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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

ALUNOS:
DELÂNDIA RODRIGUEZ RA: 4322795317
JOANA DE FÁTIMA T. DE ANDRADE RA: 4918916846
JONATHAS ROVERSI CUSTÓDIO RA: 5560123267

SERVIÇO SOCIAL – 8º SEMESTRE


ATPS: MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EM SERVIÇO
SOCIAL

PROFª MA ELAINE CRISTINA VAZ VAEZ GOMES

LEME – SP
2015
RESUMO

Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância da Avaliação e do Monitoramento
como etapa do processo de planejamento da Política de Assistência Social, assim como a
elaboração de um plano, conforme orienta o Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
Relata ainda a experiência da Secretaria Municipal de Assistência Social do Município de
Leme na informatização da Rede de Serviços da Assistência Social - como um dos
instrumentos de avaliação e monitoramento dos serviços socioassistenciais e de seu
atendimento aos usuários.
INTRODUÇÃO

O processo de avaliação encontra-se presente em todas as etapas do processo de


planejamento. A ação planejada deve conter os indicadores por meio dos quais ela será
monitorada e avaliada, de forma a possibilitar correções e adaptações no curso do projeto. As
estratégias de ação e os indicadores escolhidos deverão mostrar como os objetivos propostos
serão alcançados.
Segundo Baptista (2003; 113), é na avaliação que mais se apresenta o conteúdo
dialético, quando nega para superar. Para ela, são destacados e reconhecidos elementos
fundamentais nesta etapa do planejamento, tais como: a dimensão do futuro; a dimensão da
historicidade; a dimensão da contradição, a dimensão do enfrentamento e da reificação.
A discussão que envolve a avaliação das Políticas Sociais no Brasil tem se destacado
nas últimas décadas, devido às evidências dos indicadores que expressam a questão social.
Com o quadro da pobreza estampado, exige-se o debate sobre a gestão de benefícios e
serviços que devem ser implantados e ou implementados pelas Políticas Sociais,
caracterizando um sistema de proteção.
A discussão que envolve a avaliação das Políticas Sociais no Brasil tem se destacado
nas últimas décadas, devido às evidências dos indicadores que expressam a questão social.
Expressões desse reconhecimento se manifestaram na regulamentação do ECA e da
LOAS e, recentemente, na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social –
PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social – SUAS.
Este sistema define os serviços socioassistenciais, assim como as três funções da
Política de Assistência Social:
Defesa Socioassistencial: garantia aos usuários do acesso ao conhecimento dos direitos
socioassistenciais e sua defesa através de atendimento de qualidade digno e respeitoso;
divulgação das informações; redução da espera (respeito ao tempo); ruptura com idéias
tutelares, visando à conquista de condições de autonomia e de acesso a oportunidades e
capacitação;
Proteção Social: a proteção social da Assistência Social consiste no conjunto de ações,
atenções, benefícios e auxílios, ofertados pelo SUAS, para redução e prevenção do impacto
das necessidades sociais e naturais ao ciclo da vida, e a preservação da dignidade humana e da
família, como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional.
Monitoramento: diz respeito à observação regular e sistemática do desenvolvimento
das atividades, do uso dos recursos e da produção de resultados, comparando-os com o
planejamento inicial. Ele deve produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a
análise da razão de eventuais desvios, assim como, das decisões de revisão do plano.
A avaliação no campo social deve estar atenta para apreender os impactos
No processo do aprimoramento da vigilância social, é fundamental a criação de
instrumentos que possibilitem a gestão da Política de Assistência Social por meio da constante
interpretação dos dados recolhidos.
Em Leme, foi construído, pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Assistência
Social, um sistema virtual de cadastro e controle, para a utilização de toda a rede sócio-
assistencial governamental e não governamental denominado IRSAS - Informatização da
Rede de Serviços da Assistência Social.
Como já foi dito anteriormente, a Vigilância Social é uma das funções da Política de
Assistência Social para a garantia da Proteção Social Brasileira, ela pode e deve ser realizada
com um sistema de informação.
Os indicadores referem-se a aspectos tangíveis e intangíveis da realidade.
O grande esforço dos profissionais da área social tem sido construir indicadores de
avaliação e de acompanhamento de famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Cabe dizer que a forma da coleta e da produção dos dados, para a formulação dos
indicadores, pode ser a expressão dos interesses dos formuladores, ou seja, é a expressão de
determinada realidade a partir da leitura do pesquisador, que pode ser enviesada, valorativa e
parcial.
DESENVOLVIMENTO

TEMA: SITUAÇÃO DE RUA E EVASÃO ESCOLAR: ATENÇÃO PARA EDUCAÇÃO


INCLUSIVA.

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

NOME DO PROJETO:
Situação de rua e evasão escolar: atenção para educação inclusiva.

PÚBLICO ALVO:
Crianças e adolescentes.

OBJETIVO:
Este trabalho objetiva apresentar um estudo sobre a importância da Educação
enquanto política pública para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em
situação de rua.

NOME DA ENTIDADE:
E.E.Profº.Waldemar Ferreira.

COORDENADORES(AS) DO PROJETO:
Delândia Rodrigues
Joana de Fátima T. de Andrade
Jonatlhas Roversi Custódio

2. JUSTIFICATIVA:
Ao falarmos da criança e do adolescente, tornam-se inesgotáveis os aspectos a serem
abordados, contudo, é inconcebível não pensá-los como sujeitos de direitos. O ECA
(BRASIL, 990) norteia as ações que fazem assegurar tais direitos em seu artigo 4º: “É dever
da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.”

