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Foram Adão e Eva enganados pela serpente?

AUTOR: PE. RODRIGO ALONSO SOLERA LACAYO, EP

Texto

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adao-e-eva-
enganados-pela-
serpente-140982)

Tendo sido criados os nossos primeiros pais num elevadíssimo


estado de graça, santidade e perfeição, como foi possível eles
pecarem?

Quanto mais se penetra nos ensinamentos da Santa Igreja sobre o Pecado Original, tanto mais
transparece a gravidade da desobediência de nossos primeiros pais. Trata-se de uma transgressão
desconcertante, quase dir-se-ia incompreensível. Já em relação às faltas dos homens neste vale de
lágrimas, dada a prodigalidade dos auxílios divinos que nunca faltam a quem é tentado, o salmista
exclama: “Delicta, quis intelligit?” (Sl 19, 13). O que, então, dizer da ofensa a Deus cometida por
Adão e Eva no Paraíso Terrestre, tendo eles sido criados num elevadíssimo estado de graça e
santidade? Como foi possível que eles viessem a pecar? Qual foi a causa e a raiz mais profunda da
violação deles ao preceito divino?

É o que consideraremos neste artigo, com base em dois luminares do pensamento cristão, São
Tomás e Santo Agostinho, ao examinarmos se nossos primeiros pais foram enganados pela
serpente.

“Deus criou o homem reto” (Ecl 7, 29)

Como espelhos sem mancha, Adão e Eva


irradiavam em sua perfeita inocência a
imagem de seu Criador. Por um dom
sobrenatural da graça, tinham a razão
submetida a Deus, a vontade à razão, e o
corpo à alma. Em consequência,
desfrutavam de uma vida íntegra, imortal e
impassível: “Não havia, para o homem,
possibilidade de morte, nem de
enfermidade. Devido à sujeição das forças
inferiores à razão, reinava nele uma
completa tranquilidade de espírito, porque a
razão humana não era perturbada por
nenhuma paixão desordenada. Pelo fato de
sua vontade estar submissa a Deus, ele
dirigia tudo para Deus, como seu fim último,
e nisso consistiam sua justiça e sua
inocência”.1 Tivessem nossos primeiros pais
À primeira vista,só pode haver uma resposta:
sido fiéis, este estado de justiça seria nossos primeiros pais caíram na armadilha do
comunicado a todos os seus descendentes. tentador, foram enganados por ele
Espécime do gênero Pseustes
poecilonotus – Ilha de Colón (Panamá)
Em sua infinita bondade, Deus ainda
destinou o homem a um fim sobrenatural, à
felicidade perfeita: contemplar a essência
divina na glória da eternidade. Contudo, esta bem-aventurança não deveria ser obtida apenas
como um dom gratuito, mas também como um prêmio merecido e conquistado – sempre com o
auxílio da graça, claro – pela fidelidade e boas obras. Qual foi, pois, a prova à qual Adão e Eva
foram submetidos por Deus para serem dignos daquela felicidade que os olhos não viram, nem os
ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (cf. I Cor 2, 9)? Deveria, por certo, ser algo
dificílimo…

Na realidade, Deus impôs-lhes um preceito fácil de ser cumprido: “Não comas do fruto da árvore da
ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente” (Gn 2,
17). Esse fruto não era mau em si mesmo. A finalidade da proibição era acostumar o homem à
salutar submissão ao seu Criador. Tratava-se, portanto, de uma simples prova de obediência. E
naquele estado de justiça, no qual o corpo encontrava-se submetido à razão e a alma a Deus, Adão
e Eva não tinham fraqueza alguma. Neles não havia más inclinações ou apetites desordenados que
pudessem movê-los a quebrar seu propósito de obedecer a Deus.

Então, como puderam nossos primeiros pais desobedecer a Deus, dadas a retidão e a integridade
de seu estado original?

