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Apostila

9º ANO
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 3

CAPÍTULO I: 1º BIMESTRE – Princípios e valores éticos/Projetos de


vida/Identidades e alteridades
1.1 Reflexão: A mala de viagem 5
1.2 Princípios e valores éticos [EF09ER08X] 7
1.3 Valores éticos e sociedade [EF09ER08X] 11
1.4 Elaboração de projetos de vida [EF09ER07X] 14
1.5 Construção de identidades: Princípios éticos e morais 28
[EF09ER34MG]

CAPÍTULO II: 2º BIMESTRE - Princípios e valores éticos: Dignidade


humana/Viver e morrer nas religiões

2.1 Dignidade humana: Respeito e convivência [EF09ER06X] 43


2.2 Mitos de origem da vida [EF09ER03X] 65
2.3 Mitos de origem da morte [EF09ER03X] 74
2.4 Ritos fúnebres [EF09ER03X] 77
2.5 Atitudes diante da morte [EF09ER03X] 82
2.6 Conceitos de finitude e transcendência e seus sentidos para 89
a vida [EF09ER33MG]

CAPÍTULO III: 3º BIMESTRE - Valorização da vida e Concepções de além-


morte

3.1 Religião e valorização da vida [EF09ER04X] 103


3.2 Ancestralidade e culto aos antepassados [EF09ER05X] 109
3.3 Reencarnação e evolução do espírito [EF09ER05X] 111
3.4 Transmigração no oriente: hinduísmo e budismo 116
[EF09ER05X]
3.5 Conceito de ressurreição [EF09ER05X] 119

CAPÍTULO IV: 4º BIMESTRE - Imanência e transcendência

4.1 Respeito à vida e à dignidade humana em diferentes 132


mídias [EF09ER02X]
4.2 Religião e ecologia [EF09ER01X] 145
4.3 Religião e convivência em diferentes mídias [EF09ER02X] 148

REFERÊNCIAS 165

Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)


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APRESENTAÇÃO

Querido estudante, esta apostila tem como objetivo te auxiliar no aprendizado. Ela abre
horizontes de compreensão de forma que possa auxiliar a apreensão dos conteúdos,
além de servir para consulta permanente na disciplina do ensino religioso.

Aqui vocês irão ter o aprendizado do Ensino Religioso, este sendo a ferramenta para a
resolução de questões de cunho moral, comportamental, ético e que envolvam a
sociedade. Além de ser possível aprender muito sobre a paz e justiça entre os
indivíduos, podendo portanto estarem aptos a transmissão dos verdadeiros valores da
humanidade: a bondade, o respeito, a coletividade, a empatia, o amor entre as pessoas,
entre tantos outros, são valores que devem ser ressaltados cada vez mais no tempo
atual.

Por fim, com o aprendizado do Ensino Religioso desta apostila, será capaz de
desenvolver e consolidar o caráter. Do indivíduo, o amor entre as famílias, a
comunicação clara entre pais e filhos, a solidariedade para com o próximo.

Bons estudos!

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CAPÍTULO I:
1º BIMESTRE
Princípios e valores
éticos: Projetos de
vida/Identidades e
alteridades

Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)


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1.1 Reflexão: A mala de viagem

A MALA DE VIAGEM

Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava vacilante pela estrada, levando uma
pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas carregava um saco de terra; em volta do
peito trazia vinhas penduradas. Sobre a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.

Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:

– Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?

– É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca tinha realmente notado que a carregava.

Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.

Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:

– Digame, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?

– Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante, porque eu não tinha
percebido o que estava fazendo comigo mesmo.

Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos muito mais leves. Um
por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de suas cargas desnecessárias. E ele
foi abandonando uma a uma.

Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.

Qual era na verdade o problema dele?

A pedra e a abóbora?

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Não!

Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como cargas
desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais tão cansado. Esse é
o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando cargas sem perceber. Não é de se
estranhar que estejam tão cansadas!

O que são algumas dessas cargas que pesam na mente de um homem e que roubam as
suas energias?

– Pensamentos negativos.

– Culpar e acusar outras pessoas.

– Permitir que impressões tenebrosas descansem na mente.

– Carregar uma falsa carga de culpa por coisas que não poderiam ter evitado.

– Autopiedade.

– Acreditar que não existe saída.

Todo mundo tem o seu tipo de carga especial, que rouba energia. Quanto mais cedo
começarmos a descarregá-la, mais cedo nos sentiremos melhor e caminharemos mais
levemente.

―Desejo que você se sinta bem entre nós e na escola, que faça parte da nossa
convivência, que encontre oportunidades e condições de aprender, crescer e melhorar
como aluno e como ser humano.‖

Vilma Aquino

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1.2 Princípios e valores éticos

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Atividades

1- As atividades cotidianas, a distância e até a tecnologia podem nos afastar de


amigos importantes e que temos muita vontade de rever e de retomar laços. Para
esta atividade, escolha um amigo que esteja afastado ou mesmo alguém com
quem você convive, mas gostaria de fortalecer os laços. Planeje uma tarde com
ele: a saída para um lanche, assistir a um filme ou a uma série, jogar videogame
ou simplesmente conversar. Registre esse momento com uma foto ou desenho e
faça um relato de como foi ter esse tempo especialmente dedicado a cultivar uma
amizade especial.

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Atividades

1- Relacione os princípios e valores da primeira coluna com as manchetes fictícias


da segunda coluna – a relação pode estar no respeito ou no desrespeito a esses
valores. Em seguida, na terceira coluna, justifique as relações estabelecidas.

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1.3 Valores éticos e sociedade

Muitos valores éticos fazem parte das religiões, como o respeito e o amor ao próximo.
Na Bíblia, Jesus ensinou o maior valor do cristão: amar ao próximo como a si mesmo.

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Para colocar isso em prática, é preciso seguir outros valores e princípios, entre eles a
solidariedade, o respeito, a empatia e a honestidade. Os valores éticos não surgem do
pertencimento a uma religião, mas da necessidade de se sentir como pessoa humana
autêntica, dotada de dignidade inata, capaz de perceber o outro e de compreender sua
relação com ele.

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Atividades

1- De acordo com o que você leu no texto, responda às questões.

a- Como o jovem bêbado tratou Buda? E como Buda reagiu?

b- Como você agiria no lugar de Buda diante de tantas agressões?

c- Quando questionado sobre sua passividade diante das agressões, qual


ensinamento Buda transmitiu aos alunos?

d- Quais valores você identificou nessa história? Qual é a importância desses


valores para a nossa vida?

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2- As bem-aventuranças são exemplos de princípios pregados por Cristo e
valorizados por diversas religiões. A seguir, utilize os números para fazer a
correspondência entre os versículos bíblicos e os valores apresentados.
( 1 ) Felizes os misericordiosos, porque ( ) Defesa da justiça
alcançarão misericórdia.
( ) Sinceridade e bondade
( 2 ) Felizes os puros no coração, porque
verão a Deus. ( ) Calma e mansidão

( 3 ) Felizes os que são perseguidos por ( ) Perdão


causa da justiça, porque deles é o Reino
dos Céus.
( 4 ) Felizes os mansos, porque herdarão
a terra.

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3- Analise o conto budista e as bem-aventuranças. Em seguida, aponte
semelhanças entre os ensinamentos presentes nos dois documentos.

1.4 Elaboração de projetos de vida

Atividades

1- Em pequenos grupos, faça uma pesquisa sobre outras ações sociais realizadas
por instituições religiosas nas quais se destacam alguns valores éticos citados
neste capítulo. A pesquisa pode ser feita em livros, revistas e na internet ou
visitando as instituições e fazendo entrevistas com voluntários. Em seguida,
registre no caderno os resultados encontrados.

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Atividades

1- Agora, responda às perguntas a seguir:

a- Qual é a relação que Heloísa Schurmann estabelece entre dar uma volta ao
mundo de barco e administrar uma empresa?

b- Identifique no texto quatro elementos que, segundo Heloísa, são essenciais para
uma equipe transformar um sonho em realidade. Registre-os aqui.

c- Leia novamente esta afirmação de Heloísa: ―Minha vida sempre foi uma vida de
sonhos. Meu pensamento é: tenha tempo para viver o sonho (idealizar), mas tire
o tempo para realizá-lo‖. Explique a relação entre sonho e projeto.

2- Agora, é a sua vez de pensar em qual sonho gostaria de realizar. Descreva-o.

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Atividades

1- Faça uma pesquisa da autobiografia de uma que você gostaria de conhecer


melhor. A autobiografia pode ser de um artista famoso, cientista, escritor, líder
religioso, inventor, atleta, etc.

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2-

3- Depois de preencher a roda da vida, responda às questões.

a- Para qual área você tem dado mais atenção? Avalie por quê.

b- Para qual área você tem dado menos atenção? Avalie por quê.

c- De que maneira você pode se dedicar às áreas que têm recebido menos
atenção?

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4-

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Atividades

1-

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a- Escreva um pequeno texto sobre como praticar os valores que são mais
importantes para você, mesmo em situações desafiadoras.

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Atividades

1 - De acordo com o texto acima, responda as questões abaixo:

a- Por que William queria obter energia elétrica?

b- Quais valores vocês acreditam ter motivado William Kamkwamba?

c- Você já se dedicou a um projeto que visava trazer melhorias para sua


comunidade? Como foi a experiência?

d- Após essa reflexão, o que você acrescentaria como objetivo no seu projeto de
vida?

2- Assinale as alternativas corretas sobre os temas estudados:

( ) Os princípios éticos ajudam a orientar a conduta e estão presentes nos


ensinamentos das religiões.

( ) Um projeto de vida deve incluir apenas interesses pessoais, que não afetem a
comunidade e o meio ambiente.
( ) Não há necessidade de inserir o meio ambiente nos debates religiosos e nos
projetos de vida, pois estes devem tratar apenas das relações entre as pessoas.
( ) Um dos princípios mais importantes a serem defendidos é o da liberdade.
( ) Um projeto de vida é algo que se pode fazer sem planejamento, apenas listando
os objetivos que se quer conquistar.
( ) Há necessidade de planejamento, organização e autoconhecimento para
estabelecer metas para o futuro.

3- O que é liberdade para você? Busque uma música, um filme, um livro, um poema
ou uma obra de arte que represente esse valor individual. No caderno, anote o
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que essa obra significa para você e, depois, compartilhe com os colegas e
conheça as escolhas deles.
4- Reflita sobre os valores do quadro, presentes na sociedade contemporânea.
Caso não saiba o significado de algum deles, pesquise-o.

a- Quais deles você acredita que podem contribuir na construção de um futuro


melhor para você?

b- Pense como seria um futuro melhor para todos os seres vivos e cite os valores
que devem orientar essa busca.

c- Os valores que você escolheu nas duas situações são os mesmos? O que você
pensa sobre isso?

5- Leia o trecho a seguir, da obra Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll.

a- Alice tinha um projeto de vida ou um objetivo a alcançar? Isso a ajudou ou a


atrapalhou?

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b- Sem saber para onde queria ir, faria diferença qual caminho Alice seguiria?
c- E você, sabe para onde deseja ir? O que espera do futuro? Quais caminhos
pretende percorrer para chegar ao seu objetivo?

6- Para que possamos estabelecer metas e projetos de vida, é necessário, em


primeiro lugar, nos conhecermos bem, por meio de um processo de
autoconhecimento. Para organizar algumas atividades que você realizou em
busca de autoconhecimento, prepare-se para fazer uma autoavaliação.

a- No espaço a seguir, desenhe o seu autorretrato. Você pode usar um espelho ou


fazer uma selfie para ajudá-lo nessa tarefa. Além da aparência, retrate suas
preferências e cacacterísticas marcantes.

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b- Faça uma lista das suas qualidades.

c- Agora, reflita sobre seus pontos fracos, anotando-os.

d- Como os ensinamentos religiosos ou éticos podem auxiliar na superação de seus


pontos fracos e na valorização de suas qualidades? Que valores e princípios você
precisa adotar para facilitar esse processo?

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1.5 Construção de identidades: Princípios éticos e morais

Fatores que influenciam a formação da identidade

Pesquisadores tentaram explicar a diversidade cultural e elaboraram teorias diversas


sobre isso. Houve quem tentasse explicar a diversidade das culturas acreditando que a
geografia, ou seja, as características do lugar onde viviam as comunidades primitivas há
muitos séculos fossem determinantes da cultura.

Assim, quem vivesse perto do litoral teria uma cultura diferente de quem vivesse nas
montanhas ou de quem vivesse em região de florestas ou mesmo em lugares muito
secos, como os desertos. No entanto, essa teoria não se sustentou, pois temos povos
que vivem em regiões muito semelhantes e que possuem culturas muito diferentes.
Podemos dar exemplos de povos que vivem no Brasil, na região do Xingu (centro-norte
do Brasil) que possuem culturas diferentes. Também no Ártico temos os Esquimós e os
Lapões que, mesmo vivendo em regiões semelhantes, desenvolveram culturas com
traços bem diferentes.

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Dessa forma, hoje, uma posição bastante aceita é a de que:

O que são cada um desses fatores?

Fatores econômicos, ou seja, a importância dele na vida local. O


existência de produção agrícola ou simbolismo que o milho tem para as
pecuária ou indústria e comércio e se pessoas dessa localidade acaba sendo
esses são fortes ou não influenciam a bem diferente daquele para as pessoas
cultura local. Por exemplo, há regiões no que apenas conhecem o milho
Brasil em que se produz muito milho e comprado nos supermercados.
seus derivados. O milho acaba, tendo
uma presença forte na cultura local.
Muitas pessoas trabalham na plantação,
colheita e beneficiamento do milho e na
fabricação de produtos derivados como
margarina, pamonha, óleo, e outros. É
comum nessas localidades ocorrer a
festa do milho que é expressão da
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Fatores religiosos como a existência
de uma única religião numa localidade
ou a existência de muitas religiões e,
neste caso, se as pessoas que
praticam essas religiões possuem
mais ou menos tolerância umas com
as outras, é um importante fator de
formação cultural. Por exemplo, onde
existe apenas a prática de uma
religião, as pessoas poderão ser
educadas para acharem estranho que
alguém não siga aquela religião. E se
isso ocorre, quem não segue aquela
religião ou não segue nenhuma pode
sofrer discriminação negativa.

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Fatores sociais e políticos agem conjuntamente para
definir a identidade, ou seja, o conjunto de
características comuns de uma comunidade, que a
diferenciam de outras comunidades, povos, culturas.
Por exemplo, lugares onde uma luta contra a
desigualdade entre os sexos é mais consolidada
historicamente, conseguem ter homens e mulheres
em condições de igualdade para disputar vagas no
mercado de trabalho e na divisão das tarefas
domésticas. Em países como o Brasil, onde esses
valores de igualdade entre homens e mulheres
ainda precisam avançar

muito, situações de discriminação das mulheres comumente acontecem. Há estudos no


Brasil mostrando que, mesmo fazendo as mesmas funções em uma empresa, é comum
os homens ganharem melhores salários que elas. Outro exemplo da relação de
diferentes fatores contribuindo para consolidar a identidade cultural podem ser as festas
religiosas. Para os judeus, por exemplo, algumas
festas eram ligadas à economia, como a época
do plantio e de colheita. A festa de Pentecostes
era inicialmente associada à Festa das Colheitas.
Fatos semelhantes eram comuns em vários
povos antigos.
É importante lembrar também que, em qualquer
cultura, as pessoas não têm uma participação
igual. Assim, as crianças, participam de uma
forma diferente dos adultos, pois suas atividades
são diferentes. Homens e mulheres adultas
também vão tendo seus papéis sociais definidos
pela cultura. Os idosos têm mais participação e
importância em algumas culturas orientais que em
outras como a nossa.

