x − 2 = 0 ⇒ x = 1 ⇒ f ′ (1) = 0.
f ′ (0) = 2 · 0 − 2 = −2 < 0 ⇒
f ′ (2) = 2 · 2 − 2 = 2 > 0 ⇒
e o Teorema 7.2 nos informa a relação entre o sinal da derivada e os intervalos de crescimento e
decrescimento da função. Isso nos leva a um teste que detecta a presença e a natureza de valores
extremos locais em funções deriváveis, que é dado pelo Teorema 7.3, anunciado a seguir.
Teorema 7.3. Teste da Derivada Primeira (TDP): Seja f uma função contínua em
todos os pontos do intervalo aberto (a, b) contendo o número c e supondo que f ′ (x) existe em
i) Se f ′ (x) muda de sinal de positivo para negativo em c, então f (c) é máximo relativo.
ii) Se f ′ (x) muda de sinal de negativo para positivo em c, então f (c) é mínimo relativo.
O TDP (Teorema 7.3) nos diz que o padrão de sinal de f ′ revela o comportamento de f nos pontos
c c
f ′ (x) + − f ′ (x) − +
↗ ↘ ↘ ↗
f (x) f (x)
crescente decrescente decrescente crescente
c c
f ′ (x) + + f ′ (x) − −
↗ ↗ ↘ ↘
f (x) f (x)
crescente crescente decrescente decrescente
Este teste é muito útil e poderia ter sido aplicado no Exemplo 7.3 para concluir direto que x = 1
é ponto crítico de f (x) = (x − 1)3 mas não é um extremo relativo. Veja o exemplo a seguir.
Exemplo: 7.5. Seja f (x) = (x − 1)3 . Ache os pontos críticos de f e determine, através do TDP
• Solução:
relativo.
Assim, temos que o eixo x está dividido em dois subintervalos: (−∞, 1] e [1, +∞).
Para aplicar o TDP, precisamos testar o sinal da derivada primeira em cada um destes intervalos.
x=1
f ′ (x) + +
↗ ↗
f (x)
crescente crescente
ponto crítico
Exemplo: 7.6. Analise os pontos críticos de: f (x) = x3 − 27x − 20 e identifique os intervalos onde
f é crescente e decrescente.
• Solução:
Como f é uma função polinomial, sabemos que existe f ′ para todo x ∈ R. Assim, para achar os
Como x = −3 e x = 3 são os pontos críticos da f , temos que o eixo x está dividido em três
Para aplicar o TDP (Teorema 7.3), precisamos testar o sinal da derivada primeira em cada um
destes intervalos.
−3 3
f ′ (x) + − +
↗ ↘ ↗
f (x)
crescente decrescente crescente
Para achar o valor máximo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = −3.
Para achar o valor mínimo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = 3.
Exemplo: 7.7. Dada a função f (x) = x3 − 6x2 + 9x + 1, ache os extremos relativos de f aplicando
• Solução:
Como a f é uma função polinomial, sabemos que existe f ′ para todo x ∈ R. Assim, para achar os
Como x = 1 e x = 3 são os pontos críticos da f , temos que o eixo x está dividido em três
Para aplicar o TDP (Teorema 7.3), precisamos testar o sinal da derivada primeira em cada um
1 3
f ′ (x) + − +
↗ ↘ ↗
f (x)
crescente decrescente crescente
Para achar o valor máximo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = 1.
Para achar o valor mínimo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = 3.
x2 − 4, se x ≤ 3
Exemplo: 7.8. Dada a função f (x) = ache os extremos relativos de f aplicando
8 − x,se x > 3
• Solução:
Observe que esta função é definida por partes. Assim, para achar os pontos críticos da f ,
* Para x < 3, temos f (x) = x2 − 4 vamos calcular a derivada da função neste intervalo e a
f (x) = x2 − 4 ⇒ f ′ (x) = 2x
* Para x > 3, temos f (x) = 8 − x vamos calcular a derivada da função neste intervalo e a
f (x) = 8 − x ⇒ f ′ (x) = −1
f ′ (x) = 0 ⇒ −1 ̸= 0 ⇒ ∄x tal que f ′ (x) = 0 ,→ Não tem ponto crítico no intervalo x > 3.