“A serpente enganou-me” (Gn 3, 12)

À primeira vista, só pode haver uma resposta: eles caíram na armadilha do tentador, foram
enganados por ele. A narração do Gênesis pareceria confirmar esta hipótese. Com efeito, a
serpente disse a Eva que, se ela e Adão comessem do fruto proibido, seus olhos se abririam e
seriam como deuses, conhecedores do bem e do mal. Em seguida, está escrito: “A mulher, vendo
que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e apropriado para abrir a
inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido, que comeu igualmente”
(Gn 3, 6). E mais adiante, quando Deus indagou Eva sobre a causa de sua desobediência, ela
respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi” (Gn 3, 13).

Pronto, o dilema pareceria estar resolvido! Tudo indicaria que Eva acreditou nas palavras do
demônio, pois julgou que sua inteligência se abriria e seria igual a Deus. Por outra parte, embora
não haja nenhum detalhe de como ela apresentou aquele fruto a Adão, o fato de que este o “comeu
igualmente” talvez indique que o aceitou pelo mesmo motivo, e, portanto, também foi enganado.
Coitados, dir-se-ia, não tiveram culpa!

Entretanto, a questão é mais complexa. E eis aqui a profunda malícia e gravidade do primeiro
pecado: nenhuma pessoa, no estado de inocência original, poderia ser enganada. Era possível
faltar-lhe alguma perfeição ou conhecimento, sem que isso viesse a ser um mal para ela. Julgar
incorretamente sobre alguma coisa, pelo contrário, constituiria um defeito incompatível com aquele
estado tão elevado de perfeição. Enquanto os homens permanecessem na inocência, poderiam
ignorar uma verdade, mas seria impossível que se enganassem ao aceitar como verdadeiro algo
falso.2

Ainda que não tenhamos considerado o motivo mais profundo pelo qual nossos primeiros pais
transgrediram o preceito divino, estaria esclarecido o problema central deste artigo: não é possível
que eles tenham sido enganados pela serpente. Contudo, uma afirmação do Apóstolo, em sua
primeira epístola a Timóteo, parece contradizer em parte o que acabamos de ver: “Não foi Adão
que se deixou iludir, e sim a mulher que, enganada, se tornou culpada de transgressão” (I Tim 2,
14).

Novamente, vemos que o assunto é mais


complexo do que pensaríamos à primeira vista.
Como poderia Eva ser enganada se isso era
impossível no estado de justiça original? E
como se explica que Adão a seguisse no
pecado? Caro leitor, por favor, não abandone a
leitura… tudo ficará claro logo a seguir,
garanto-lhe.

“A soberba precede à ruína; e o orgulho, à


queda” (Pr 16, 18)

Conforme nos explica São Tomás, um primeiro


desejo desordenado em Adão e Eva foi a raiz
mais profunda do pecado original. No entanto,
esse movimento interior não podia ser a
apetência de algum bem material, como um
intemperante desejo de comer o fruto proibido.
Não havendo neles qualquer fraqueza ou
perturbação corporal, nenhuma inclinação da
sensibilidade poderia afastá-los de Deus.
Apenas o anseio desordenado de um bem
espiritual, como uma maior dignidade ou
sabedoria, poderia quebrar-lhes o vínculo com
o Criador. E isso, indica o Doutor Angélico, é
próprio do vício da soberba.3

Assim como o roubo de uma grande fortuna


revela o delito concebido e planejado na mente
do ladrão, a transgressão do preceito divino
manifesta a soberba com a qual Adão e Eva
prevaricaram antes, no fundo de suas almas.
Não procuraram de forma imediata ofender a
Deus ou revoltar-se contra Ele, mas, por causa
da procura desordenada da própria excelência
e elevação, se desviaram de sua retidão
original e incorreram na desobediência aberta.4
“São Tomás de Aquino, protetor da
Universidade de Cuzco” – Museu de Arte de
Destes princípios se deduz com facilidade a
Lima (Peru)
razão pela qual Eva foi enganada pelo
demônio. Tendo perdido o estado de inocência,
pelo pecado interior de soberba, as trevas do erro podiam invadir, ofuscar e obscurecer seu
entendimento. Assim o demonstra São Tomás: “A sedução da mulher, embora precedesse o
pecado de ação, entretanto era subsequente a um pecado de orgulho interior. Com efeito, observa
Agostinho: ‘A mulher não acreditaria nas palavras da serpente, se não tivesse já no espírito o amor
a seu próprio poder e uma presunção orgulhosa de si mesma'”.5