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Atividade

1- Liste dois costumes ou tradições (pode ser uma festa social, religiosa ou um tipo
de comida, uma dança) que você conhece e que são típicos da região em que
você vive. Pesquise perguntando a pessoas ou consultando documentos
históricos de sua cidade, sobre esse costume ou tradição e escreva como
surgiram e que fatores (econômicos, políticos, religiosos ou outros) influenciam
sua prática.

―Pessoas de culturas diferentes riem de coisas diversas. O repetitivo pastelão americano


não encontra entre nós a mesma receptividade da comédia erótica italiana, porque em
nossa cultura a piada deve ser temperada com uma boa dose de sexo e não melada
pelo arremesso de tortas e bolos na face do adversário. Voltando aos japoneses: riem
muitas vezes por questão de etiqueta, mesmo em momentos evidentemente
desagradáveis. Enfim, poderíamos continuar indefinidamente mostrando que o riso é
totalmente condicionado pelos padrões culturais, apesar de toda a sua fisiologia. (Laraia,
Roque de Barros, Cultura: um conceito antropológico. 14.ed. — Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2001. Pág.69)‖.

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2- A partir desse relato do Prof. Roque Laraia sobre o riso, onde mostra que em
diferentes culturas o riso é diferente, descreva ―jeitos‖ de sentar, de falar, de
cumprimentar, vestir ou outros costumes em culturas que você consegue diferenciar.

Valores e a identidade

Quando nascemos não temos noção de certo e errado, nem do que é bonito ou feio.
Também não temos ainda consciência sobre as conseqüências de nossas ações. É
nossa vida no meio de uma família que, por sua vez, compartilha com outras uma
determinada cultura que vai formando nossos valores. Aos poucos, vamos aprendendo o
que em nossa cultura é considerado bonito, bom e correto, e o que é considerado feio,
mau e errado.

Em tribos mais isoladas que não adotam costumes típicos da cidade, as crianças se
apropriam da cultura na medida em que crescem e participam da vida coletiva, enquanto
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que nós, desde criança somos colocados em escolas e outras instituições que nos
transmitem os valores e conhecimentos de nossa sociedade. Em nossa sociedade,
temos espaços como à família, escola, igrejas, clubes de serviço, associações de
moradores, sindicatos, cooperativas e outros espaços que servem para a transmissão
da cultura para cada membro da comunidade. E, aos poucos vamos aceitando ou
questionando o padrão cultural da comunidade ou povo do qual participamos. Quando
muitos começam a questionar o padrão ou começam a adotar outros padrões, a cultura
vai se modificando.

Temos diferentes tipos de valores que nos permitem fazer comparações e opções entre
as coisas e os comportamentos. Temos valores econômicos que nos ajudam a ter
noção de valor de compra e venda de produtos e serviços; temos valores estéticos que
nos permitem definir o que é bonito ou feio para nós; temos valores políticos que nos
permitem definir nossas preferências sobre as formas de governo e outros assuntos
correlacionados; temos os valores morais que definem o que consideramos certo ou
errado nos comportamentos humanos.

Essa variação significa que valores são histórica e geograficamente delimitados, ou seja,
não são universais. Eles nascem em uma determinada região e em determinada época
e vão moldando o modo de viver das pessoas. Ao mesmo tempo, diversos fatores
podem atuar para modificar a cultura local.
Um desastre ecológico como um vulcão, um
terremoto ou tempestades fortes pode
provocar mudanças nos costumes de uma
localidade, pois podem provocar que
multidões tenham de mudar de localidade de
moradia, bem como podem provocar
mudanças econômicas, alterando a
geografia do lugar.

Podem levar a mudar o tipo de agricultura e pecuária que é desenvolvida, além de


provocar outras mudanças. É verdade que alguns valores são mais difundidos e aceitos
em vários países que outros, mas isso pode ser fruto do poder de um povo dominar
outros econômica, política ou culturalmente. Um exemplo é a força política e econômica
da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Seus filmes conseguem penetrar nos
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mercados e até serem a maior parte do que é exibido em cinemas e canais de televisão
no Brasil e em muitos outros países.

Como participamos de forma diferente das culturas, como afirmado anteriormente, e


como as culturas são dinâmicas, ou seja, elas mudam com o tempo, dentro de uma
mesma cultura também podemos ver padrões ou expressões de valores diferentes.

Atividades

Analise o caso apresentado a seguir e responda aos questionamentos propostos:

―Todo sábado à tarde, um grupo de roda de samba apresenta-se no bar do Tadeu. Eles
tocam durante cerca de três horas, com volume alto, e as pessoas que freqüentam o bar
quase sempre exageram na bebida, gritam e deixam sujeira na rua. Imagine que você
mora bem em frente ao bar do Tadeu, e que um dos seus vizinhos de porta, o Josué,
que detesta samba e música alta, está muito zangado com isso que ele chama de ―a
maior bagunça no quarteirão‖. Já o outro vizinho, o Maneco, toca pandeiro na roda de
samba e não agüenta mais as reclamações do Josué. Os dois estão prestes a sair no
tapa e você é amigo/a de ambos.‖

1- Observe que nesse conflito há questões relacionadas aos valores de cada um e


são valores estéticos, econômicos e morais. Pense no melhor que você poderia
fazer para tentar impedir uma briga feia entre o Josué e o Maneco, respeitando ao
máximo os valores, o desejo e o bem estar de cada um.
2- Explique por que essa escolha parece ser para você a melhor possível, isto é: por
que ela poderia acalmar o ânimo dos dois, respeitando valores, desejo e bem
estar de cada um?

3- Você poderia depois apresentar esse caso para outras pessoas e ouvir qual seria
a opinião delas, o que elas fariam.

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Valores morais e ética

O que costumamos chamar de certo e errado é expressão dos valores morais. É


interessante pensar que quase tudo que hoje é considerado certo ou errado em uma
cultura pode ser diferente em outras. Andar com pouca roupa, gritar, dar gargalhadas,
sexo antes do matrimônio, poligamia e tantos outros comportamentos são tratados de
forma diferente dependendo da cultura.

A moral é formada pelo conjunto de hábitos e costumes de um determinado povo ou


comunidade. Esses costumes têm relação com os diferentes fatores (econômicos,
políticos, sociais, religiosos) que já abordamos neste texto. Um povo ou comunidade
pode ter costumes que, em outros povos, podem parecer muito estranhos ou até serem
proibidos.

Podemos ver isso, com muita facilidade, ao observarmos a diferença entre nós
brasileiros de modo geral e povos indígenas ou algumas culturas árabes e orientais. O
uso de roupas pelas mulheres parece ser um bom exemplo, pois enquanto as mulheres
indígenas quase não usam roupas, as mulheres da cidade diferenciam ocasiões em que
se usam mais roupas e outros, como na praia ou piscina onde quase não usam. Já
mulheres mulçumanas em, alguns países usam roupas longas e, inclusive, cobrem os
rostos.

Mesmo numa cultura, podemos ver como os valores morais se modificam ao longo do
tempo. Por exemplo: a forma como namoros e casamentos no interior de Minas Gerais e
de outros estados, sofreu modificações e hoje existem posturas muito mais liberais do
que anteriormente. O modo de produção em uma sociedade, ou seja, o jeito como são
organizadas as estruturas e processos econômicos são condicionantes de valores
morais.

Em nossa sociedade, o modo de produção é o capitalismo que estimula o


individualismo, a competição e o aumento de eficácia, eficiência em função do aumento
da produtividade das empresas. A palavra de ordem no meio das empresas é a
inovação com vistas ao lucro.

Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)


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Isso nos coloca questões sobre os juízos morais que fazemos sobre o comportamento
das pessoas. É possível fazer um juízo sobre o comportamento de alguém que
compartilha nossa cultura e, da mesma forma, julgar um comportamento semelhante de
alguém de outra cultura? Numa cultura, o uso de roupas é considerado sinal de
decência, em outras, não tem nenhuma importância estar ou não vestido. Se isso é
assim, podemos nos perguntar: haveria valores morais universais? Veja esse exemplo
de dois comportamentos apresentados pelo antropólogo Roque Laraia: o
homossexualismo e a prostituição, e como eram vistos em outras culturas diferentes da
nossa. Não eram rejeitados e, pelo contrário, eram valorizados.

Mas, então, tudo é permitido? E se tudo é permitido, como podemos entender, nesse
contexto, a existência de uma Declaração Universal dos Direitos do Homem
(considerando aqui, homem no sentido de humanidade) como foi proclamado em 1948
pela ONU? Aqui temos um exemplo de um conjunto de valores, no que se refere a
direitos das pessoas, que aos poucos, em decorrência da maior interação e integração
internacional, foram sendo compartilhados por diferentes povos. Determinados
comportamentos foram sendo considerados impróprios, e esses valores foram sendo
adotados por diferentes países estabelecendo um padrão moral mundial ou, ao menos,
aceito nos países que assinaram a declaração.

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Atividades

1- Defina Valores morais.

2- Defina ética.

3- De acordo com Roque Laraia, cite dois exemplos de comportamentos e explique.

4- O que fala a Declaração Universal dos Direitos do Homem?

Lei, moral e ética

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Podemos fazer uma distinção importante entre lei, moral e ética. A lei é um costume, um
hábito institucionalizado em uma sociedade. Ela é mais restrita que a moral, pois essa é
composta também por outros costumes que não estão escritos na lei, como por
exemplo, vários costumes sobre namoro, casamento, relações entre pais e filhos,
alimentação e tipos de vestimentas característicos daquela localidade.

A Ética inclui ainda a subjetividade da pessoa, pois não bastaria apenas obedecer aos
costumes para ser ético, mas sim ter uma postura livre, consciente e responsável no
assumir ou se contrapor ao que é a lei e a moral em uma comunidade. Olhando algumas
situações no Brasil, podemos observar comportamentos que estão dentro da lei, mas
que podem ser objeto de avaliação ética. Por exemplo: senadores e deputados federais
podem legislar sobre seus próprios salários e outras formas de receberem dinheiro do
estado.

Ao aprovarem leis que beneficiam a eles, muito acima do que é possível para o conjunto
da sociedade, eles estão fazendo algo que é legal, pois a lei permite, mas certamente
seu comportamento poderia ser considerado não ético. Da mesma forma, podemos ter
comportamentos que contrariem alguma norma ou lei, mas que podem ser considerados
éticos. Por exemplo, alguém que, considerando abusiva alguma lei que aumenta os
impostos em uma cidade ou estado, promove uma mobilização social de desobediência
civil em protesto contra a lei.

Ele não paga o imposto, declara isso publicamente e incentiva outros a entrarem no
movimento. Essa postura pode ser julgada como ilegal, porém pode ser perfeitamente
ética.O que é um comportamento ético? Como analisar se um comportamento foi ou não
ético. O que deveria ser o objeto da ética, ou seja, o que deveria definir os princípios
para conduzir nosso comportamento teve diferentes respostas na tradição filosófica

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Poderíamos ainda listar várias outras
posturas éticas construídas na história
da filosofia e que mostram que é um
assunto controvertido e polêmico. As
definições aqui apresentadas nos
permitem pensar em nossos
comportamentos diante do que é considerado o certo ou o legal em nossas cidades,
estados e no Brasil como um todo.

Em nossa sociedade, a educação em diferentes níveis, está normalmente preocupada


com a formação moral dos cidadãos, que consistiria em formar pessoas que respeitem
as leis e que andem conforme os costumes. Isso não está propriamente errado, mas é
insuficiente, pois precisamos de algo mais que cidadãos ajustados às regras da
sociedade.

Em muitas situações precisamos é de pessoas que estejam tão indignadas com a forma
como a sociedade, inclusive as leis e costumes, estão organizados, que possam se
insurgir contra tudo aquilo que mesmo sendo moralmente aceito, mesmo estando
legalizado, precisa ainda ser ético. Existe a necessidade de educar as novas gerações e
nós mesmos para uma postura mais arriscada de criação de novos costumes e novos
valores para gerar uma sociedade diferente da que está aí, pois os dados econômicos e
sociais mostram que é muito injusta e desigual.

Atividades

1- Com suas palavras, procure fazer mostrar a diferença entre a moral e a ética.

2- A partir do que foi apresentado nessa unidade, percebemos que o que nos
identifica como um grupo, comunidade e povo é fruto de influência de diferentes
fatores e que isso acontece por meio de processos historicamente construídos.

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3- Leia o texto a seguir e analise as alternativas a seguir como corretas ou erradas.

a- De acordo com o texto da filósofa Brasileira Marilena Chauí, em que explica o que
seria um agente ético com consciência moral e responsável pelos seus atos,
pode-se afirmar que:

( ) Alguém tem uma conduta ética quando obedece rigorosamente às leis e normas
existentes sem questionar as mesmas.
( ) Não se pode julgar eticamente alguém que cumpre fielmente a lei.
( ) A conduta ética é aquela que é feita com consciência e responsabilidade.
( ) Não há relação entre consciência e responsabilidade na conduta moral, pois o
importante é o agente ético.
( ) As conseqüências das condutas não devem ser parâmetros de avaliação para julgar
a conduta ética.

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CAPÍTULO II:
2º BIMESTRE
Princípios e valores
éticos: Dignidade
humana/Viver e morrer
nas religiões

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2.1 Dignidade humana: Respeito e convivência

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Atividades

Leia os documentos a seguir para responder às questões propostas.

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1- Sobre a notícia, faça o que se pede.

a- Grife no texto a denúncia apresentada.


b- Quais direitos humanos estão sendo desrespeitados?

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2- Sobre o infográfico, responda:

a- Quais são as informações apresentadas no infográfico?

b- Quais direitos humanos estão sendo desrespeitados?

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3- De acordo com a notícia, faça o que se pede.

a- Grife no texto as denúncias apresentadas.

b- Quais direitos humanos estão sendo desrespeitados?

c- O que é o CIAPPI? Qual é a importância da sua atuação na questão


apresentada?

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4- Com base na análise dos documentos e nos registros das respostas, discuta com
os colegas as seguintes questões e anote suas conclusões.

a- De que maneira as realidades apresentadas nos documentos estão relacionadas


ao tema do respeito à vida e à dignidade humana?

b- O que os grupos representados nos documentos têm em comum?

c- De que forma podemos colaborar para que a realidade dos grupos apresentados
seja diferente?