* Para x = 3.
Como x = 0 e x = 3 são pontos críticos da f , temos que o eixo x está dividido em três
Vamos aplicar o TDP (Teorema 7.3), testando o sinal da derivada primeira em cada um destes
intervalos.
0 3
f ′ (x) − + −
↘ ↗ ↘
f (x)
decrescente crescente decrescente
Podemos perceber que o gráfico apresenta uma quina (“bico”) em x = 3, o que comprova que a
Para achar o valor máximo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = 3.
Para achar o valor mínimo da f precisamos voltar a lei da função e calcular a imagem de x = 0.
Vamos ver agora a relação do sinal da derivada segunda com o comportamento da concavidade do
Teorema 7.4. Seja f uma função duas vezes derivável em algum intervalo aberto I. Então:
i) Se f ′′ (x) > 0 para cada valor de x em I então o gráfico da f é côncavo para cima em I.
ii) Se f ′′ (x) < 0 para cada valor de x em I então o gráfico da f é côncavo para baixo em I.
Definição 7.4. O ponto (c, f (c)) será um ponto de inflexão do gráfico de uma função
contínua f se existir um intervalo (a, b) contendo c tal que uma das seguintes situações ocorra:
i) f é côncavo para cima em (a, c) e côncavo para baixo em (c, b)(ou seja, o gráfico é côncavo
ii) f é côncavo para baixo em (a, c) e côncavo para cima em (c, b)(ou seja, o gráfico é côncavo
Exemplo: 7.9. Dada a função f (x) = x3 −6x2 +9x+1 determine os intervalos onde f tem concavidade
• Solução:
Vamos calcular as derivada segunda desta função para determinar os intervalos nos quais a f é
Vamos testar o sinal da f ′′ em cada um destes intervalos para aplicar o Teorema 7.4.
* Escolhendo x = 0 ∈ (−∞, 2) ⇒
f ′′ (0) = 6 · 0 − 12 = −12 < 0 ⇒ então o gráfico da f é côncavo para baixo em (−∞, 2).
Como o gráfico da função é côncavo para baixo e passa a ser côncavo para cima em x = 2, de acordo
com a Definição 7.4, temos que Pi (2, 3) é o ponto de inflexão da f , já que f (2) = 23 −6·22 +9·2+1 = 3.
Exemplo: 7.10. Dada a função f (x) = (x − 1)3 determine os intervalos onde f tem concavidade
• Solução:
Vamos calcular as derivada segunda desta função para determinar os intervalos nos quais a f é
Como f ′′ (1) = 0 então temos que o eixo x está dividido em dois subintervalos: (−∞, 1] e [1, +∞).
Vamos testar o sinal da f ′′ em cada um destes intervalos para aplicar o Teorema 7.4.
* Escolhendo x = 0 ∈ (−∞, 1) ⇒
Como o gráfico da função é côncavo para baixo e passa a ser côncavo para cima em x = 1, temos que
Ao resolver o Exemplo 7.3, vimos que x = 1 é também ponto crítico da f . E ainda, ao resolver o
Há outro teste para extremos relativos que baseia-se na relação do sinal da derivada segunda no
ponto crítico na qual f ′ (x0 ) = 0. Este teste chama-se Teste da Derivada Segunda e é enunciado pelo
Teorema 7.5. Teste da Derivada Segunda(TDS): Seja c um ponto crítico de uma função
f , na qual f ′ (c) = 0 e suponhamos que f ′ existe para todos os valores de x em algum intervalo
4x3
Exemplo: 7.11. Dada a função f (x) = x4 + − 4x2 , aplicar o TDS (Teorema 7.5) para achar o
3
máximo e o mínimo de f .