Esta explicação brilha por sua clareza. Contudo, poder-se-ia ainda colocar o seguinte problema: se
o pecado interior de Eva precedeu a transgressão do preceito divino, teria ela prevaricado muito
antes de ser tentada pela serpente? Por qual motivo, então, não foi castigada e expulsa antes do
Paraíso? A resposta é simples: o pecado interior de Eva aconteceu depois da tentação do demônio;
e, uma vez perdida a integridade original, acreditou nas palavras da serpente e cometeu o pecado
exterior de desobediência.6

“Por um só homem entrou o pecado no mundo” (Rom 5, 12)

No caso de Adão, duas foram as causas que desviaram sua vontade do estado de retidão e
inocência. A principal só podia ser o anseio desordenado de um bem espiritual, um pecado de
soberba, tal como Eva. Mas, ao contrário desta, conforme afirma o Apóstolo (cf. I Tim 2, 14), Adão
só se deixou atrair – e não iludir – pelas palavras da serpente.7 Por que não se pode dizer que ele
foi enganado, se o pecado dele foi idêntico ao de sua esposa? “A verdade está nos matizes”, dizem
os franceses. De forma genérica, nossos primeiros pais cometeram o mesmo pecado de soberba. A
diferença específica entre a transgressão de cada um e o motivo pelo qual só Eva foi enganada
está precisamente num detalhe: “[A mulher] tomou como verdade o que a serpente lhe disse, a
saber, que Deus proibira comer do fruto para que não chegassem a ser semelhantes a Ele; e
assim, ao querer fazer-se semelhante a Deus, comendo do fruto proibido, seu orgulho foi tão
grande que quis obter algo contrário à vontade de Deus. O homem, ao contrário, não acreditou que
tal fosse verdade e, por isso, não pretendeu alcançar a semelhança divina contra a vontade de
Deus, mas pecou por soberba, pensando conquistá-la por si mesmo”.8

A segunda causa da prevaricação de Adão foi uma decorrência da anterior. Depois de perder a
justiça original e quebrar o vínculo de sua alma com Deus, ainda quis mostrar-se complacente com
Eva, como indica o Santo Bispo de Hipona: “Não em vão disse o Apóstolo: ‘não foi Adão que se
deixou iludir, e sim a mulher’ (I Tim 2, 14). Porque a mulher aceitou como verdadeiras as palavras
da serpente e o homem não quis separar-se dela na cumplicidade do pecado. Ora, ele não é
menos culpado, pois pecou com conhecimento e discernimento. São Paulo não disse: ‘Não pecou’,
mas: ‘Não foi enganado'”.9

A raiz mais profunda do Pecado Original, portanto, foi a soberba: “O princípio de todo pecado é o
orgulho; quem nele se compraz será coberto de maldições, e acabará sendo por elas derrubado”
(Eclo 10, 15). À transgressão do preceito divino, de fato, seguiu-se a situação difícil na qual
estamos, pois, destruída a submissão da alma a Deus, desapareceu a sujeição da vontade à razão
e do corpo à alma. O resto, inclusive todos os problemas e crimes que testemunhamos em nossos
dias, é consequência.

Conforme conclui Santo Agostinho, nossos primeiros pais cobiçaram a divindade e perderam a
felicidade: “Rapere voluerunt divinitatem, perdiderunt felicitatem”.10

“Subirei sobre as nuvens mais altas e me tornarei igual ao Altíssimo” (Is 14, 14)

A comparação entre o pecado dos anjos e a desobediência de nossos primeiros pais, como
veremos a seguir, nos ajudará a completar a doutrina vista até aqui. Na raiz das duas
transgressões houve, com efeito, um movimento de soberba, uma desordenada apetência de ser
como Deus. Entretanto, aonde chegou em uns e outros esse anseio de semelhança? Seria
admissível supor que o demônio pretendeu elevar-se até o Criador, usurpar-Lhe de algum modo a
natureza divina e apoderar-se de seu trono? Adão e Eva literalmente aspiraram à igualdade com o
Altíssimo?