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RESPEITO

Durante uma era glacial bem remota, grande parte do planeta se achava coberto por
densas camadas de gelo. Muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram
indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e
sobreviver, começaram a se unir, a juntar-se mais e mais. Bem próximo um do outro,
cada qual podia sentir o calor do corpo do outro. E assim bem juntos, bem unidos,
agasalhavam-se mutuamente. Assim aquecidos, conseguiam enfrentar por mais tempo
aquele inverno terrível.

Porém, os espinhos de cada um começaram a incomodar, a ferir os companheiros mais


próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor. Feridos, magoados e
sofridos começaram a afastar-se. Por não suportarem mais os espinhos dos seus
semelhantes, eles se espalharam.

Novo problema: afastados, separados, começaram a morrer congelados.

Os que sobreviveram ao frio, voltaram a se aproximar, pouco a pouco. Com jeito e


precauções. Unidos novamente, mas cada qual conservando uma certa distância do
outro. Distância mínima, mas suficiente para conviver, sem ferir, para sobreviver sem
magoar, sem causar recíprocos sofrimentos. Assim agindo, eles resistiram à longa era
glacial. Apesar do frio e dos problemas, conseguiram sobreviver.

Atividades

1. O que é respeitar para você?

2. O que é respeitar: Em casa? Na Escola? Na cidade? Na Igreja?


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3. É possível conviver em qualquer lugar com outras pessoas sem que haja regras?
Explique? Comente.

4. Qual o título do texto? Qual outro título você daria para este texto?

5. Qual o objetivo da união dos porcos espinhos?

6. Por que alguns porcos espinhos começaram a morrer de frio?

7. Qual a solução encontrada pelos porcos espinhos para sobreviver ao frio?

Aceitar, respeitar e celebrar as diferenças

Existe uma verdade universal incontestável desde que o mundo foi criado, e aposto
como você concorda com ela: absolutamente ninguém é igual a ninguém, seja física,
emocional ou espiritualmente. Os seres humanos foram criados com características
ímpares, únicas, cada qual indispensável para o curso da humanidade. Não é, portanto,
sábio e nem justo as pessoas fazerem comparações acerca de seus atributos, opiniões
e crenças.

É da natureza do ser humano fazer determinadas comparações, afinal, em alguns


aspectos elas são importantes para que seja possível julgar aquilo que é bom ou não
para nós, por exemplo, as comparações de preço, as comparações entre um estilo de
música, de roupa, de comida. Ou seja, em determinadas situações, a comparação é
necessária para que se façam escolhas e julgamentos. O problema da comparação
surge quando as pessoas passam a fazer competições com base em suas diferenças,
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tentando provar que a própria opinião é a única aceitável, e que o pensamento alheio é
reprovável.
Quando nos comparamos demais aos outros, ficamos a um passo de nos sentirmos
fracassados, inferiores e frustrados, pois sempre haverá diferenças, e sempre haverá
qualidades nos outros que não enxergamos em nós mesmos. Ou, em outra análise,
podemos começar a nos sentir superiores, o que também não é nada saudável. Três
passos importantes para que aprendamos a viver bem com nossos semelhantes:

1. Aceitar as diferenças - Um dos maiores desafios está na aceitação às diferenças


que existem entre as pessoas, e essas diferenças são imprescindíveis para o progresso
tanto individual quanto coletivo dos seres humanos. Muitas vezes, desavenças surgem
de forma devastadora quando as pessoas não conseguem aceitar que a opinião ou as
características do outro são naturalmente diferentes. Assassinatos e até guerras são
comuns por causa dessa não aceitação das diferenças.
2. Respeitar as diferenças - Não aceitar a opinião do outro é normal e até mesmo
saudável para o progresso da humanidade. Precisamos ter nossos próprios pontos de
vista, mas também podemos crescer ao ponderar sobre aquilo que as outras pessoas
pensam, e temos todo o direito de não concordar com o que o outro pensa ou diz, temos
o direito, inclusive, de defender nossos pensamentos, mas existem maneiras e maneiras
de se fazer isso. Eu posso muito bem ter o desejo de mostrar por que acredito que Deus
existe, mas não preciso reprovar o ateísmo ou ofender os ateus. E se os ateus
pretendem defender suas próprias crenças, eles não precisam atacar aqueles que
seguem acreditam em Deus. O homem tem o livre arbítrio, e pode acreditar no que
quiser, mas mostrará que tem bons princípios se souber medir a ―força‖ de suas
palavras antes de atingir seu semelhante, mensurando suas atitudes em relação às
diferenças alheiras.
3. Celebrar as diferenças - Que graça haveria se todos fossem iguais? Fico realmente
indignada ao pensar que algumas pessoas se acham superiores por ser de certo nível
social ou ter determinada profissão, ao passo que outras não tiveram uma formação
acadêmica e têm trabalhos ―humildes‖. Por acaso o médico que tem tanto dinheiro não
precisou de um grande e experiente pedreiro? Se houvesse superioridade, então um
não precisaria do outro. Uma única pessoa faria tudo sozinha. Temos muito que
aprender uns com os outros e, com freqüência, permitimos que barreiras criadas por nós
mesmos nos impeçam de desfrutar o convívio com pessoas que seriam uma grande

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bênção em nossa vida. Enfim, antes de julgar nossos semelhantes, que possamos
pensar que ele não é e nunca vai ser igual a mais ninguém. Antes de criticá-lo
cruelmente, que tentemos compreender seu ponto de vista. E antes que façamos
comparações injustas, que possamos enxergar em nós e em nossos semelhantes os
atributos que tornam o mundo tão cheio de riquezas e diversidades. E aquilo com o que
não concordamos que possamos ao menos respeitar para que possamos ser
respeitados quando as nossas idéias também não forem as únicas.

Atividades

1- A que verdade universal incontestável o texto se refere?

2- Que comparação o texto diz que não é justa?

3- Segundo o texto, qual é o problema da comparação?

4- Quais são os três passos importantes para que aprendamos a viver bem com
nossos semelhantes?

5- Que exemplo de opiniões diferentes sobre religião é citadas no texto?

6- O que é livre arbítrio?

7- Quando o autor diz que o homem mostra que tem bons princípios?

8- Que prova é dada no texto de que não existe superioridade?

9- O que a autora de que temos que fazer antes de julgar , criticar, fazer
comparações injustas contra os nossos semelhantes?

10- Complete:
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a- É da natureza do ser humano fazer determinadas _____________, afinal, em
alguns aspectos elas são importantes.
b- Quando nos comparamos demais aos outros, podemos nos sentir fracassados,
inferiores e frustrados, pois sempre haverá______________________ e sempre
haverá ______________________nos outros que não enxergamos em nós
mesmos. Ou, em outra análise, podemos começar a nos
sentir__________________, o que também não é nada saudável.
c- Um dos maiores desafios nos relacionamentos está na __________________às
diferenças
d- As diferenças são imprescindíveis para o _______________ tanto individual
quanto coletivo dos seres humanos. Aprendemos porque vemos o diferente
e- Muitas vezes, desavenças surgem quando as pessoas não conseguem
______________que a opinião ou as características do outro são naturalmente
diferentes.
f- Assassinatos e até _________________são comuns por causa dessa não
aceitação das diferenças.
g- Não aceitar a opinião do outro é _______________e até saudável para o
progresso da humanidade. Precisamos ter nossos próprios pontos de vista, mas
também podemos crescer ao ponderar sobre aquilo que as outras pessoas
pensam.
h- Temos todo o ________________de não concordar com o que o outro pensa,
mas temos que respeitar seu ponto de vista.
i- E aquilo com o que não concordamos que possamos respeitar para que
possamos ser respeitados quando as nossas ideias também não forem as únicas.

Respeitar as diferenças

Só respeitando as diferenças se consegue afastar o fantasma do preconceito e formar


jovens mais tolerantes Muitos professores que trabalham em escolas públicas de
periferia comentam que as turmas, com o passar dos anos, vão "clareando". Grosseira,
a expressão indica que há menos alunos negros na 7ª e 8ª séries do que na 1ª.

A cruel constatação, no entanto, não significa o reconhecimento de que existe


preconceito na escola. Pesquisa realizada pela professora Irene Sales de Souza, da
Universidade Estadual Paulista, em Franca, mostrou que 83% dos 200 entrevistados
negaram já ter presenciado situações de discriminação no ambiente escolar, apesar de
todos serem unânimes em afirmar que existe racismo no Brasil! Por isso, está mais do
que na hora de abordar essa difícil questão em sala de aula e evitar que mais crianças

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(sobretudo da raça negra) desistam de estudar. "A discriminação afeta a autoestima do
estudante. Isso se reflete no aprendizado e é uma das causas da evasão", confirma a
pesquisadora Ana Maria de Niemeyer, professora do Departamento de Antropologia da
Universidade Estadual de Campinas.
Lutar contra o preconceito é uma decisão que precisa ser encampada pela coletividade,
não é uma responsabilidade só de quem é discriminado. "Se a intervenção não é feita,
sempre haverá problemas para a sociedade como um todo", analisa a consultora
educacional Isabel Santos, do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e
Desigualdades. Para combater essa triste realidade, a instituição está promovendo o
prêmio Educar para a Igualdade Racial, que valoriza iniciativas criativas, desenvolvidas
dentro da escola, com o objetivo de promover a pluralidade cultural e acabar com o
racismo.

Pluralidade Cultural Tema: Aceitação da diversidade Objetivo: Conhecer as várias etnias


e culturas, valorizá-las e respeitá-las. Repudiar a discriminação baseada em diferenças
de raça, religião, classe social, nacionalidade e sexo. Reconhecer as qualidades da
própria cultura, exigir respeito para si e para os outros. É preciso repudiar todo e
qualquer tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de cultura, raça, classe
social, nacionalidade, idade ou preferência sexual, entre outras tantas.

Atividades

1- De acordo com o texto, como pode se conseguir afastar o preconceito e formar


jovens mais tolerantes?

2- Na pesquisa apresentada no texto acima, o que significa dizer que as turmas de


7º e 8º , com o passar dos anos, vão "clareando"?

3- Segundo a pesquisa por que é importante abordar a questão da discriminação na


escola?

4- Qual é o objetivo do estudo da pluralidade cultural nas escolas?

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5- Sobre a pesquisa acima, marque as conclusões apresentadas:

Convivência consigo mesmo

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Atividades

1- Faça uma lista das suas virtudes e defeitos.

2- O que você pode fazer para melhorar quanto aos seus defeitos?

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Atividades

1- Com que freqüência você costuma olhar para si


mesmo?

2- O que tem orientado a sua vida?

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Atividade

1- Reúna-se em grupo com alguns colegas para preencher o quadro a seguir.

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2- Reflita com o grupo quais contribuições dos princípios do Caminho Óctuplo do
budismo podem servir para melhorar a convivência humana. Anote a resposta e,
depois, apresente-a para a turma.

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Atividade
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1- Relacione o trabalho desenvolvido na Fazenda da Esperança com o tema
―misericórdia, religiões e convivência‖. Cite trechos do texto para justificar sua
resposta.

2- A vida é um bem precioso e sagrado. Existem situações que colaboram para a sua
preservação, outras contribuem para a sua desvalorização. Observe as imagens e
escreva abaixo de cada uma se correspondem à valorização ou à desvalorização da
vida.

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3- A violência contra a mulher é um problema que ocorre há muito tempo em várias
sociedades. Apesar de estar sendo combatido, esse fato, que revela a
desvalorização da vida, ainda é muito comum nos dias de hoje. Que tal contribuir
para combater essa violência?

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4- Marque V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas a seguir.

( ) Somente os ensinamentos de Jesus Cristo valorizam a vida.


( ) Entre os mandamentos de Jesus, nenhum se refere à valorização da vida.
( ) ―Não matarás‖ é um mandamento bíblico que valoriza a vida.
( ) Dentre os objetivos dos seguidores do budismo estão a preservação e a valorização
da vida.
( ) A valorização da vida é praticada por muitos seguidores do espiritismo,
especialmente por meio da prática da caridade.
( ) A trajetória e a atuação política do líder hindu Gandhi não se relacionam à
valorização da vida.

5- Leia a reportagem a seguir.

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Agora, responda a estas questões:

a- O que significa a expressão ―não passar em branco‖?


b- De acordo com o texto, por que Gandhi não "passou em branco‖ neste mundo?
c- Quais foram os conceitos filosóficos e religiosos que Gandhi usou na luta pela
independência da Índia?
d- Você concorda que o ideal da não violência e da busca pela verdade pode ser
considerado um dos grandes legados de Gandhi? Anote as conclusões.

6- Releia este trecho da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

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a- Encontre, em jornais e revistas, duas imagens que representem esses direitos
humanos e cole-as nas molduras a seguir.

b- Como esses direitos humanos se relacionam com a dignidade e com a


valorização da vida?

7- A misericórdia pode ser entendida como o ato de contribuir para o bem das
pessoas que mais necessitam. Ela também pode auxiliar na manutenção da vida
e da dignidade humana. Explique de que modo as religiões compreendem a
misericórdia.

a- Islamismo:

b- Cristianismo:

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c- Budismo:

Leia o trecho a seguir:

8- De acordo com o texto lido, por que é importante preservar e valorizar a


natureza?

2.2 Mitos de origem da vida

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Atividades

1- Pesquise a história da mudança das construções tumulares do Egito Antigo e


complete o quadro a seguir.

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2- Agora, responda às questões sobre as estruturas tumulares que você pesquisou.

a- O que há em comum entre as três estruturas tumulares?

b- Comparando os três modelos de estrutura tumular, indique quais foram às


alterações nas construções ao longo da história.

c- Qual era a função das pirâmides egípcias?

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Atividades

1- Observe as imagens a seguir e, com base nos textos sobre as sepulturas


egípcias e greco-romanas da Antiguidade, responda às questões.

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a- Quais influências das sepulturas greco-romanas podemos observar na imagem
1? Podemos afirmar que os objetivos das construções são semelhantes?

b- Compare as estruturas tumulares dos faraós apresentadas anteriormente com as


imagens 1 e 2 e descreva a relação entre as construções e as demonstrações de
poder (econômico ou político) e de afeto. Cite elementos das sepulturas dos
faraós e das apresentadas nas imagens 1 e 2 para justificar sua resposta.

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Atividades

Releia com atenção as duas narrativas míticas.

1- Escolha uma das narrativas e, em uma folha de papel, faça um desenho que a
represente.

2- Inclua no seu desenho um trecho que chamou a sua atenção.

3- Compartilhe seu desenho com os colegas e explique a eles sua escolha

4- Discuta com os colegas as semelhanças e as diferenças entre os documentos


1 e 2. Depois, anote no caderno as conclusões da turma.
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Atividades

Leia o texto a seguir e, depois, responda às questões.

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1- No texto, sublinhe as passagens que demonstrem a afirmação ―tudo o que existe
é graças à vontade de Deus‖.

2- Retome os mitos de origem apresentados nas páginas acima e analise se existem


semelhanças entre eles e o trecho bíblico apresentado. Caso haja, descreva-as
no caderno.