• Solução:
−1 ± 3 x1 = 1
⇒x= ⇒ ,→ Pontos crítico candidatos a extremos relativos.
2 x = −2
2
extremos relativos.
* Aplicar o TDS (Teorema 7.5) significa testar o sinal da derivada segunda nos pontos críticos.
4 · (−2)3
−32 −32
Como f (−2) = (−2)4 + 2
− 4 · (−2) = , então temos que C 1, é
3 3 3
ponto de mínimo.
A partir da derivada de uma função podemos localizar e identificar valores extremos e com isso
podemos resolver uma série de problemas de otimização, encontrando assim uma maneira ótima (a
melhor) de fazer algo em relação a uma determinada situação. A determinação de valores de mínimo
Um máximo absoluto também é um máximo local. Sendo o maior valor de todos, é também
o maior valor em sua vizinhança imediata. Assim, uma lista com todos os máximos locais incluirá
automaticamente o máximo absoluto, se houver. De modo análogo, uma lista com todos os mínimos
Definição 7.5. A função f terá um valor máximo absoluto se existir algum número x0 no
domínio tal que f (x0 ) ≥ f (x) ∀x ∈ D(f ). Assim: f (x0 ) é máximo absoluto e x0 é ponto de
máximo.
Definição 7.6. A função f terá um valor mínimo absoluto se existir algum número x0 no
domínio tal que f (x0 ) ≤ f (x) ∀x ∈ D(f ). Assim: f (x) é mínimo absoluto e x0 é ponto de
mínimo.
x+1 se − 5 ≤ x < 1
Exemplo: 7.12. Dada a função, f (x) = , determine, se existirem, os
x2 − 6x + 7 se 1 ≤ x ≤ 4
Para achar os pontos críticos precisamos determinar os valores de x ∈ (−5, 4) tais que f ′ (x) = 0 ou
* Para −5 < x < 1 temos f (x) = x + 1. Vamos calcular a derivada da função neste intervalo e a
f (x) = x + 1 ⇒ f ′ (x) = 1
f ′ (x) = 0 ⇒ 1 ̸= 0 ⇒ ∄x tal que f ′ (x) = 0 ,→ Não tem ponto crítico no intervalo −5 < x < 1.
* Para 1 < x < 4 temos f (x) = x2 − 6x + 7. Vamos calcular a derivada da função neste intervalo e a
f ′ (x) = 0 ⇒ f ′ (x) = 2x − 6
* Para x = 1 temos: f−′ (1) = 1 ̸= f+′ (1) = −4, então a derivada não existe em x = 1.
x = 3.
Observe que, os únicos pontos do domínio em que uma função contínua em um intervalo fechado
pode assumir valores extremos são os pontos críticos e as extremidades do domínio da f . Assim,
fechado [a, b], então f terá um valor de máximo absoluto e um valor de mínimo absoluto em
[a, b].
em x = a e x = b.
3. O maior entre os valores do passo 2, é o valor máximo absoluto de f em [a, b], e o menor
é o mínimo absoluto.
• Solução:
Como f é uma função polinomial, sabemos que existe f ′ para todo x ∈ (1, 5). Assim, para achar
os pontos críticos precisamos apenas determinar os valores de x ∈ (1, 5) tais que f ′ (x) = 0.
f (2) = 2 · 23 − 15 · 22 + 36 · 2 = 28
f (3) = 2 · 33 − 15 · 32 + 36 · 3 = 27
Teorema 7.7. Teorema de Rolle Seja f derivável no intervalo aberto (a, b) e contínua no
intervalo fechado [a, b]. Se f (a) = 0 e f (b) = 0. Então há, pelo menos um ponto c em (a, b)
Este teorema afirma que, se o gráfico da uma função diferenciável cruza o eixo x em dois pontos,
a e b, então entre eles deve existir pelo menos um ponto onde a reta tangente é horizontal.