3. OBJETIVO(S):
Este trabalho objetiva apresentar um estudo sobre a importância da Educação
enquanto política pública para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em
situação de rua.

4. METODOLOGIA:
Diminuir a evasão por meio de metodologias diferenciadas. O retorno das propostas
foi fantástico, todo colegiado abraçou a causa e fomos à luta. Foram utilizados recursos dos
trabalhos de pesquisa de campo, nos quais os alunos puderam confrontar a teoria com a
prática, onde várias disciplinas trabalharam em conjunto, expuseram a vida real contada nos
livros, a partir de passeios pela cidade. Conheceram pontos turísticos e conceituais no
município de Leme, observando a fauna e a flora, os animais que vivem nos parques e
bosques; os tipos de solos, tipos de vegetação e paisagens e outra infinidade de conteúdos que
há tanto são expostos aos alunos, mas que puderam ser vistos em tempo real.
Trabalharam conteúdos em formato de seminários e exposição de trabalhos; pesquisa e
utilização do laboratório de informática, atividades de leitura na biblioteca; apresentação de
danças e teatros, interação entre a comunidade por meio de jogos educativos, dentro e fora da
sala de aula. Projetos de reciclagem, procurando a conscientização, o cuidado com a natureza,
iniciando-se uma horta para a melhoria da merenda escolar.
Trabalhamos com atividades lúdicas; esportivas, campeonatos; gincanas de
conhecimento gerais; participação em competições esportivas que nos renderam colocações
consideráveis no pódio, além do que descobrimos grandes atletas.

5. IMPACTO:
O resultado foi surpreendente. E o percebemos na análise da última estatística em
meados de Agosto, demonstrando que houve uma demanda considerável de alunos que
permaneceram na escola, bem como alguns que retornaram para a sala de aula. Estamos
caminhando para o término do ano letivo. Embora o ano ainda não tenha terminado toda
escola se mobilizou para que houvesse um trabalho efetivo de aprendizagem e apropriação
dos conteúdos trabalhados. Estamos em constante processo de retomada de conteúdos que
agora estão sendo percebidos e compreendidos pelos nossos alunos.

6. PARCERIAS E INTERFACES:
Direção e Coordenação da escola E.E.Waldemar Ferreira

7. RECURSOS:
-
8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:
DURAÇÃO
ETAPAS
INÍCIO: TÉRMINO:
Pesquisa de Campo. Fevereiro/2015 Junho/2015
Passeio, seminários e atividades em geral. Julho/2015 Setembro/2015
Avaliação. Setembro/2015

9. AVALIAÇÃO:
Segundo Censo divulgado em 2011 pelo governo federal mostra que o Brasil tinha
nesta data 23.973 crianças e adolescentes vivendo nas ruas de 75 cidades com mais de 300 mil
habitantes.
A partir do momento em que a criança e adolescente se encontram nessa situação se
priva de todos os seus direitos, ficando vulnerável a fatores de riscos como alcoolismo,
drogadição, violência, preconceitos, evasão escolar, entre diversos outros fatores.
Diante de tal número, torna-se fundamental a criação de projetos sociais e políticas
públicas para garantir as crianças e adolescentes os direitos que lhe são cabíveis, como por
exemplo, educação e moradia.
Pode-se concluir que com a execução do projeto foi possível reduzir o número de
evasões escolares na E.E. Prof. Waldemar Ferreira na cidade de Leme.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa forma, concluímos que a construção de indicadores não é uma tarefa simples,
pois por si só, o indicador é um instrumento, aparentemente, frio e neutro. A importância de
seus significados pode, no entanto, variar de acordo com determinadas intencionalidades
políticas, além de conhecimentos científicos e tecnológicos.
Concluímos, ainda, que sua utilização na Política de Assistência Social vem
expressando, cada vez mais, sua importância e a necessidade de, por um lado, sua ampliação
e, por outro, seu refinamento. Mas o desafio ainda é grande, deve demonstrar, de forma
quantitativa e qualitativa, as diversas demandas que as famílias, usuárias desta política,
expressam, assim como suas potencialidades.
Estas informações devem direcionar a construção de novas políticas e a
implementação contínua das existentes, além da contribuição de ações integradas com as
demais políticas públicas e organizações comunitárias. Neste processo, é de extrema
importância a participação das famílias alvo da atuação destas políticas, por meio das reuniões
socioeducativas, e, em especial, das Conferências Municipais de Assistência Social, instâncias
já criadas. Isto não significa que a criatividade dos usuários e dos profissionais não criem
novas instâncias de participação e de organização que extrapolem estes, ainda limitados,
canais de participação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, Miriam e PINHEIRO, Leonardo Castro. Violência e Vulnerabilidade


Social. Madri: Comunica. 2003.

ACOSTA, Ana Rojas; VITALER, Maria Amália Faller (Orgs). Famílias, redes, laços e
políticas públicas. São Paulo: IEE – PUC/ SP, 2005.

BAPTISTA, Myriam Veras. Planejamento Social - intencionalidade e instrumentação.


Lisboa: Veras Editora, 2000.

CANO. Ignácio. Introdução à avaliação de programas sociais. Rio de Janeiro, FGV Editora,
2002.

FERREIRA, Maria Paula; DINI, Nádia Pinheiro; FERREIRA, Sinésio Pires. Espaços e
dimensões da pobreza nos municípios do Estado de São Paulo: Índice Paulista de
Vulnerabilidade Social – ipvs. São Paulo em Perspectiva, v. 20, n. 1, p. 5-17, jan./mar. 2006.

ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; PINHEIRO, L. C.; et.al. Juventude, violência e


vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas. Brasília:
UNESCO, 2002.

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