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Ano de 2020
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Atividade

1- Fale um pouco da origem da vida segundo a ciência.

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2.3 Mitos de origem da morte

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Ano de 2020
80
Atividades

As imagens a seguir são representações artísticas da morte em duas culturas. Observe-


as e, depois, responda às questões.

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1- Que animais estão no rosto do deus Supay? A quais sensações ou sentimentos
eles podem ser associados?

2- Os elementos do rosto de Supay não são os mesmos de uma pessoa comum.


Quais impressões eles despertam em vocês? O que vocês acham que eles
podem significar?

3- Na escultura, Tânato tem asas e carrega uma espada. Que impressões esses
elementos despertam em vocês? O que vocês acham que eles podem significar?

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2.4 Ritos fúnebres

Atividades

1- Discuta a importância do luto e do funeral para a expressão e a superação do


sofrimento. Escreva sobre suas crenças religiosas a respeito dos rituais fúnebres,
observando as diferenças e as semelhanças entre eles.

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Atividades

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1- Podemos afirmar que o sepultamento de Jesus foi típico dos enterros judeus?
Justifique sua resposta citando trechos da Bíblia

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Atividades

1- Complete o quadro abaixo indicando a cultura a que cada elemento pertence e o


seu significado nos rituais mortuários.

Leia o trecho abaixo:

2- Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o funeral é um elemento essencial à


dignidade humana. Com base nos seus conhecimentos sobre as religiões e os
direitos humanos, por que a celebração da morte é importante para as culturas e
religiões?

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2.5 Atitudes diante da morte

Atividades

1- De acordo com o filósofo Edgar Morin, qual é a origem da angústia do ser


humano diante da morte e como lidamos com ela?

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2- A respeito das práticas mortuárias da Antiguidade, assinale as alternativas
corretas.

3- Explique, brevemente, a função dos mitos para as diferentes sociedades


humanas.

4- Quais são as diferenças entre a explicação científica e a religiosa para o


surgimento da vida humana?

5- Para os primeiros grupos humanos, os ritos fúnebres faziam parte de momentos


de conexão com aqueles que partiram e seus elementos tinham grande
simbologia. Um exemplo era a produção de totens, ou seja, representações de
animais e plantas que evidenciavam as qualidades do falecido e o seu
pertencimento familiar.

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De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, responda às questões.

a- Como eram os ritos fúnebres realizados pelos primeiros homens modernos?

b- Observe a imagem de totens da cultura indígena da região de Vancouver, no


Canadá. Com base nessas representações, ilustre um totem em uma folha à
parte. Para produzi-lo, selecione animais ou plantas que representem
qualidades como força, coragem e sabedoria.

6- Em 2 de novembro, é celebrado no Brasil o Dia de Finados. Nessa data, as


famílias se reúnem para homenagear os mortos e, em geral, visitam os
cemitérios, limpam os túmulos, levam flores e fazem agradecimentos e preces
para aqueles que já se foram. Leia os textos a seguir sobre o Kuarup (também
chamado Kwaryp ou Quarup), uma celebração de povos indígenas da região do
Parque Indígena do Xingu, e outro sobre o Dia dos Mortos, no México.

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a- A respeito do Kuarup, assinale V nas afirmações verdadeiras e F nas falsas.

b- Explique o Dia dos Mortos de acordo com a cosmovisão indígena.

c- O que significa dizer que o Dia dos Mortos no México é um ritual em que a
recordação se sobrepõe ao esquecimento?

d- De que forma os seus familiares homenageiam a memória das pessoas que já se


foram?

e- Essa celebração está relacionada a alguma religião? Se sim, a qual?

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f- Quais são as semelhanças e as diferenças entre essa celebração e as tradições
apresentadas nos textos?

7- Um dos principais símbolos do Dia dos Mortos no México são as caveiras.


Frequentemente, elas são representadas com enfeites coloridos que remetem a
flores, pedras preciosas e outros elementos da natureza. Decore a ilustração a
seguir e depois apresente sua arte aos colegas.

8- Você estudou sobre práticas de sepultamento e ritos funerários de diversas


religiões e povos em tempos e espaços diferentes. Mas você já parou para
pensar na época em que não havia cemitérios? Onde os corpos eram
sepultados? Leia o texto a seguir para saber mais sobre o assunto.

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a- Como as pessoas eram sepultadas no Brasil quando não havia cemitérios?

b- Por que a autora afirma que a vida era pior quando não havia cemitérios?

9- Preencha a cruzadinha sobre o conteúdo estudado neste capítulo.

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2.6 Conceitos de finitude e transcendência e seus sentidos para a vida

Uma porção de questionamentos aparecem: o que é finitude? O que é morrer? Morrer é


destruição na certa? Ter fim é aniquilação do ser, do que somos, das coisas que
amamos? Afinal, na morte, a essência do ser, chamada de "alma", se separa do corpo
para sobreviver além da destruição?

O ser humano sobrevive de alguma forma? E, se sobrevive para além da morte, para
onde vai a essência que sobrevive? Como é que o ser humano descobriu que tem fim?
E a eternidade, o que é afinal? Que tipo de relações os seres humanos "finitos" vem
tendo ao longo da história com aquilo que chamamos Eternidade, Infinito?

Que relação existe entre finitude e eternidade? Da finitude algumas idéias apontam para
o ser que acaba, que deixa de existir, é o fim de tudo, é o fim das atitudes, fim do
dínamo vital, fim da comunicação e da relação humanas, é ainda um processo
progressivo de desarticulação celular da vida biológica que inviabiliza manifestações
das outras dimensões da vida e o que a anima.

E quanto à eternidade aparecem conceitos mais dinâmicos atualmente. Por exemplo:


Plena abertura do ser, não significa conservar algo para sempre, não significa entrada
"permanente num paradeiro", visa contínuas superações, é crescimento continuado,
eternidade é dinâmica, rica em movimentos, é identificada como "dança da vida", "entrar
na alegria do seu senhor", "é festiva", "é um acerto de contas bem humorado", é
"entrada do permanente" e "entrada no que permanece".

Por fim, esta relação desemboca nas dimensões mais observáveis de corpo e alma,
levantando questões como: será que a alma ou princípio vital se separa do corpo na
morte? Ou será que a morte "vence", acabando com tudo que foi a pessoa? Alguns
físicos e antropólogos com a ajuda da antropologia cósmica de Teilhard de Chardin vêm
estruturando um pensamento e algumas conclusões devem ser levadas a sério.

Assim, perguntam eles, a morte não seria um processo no qual o corpo vai se
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espiritualizando e o espírito vai se corporificando em outras dimensões desconhecidas
pela ciência dita tradicional? Não seriam os movimentos vitais, compostos de matérias
que vão se imaterializando e anti-matérias que vão se materializando? Existe ao menos
um diálogo...

O que diz a finitude para a eternidade? Ou, o que tem dito o "aqui e agora" para o
"além-futuro e ainda não"? O diálogo entre finitude e eternidade está claramente
centrado na esperança ou nas esperanças dos seres humanos para além das
aparências vividas na dimensão finita, com enorme desejo e ânsia de serem reveladas
na dimensão infinita. Aguarda-se na verdade, infinitos processos que não se esgotam e
vão transformando as dimensões dos seres.

A última esperança, é que a própria "morte" se transforme em fonte reveladora de vida,


de manutenção da vida, de geradora de mais vida! Muitas tradições e experiências
mitológicas, religiosas e filosóficas vão se referindo ao "ser humano imortal".

Apenas mencionar algumas, vejamos:

A) Ser imortal na Mitologia: Na tradição Afro-brasileira aparece o Deus da criação, os


grandes espíritos; na tradição Asteca aparecem os Quatro-Sóis, o Deus-Guia, o Último
Ano; na tradição Celta aparece o Deus Supremo, O Deus Eficaz, Os sacerdotes
agentes; na tradição Chinesa aparece o Império do Meio, O Caos, O Ser Superior, A
Sereia; na tradição Egípcia, aparece O Sol, Ordem Universal, Osíris, O Faraó; na
tradição Eslava, encontram-se A Sorte, Espíritos das Florestas, Demônios, o Urso; na
tradição Indígena Brasileira, aparece, O Dilúvio, Inscrições fenícias, talvez a presença
de Alexandre, o Grande Fenício, A origem dos Brancos para os Índios, O Dilúvio
Caingangue; na tradição Indígena Norte-Americana aparece a Mãe-Terra, Ameaça das
Águas, A Seca, As Ervas e o Cachimbo Mágico.

B) Ser Imortal na Religião: na tradição do Totemismo, aparece o Tabu e as


Proibições; na tradição do Animismo aparece O Feitiço e Alma Imortal; na tradição do
Vedismo aparece o Licor da Imortalidade e o Único Deus; na tradição do Bramanismo
aparece O Carma e a Salvação; na tradição do Hinduísmo aparece o Ser Universal; na
tradição do Budismo aparece O Nirvana e o Culto aos Antepassados; na tradição do
Taoísmo aparece a Eterna Juventude e o Elixir da Vida; na tradição do Xintoísmo
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aparece o Deus-Sol; na tradição do Judaísmo Deuses da Natureza; A Fala de Deus
(Bíblia), O Casal Divino, Condenados à Morte, O Messias; na tradição da Cristianismo
aparece O Filho de Deus, A Ressurreição de Lázaro; na tradição do Islamismo aparece
A Punição do Túmulo; na tradição do Protestantismo, aparece a Alma Imortal e o
Inferno; na tradição do Espiritismo, aparece a Comunicação com os Mortos, a
Reencarnação, a Evolução Científica da Religião e a Relação com o Outro Lado.

C) O Ser Imortal na Filosofia: Em Platão, aparece a Alma Imortal, o Mundo das Ideias
e o Inferno numa relação de sabedoria; Em Aristóteles, aparece o Deus Eterno e a
Sorte; Em Tomás de Aquino aparece Deus Inato a Todos e um Guia Natural; Em
Descartes, aparece a Eterna Existência e A Indiferença de Deus; Em Espinosa, aparece
a formulação Deus é Matéria, Panteísmo e Corpo e Alma são Individualidades; Em
Giordano Bruno aparece a Natureza Divina, Deus é Imanente, O Universo é o Próprio
Deus; Em Augusto Comte, aparece O Espírito Positivo Matemático, Visava substituir
Deus pela Humanidade Positiva em Estado Puro; Em Schelling aparece o Deus Artista
Inesgotável, Volta ao Absoluto Divino, a Nostalgia do Princípio; Em Kierkegaard,
aparece a Eternidade de Deus como algo Totalmente Incompreensível; Em Pascal,
aparece A Fé que deve ser Reconhecida, A Decisão a Favor ou Conta Deus ou ainda
Ser Indiferente a Deus; Em Berkeley, aparece o Imaterialismo, Deus é encarregado de
explicar tudo, pois o Universo fala de Quem o Criou; Em Nietzsche, aparece A
Imortalidade, A Sobrevivência na chave do Eterno Retorno; Em Dante, aparece a Vida
Eterna, distribuída em três partes: Purgatório, Inferno e Paraíso, numa perspectiva de
equilíbrio entre o Poder Temporal e Poder Espiritual; Em Bergson, está a noção de
Evolução Criadora e Liberdade Sempre Manifesta; Em Whitehead, aparece A Força
Criadora como Determinante das Coisas do Universo; Em Teilhard de Chardin, aparece
o Cristo Evoluidor; Em Levinas aparece a Alteridade em Infinitas Aberturas e em Viktor
Frankl aparece o Deus Reprimido no Inconsciente. A questão é: o que nos revelam
estas diversas tradições e experiências? Parecem revelar que em cada uma delas
existem lampejos ou intuições que tentam explicitar a presença da força da eternidade.
Revelam ainda que em todos os tempos, raças e culturas existiram descrições daquilo
que chamamos eternidade ou "além".

Mas, a origem destas imagens, é o imaginário das pessoas? Elas teriam algo a ver
apenas com os intrincados mecanismos psicológicos ligados, sobretudo ao instinto de

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sobrevivência e do medo da morte? O "aqui e agora" (presente-finito) dialoga com o
"além-futuro" (futuro-infinito): o que diz a Finitude para a Eternidade?

A Finitude diz para Eternidade: ―Tenho medo; não consigo controlar o que não conheço
o que virá depois da morte real‖? Mas aparece a Tanatologia com as cinco fases e as
Experiências de Quase Morte (EQM) ou Near Death Experiences (NDE) e os Níveis de
Eternidade em pontos "A" e "B" para o finito e "AB" para o infinito (não havendo tempo,
nem espaço), esta nova ciência facilita compreensão. Esperanças e Utopias Humanas:
do ser humano finito à eternidade misteriosa (da qual pouco se sabe).

O modelo antropológico multidimensional auxilia na compreensão do que é o ser


humano em suas várias dimensões. Nossos antepassados sobrevivem em nossas
memórias. "Os mortos reentram (reencarnam) no mundo" afirmam os espiritualistas
(mundo das idéias); "Os mortos ressuscitam" (morrem, se transformam e entram em
novas dimensões da vida), afirmam os cristãos.

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Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas?