O Doutor Angélico distingue duas formas de semelhança. A primeira consiste na igualdade


absoluta, na identidade de natureza. Mas não foi esta a semelhança com Deus apetecida pelos
demônios e por nossos primeiros pais. Como eles ainda não tinham pecado e aberto as comportas
de seu entendimento para as trevas do erro, sabiam muito bem ser isso impossível. A segunda é a
de imitação, a qual é atingível e legitimamente desejável pelas criaturas, pois todas participam em
diversos graus da bondade divina, desde que seja procurada de acordo com a ordem estabelecida
por Deus: não como um direito ou uma virtude a ser adquirida exclusivamente pelo próprio esforço,
e sim como mais uma dádiva divina.11

Pois bem, a revolta do demônio deveu-se ao


desejo de possuir pela virtude de sua própria
natureza o que Deus lhe teria concedido pela graça
se fosse fiel: a glória eterna no Céu, a bem-
aventurança sobrenatural da visão beatífica. Ou
seja, ele quis constituir-se como o fim último de si
mesmo, rompendo toda e qualquer submissão a
seu Criador: “[O diabo] desejou ser semelhante a
Deus porque desejou como fim último de sua bem-
aventurança aquilo a que poderia chegar pelas
próprias forças, desviando seu desejo de bem-
aventurança sobrenatural, que é dada pela graça
de Deus. Ou, se desejou como fim último aquela
semelhança com Deus que é dom da graça, quis
possuí-la pela virtude de sua natureza, não por
disposição do auxílio divino”.12

De modo análogo, também Adão e Eva procuraram


os bens que só a graça e os dons divinos poderiam
outorgar-lhes: “O primeiro homem pecou,
principalmente, por desejar assemelhar-se a Deus “Para restaurar a ordem rompida, era
na ciência do bem e do mal como lhe propôs a
indispensável que a Segunda Pessoa
serpente, ou seja, determinar para si mesmo, pela da Santíssima Trindade Se
sua própria natureza, o que fosse bom e mau no
encarnasse, sofresse todos os
agir, ou ainda conhecer, por si mesmo, o que
tormentos da Paixão, morresse
haveria de ser bom e mau. Mas o primeiro homem na Cruz e ressuscitasse ao terceiro dia”
pecou também desejando assemelhar-se a Deus
no seu próprio poder de agir, de modo que, em “Cristo com a Cruz nas costas”, por Biagio
virtude da própria natureza, pudesse conseguir a d’Antonio – Museu do Louvre, Paris
bem-aventurança. […] Tanto o homem como o
diabo desejavam equiparar-se a Deus, confiando
nas próprias forças e desprezando a ordem do
preceito divino”.13

Os anjos maus e nossos primeiros pais, portanto, não tiveram a absurda pretensão de atingir um
plano de igualdade com a natureza divina; nem sequer Eva foi iludida a esse extremo pela
serpente. Entretanto, descontentes com sua condição de seres contingentes, quiseram constituir-se
em seres absolutos de si mesmos, autossuficientes e livres de qualquer sujeição a Deus. Trata-se
de uma contradição, é verdade, pois no fundo procuraram uma certa forma de onipotência,
conscientes de ser-lhes impossível a igualdade com o Criador; e assim também há em todo pecado
– seja dito de passagem – uma contradição entre a verdade e o raciocínio que fazemos para
justificar nossa má conduta.

Bem se pode afirmar que o pecado de nossos primeiros pais foi diabólico, pois, na sua essência, foi
idêntico ao dos anjos maus. E isso pode ser dito também do vício de orgulho pelo qual somos
levados a amar-nos mais a nós mesmos do que a Deus.

