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Karen Horney

História Pessoal
■ Nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1885.
■ Morreu em 1952.
■ Fez Medicina
■ Instituto Psicanalítico de Berlim, de 1918 a 1932.
■ Nos EUA tornou-se diretora do Instituto Psicanalítico
de Chicago.
■ Fundou a Associação para o Progresso da
Psicanálise e o Instituto Americano de Psicanálise.
Ideias Principais
Crítica ao conceito de “inveja do pênis” como fator determinante da psicologia
feminina → “Eu conheço tantos homens com inveja do útero quanto mulheres com
inveja do pênis”

“Estou convencida de que a psicanálise deve superar as limitações colocadas pela


psicologia genética e instintivista que a caracteriza”

“A personalidade não pode depender totalmente de forças biológicas, como propôs


Freud. Se dependesse, não veríamos diferenças tão significativas de uma cultura
para outra”.

As pessoas não são motivadas por forças sexuais ou agressivas, mas sim pela sua
necessidade de segurança e amor.

Não existem etapas de desenvolvimento universais nem conflitos infantis


inevitáveis. Em vez disso, o fator-chave é a relação social entre a criança e os pais.
Conceito Fundamental
Ansiedade Básica
■ Sentimento que a criança tem de estar isolada e desamparada em um
mundo potencialmente hostil. É a base sobre a qual as neuroses
posteriores se desenvolvem.

■ A sensação de desamparo das crianças depende do comportamento


dos pais.

■ Fatores desencadeantes: preferência óbvia por um irmão, castigo


injusto, comportamento instável, não-cumprimento de promessas,
ridicularização, humilhação e isolamento da criança de seus
companheiros, etc.

■ Tudo o que perturbe a segurança da criança em relação a seus pais


produz ansiedade básica.
Luta contra o isolamento e o desamparo
Estratégias
■ Tornar-se hostil e procurar vingar-se
■ Tornar-se submissa para recuperar o amor perdido
■ Desenvolver visão irreal e ideal de si
■ Tentar comprar amizade
■ Criar situações difíceis que obriguem os outros a gostar dela
■ Tornar-se lamurienta
■ Tornar-se dominadora
■ Explorar as pessoas
■ Tornar-se competitiva
■ Voltar a agressividade contra si mesma
ESTRATÉGIA

CONDUTA HABITUAL

NECESSIDADE
Luta contra a ansiedade na infância

■ Assegurando o afeto e o amor dos outros: tentar fazer tudo o que o outro quer; subornar
ou ameaçar para obter afeto.
■ Sendo submissos: agir de acordo com os desejos de uma pessoa ou dos que pertencem
ao nosso ambiente.
■ Obtendo poder: consegue segurança por meio do sucesso ou de um sentimento de
superioridade.
■ Afastando-nos: tenta se tornar independente dos outros; quem se afasta protege-se
contra a possibilidade de ser magoada pelos outros.

Esses mecanismos nos motivam a buscar a segurança e o restabelecimento da confiança,


não a felicidade ou o prazer, e são uma defesa contra a dor, não uma busca do bem-estar.
Necessidades Neuróticas
1. Necessidade Neurótica de afeto e aprovação
2. Necessidade neurótica de um “parceiro” do qual possa
depender
3. Necessidade neurótica de restringir a vida a círculos
estreitos
4. Necessidade neurótica de poder
5. Necessidade neurótica de explorar os outros
6. Necessidade neurótica de prestígio
7. Necessidade neurótica de admiração pessoal
8. Ambição neurótica de realização
9. Necessidade neurótica de auto-suficiência e independência
10. Necessidade neurótica de perfeição
Classificação das Necessidades em
Três Movimentos
1. Da pessoa em direção aos outros
(personalidade submissa)

2. Da pessoa para longe dos outros


(personalidade desprendida)

3. Da pessoa contra os outros (personalidade


agressiva)
Personalidade Submissa
■ Necessidade intensa e contínua de afeto e aprovação;
■ Anseio de ser amado, desejado e protegido;
■ Manipulam as outras pessoas para atingir suas metas;
■ Nunca são assertivas, críticas ou exigentes; fazem o que a
situação exigir;
■ Veem os outros como superiores;
■ Extremamente dependentes, necessitando de aprovação e
restabelecimento da confiança constantes;
■ Sempre tentam agradar e nunca pedem nada para si
mesma.
Personalidade Agressiva
■ No seu mundo, todos são hostis: só os mais aptos e
espertos sobrevivem;
■ Nunca exibem o medo de rejeição;
■ Agem de forma dura e dominadora e não tem consideração
pelos outros;
■ Encontram satisfação em ter a sua superioridade afirmada
pelos outros;
■ Julgam tudo em termos do benefício que receberão do
relacionamento;
■ Não se esforçam em satisfazer os outros, mas fazem o que
for preciso para obter e manter a superioridade.
Personalidade Desprendida

■ Buscam a auto-suficiência;
■ Precisam depender dos seus próprios
recursos, que devem ser bem desenvolvidos;
■ Desejo de privacidade;
■ Tem de evitar qualquer restrição: agendar,
programações, casamentos e até a pressão
do cinto ou da gravata;
■ Reprimem ou negam qualquer sentimento
em relação aos outros;
■ Cada uma das orientações configura a base dos
conflitos interiores.

■ A diferença entre o normal e o neurótico é apenas


o grau.

■ O normal: soluciona os conflitos com a integração


das três orientações.

■ O neurótico: reconhece apenas uma das


orientações.
O conflito resulta de condições sociais

“A pessoa que pode vir a ser neurótica é


aquela que experimentou determinadas
dificuldades culturais, de modo
acentuado, notadamente durante a
infância”

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