Carolina Nascimento

De maneira geral, cristãos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a


ressurreição. Já os espíritas crêem na reencarnação: o espírito retorna à vida material
através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas
doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou
vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro
sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o
homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.
Filosofia
A sobrevivência do espírito humano à morte do corpo físico e a crença na vida e no
julgamento após a morte já era encontrada na filosofia grega, em especial em
Pitágoras, Platão e Plotino. Já Sartre, filósofo francês, defendia que o indivíduo tem
uma única existência. Para ele, não há vida nem antes do nascimento e nem depois da
morte.
Doutrina niilista
Sendo a matéria a única fonte do ser, a morte é considerada o fim de tudo.
Doutrina panteísta
O Espírito, ao encarnar, é extraído do todo universal. Individualiza-se em cada ser
durante a vida e volta, com a morte, à massa comum.
Dogmatismo Religioso
A alma, independente da matéria, sobrevive e conserva a individualidade após a morte.
Os que morreram em 'pecado' irão para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as
delícias do paraíso.
Budismo
O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em
outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de
acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até
que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei
de causas e efeitos). A depender do seu carma, a pessoa pode renascer em seis
mundos distintos: reinos celestiais, reinos humanos, reinos animais, espíritos guerreiros,
espíritos insaciáveis e reinos infernais. Estes determinam a Roda de Samsara, ou seja,

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o transmigrar incessante de um mundo a outro, ora feliz e angelical, ora sofrendo
terríveis torturas, brigando e reclamando. Em qualquer um destes estágios as pessoas
estão sujeitas a transformações. De acordo com o Livro Tibetano da Morte, existem 49
etapas, ou 49 dias, após a morte. Os monges oram para que as pessoas atinjam a
Terra Pura - lugar de paz, tranqüilidade e sabedoria iluminada - ou renasçam em níveis
superiores. Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo
ignorância, sede de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos
homens. Para isso, a doutrina budista ensina a evitar o mal, praticar o bem e purificar o
pensamento. O leigo deve praticar três virtudes: fé, moral e benevolência. Para eles,
todo ser humano é iluminado, embora não tenha consciência disso.
Hinduísmo
A visão hindu de vida após a morte é centrada na idéia de reencarnação.
Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e
atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de
outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação
corresponde uma reação - Lei do Carma. Enquanto não atingimos a libertação final -
chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é
denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação.
No hinduísmo, a alma pode habitar 14 níveis planetários distintos (chamadosa
Bhuvanas) dentro da existência material, de acordo com seu nível de consciência.
Quando se liberta, a alma retorna ao verdadeiro lar, um mundo onde inexistem
nascimentos e mortes.
Os hindus possuem crenças distintas, mas todas são baseadas na idéia de que a vida
na Terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos.
Islamismo (Religião Muçulmana)
Para o islamismo, Alá (Deus) criou o mundo e trará de volta a vida todos os mortos no
último dia. As pessoas serão julgadas e uma nova vida começará depois da avaliação
divina. Esta vida seria então uma preparação para outra existência, seja no céu ou no
inferno. Quando a pessoa morre, começa o primeiro dia da eternidade. Ao morrer, a
alma fica aguardando o dia da ressurreição (juízo final) para ser julgado pelo criador. O
inferno está reservado para as almas 'desobedientes', que foram desviadas por
Satanás. No Alcorão, livro sagrado, ele é descrito como um lugar preto com fogo
ardente, onde as pessoas são castigadas permanentemente. Para o paraíso, vão as
almas que obedeceram e seguiram a mensagem de Alah e as tradições dos profetas

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(entre eles, os cinco principais: Noé, Abrão, Moisés, Jesus filho de Maria e Mohammed).
No Alcorão, o paraíso é descrito como um lugar com rios de leite, córregos de mel e
outras belezas jamais vistas pelo homem.
Espiritismo
Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela
reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente.
Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das
inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não
como criador de pessoas boas ou más. Deus criou os espíritos simples e ignorantes,
sem discernimento do bem e do mal. Quem constrói o céu e o inferno é o próprio
homem. Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para
evoluir. A morte seria apenas a passagem da alma do mundo físico para a sua
verdadeira vida no mundo espiritual. E mesmo no paraíso, acredita-se que o espírito
esteja em constante evolução para o seu aperfeiçoamento moral.
As almas dos mortos ligam-se umas às outras, em famílias espirituais, guiadas pela
sintonia entre elas. Conseqüentemente, os lugares onde vivem possuem níveis
vibratórios diferentes, sendo uns mais infelizes e sofredores, e outros mais felizes e
plenos. Muitas escolas espiritualistas - não todas - defendem a idéia da sobrevivência
da individualidade humana, chamada espírito, ao processo da morte biológica,
mantendo suas faculdades psicológicas intelectuais e morais.
Igreja evangélica
Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação (céu ou
inferno) e na eternidade da alma. A diferença é que o morto faz uma grande viagem e a
ressurreição só acontecerá quando Jesus voltar à Terra, na chamada 'Ressurreição dos
Justos', ou, então, aqueles que forem condenados terão uma nova chance de
ressurreição no 'Julgamento Final'. Os que morrerem sem Cristo como seu Deus
também receberão um corpo especial para passar a eternidade no lago de fogo e
enxofre.
Igreja Adventista do Sétimo Dia
Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, os mortos dormem profundamente até o momento
da ressurreição. Quem cumpriu seu papel na Terra recebe a graça da vida eterna, do
contrário desaparece.
Igreja Batista
Crêem na morte física (separação da alma do corpo físico) e na morte espiritual

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(separação da pessoa de Deus). Os que, após a morte física, acreditam ou passam a
confiar em Jesus Cristo, vão para o Paraíso onde terão uma vida de paz e felicidade.
Com a morte espiritual, a alma vai para o Inferno para uma vida de angústia, sofrimento,
dor e tormentos.
Catolicismo
A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um
Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares.
A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê
na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que
morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em
vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e
participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for
condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem
purificadas e vão para o purgatório, que não é um lugar, e sim uma experiência
existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois
do Juízo Final, justos e pecadores serão separados para a eternidade. Deus julga os
atos de cada pessoa em vida de acordo com a palavra que revelou através de Seu
Filho, com os ideais de amor, fraternidade, justiça, paz, solidariedade e verdade.
Judaísmo
O judaísmo crê na sobrevivência da alma, mas não oferece um retrato claro da vida
após a morte, e nem mesmo se existe de fato.
O judaísmo é uma religião que permite múltiplas interpretações. Algumas correntes
acreditam na reencarnação, outras na ressurreição dos mortos. Enquanto a
reencarnação representa o retorno da alma para um novo corpo, a ressurreição é
definida como o retorno da alma ao corpo original.
Para os judeus, a lei permite à pessoa que vai morrer pôr a sua casa em ordem,
abençoar a família, enviar mensagem aos que lhe parecem importantes e fazer as
pazes com Deus. A confissão in extremis é considerada importante elemento na
transição para o outro mundo.
Candomblé
Não existe uma concepção de céu ou inferno, nem de punição eterna. As almas que
estão na terra devem apenas cumprir o seu destino, caso contrário vagarão entre céu e
terra até se realizar plenamente como um ser consciente e eterno.
Os cultos afro-brasileiros acreditam que os mistérios da vida e da morte são regidos por

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uma Lei Maior, uma força divina que dá o equilíbrio divino ou eterno. O Candomblé vê o
poder de Deus em todas as coisas e, principalmente, na natureza. Morrer é passar para
outra dimensão e permanecer junto com os outros espíritos, orixás e guias. Trabalha
com a força da natureza existente entre terra (Aìyê) e o céu (Òrun). Nos cultos afros, o
assunto de vida após a morte não é bem definido.
Na Terra, o objetivo do homem é realizar o seu destino de maneira completa e
satisfatória. Ao cumprir o seu destino na Terra, o ser humano está pronto para a morte.
Após a morte, o espírito será encaminhado ao Òrun, para uma dimensão reservada aos
seres ancestrais, ou seja, eternos. O ser humano pode ser divinizado e cultuado. Caso
o seu destino não seja cumprido, os espíritos ficarão vagando entre os espaços do céu
e da terra, onde podem influenciar negativamente os mortais. Como não se realizaram
plenamente, estes espíritos estão sujeitos à reencarnação. Já as pessoas vivas que
sofrem as suas influências negativas, precisam passar por rituais de limpeza espiritual
para reencontrar o equilíbrio.
Umbanda
A Umbanda sofre influências de crenças cristãs, espíritas e de cultos afros e orientais.
Como não existe uma unidade ou um 'livro sagrado', alguns umbandistas admitem o
céu e o inferno dos cristãos, enquanto outros falam apenas em reencarnação e Carma.
Na Umbanda, morte e nascimento são momentos sagrados, que marcam a passagem
de um estado a outro de manifestação espiritual, morremos para um lado e nascemos
para outro lado da vida, o que nos aguarda do outro lado depende de nós mesmos.
A Umbanda explica o universo através de sete linhas, regidas por Orixás. Ao morrer, a
pessoa será atraída por estes mundos espirituais. A matéria é apenas um dos caminhos
para a evolução do espírito. Sendo assim, a morte é uma etapa do ciclo evolutivo,
sendo a reencarnação a base da evolução. O objetivo maior do nascimento e da morte
é a harmonização e a evolução consciente do espírito. Após morte, o ser humano leva
consigo suas alegrias, sua fé, suas crenças, suas mágoas e suas dores. E terá que lidar
com elas, sempre contanto com o auxílio dos espíritos mais evoluídos que o
recepcionarão no outro lado da vida e o ajudarão na sua adaptação no mundo
espiritual. Com a morte do corpo físico, os espíritos bons podem se tornar protetores,
enquanto os maus (espíritos de pouca evolução, devido às poucas encarnações)
podem virar perturbadores. Os mortos (desencarnados) podem ser contatados,
ajudados ou afastados.

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Conceito de transcendência

A transcendência está associada ao facto de atravessar algum tipo de limite, seja físico
ou simbólico. Pode tratar-se do resultado ou da consequência de grande importância ou
gravidade. Exemplos: ―O presidente deve tomar uma decisão de transcendência para o
futuro do país‖, ―No momento em que disse aquilo, não podia imaginar a transcendência
que teriam as minhas palavras‖, ―A contratação do jogador chileno é um assunto de
transcendência para o treinador da equipa‖.

A um nível espiritual ou filosófico, a transcendência está relacionado com aquilo que


está mais além do mundo natural. O transcendente está associado ao imortal e ao
essencial. Transcender é sobressair, alcançar de uma maneira ou de outra algo que
está fora dos limites que impõe o corpo.

A busca da transcendência tende a relacionar-se com uma tentativa de se aproximar


de Deus através da meditação e da oração. De uma certa forma, a transcendência
implica reconhecer que somos seres mortais e que existe um caminho para permanecer
no tempo e o espaço que está fora de nós próprios.
Como exemplo da transcendência no tocante a religião, na teologia, reconhece-se que
Deus é um ser transcendente (hyperbekós, do termo grego), ou seja, que está acima da
sua criação e não é limitado por ela. Diz-se que Deus não está limitado pelo espaço e
tempo terrenos (com os quais o mundo natural está submetido).
Logo, a transcendência seria o inverso da imanência, onde diz-se que um deus estaria

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no mundo físico e acessível as criaturas nele presentes. Ou seja, a imanência possui
relação com a realidade material, com o que, através dos sentidos do por, logo
aprende-se. Enquanto isso, a transcendência possui ligação com a realidade imaterial,
com o que possui uma natureza teórica e racional e metafísica.
Algumas definições ainda afirmam que a transcendência é independente da existência
física, a exemplo disso podemos citar as orações e a já citada meditação, por exemplo.
Outro exemplo também seriam as visões paranormais.

Foi Platão quem, pela primeira vez, reconheceu que havia diferença entre uma
realidade que seria imanente e uma realidade transcendente em sua Filosofia. Com
essa distinção, podemos ver que, mesmo sendo conceitos separados, tanto a
transcendência relativa a religião quanto a relativa a filosofia possuem alguma relação.
Platão definiu, então, as duas realidades como sendo: uma imaterial e supersensível (a
transcendência) e a outra material e sensível (a imanência).

Na Idade Média, os conceitos de imanência e transcendência levantaram discussões e


fizeram a divisão de pensamentos entre os filósofos, de um lado, filósofos neoplatônicos
defendiam a transcendência era superior e inquestionável, de outro lado os filósofos
aristotélicos defendiam que a iminência tinha a sua validade.
É importante ter em conta que existem diferentes modos de transcendência. Pode-se
falar da transcendência do Eu (ou ego) ou da transcendência temporal, entre outros
tipos. É hábito as pessoas considerarem a transcendência como o facto de alcançar um
nível de consciência superior ou uma dimensão desconhecida.
A meditação transcendental (uma técnica mental que visa relaxar e desenvolver
plenamente o potencial mental e físico) é uma das formas de alcançar a
transcendência.

Atividades

1- Defina p que é ―Finitude‖.


2- Defina o que é ―Transcedência‖.
3- Fale sobre o sentido da morte nas doutrinas e religiões e filosofias de vida abaixo:

 Filosofia:

 Doutrina niilista:
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 Doutrina panteísta:

 Dogmatismo Religioso:

 Budismo:
 Hinduísmo:

 Islamismo (Religião Muçulmana):

 Igreja evangélica:

 Igreja Adventista do Sétimo Dia:

 Igreja Batista:

 Catolicismo:

 Judaísmo:

 Candomblé:

 Umbanda:

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Ano de 2020
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CAPÍTULO III:
3º BIMESTRE
Valorização da vida e
Concepções de além-
morte

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Ano de 2020
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3.1 Religião e valorização da vida

Atividade

1- Procure em jornais e revistas imagens que representem essas reflexões e


selecionem uma para colar em cada quadro.

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Ano de 2020
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Atividades

Leia o texto a seguir:

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1- Assinale as alternativas corretas de acordo com o texto

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2- Pesquise instituições da região onde você vive que atuam para transformar a vida
das pessoas e trazer mais dignidade à população. Registre no caderno as ações
realizadas, informações sobre a população atendida, se há vínculo com alguma
instituição religiosa, há quanto tempo funciona, etc.

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Atividade

1- Observe a lista a seguir, que apresenta atitudes defendidas por diferentes


religiões. Explique como essas atitudes contribuem para a valorização da vida.

Leia o artigo a seguir:

2- Você acredita que todas as pessoas que vivem na cidade onde você mora têm
acesso aos direitos assegurados pelo artigo 25°. da Declaração dos Direitos
Humanos? Escolha um dos direitos previstos e escreva no caderno como a
sociedade poderia se organizar para efetivá-lo.

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1- Você considera a ação realizada pelo papa Francisco importante para a
valorização da vida? Justifique sua resposta.

2- Quais outras atividades do cotidiano (como lavar roupa) poderiam ser


implantadas nas cidades para melhorar a vida das pessoas mais pobres,
principalmente dos moradores de rua?

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Ano de 2020
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3.2 Ancestralidade e culto aos antepassados

Atividades

Leia o texto e, depois, responda às questões.

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Ano de 2020
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1- Qual é a importância das máscaras para os Bwa?

2- Quais são as funções da máscara placa e qual é a sua relação com a


ancestralidade?

3- Faça uma pesquisa sobre as máscaras africanas. Escolha a que mais chamou a
sua atenção e faça o que se pede a seguir:

a- Descreva a máscara: é de um animal, feminina, masculina, dos


antepassados? Justifique sua resposta com base nos traços da máscara.

b- A máscara é utilizada por quais povos? Em que tipos de ritual?

c- Quais materiais foram utilizados para a sua confecção?

d- Agora, reproduza a máscara utilizando, se possível, materiais recicláveis.


Depois, apresente aos colegas a sua representação e explique-lhes o
significado dela.

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Ano de 2020
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3.3 Reencarnação e evolução do espírito

Atividade

1- Após a leitura do texto, analise a ilustração abaixo e explique-a com base no


conceito de reencarnação.

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123
Atividades

Leia um trecho do poema Para sempre, de Carlos Drummond de Andrade.

1- Qual é o entendimento sobre a morte expressado no poema?

2- Sabemos que a morte é um fato da vida. De que maneira podemos tornar eternas
as pessoas que amamos?

3- Refletindo sobre o poema e sobre as visões religiosas acerca do destino da alma,


você acredita que as pessoas podem ser eternas? De que maneira?

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Ano de 2020
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3.4 Transmigração no oriente: hinduísmo e budismo

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Atividade

1- Analise as imagens a seguir e associe-as à reencarnação e/ou à transmigração.


Em seguida, justifique sua resposta.

Leia o texto a seguir e responda à questão proposta.

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2- Que relações podemos estabelecer entre a lenda indígena da mandioca e o
conceito de transmigração?

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3.5 Conceito de ressurreição

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Atividades

1- Como foi a morte e o pós-morte de Jesus? Cite trechos da oração em sua


resposta.

