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Nº de Módulos: 11
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“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que
não possa ensinar.”
Esopo
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
Índice
1 - Introdução à Engenharia de Serviços ........................................................... 3
2 - Organização da Contratação - Organização e Revisão do Projecto .................... 7
2.1 Organização dum projecto ................................................................................... 8
2.2 Revisão / Estudo de Projecto (na óptica da fiscalização)........................................... 9
3 - Organização da Contratação - Organização do Concurso, Selecção e Contrato . 12
3.1 Processo de Concurso ........................................................................................ 13
4 - Fiscalização da Empreitada - Noções Gerais ................................................ 19
4.1 Áreas funcionais ............................................................................................... 19
4.2 Agentes da fiscalização ...................................................................................... 20
4.3 Organização da Equipa de fiscalização ................................................................. 21
4.4 Matriz de atribuições da fiscalização .................................................................... 26
5 - Área Funcional de Conformidade ............................................................... 27
5.1 Procedimentos ao abrigo da área funcional conformidade ...................................... 28
5.2 Reuniões de preparação de obra ......................................................................... 28
5.3 Rotinas de inspecção dos trabalhos ..................................................................... 30
5.3 Ensaios de recepção .......................................................................................... 36
5.4 Recepção de Materiais ....................................................................................... 38
5.5 Autorização de Tarefas ...................................................................................... 38
5.6 Pedido de Alterações ......................................................................................... 38
5.7 Não conformidades ........................................................................................... 38
6 - Área Funcional Economia .......................................................................... 40
6.1 Conta da Empreitada ......................................................................................... 40
6.2 Autos de medição ............................................................................................. 44
6.3 Facturação ....................................................................................................... 46
7- Área Funcional Planeamento ...................................................................... 50
7.1 Controlo do Plano de Trabalhos .......................................................................... 51 2
7.2 Balizamentos periódicos - controlo de consumos ................................................... 53
7.3 Previsão de prazos ............................................................................................ 54
7.4 Multas por atraso .............................................................................................. 55
8 - Área Funcional Informação/Projecto ........................................................... 56
8.1 Arquivos de Obra .............................................................................................. 56
8.2 Arquivo de Projecto ........................................................................................... 57
8.3 Reuniões.......................................................................................................... 57
8.4 Gestão de Assuntos ........................................................................................... 63
9 - Área Funcional Licenciamento/Contrato ...................................................... 68
9.1 Cumprimento de actos da Contratação (Contrato, Assinatura, Aditamentos, Resolução)68
9.2 Cumprimento de actos do Licenciamento ............................................................. 68
9.3 Cumprimento de actos legais da Empreitada ........................................................ 68
10 - Área Funcional Segurança....................................................................... 69
10.1 Verificação da contratação da segurança ............................................................ 69
10.2 Acompanhamento da implementação da segurança ............................................. 69
11 - Área Funcional Qualidade ....................................................................... 70
11.1 Qualidade dos serviços de fiscalização ............................................................... 70
11.2 Qualidade dos trabalhos de obra ....................................................................... 70
12 – Terraplagem ......................................................................................... 71
12.1 Caracterização do Serviço de Terraplanagem ...................................................... 71
12.2 Actividades Preliminares à Execução da Terraplanagem ....................................... 73
12.3 Abertura e melhoria de caminhos de serviço ....................................................... 73
12.4 Desmatamento, destocamento e limpeza ........................................................... 74
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1 - Introdução à Engenharia de Serviços
A engenharia de serviços define-se como sendo todo o conjunto de metodologias
destinadas a optimizar a relação entre entidades intervenientes numa prestação de
serviços.
As entidades são:
(Quem encomenda o serviço )
(Quem executa os serviços )
(Quem é objecto dos serviços )
Exemplo :
Se durante uma aula o docente solicitar a um aluno que vá executar 30 cópias dum
problema para distribuir pela turma, o "adjudicante" é o docente, o "adjuducatário" o
aluno e o "destinatário" é a turma.
-list)
Exemplo :
Verificou-se a queda duma viga após descofragem motivada por não ter sido colocada
a armadura prevista em projecto. Nos contratos correntes de fiscalização a equipa de
fiscalização não tem a responsabilidade de pagar os danos. Embora tivesse a
obrigação de verificar o ferro e, pressupostamente, não o tenha feito de forma eficaz,
nunca pode ser responsabilizada por uma falha tecnológica da responsabilidade do
empreiteiro. À fiscalização poderia (se estipulado contratualmente) ser aplicada uma
multa por não ter sido implementado ou efectuado o procedimento de controlo de
ferro.
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Neste caso:
- A PRESTAÇÃO da fiscalização era a de implementar metodologias de controlo
de colocação de ferro em obra no âmbito da conformidade;
- A RESPONSABILIDADE limitava-se à realização de procedimentos de controlo
- O CUSTO definiria uma multa
- A INFORMAÇÃO deveria ter um registo completo das rotinas efectuadas pela
fiscalização demonstrando que aquela viga não foi controlada ou, caso tenha
sido controlada, permitiria livrar a fiscalização de responsabilidades
- O PRAZO, caso tivesse sido previsto um, poderia permitir a necessária
revisão da ficha de controlo de betonagens e teria permitido a detecção do erro
antes da descofragem.