“Revesti-vos da armadura de Deus!” (Ef 6, 11)

É compreensível o fato de sentirmos certa consternação ao considerar as diversas lutas da vida


que precisamos enfrentar, como consequência do pecado de nossos primeiros pais. Realmente,
somos levados, em geral, a desejar uma existência sem tentações, sofrimentos ou dificuldades.

Entretanto, se Deus, em sua infinita sabedoria, permitiu o mal e o pecado na Criação, é porque
sabia ser este o plano mais perfeito para a História. Assim o explica Mons. João Scognamiglio Clá
Dias: “Algumas correntes teológicas estudam como seria a História humana se não houvesse o
Pecado Original, se os anjos não tivessem pecado e, portanto, não fosse criado o inferno. É um
estudo interessante, sem dúvida, para os teólogos ampliarem seus conhecimentos, mas a realidade
é esta: Deus criou este mundo sabendo que no Céu alguns anjos se revoltariam e deveriam ser
lançados no inferno; sabia igualmente que Adão e Eva pecariam e, em consequência, seriam
expulsos do Paraíso Terrestre, criado para eles e seus descendentes; sendo assim, tinha perfeita
noção de que, para restaurar a ordem rompida pelos pecados dos anjos e dos homens, era
indispensável que a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade Se encarnasse, sofresse todos os
tormentos da Paixão, morresse na Cruz e ressuscitasse ao terceiro dia. Portanto, este é o mais
elevado plano para a Criação. Impossível haver outro mais perfeito, pelo simples fato de que Deus
o quis, e não poderia Ele, de forma alguma, criar um mundo que não fosse, no seu conjunto, o mais
perfeito. E faz parte deste plano a luta entre o bem o mal”.14

Não imaginemos, portanto, que o ideal para nós


seria viver num “paraíso” semelhante a uma
espécie de parque de diversões, um local de férias
perpétuas, onde nunca haveria serpentes, frutos
proibidos e lutas. A prova de Adão e Eva foi a
ocasião permitida por Deus para eles
demonstrarem seu amor e sua gratidão pelos
privilégios recebidos, e se tornarem, deste modo,
merecedores do prêmio eterno. Eles deveriam
estar preparados para vencer essa luta,
transbordantes do desejo de derrotar o inimigo
infernal. Se nossos primeiros pais, em lugar de dar
vazão aos movimentos de soberba no fundo de
suas almas, tivessem agido dessa forma, nunca
teriam incorrido na aberta desobediência a Deus, a
serpente maldita jamais teria conseguido enganar
Eva e o desmedido anseio de excelência não teria
desviado Adão de sua inocência original.

Nunca devemos lamentar-nos diante da luta!


Nossa vida, com efeito, é um constante combate
contra o demônio, o mundo e a carne: “Militia est
vita hominis super terram” (Jó 7, 1). Ao contrário de
nossos primeiros pais, que não pediram o auxílio
divino quando foram tentados 15, não nos
deixemos levar pelo orgulho de confiar em nossas
pobres forças naturais. Na grande e decisiva
batalha pela salvação de nossa alma, rezemos e
frequentemos os Sacramentos. Com filial devoção,
recorramos à poderosa intercessão de Maria
Santíssima, a qual, como um terrível exército em
ordem de batalha, esmaga a cabeça da serpente
infernal (cf. Ct 6, 4; Gn 3, 15).

E, enfim, lancemos mão de todas as armas


espirituais postas por Deus à nossa disposição
para atingirmos a plena santificação: “Revesti-vos
Na grande e decisiva batalha pela da armadura de Deus, para que possais resistir às
salvação de nossa alma, rezemos, ciladas do demônio. Ficai alerta, à cintura cingidos
frequentemos os Sacramentos e com a verdade, o corpo vestido com a couraça da
recorramos com filial devoção, à justiça, e os pés calçados de prontidão para
poderosa intercessão de Maria Santíssima anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo,
embraçai o escudo da fé, com que possais apagar
“Nossa Senhora do Apocalipse” –
todos os dardos inflamados do maligno. Intensificai
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as vossas invocações e súplicas. Orai em toda
dos Arautos do Evangelho,
circunstância” (Ef 6, 11.14-18). (Revista Arautos do
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