2- De acordo com o Credo, qual deve ser a crença do católico sobre o pós-morte?

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3- Qual é a importância da ressurreição de Jesus para os cristãos?

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Atividade

1- De acordo com as histórias da ressurreição de Lázaro e da filha de Jairo, assinale


a alternativa correta.

a) A ressurreição de Lázaro se deu no primeiro dia, isto é, no mesmo dia de sua


morte.
b) Jairo ficou decepcionado com Jesus por ele ter demorado a ressuscitar sua
filha.
c) Jesus pediu a Jairo que comunicasse aos apóstolos que ele havia ressuscitado
sua filha, para que todos soubessem que ele era o filho de Deus.
d) Com a ressurreição de Lázaro e da filha de Jairo, Jesus demonstrou a vitória
da vida eterna sobre a morte.

Atividade

1- Faça ilustrações para representar a descrição do Céu no Antigo e no Novo


testamentos.

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2- Compare as duas representações e explique com qual das duas você mais se
identifica. Justifique sua resposta.

Atividades

Leia o texto a seguir para responder às questões.

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1- Qual é a concepção de céu para os Karimoyón?

2- Registre trechos do texto que descrevam como é o céu para os Karimoyón.

3- Registre trechos do texto que indiquem a concepção de imortalidade dos povos


Karimoyón.

4- Relacione os termos da primeira coluna com as correspondentes definições da


segunda.

5- Leia o texto a seguir, que trata das crenças dos povos indígenas da América do
Norte.

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6- Observe as imagens a seguir referentes a algumas religiões. Depois, escreva
abaixo delas em qual crença sobre o pós-morte elas são fundamentadas:
ancestralidade, reencarnação, transmigração ou ressurreição.

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7- Os egípcios antigos são conhecidos pelo processo de mumificação realizado com
o corpo dos mortos, assim como pelas pirâmides, grandiosos túmulos dos faraós.
As concepções de vida após a morte desses povos eram bastante complexas e
cheias de detalhes. Leia este texto para saber mais sobre o assunto:

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8- Com base no texto, responda às questões:

a- Por que os antigos egípcios realizavam oferendas às pessoas mortas?

b- A prática de realizar oferendas aos mortos existe em outras culturas? Dê


exemplos e diferencie essa prática da realizada pelos egípcios.

c- De acordo com as crenças egípcias, como as pessoas poderiam chegar ao reino


de Osíris, ou seja, ao reino da vida eterna após a morte?

d- Em sua opinião, o que uma pessoa deve ou não fazer para ser considerada boa?

9- Transforme a história bíblica da ressurreição da filha de Jairo em uma história em


quadrinhos.
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10- Decifre o código para completar a frase.

11- Escreva um texto diferenciando cada uma das seguintes expressões, segundo a
crença cristã.

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CAPÍTULO IV:
4º BIMESTRE
Imanência e
transcendência

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Imanência e transcendência

Os termos imanência e transcendência são opostos e designam, respectivamente,


aquilo que se encerra em si mesmo e aquilo que tem uma causa maior e exterior a si
mesmo.

O filósofo antigo Platão foi o primeiro a reconhecer a diferença entre uma


realidade imanente e uma transcendente em sua Filosofia, pois ele estabeleceu a
distinção entre duas realidades: uma realidade material e sensível e outra
realidade imaterial e suprassensível.

Imanência e Transcendência
Em geral, a imanência refere-se a algo que tem em si próprio o seu princípio e seu fim.
A transcendência, por sua vez, faz referência a algo que possui um fim externo e
superior a si mesmo. A imanência está ligada à realidade material, apreendida
imediatamente pelos sentidos do corpo, e a transcendência está ligada à realidade
imaterial, de uma natureza metafísica e puramente teórica e racional.
Desde Platão, a Filosofia tenta lidar com a diferenciação dos dois conceitos, visto que
são antagônicos e que suscitam a discussão acerca da validade de cada um ou da
superioridade de um deles.

Durante a Idade Média, a discussão acerca da validade de cada um desses conceitos


dividiu o pensamento entre os filósofos neoplatônicos, como Agostinho, notadamente
defensores da superioridade inquestionável da transcendência, e os filósofos
aristotélicos, como Tomás de Aquino, que defendiam a validade da realidade imanente.
Contexto religioso
Essa discussão sobre a diferença entre os dois termos permeia a religião e pode ser
mais bem visualizada no contexto religioso. Podemos classificar as duas, em relação ao
pensamento religioso, da seguinte maneira:

 Imanência: relaciona-se às religiões panteístas, como as religiões africanas e


o hinduísmo. Aqui, a concepção da ideia de Deus não se separa da matéria, sendo
parte integrante e indissociável dela. Deus está em tudo, permeia tudo e não é uma
entidade criadora, mas, sim, organizadora. Na Filosofia, o pensador holandês Baruch
de Spinoza propôs uma ideia de Deus imanente e panteísta, resumida na

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máxima: Deus sive natura (―Deus, ou seja, a natureza‖). Deus seria uma substância
presente em tudo e que participa de tudo;
 Transcendência: a tradição judaico-cristã e islâmica está baseada na noção de um
Deus transcendente, ou seja, uma entidade primeira e separada da matéria que foi
responsável por criar a matéria. Para o cristianismo, porém, a figura de Jesus Cristo é
a personificação imanente do Deus transcendente.
Crítica de Kant
Immanuel Kant, filósofo alemão iluminista, apontou a necessidade de uma crítica
revisionista à metafísica feita até então e fez uma distinção entre aquilo que podemos
conhecer (o que está presente no tempo e no espaço, portanto, é imanente) e aquilo que
podemos apenas entender (aquilo que não está no tempo e no espaço, portanto, é
transcendente). Porém, esse pensador adiciona ainda a noção do transcendental,
referindo-se a idéias que podem ser obtidas a partir de uma primeira experiência
empírica.
Embora sejam termos antagônicos, os dois complementam-se, já que a explicação de
um torna-se mais clara com a explanação do outro. Vistos do ponto de vista da Religião
ou da Filosofia, são conceitos de suma importância para fazer a distinção entre um
conhecimento de ordem teórica e um conhecimento de ordem prática.

Platão foi o primeiro filósofo a reconhecer o lugar da imanência e da transcendência na História da


Filosofia

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4.1 Respeito à vida e à dignidade humana em diferentes mídias

Tolerância Religiosa

A tolerância é necessária para que as diferenças possam coexistir no mundo em


especial quando o assunto é a existência de várias religiões. Cada religião tem suas
próprias crenças e formas de ver e encarar as dificuldades da vida. Não importa em que
deus ou escritos sagrados se acredite todas as religiões tem que manter o respeito pelas
crenças alheias.

 ―A tolerância é a melhor das religiões.‖

 ―Viver em sociedade presume que você sabe que deve respeitar as escolhas e
decisões dos demais mesmo que essas sejam inexoravelmente contrárias as
suas.‖

 ―Tolerância, respeito, ética, conhecimento, bom humor e simpatia são bases para
a construção de relacionamentos eficazes.‖

Tolerância é a capacidade de aceitar o diferente. Não confundir com o


divergente. Intolerância é não suportar a pluralidade de opiniões e posições, crenças e
ideias, como se a verdade fizesse morada em mim e todos devessem buscar a luz sob o
meu teto. Conta a parábola que um pregador reuniu milhares de chineses para pregar-
lhes a verdade. Ao final do sermão, em vez de aplausos houve um grande silêncio. Até
que uma voz se levantou ao fundo: "O que o senhor disse não é a verdade". O pregador
indignou-se: "Como não é verdade? Eu anunciei o que foi revelado pelos céus!"

O homem retrucou: "Existem três verdades. A do senhor, a minha e a verdade


verdadeira. Nós dois, juntos, devemos buscar a verdade verdadeira". Só os intolerantes
se julgam donos da verdade. Todo intolerante é um inseguro. Por isso, aferra-se a seus
caprichos como um náufrago à tábua que o mantém à tona. Ele não é capaz de ver o
outro como outro. A seus olhos, o outro é um concorrente, um inimigo, ou um potencial
discípulo que deve acatar docilmente suas opiniões. O tolerante evita colonizar a
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consciência alheia. Admite que, da verdade, ele apreende apenas alguns fragmentos, e
que ela só pode ser alcançada por esforço comunitário. Pode-se aplicar ao tolerante o
perfil descrito por São Paulo no Hino ao Amor da 1ª carta aos Coríntios (13, 4-7): "é
paciente e prestativo, não é invejoso nem ostenta, não se incha de orgulho e nada faz
de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita nem guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça e se rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." O tolerante não desata tempestade
em copo d’água. Ele jamais cede quando se trata de defender a justiça, a dignidade e a
honra. Das intolerâncias, a mais repugnante é a religiosa, pois divide o que Deus uniu.
Grande parte das guerras que acontecem hoje, são porque um não aceita a escolha
religiosa do outro. Na verdade isso deixa DEUS em segundo plano. Quem somos nós
para, em nome de Deus, decretar se esses são os eleitos e, aqueles, os
condenados? Outros tipos de intolerância são a homofobia, a étnica, etc. Só o amor
torna um coração verdadeiramente tolerante. Porque quem ama não contabiliza ações e
reações do ser amado e faz da sua vida, um gesto de doação.
* Ecumenismo - apelo à unidade de todos os povos - movimento favorável à união de todas as
igrejas cristãs

Atividades

1- Qual é o tema global do texto?

2- De acordo com o texto, defina tolerância e intolerância.

3- Quais tipos de intolerância são citados no texto?

4- Que mensagem o texto tenta passar?

5- No texto, que sentido tem a expressão ―relevar as diferenças‖?

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6- O que você entende da imagem abaixo?

7- - De acordo com o texto acima e com a imagem apresentada defina ecumenismo

8-

a- Estabeleça a relação causa/conseqüência na imagem apresentada.

b- Identifique a ironia na charge acima.

9- As duas imagens abaixo tratam de um mesmo tema, porém com abordagens


diferentes. Compare essas abordagens.
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Intolerância Religiosa

A intolerância religiosa é um mal que atinge não só o Brasil mas como todo o mundo.
Ela acontece quando alguém tem atitudes e ideologias que caracterizam a falta de
respeito pelas religiões que possuem crenças e hábitos diferentes das suas.
Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta
de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de
terceiros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política, sendo que, ambas
têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal
situação numa época ou noutra. Floresce devido à ausência de tolerância religiosa,
liberdade de religião e pluralismo religioso.
Perseguição, neste contexto, pode referir-se a prisões ilegais, espancamentos, torturas,
execução injustificada, negação de benefícios e de direitos e liberdades civis. Pode
também implicar em confisco de bens e destruição de propriedades, ou incitamento ao
ódio, entre outras coisas, que são atitudes de grande barbaridade.

Intolerância religiosa é a discriminação contra as pessoas e grupos que têm


diferentes crenças ou religiões, e é marcada principalmente pelas atitudes agressivas
e ofensivas.

A liberdade de expressão garante aos indivíduos o direito de manifestar as suas


opiniões sobre determinado assunto, incluindo a crítica em relação aos dogmas

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religiosos, por exemplo. No entanto, a intolerância religiosa passa a se configurar
quando a pessoa age com indiferença, violência ou de qualquer outro modo que fira a
dignidade de outrem.

Por exemplo, humilhar, perseguir, discriminar ou agredir alguém por ter uma religião ou
crença diferente de outra pessoa são atos de intolerância religiosa. No Brasil, a
intolerância religiosa é um crime de ódio, classificado como inafiançável e
imprescritível. A pena para os culpados varia entre 1 a 3 anos de prisão, mais o
pagamento de multa.Uma pessoa intolerante não admite o fato de um indivíduo ter uma
crença diferente da sua.

Intolerância religiosa e mídias digitais

A intolerância religiosa configura-se como um ato que depõe contra a pessoa em


razão da sua crença, sendo praticada muitas vezes no ambiente de trabalho, por
vizinhos e em redes sociais, como o facebook e twitter, por exemplo. O acesso à
internet se dá por diferentes meios e amplos fins, contudo, ressalta-se nesse
trabalho, o uso específico das redes sociais com expressivo número de usuários,
para fins de manifestação e reprodução de discursos carregados de ódio em relação
às pessoas pertencentes às religiões não cristãs, mas especificamente, sobre as
pessoas cujas religiões estão fundamentadas em matrizes africanas. Uma aparente
distância física, dá ao usuário a falsa sensação de poder onde expressa concepções
discriminatórias em relação a tais religiosos.

Esses comportamentos, para além da violência gerada à vítima, corroboram para a


perpetuação de outras ações de cunho discriminatório. O exercício da liberdade
religiosa é previsto na Constituição Federal de 1988, via art. 5º, inciso VI, tal como a
liberdade de consciência, devendo ser respeitado os locais de cultos e liturgias
(BRASIL, 1988). Em análise às correntes legislações verificamos que existem meios
para se proteger contra crimes caracterizados como intolerância religiosa, tal como
previsto no Código penal, art. 208 ―Escarnecer de alguém publicamente, por motivo
de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto

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religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção,
de um mês a um ano, ou multa‖ (BRASIL, 1940, S/P).

Em consonância ao exposto, a Lei 9.459/1997 define o crime de intolerância


religiosa, com a ressalva de que os crimes incitados pelos meios de comunicação
podem resultar na reclusão de 2 a 5 anos. Considerando que em meio à população
jovem a incidência de práticas de discriminação ainda se apresenta como uma
constante, e, considerando ainda que uma formação crítica é pauta corrente nos
mais variados projetos políticos pedagógicos.

A intolerância religiosa no Brasil tem várias origens mas é preciso destacar, no


casos das religiões de matriz africana, o papel central que o racismo tem na
produção de suas tentativas de destruição e inferiorização. Soma-se a isto, a
desigualdade social, a discriminação racial e de gênero (uma vez que grande parte
de suas lideranças e adeptos são mulheres e homossexuais), além de preconceito
de classe e homofobia, entre outros.

A mídia também vem contribuindo e corroborando com a intolerância religiosa na


medida em que muitas vezes funciona como um espaço de desrespeito e de
desqualificação das religiões de matriz africana quando poderia funcionar como um
espaço educativo onde o respeito a diversidade religiosa pudesse ser importante
instrumento para aprofundar as discussões sobre religiões e direitos humanos,
inclusive os direitos das pessoas que não têm nenhuma religião. Lembramos que as
rádios e televisões são concessões públicas portanto cabe também ao Estado
cuidar para que casos de intolerância religiosa nessa área seja apurada e tomada
as devidas providências.