Exemplo: 7.14. Encontre os pontos do gráfico da função f (x) = 4x3 − 9x que interceptam o eixo x
e confirme que f ′ (c) = 0 em algum ponto c entre os pontos que cruzam o eixo x.
• Solução:
Como D(f ′ ) = R então f é contínua em R, incluindo qualquer intervalo fechado [a, b]. (Consequência
do Teorema 2.1).
1) Precisamos encontrar os pontos do gráfico que interceptam o eixo x, ou seja, determinar os valores
onde a f é nula.
r
9 9 3
4x2 −9=0 ⇒ 4x2 =9⇒ x2 = ⇒| x |= ⇒x=±
4 4 2
3 3
Então, f (x) = 0 para x = − , x = 0 e x = .
2 2
3 3
Os intervalos − , 0 e 0, são os intervalos fechados [a, b] do Teorema de Rolle.
2 2
3 3
Assim existe o ponto c1 ∈ − , 0 e o ponto c2 ∈ 0, tais que f ′ (c1 ) = 0 e f ′ (c2 ) = 0.
2 2
Portanto:
√ √
− 3 3 3 3
c1 = ∈ − , 0 e c2 = ∈ 0, .
2 2 2 2
Teorema 7.8. Teorema do Valor Médio: Seja f contínua num intervalo fechado [a, b] e
derivável no intervalo aberto (a, b). Então existe pelo menos um ponto m em (a, b) tal que:
f (b) − f (a)
f ′ (m) =
b−a
O Teorema 7.8 afirma que, entre dois pontos A(a, f (a)) e B(b, f (b)) quaisquer do gráfico de uma
função diferenciável f , existe pelo menos um ponto onde a reta tangente ao gráfico é paralela à reta
Observe que a inclinação da reta secante que passa por A(a, f (a)) e B(b, f (b)) é dada por:
f (b) − f (a)
msec =
b−a
e que a inclinação da reta tangente em c é f ′ (c) (vale lembrar que retas não-verticais paralelas possuem
a mesma inclinação).
8 L’Hosplital
Os limites que levam as vezes levam às formas indeterminadas podem ser calculados por cancela-
A regra de L’Hospital nos permite usar as derivadas para avaliar os limites que, de outro modo,
f (x) 0 ∞ f ′ (x)
Se lim assume a forma indeterminada ou em x = a então, se lim ′ existir
x→a g(x) 0 ∞ x→a g (x)
f (x)
(finito ou infinito), então lim existirá e:
x→a g(x)
f (x) f ′ (x)
lim = lim ′ .
x→a g(x) x→a g (x)
f
Observe que para aplicar a regra de L’Hospital a no quociente , precisamos dividir a derivada de
g
f
f pela derivada de g. Não caia na armadilha de tomar a derivada de . O quociente a ser utilizado
′ g
f′ f
na aplicação do L’Hospital é ′ e não .
g g
1 − x + ln x
Exemplo: 8.1. Calcule lim .
x→1 x3 − 3x + 2
• Solução:
1 − x + ln x 1−1+0 0
lim 3
= = ,→ indeterminação
x→1 x − 3x + 2 1−3+2 0
Aplicando L’Hospital:
1 − x + ln x L′ H −1 + 1/x L′ H −1/x2 −1
lim 3
= lim 2
= lim =
x→1 x − 3x + 2 x→1 3x − 3 x→1 6x 6
sen2 x − 8x
Exemplo: 8.2. Calcule lim .
x→0 e2x − 1
• Solução:
sen2 x − 8x 0
lim 2x
= ,→ indeterminação
x→0 e −1 0
Aplicando L’Hosplital:
e5x − 1
Exemplo: 8.3. Calcule lim
x→0 ln(2x + 1)
• Solução:
e5x − 1 0
lim = ,→ indeterminação
x→0 ln(2x + 1) 0
Aplicando L’Hosplital: