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MANAUS
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
MANAUS
2013
RESUMO
Em 1937, ocorre o golpe de estado por Getúlio Vargas; sua política econômica estava
voltada ao incentivo da industrialização, apoio à capitalização e a acumulação deste
setor. O estado volta-se ao incremento da infra estrutura básico à implantação do parque
industrial. É através do modelo corporativista e por uma nítida política industrialista que
se inicia uma nova fase após o período de transição iniciada na Revolução de 30. Com o
crescimento da população urbana o Estado começa a instituir representantes através de
suas entidades que têm por finalidade planejar e implementar políticas públicas. É com
a pressão de setores emergentes, que há uma necessidade de absorver e controlar esses
novos setores que só crescem com a expansão da industrialização.
“A pressão pela a ampliação da cidadania social torna necessário algo como uma
renegociação periódica de um Contrato Social, através do qual o Estado procura a
integração e mobilização controladas dos trabalhadores urbanos pela incorporação
progressiva e falsificação burocrática de suas reivindicações e aspirações. A paz social
do Estado corporativo pressupõe, assim, o surgimento constante de novas instituições
[...] que aparecem em conjunturas determinadas como respostas ao desenvolvimento
real ou potencial das contradições geradas pelo o aprofundamento do modo de produção
que atinjam o equilíbrio das relações de força.” (Relações Sociais no Brasil, Iamamoto,
1995 – Cap. III p.245).
O Assistente Social aparece como produtor de serviços e tem como particularidade sua
o fato de coordenar a instituição e atuará através da seleção e encaminhamento no
sentido de minimizar o seu custo facilitando o aumento do trabalho excedente.
O desenvolvimento capitalista traz consigo o agravamento da questão social isso
permitirá á formação cristã-humanista do assistente social pondo-o a serviço das
instituições que atuam segundo esse novo sentido.
Com isso temos o Serviço Social da Indústria (SESI) que foi oficializado em 1946,
portanto seus considerados partem da constatação das dificuldades do pós-guerra e da
premissa do dever do Estado em concorrer, incentivar e estimular o bem-estar.
Portanto será atribuído ao SESI estudar, planejar e executar medidas que contribuem
para o bem-estar do trabalhador na indústria, contudo este se enquadra num processo
marcado pela organização do empresariado que busca homogeneizar uma série de
posições que se relacionam à nova situação internacional tanto a nível econômico como
político. Nesse momento observa-se a existência de modificações no pensamento social
da Igreja Católica e com isso o Serviço Social será reafirmado como elemento essencial
para a harmonização entre capital e trabalho, atuando no sentido de conscientizar o
patronato e preparar uma elite de trabalhadores que viabilizasse aquele tipo de
comunhão.
O SESI é caracterizado por suas praticas sociais, que tem como base radicalizar a
utilização da contraposição e a organização da classe operaria na luta política
anticomunista com isso, este aparece como resposta à nova conjuntura de forças que
surgem com a desagregação do Estado Novo e a liberação do regime, favorecendo o
crescimento do movimento operário, isto aponta um dos extremos que o compõe; seu
funcionamento declarado e explicito como instrumento político-repressivo.
O Serviço Social além de desempenhar todas essas funções, também vem empregar o
Serviço social de grupo a partir dos centros de ação social, valendo ressaltar que esse
período aonde forças trabalhista vinham se movimentando.
“O que se nota, nesse sentido, é que as instituições previdenciárias desde cedo sentem a
necessidade de um tipo de funcionário especializado para o trato com os usuários. [...]
Em 1945 são organizados cursos intensivos de serviço social para os funcionários de
diversos institutos e caixas. [...] Estes constituirão a base humana que permitirá no
início da década de 1950 a generalização das turmas e seções de serviço social.”
“Isso é visto como resposta a uma necessidade política relacionada à eficiência dessas
instituições.” (Relações Sociais no Brasil, Iamamoto, 1995 Cap. III p.305).
“Teorização e prática institucional que terão por base [...] os métodos e técnicas
tradicionais adaptados para o que rapidamente se transformará num atendimento "em
massa" dos usuários.” (Relações Sociais no Brasil, Iamamoto, 1995 Cap. III p.306).
“Partindo de que o serviço social é o setor apto para atender o segurado [...] serão
reclamados funções e programas a partir da educação social [...] das técnicas de
entrevistas [...] distribuição de auxilio [...] casos de fiscalização ou conflito.” (Relações
Sociais no Brasil, Iamamoto, 1995 Cap. III pp.308 e 309).
“O seguro social, orientado para a absorção de conflitos de classe [...] passa a ser ele
próprio palco da luta de classes, transformando-se em campo de luta.” (Relações Sociais
no Brasil, Iamamoto, 1995 Cap. III p.310).
Uma dessas reformas foi à criação de uma equipe multidisciplinar, que tinha como
característica formular programas preventistas e educativos, integrando diversos
serviços e instituições assistenciais e sociais para assistir as populações em riscos.
Abrindo uma importância e firmação para uma perspectiva de um status e consolidando
da profissão, que proporcionou um grande impulso ao ensino especializado,
experimentando novos métodos, teorias, práticas e instrumentos para intervenção mais
eficaz do agente social. Já consolidado, o Serviço Social separava-se cada vez mais dos
estigmas da profissão, que o tinha como práticas assistencialistas e burocráticas. Agora
detentor de um conjunto de especificidades e técnicas, intermediava para combater as
questões sociais refracionadas pelo capitalismo para assegurar a universalização dos
direitos.