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Verificamos que a discriminação religiosa no país continua no processo de
impunidade, salvo raras exceções e a maior parte dos casos não chega ao Poder
Judiciário, ficando nas mãos dos agentes ou das autoridades policiais, de
promotores ou defensores públicos. São vários os motivos para que isso aconteça
que vai desde o descaso, preconceito, racismo, intolerância religiosa ou influência
da crença de existência de uma democracia religiosa. De acordo com o advogado
Luiz Fernando ― não há pesquisas importantes sobre esse fenômeno na sociologia
jurídica, e pouco se escreve a respeito do assunto, além do noticiário nas páginas
policiais dos diversos tipos de mídia.―

Assim, ganha importância central o desenvolvimento de ações que visibilizem o


complexo sistema de exclusões, discriminações, violações de direitos humanos
envolvido nos processos de intolerância religiosa. Bem como o fortalecimento das
perspectivas de solidariedade social, de equidade e de democracia no país.

Contribuir para transformar esta realidade deve ser um compromisso de todas e


todos, governos, segmentos religiosos e sociedade civil, para a construção de uma
sociedade fundada em valores que fortaleçam o respeito à diversidade religiosa e
aos direitos humanos. Essa tarefa exige uma reflexão sobre as formas de
intolerância e das suas manifestações concretas, assim como o fortalecimento do
diálogo para uma cultura de paz.

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Ainda que possamos dizer que nos últimos anos o diálogo inter-religioso aumentou,
paralelamente aumenta também as situações de desrespeito as religiões de matriz
africana, assim como a necessidade de ações que possibilitem contribuir e fortalecer
o respeito a diversidade religiosa e a garantia dos direitos humanos conforme consta
na Constituição Brasileira.

Atualmente observamos o desenvolvimento de variadas formas de luta contra à


intolerância religiosa que podem ser visibilizadas nas mobilizações públicas,
passeatas, protestos, moções e abaixo-assinados, representações, proposituras de
ações judiciais, informações veiculadas em material pedagógico, seminários, e
encontros.

Luiz Fernando nos lembra que ― apesar da militância ter conseguido obter avanços
na postura do Estado e na parcela progressiva da sociedade em diversos campos
da questão religiosa, mas não com a eficácia e a força bastantes para erradicar a
discriminação religiosa. ―

Para finalizar entendemos que é importante mobilizar os operadores do direito,


dentre os quais os juízes, os promotores, os advogados, os defensores púbicos, e
os delegados de polícia, que no cotidiano possam envidar maiores esforços para
superarem o senso comum da prática intolerante, preconceituosa, discriminatória e
racista, assim como é importante informar e treinar as lideranças e praticantes das
religiões afro-brasileiras sobre os aspectos legais importantes relacionados ao livre
exercício do direito à liberdade de crença e de religião garantidos pela legislação
brasileira para que as pessoas pertencentes às Comunidades de Terreiro possam
exercitar e defender a sua cidadania, assim como combater as diversas formas de
intolerâncias e discriminação.

É importante também combater todo o tipo de fundamentalismo religioso pois tem


causado impactos negativos na sociedade brasileira , assim como tem estimulado o
ataque as religiões de matriz africana.

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Religião e intolerância religiosa: atos e preconceitos praticados na internet e
no cotidiano

Para a compreensão do conceito de intolerância, recorremos à Declaração Sobre a


Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Fundadas na
Religião ou nas Convicções, datada o ano de 1981:

“Intolerância e discriminação baseadas na religião ou nas convicções é


considerada toda a distinção, exclusão, restrição ou preferência fundada na
religião ou nas convicções e cujo fim ou efeito seja a abolição ou o fim do
reconhecimento, o gozo e o exercício em igualdade dos direitos humanos e
das liberdades fundamentais. (Declaração Sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Intolerância e Discriminação Fundadas na Religião ou nas
Convicções, 1981)”.

A carta compreende um conjunto de direitos a favor do pleno exercício da crença e


religiosidade por aqueles que a proferem, bem como descrições sobre o que
configura-se como ato de discriminação. O documento estrutura-se a partir de uma
redação que busca sensibilizar as pessoas para o efeito da intolerância sobre a
dignidade humana. Respeitar a crença alheia, de acordo com a presente declaração
implica na não violação dos direitos, bem como no respeito sobre suas idéias,
convicções, princípios.

A redação pauta-se sobre as históricas guerras e conflitos entre os povos em

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decorrência da divergência de religiões. Assim, sustentamos ser necessária a
promoção de medidas capazes de incentivar a compreensão e a garantia dos
direitos que se correlacionam à religião. A carta alinha-se aos princípios
estabelecidos pelas Nações Unidas e, portanto, aos movimentos voltados para a
conquista da paz e justiça entre as diferentes populações.

O censo de 2010 nos aponta dados importantes no que se refere ao quantitativo de


pessoas que seguem a religião do candomblé, umbanda e outras religiões de
origem africana. Para esse grupo em questão, foram identificados 0,31%. Uma
queda de 0,1% de seguidores, e comparação ao censo de 1991. O índex de crimes
de intolerância praticado na internet hoje talvez nos traga indícios que respondam tal
queda. Enquanto isso, os dados apontam para o fato das religiões de cunho cristão
virem crescendo enquanto opção em meio à população brasileira, em especial no
meio evangélico.

A seguir, serão citados dois casos de intolerância religiosa que ocorreram em duas
cidades do estado do Rio de Janeiro. O primeiro, de acordo com uma reportagem do
G1 Rio, em agosto de 2017 uma idosa de 65 anos foi agredida na cidade de Nova
Iguaçu, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde sofreu ataques a pedrada pela
vizinha, sofrendo lesões no rosto, na boca e no braço, sendo vítima de intolerância
religiosa.

A candomblecista vinha sofrendo ataques verbais de longas datas, mas nunca tinha
sido agredida por ninguém até então, conforme relato da filha que se apresenta
como umbandista. Ela relata sofrer constantes ataques por causa de sua religião.

Outro caso com repercussão, foi divulgado pelo jornal Extra, relatando agressões
verbais a uma jovem de 15 anos, vítima, também, de intolerância religiosa numa
escola pública no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de
Janeiro. Ela sofreu ofensas pelos colegas de sala de aula em decorrência da sua
religião, o candomblé. Segundo relato, práticas de bullying eram recorrentes desde
o início do ano.

Atividades
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1- Defina: ―Intolerância Religiosa‖.

2- Você já presenciou algum tipo de intolerância religiosa?

3- É possível acabar com a intolerância religiosa? Se sim, como?

Respeitar as distintas manifestações e tradições religiosas

Dia 21 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial da Religião, uma data que serve para dar
destaque à importância do respeito às diferentes crenças religiosas e à fé das pessoas
que convivem conosco. Esta é uma data ainda que merece atenção especial no nosso
país, uma vez que o Brasil é caracterizado pela ampla miscigenação cultural e
diversidade religiosa. Vale lembrar que este é um Estado Laico, que assegura a total
liberdade de culto religioso. A incapacidade de lidar com as diferenças religiosas está
diretamente ligada à dificuldade de administrar as próprias emoções. Pessoas
emocionalmente inteligentes, por outro lado, têm a mente aberta e uma postura menos
rígida em relação às crenças alheias. Vários fatores podem desencadear essa rigidez:
maus tratos na infância, pais violentos ou inflexíveis, excesso de críticas, famílias
disfuncionais e superproteção.
Aprendendo a respeitar as diferenças. Cada indivíduo tem uma maneira única de
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pensar e se comportar. As crenças pessoais são construídas a partir da maneira como
os indivíduos interpretam aquilo que vivenciam, e é natural que cada um tenha sua
própria crença baseada em suas experiências pessoais. Para que a convivência em
sociedade seja possível, saudável e com relações duradouras, portanto, é fundamental
que haja respeito às diferenças.

- Confira algumas dicas para aprender a respeitar as diferenças e aprimorar o convívio


em sociedade:
Entenda que sua verdade diz respeito somente a você
Algumas pessoas têm tanta necessidade de ter razão e, por isso, encontram muita
dificuldade para aceitar diferentes opiniões. Pessoas que foram superprotegidas e
mimadas na infância têm mais dificuldade para suportar as frustrações e não são
capazes de lidar com diferentes opiniões e possibilidades.
Não entre em conflito
É importante compreender que as pessoas são diferentes, tem pontos de vista diversos
e o respeito é a regra básica para qualquer relacionamento. Da mesma maneira que
você espera ser compreendido, as outras pessoas esperam o mesmo.
Tenha flexibilidade
Quem age como dono da verdade é, geralmente, uma pessoa muito rígida e inflexível.
Este tipo de indivíduo tende a ficar limitado dentro de própria razão, apresentando muita
dificuldade de se colocar no lugar do outro. Essas características dificultam a
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possibilidade de conhecer outros pontos de vista e comprometem o aprendizado e a
evolução do ser humano.
Desenvolva sua Inteligência Emocional
O desenvolvimento da Inteligência Emocional permite que você conquiste ferramentas
que auxiliam na compreensão de seus próprios preconceitos e limitações. Ao entender
suas emoções, você automaticamente se torna capaz de entender o outro e criar uma
realidade mais flexível com as diferentes identidades, orientações sexuais e crenças.
Invista no autoconhecimento e construa uma relação de amor com você, blindando-se
de qualquer tipo de preconceito.

Atividades

1- Qual é a importância da celebração o Dia Mundial da Religião?

2- Por que a celebração o Dia Mundial da Religião, merece destaque no Brasil?

3- O que é Estado Laico?

4- O que o texto diz sobre a capacidade e a incapacidade de lidar com as


diferenças?

5- Segundo o texto, que fatores podem levar a pessoa a se tornar intolerante?

6- Segundo o texto, como se constroem as crenças?

7- Segundo o texto, o que é necessário para que a convivência em sociedade seja


possível, saudável e com relações duradouras?

8- Quais dicas são dadas no texto para aprender a respeitar as diferenças e


aprimorar o convívio em sociedade?

9- Segundo o texto, por que algumas pessoas encontram muita dificuldade para
aceitar diferentes opiniões?

10- Segundo o texto, que tipo de pessoas não são capazes de lidar com diferentes
opiniões e possibilidades?

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11- Segundo o texto qual é a regra básica para qualquer relacionamento?

12- De acordo com o texto, que dificuldades apresentam a pessoa quem age como
dono da verdade é, geralmente, uma pessoa muito rígida e inflexível?

13- Segundo o texto, qual é a importância do desenvolvimento da Inteligência


Emocional?

14- Que conselho é dado no último parágrafo do texto?

4.2 Religião e ecologia

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Atividades

1- O respeito à vida é um princípio presente na maioria das religiões. Explique a


importância desse princípio para os hindus e para os budistas.

2- Como, no cotidiano, podemos melhorar nossa relação com o meio ambiente?


Enumere ações que você e sua família fazem ou podem fazer para isso.

Leia a reportagem a seguir:

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3- Com base na reportagem sobre a vida de Wangari e nos temas trabalhados neste
capítulo, escreva no caderno algumas atitudes que podemos tomar para
preservar o meio ambiente.

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4.3 Religião e convivência em diferentes mídias

Estado e religião
A convivência nem sempre fácil entre o poder político e o espiritual

É célebre a passagem do Novo Testamento, em que Jesus, questionado se os judeus


deveriam pagar impostos a César, respondeu com a frase: "Dai a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus". A frase tornou-se um lema da separação entre o
mundo espiritual e o mundo das coisas materiais, entre a separação que deve haver
entre o Estado e a Religião. Ao longo da História, diferentes experiências nasceram da
relação entre Estado e confissões religiosas, e acabaram por comprovar que a
independência entre essas duas forças sociais oferece benefícios aos cidadãos que
almejam viver em liberdade.
Teocracias

Teocracias são regimes em que o poder político é exercido, em nome de uma


autoridade divina, por homens que se declaram seus representantes na Terra, quando

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não uma encarnação da própria divindade. O exemplo mais próximo de nós - talvez o
único existente nos dias atuais - é o Vaticano. Seu governante, o papa, ocupa, ao
mesmo tempo, o cargo de administrador temporal do território incrustado na cidade de
Roma, na Itália, e, também, o de sumo sacerdote de uma das principais confissões
religiosas do mundo, o Catolicismo, escolhido para o cargo por um colégio de cardeais
que se acredita, para tanto, inspirado por Deus. Mas há outros exemplos de teocracias.
No Japão, até o fim da Segunda Guerra Mundial, o imperador era considerado
descendente direto dos deuses que criaram a Terra. O Tibete, hoje ocupado pela China,
antes vivia sob a direção de um dalai-lama (supremo sacerdote e guia espiritual do
budismo tibetano). E se caminharmos rumo ao passado mais distante, basta lembrar do
Egito, onde o faraó era, ele mesmo, um deus, descendente direto do deus Hórus.

Estados confessionais

Neste início de século 21, no entanto, se desejamos refletir sobre as relações entre
religião e Estado, devemos nos referir ao Estados confessionais, países em que uma
única confissão religiosa é reconhecida oficialmente pelo Estado, recebendo, em certos
casos, os privilégios decorrentes dessa condição. Contudo, há, entre esses Estados,

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grandes diferenças. O Catolicismo, na Argentina, ainda que seja a religião oficial do
país, não possui qualquer privilégio. O Protestantismo Luterano é a religião oficial da
Dinamarca, mas sua influência na sociedade dinamarquesa não se assemelha nem um
pouco ao poder exercido, por exemplo, pelo Islaminsmo no Irã, onde, depois da
revolução que depôs o xá Reza Pahlevi, em 1979, os aiatolás (altos dignitários na
hierarquia religiosa islamítica) tomaram o poder, criando um Estado no qual a religião
prepondera sobre a política. Alguns estudiosos, inclusive, chegam a classificar o Irã
como uma teocracia. Os países islâmicos, aliás, são exemplos contemporâneos de
como a religião pode se confundir com a política. Desde seu início, quando fundado pelo
profeta Maomé, o Islamismo, à medida que se expandiu pelo Oriente Médio, Extremo
Oriente e Norte da África, chegando à Europa, instituiu uma cultura na qual as
lideranças políticas e religiosas se concentram em um único governo. Assim, a religião
islâmica é indissociável das estruturas políticas, sociais e econômicas desses países,
não importando se falamos do Egito, onde há relativa democracia, ou da Arábia Saudita,
uma monarquia absolutista.

Estado laico

No Brasil, como em inúmeros outros países, dizemos que o Estado é laico, ou seja, uma
forma de governo independente de qualquer confissão religiosa. Mas, na época da
monarquia, o imperador tinha o poder de nomear religiosos para os cargos eclesiásticos
mais importantes e aprovar, ou não, documentos papais, a fim de que fossem seguidos
pelos católicos do país. O Estado laico, no entanto, prevaleceu após a Proclamação da

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República. As bases do Estado laico podem ser encontradas no Renascimento, quando
começou a ocorrer uma gradual separação entre, de um lado, o pensamento político, a
filosofia e a arte, e, de outro, as questões religiosas. Lentamente, graças à recupera ção
dos valores da Antiguidade clássica, o homem se voltou à livre busca das verdades,
mediante o exame crítico e o debate independente, recusando a predominância ou a
autoridade de uma verdade revelada por Deus e que se colocasse como absoluta e
definitiva. Essa maneira de pensar e agir - que pode ser chamada de laicismo ou
secularismo - deu origem a Estados laicos, onde as instituições públicas e a sociedade
civil mantêm independência em relação às diretrizes e aos dogmas religiosos - e onde
não se aceita, ao menos teoricamente, a ingerência direta de qualquer organização
religiosa nos assuntos de Estado. Isso não quer dizer, entretanto, que as democracias
modernas sejam Estados ateus, onde as religiões são proibidas. Ao contrário, esses
países concedem a todas as confissões religiosas, sem quaisquer distinções, igual
liberdade, permitindo que elas exerçam livremente sua influência cultural e, portanto,
política.

Autonomia

Assim, o Estado laico não é um Estado irreligioso ou anti-religioso - nesses países, a


relação entre o temporal e o espiritual, entre a lei e a fé, não é uma relação de
contraposição, mas, sim, de autonomia recíproca entre duas linhas distintas da atividade
e do pensamento humanos. Não por outro motivo o Supremo Tribunal Federal (STF)
brasileiro, ao convocar as audiências sobre questões éticas e religiosas, quis ouvir a
opinião não só dos católicos, mas também dos espíritas, dos cristãos de diferentes
observâncias, dos budistas e de todas as confissões religiosas que desejassem se
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manifestar. Agindo assim, o Estado leigo protege a autonomia, a liberdade do poder
civil, sem aceitar qualquer controle religioso, mas garantindo que todas as religiões
possam se expressar livremente.

Privilegiar a liberdade

O filósofo e monge franciscano Guilherme de Ockham, no século 14, talvez tenha sido o
primeiro a defender a importância de separarmos a fé e o pensamento livre. "As
asserções principalmente filosóficas, que não concernem à teologia [ciência que se
ocupa de Deus, de sua natureza e seus atributos e de suas relações com o homem e
com o universo], não devem ser condenadas ou proibidas por ninguém, já que, em
relação a elas, cada um deve ser livre para dizer o que deseja", afirma Ockham.
Essas ideias foram sintetizadas, no século 17, por outro filósofo, John Locke, que as
retirou da esfera das reflexões filosóficas individuais, expandindo-as à própria
organização do Estado. Locke afirma que "o Estado nada pode em matéria puramente
espiritual, e a Igreja nada pode em matéria temporal".
Essa busca de uma harmonização entre forças que, num primeiro momento, podem
parecer incompatíveis - o pensamento liberal e a doutrina religiosa (no caso de Locke, a

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doutrina cristã) - tem marcado, desde então, o processo de desenvolvimento das
democracias ocidentais.

Convivência

No transcorrer dos últimos séculos, religião e Estado procuram encontrar uma fórmula
que privilegie, acima de tudo, a liberdade humana - sem a qual não há nem verdadeira
busca religiosa nem Estado verdadeiramente livre. E a própria Igreja Católica reconhece
a necessidade dessa independência, em um dos documentos que compõem as
resoluções do Concílio Vaticano 2º, a Constituição Pastoral Gaudium et Spes (sobre a
Igreja no mundo atual): "No domínio próprio de cada uma, comunidade política e Igreja
são independentes e autônomas".
Ao sair da esfera de influência direta das religiões, o Estado tornou-se laico - e o
laicismo não só impregnou a evolução das sociedades democráticas, mas se
transformou também em um método de convivência, no qual filosofias e religiões, se
não deixam de pretender possuir a verdade absoluta, também não transformam suas
respectivas maneiras de pensar em atitudes que violentam a ordem jurídica ou afrontam
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a liberdade individual.
E, de fato, esse é o ideal: no que se refere tanto às confissões religiosas como aos
governantes, que eles procurem defender seus pontos de vista e exercer sua influência
dentro dos limites estabelecidos pela lei, agindo sempre com tolerância.

Religiões seculares

Isso não quer dizer, no entanto, que a separação entre religião e Estado seja uma
concepção política inquestionável, seguida por todos os países. Se, nos dias de hoje, há
Estados que vivem intrinsecamente ligados à religião, como os do mundo islâmico, a
história também nos mostra que, às vezes, os Estados podem transformar partidos
políticos ou ideologias em verdadeiras religiões.
Essa sacralização de uma ideologia ou de um partido é sempre marcada pela
intolerância violenta - e chega ao extermínio físico dos adversários e dos dissidentes. Os
regimes totalitaristas de influência fascista, nazista ou marxista são exemplos dessas
religiões seculares, nas quais - como em muitos países islâmicos - as políticas mais
repressoras são colocadas em prática.
Esses Estados, apoiando-se em uma confissão religiosa ou em uma ideologia qualquer
(que são transformadas em verdadeiros dogmas), instauram a censura e destroem a
autonomia das esferas filosóficas, artísticas, espirituais e políticas da sociedade -
aniquilando assim o direito à liberdade.

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Introdução ao Dossiê: Religião e Mídia

Um dos principais modos de articulação da presença do religioso na esfera pública na


atualidade produz-se através da mídia e na mídia. Aspectos relacionados à mídia
religiosa e à presença da religião na mídia de massa freqüentemente se fazem
presentes nas pesquisas sobre o campo religioso brasileiro, mas poucas vezes são
assumidos como questão central de análise.

Ao produzirem mídias religiosas (músicas, vídeos, programas de TV, eventos, livros,


sites e conteúdos na internet), diferentes grupos não apenas formulam expressões de
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um conteúdo religioso estático, pronto e acabado, para uma determinada audiência
ávida por recebê-lo como forma de confirmação de suas presumidas certezas. Em lugar
disso, a relação entre religião e mídia aciona um processo dinâmico de produção e
reinvenção desses próprios conteúdos religiosos, de seu lugar na esfera pública, da
relação entre o religioso e o secular, do surgimento de audiências (inesperadas e
mesmo inusitadas), de modos de habitar e circular na cidade, da formação de
subjetividades, da produção de políticas públicas, e das relações de grupos ―religiosos‖ e
―laicos‖ com o Estado.

Pensar a partir da articulação produtiva entre religião e mídia permite-nos ainda refletir
sobre a materialidade dos meios nos diferentes contextos religiosos, sobre dimensões
da sensorialidade, da estética e, principalmente, sobre questões relacionadas aos
mediadores e às mediações que se destacam analiticamente segundo esse recorte de
pesquisa.

A questão da articulação entre religião e mídia, vale esclarecer, não é aqui tomada como
uma questão exclusivamente contemporânea, específica de ―tempos modernos‖ nos
quais as mídias e as tecnologias estariam presentes, em contraste com um passado
remoto sem mídias e mediações. Muito menos entendemos o campo midiático como um
âmbito privilegiado de ―ressurgimento‖ do religioso e do mágico na modernidade. A
relação entre religião e mídia é pensada neste dossiê a partir de concepções que tomam
como princípio analítico uma constituição recíproca entre as categorias ―religião‖ e
―mídia‖, indo além de uma abordagem simplista que se inclina apenas sobre os ―usos‖
de recursos tecnológicos na disseminação de mensagens e práticas religiosas.

As reflexões de Angela Zito em seu artigo Religion is Media convidam-nos a um


raciocínio que aproxima a própria definição de religião da definição de mídia. Afirma:

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[...] do ponto de vista da mediação dialética da vida social, ―religião‖ e ―mídia‖
podem ser entendidas como funcionando de maneira surpreendentemente
íntimas, de modo a configurar formas ainda mais potentes de prática social,
quando deliberadamente interligadas. Ambas envolvem e mobilizam questões
epistemológicas e cosmológicas da constituição do real.

Ou ainda, tal como nos instiga:

Imagine qualquer forma de experiência, prática ou conhecimento religioso e veja


o que sobra ―sem tecnologia‖. Sem instrumentos, ferramentas ou aparatos; sem
arquitetura ou roupas; sem pinturas, instrumentos musicais, incensos, ou
documentos escritos; sem qualquer prática disciplinar corporal de controle, tal
como métodos aprendidos e performatizados de respiração, modos de sentar,
gestos com as mãos – todas essas são também práticas técnicas. Até mesmo
pensamentos e imagens parecem se desfazer se removermos as tecnologias
representacionais da linguagem e da iconografia. A conclusão inescapável que
se extrai deste exercício é que ―religião‖, seja como se escolha defini-la, é
inerentemente e necessariamente tecnológica.

O campo de estudos de Religião e Mídia fortalece-se a partir dos anos 1990 e reúne
diferentes pesquisadores ao redor do mundo. O primeiro artigo deste dossiê, de autoria
de Jeremy Stolow, apresenta-nos uma visão geral desse campo de pesquisas, suas
principais questões epistemológicas, metodológicas e temáticas. Partindo do princípio de
que esse é um campo eminentemente interdisciplinar, Stolow desenvolve uma leitura
interessada acerca dos principais desafios desse esforço de investigação pautado no
inevitável e indispensável diálogo entre diferentes áreas disciplinares, como a sociologia,
a antropologia, a comunicação e as ciências da religião, dentre as principais.

Em seu artigo, o autor propõe-se ainda a inspirar pesquisadores, sugerindo e indicando


temáticas relevantes e pertinentes ao campo de pesquisa em religião e mídia, bem como
modos de abordá-las, evidenciando interesses tanto em temas e campos que
demandam abordagens mais históricas (o que confirma a ideia de que ―religião e mídia‖
configuram uma temática não exclusivamente ―moderna‖), quanto em objetos de
pesquisa pertinentes à efervescência das questões mais acaloradas da cena pública
contemporânea no Brasil e no mundo. Destacam-se, na abordagem de Stolow ao campo
de religião e mídia, sua ampla leitura do conjunto de estudos realizados sobre a
temática, sua contribuição significativa ao sistematizar esse panorama internacional, tal
qual o modo como apresenta esse cenário de forma imaginativa e provocadora.

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Como verificaremos ao longo deste dossiê, grande parte da produção sobre religião e
mídia no Brasil trata da relação entre as religiões cristãs e as mais diferentes estratégias
midiáticas de projetos católicos e evangélicos. Ao abordar em sua análise um grupo que
propõe uma releitura de ―tradições africanas‖, De Witte oferece-nos um material
diferenciado que escapa às religiões cristãs, o que oxigena o campo, ao mesmo tempo
em que com aquelas se relaciona intrinsecamente. A autora analisa em seu artigo as
práticas da ―Afrikan Traditional Religion‖ em Gana, levando em consideração suas
estratégias midiáticas, as dinâmicas internas ao grupo religioso, sua relação com a cena
pública e política, e o modo como as práticas e discursos dinamizam redes de poder que
participam da produção de uma disputada concepção de ―cultura‖ e ―identidade‖
africanas em Gana e em todo continente africano.

No Brasil, diferentes pesquisadores já vêm contribuindo nos últimos anos de forma


significativa com produções importantes para o campo de pesquisas em Religião e
Mídia. Este dossiê reúne novos nomes ao campo, fomentando assim outros diálogos,
novas articulações temáticas e possíveis combinações entre diferentes áreas de
interesse das Ciências Sociais. Na fina análise de Mariana Côrtes sobre o ―mercado
pentecostal de pregações e testemunhos‖ articulam-se no campo de religião e mídia
elementos de uma sociologia do trabalho, do consumo e do mercado. O foco da análise
da autora são as práticas dos pregadores itinerantes: sujeitos que agenciam seus
passados no ―pecado‖ enquanto ―mercadoria simbólica‖, sob a forma de apresentações
ao vivo de seus testemunhos e de DVDs e CDs vendidos em um novo mercado religioso

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que, tal como apresentado por Côrtes, oferece não apenas respostas milagrosas para as
aflições, mas também opções reais de carreira a esses pregadores. Os ―ex-tudo‖ (ex-
bandidos, ex-macumbeiros, ex-traficantes, etc.) são pensados pela autora tanto em sua
relação com esse novo mercado, quanto a partir das estratégias de subjetivação que
acionam, especificamente no campo do que Côrtes analisa como ―gestão do sofrimento‖,
no qual a história de vida se torna mercadoria.

Se, através do artigo de Côrtes, é possível abordar a temática do trabalho e


do mercado tratando do campo de religião e mídia, o modo como Sant’Ana discute a
dimensão política é um diferencial de sua produção nesse campo. O artigo de Sant’Ana
trata da relação entre som e poder, produzindo uma discussão sobre paisagem sonora
na qual o evento público da Marcha para Jesus participa da formulação na esfera
pública de uma categoria geral de ―evangélicos‖, sua relação com a cidade, o Estado e a
política. Em sua análise, a ocupação sonora das ruas pela Marcha para Jesus configura-
se uma ocupação política, mercadológica e religiosa, afirmando assim um projeto
―evangélico‖ de cidade e nação em franca disputa na esfera pública brasileira.

Um dos principais projetos evangélicos em disputa pela hegemonia religiosa no Brasil


desde os anos 1990 é aquele conduzido pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD),
sendo a mídia uma de suas principais estratégias. Responsável por emissoras de rádio,
televisão, editoras, websites, dentre outros veículos, a IURD reúne no conjunto de suas
ações inúmeras mídias próprias, bem como se orienta abertamente para um
tensionamento mais amplo das mídias de massa estabelecidas. O artigo de Jacqueline
Teixeira toma por recorte específico dentro desse universo as mídias da IURD voltadas
para o público feminino. Teixeira aborda a relação entre mídia e performances de gênero
no projeto ―Godllywood‖, frente midiática da IURD que congrega um conjunto de
estratégias voltadas para a produção de um modelo de gênero que atinge as mulheres
nos mais variados âmbitos de sua vida – casamento, família, finanças, trabalho, estética,
etc. Ao articular estudos de religião, gênero e mídia, Teixeira contribui para o campo de
pesquisas em religião e mídia no Brasil, e seu artigo completa este dossiê de forma
primorosa.

Assim, é com muito prazer que compartilhamos com os leitores este conjunto de
trabalhos. Em nossa compreensão, o campo de estudos em religião e mídia aqui
destacado, mais do que um tema em si, ou ―ensimesmado‖, opera no campo de estudos

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mais amplo sobre religião como um cenário de debates de questões diversificadas,
como poder, política, gênero, mercado, cidade, Estado, secularização, laicidade, espaço
público, dentre outros temas clássicos das Ciências Sociais. Nosso intuito, portanto, não
é o de circunscrever ou delimitar um campo, mas destacá-lo a fim de colocá-lo em
relação com outros campos de pesquisa e, sobretudo, com a produção mais ampla das
Ciências Sociais. Esperamos ter alcançado esse objetivo.

Relação: Mídia x religião

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Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)
Ano de 2020
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Ano de 2020
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Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)
Ano de 2020
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Atividades

1- Fale resumidamente sobre: Religião e convivência em diferentes mídias.

2- Conceitue:

a- Teocracias
b- Estados confessionais
c- Estado laico
d- Autonomia
e- Privilegiar a liberdade
f- Convivência
g- Religiões seculares

3- Faça um paralelo entre: Estado confessional e estado laico.

4- Fale sobre a relação: Mídia x religião

Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)


Ano de 2020
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Elaborado por: Viviannie Amélia (vivi05brasil@yahoo.com.br) e Vilma Aquino (vilmanega@yahoo.com.br)


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