EMPREEENDIMENTO
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idêntica à de uma outra viga semelhante do mesmo piso e, além disso, a sentimento
parece ser muito pouco (viga de 6 metros com 2 ɸ6 como armadura de tracção)
Forma de actuação:
1º - Alertar o encarregado (preferencialmente em particular e fora do local. Só em
caso de perigo de segurança iminente ou de erro irreversível é que se actua no
local directamente com o operário)
2º - Verificar os elementos de projecto (admita-se que confirmavam a armadura
observada em obra)
3º - Dar nota das dúvidas ao projectista de estruturas que no âmbito da assistência
técnica à obra deve estar disponível para resolver a questão. (telefonar e enviar
fax)
4º - Proceder conforme indicações do projectista.
São 16 horas e é necessária uma decisão uma vez que o projectista não está
contactável nem tem ninguém que o substitua. Como se vai actuar?
Como se actua?
- Tentar convencer o projectista que está enganado?
- Retira-se o ferro extra já colocado?
- Deixa-se ficar porque "ferro a mais não faz mal"? Quem vai pagar estes
custos?
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fiscalização responsável pelos seus actos e como tal responsável pelo pagamento dos
custos do ferro extra
conformidade
membro
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2 - Organização da Contratação - Organização e
Revisão do Projecto
EMPREENDIMENTO DA CONSTRUÇÃO
Contudo a sua iniciativa deve ser ampliada à fase terminal do projecto no sentido de
verificar se este reúne as condições necessárias para garantir uma boa obra.
Fria
Quente
agem
Efluentes (esgotos)
Pluviais
Freáticas
Intercomunicações
Telefones
TV
ecânicas
Elevadores
Ventilação forçada
Condicionamento térmico
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Peças escritas:
(para cada uma das especialidades)
(descrição da solução e respectivas
condicionantes)
Peças desenhadas:
(para cada uma das especialidades) 9
De notar que estudos vários sobre patologia da construção atribuem como causa de
cerca de 50% dos defeitos de construção erros ou omissões de projecto. E estes erros
ou omissões são em cerca de 50% resultantes de falta de pormenorização ou
especificação incompleta.
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assumida por uma equipa revisora constituída por especialistas das diferentes áreas.
Essa revisão equaciona desde os objectivos do programa às soluções propostas em
projecto pondo em causa os critérios e métodos de dimensionamento. Tal actividade
sai fora do âmbito desta disciplina bem como da actividade corrente de
fiscalização/coordenação de obra.
Trata-se duma metodologia que deve ser adaptada à dimensão do projecto em causa
simplificando os passos que se apresentam.
10
As disponibilidades de tempo e contratuais determinam também a forma e exaustão
com que esta revisão deverá ser feita
5º - Revisão de medições (ordem de análise caso não seja feita uma revisão global)
- Tarefas cujo custo global é maior
- Tarefas cuja probabilidade de gerarem trabalhos a mais e maior
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- Tarefas mais difíceis de garantir o preço
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Matriz de soluções
Uma das formas de controlar e rever o projecto é elaborar uma matriz de soluções
que materialize e evidencie que cada solução construtiva (geralmente ao nível dos
acabamentos) está coerentemente definida nos diferentes elementos de projecto.
Consubstancia as etapas 2º 3ª e 4ª antes referidas e é geralmente elaborada como
um documento de evidência.
Exemplo:
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3 - Organização da Contratação - Organização
do Concurso, Selecção e Contrato
A selecção de empreiteiro para execução duma dada obra depende
fundamentalmente de se tratar duma obra pública ou particular
Em obras públicas a contratação obedece em geral a um concurso que pode ter as
seguintes formas:
- Público;
- Limitado com ou sem negociação;
- Ajuste directo;
Em obras particulares a contratação é livre podendo assumir qualquer forma que não
contradiga o código civil artigos 1207º a 1230º sobre empreitadas
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Contudo, para obras particulares recorre-se muitas vezes a uma metodologia próxima
da prevista para obras públicas tirando justamente partido da matéria estabelecida
pelo referido Regime Jurídico.
empresa
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3.1 Processo de Concurso
es Jurídicas do Contrato
Projecto
Programa do Concurso
6- Calendário do concurso
Data limite para resposta à carta convite
Data limite para apresentação da Proposta
Data para abertura das propostas
Data para início de negociações ou dispensa de concurso
Data prevista para Adjudicação
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7- Condições Jurídicas do concurso
Regras de abertura das propostas
Prazos para reclamação dos actos do concurso
Regras de selecção
Condições de aceitação de propostas condicionadas ou variantes
Minuta do contrato e respectiva cláusula de aceitação
Comarca competente em caso de litígio
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2- Forma do contrato
3- Execução da empreitada
consignação da obra
plano de trabalhos
execução dos trabalhos
materiais
fiscalização
agentes
funções
modos de actuação
ordens
suspensão dos trabalhos
incumprimento do contrato
4- Pagamentos
prazos
forma
mora
6- Rescisão do contrato
7- Contencioso
É sabido que quando se apresenta uma proposta num concurso o valore dessa
proposta sobe inversamente á motivação.
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O gráfico que se segue procura identificar o conceito:
Sequência de acções:
1-
Envio de carta convite a empreiteiros possivelmente interessados e com
demonstração prévia de capacidade.
Critérios de procura
Envolvidos em obras semelhantes em conclusão
Sediados na zona
Conhecimento particular
16
Anúncio ( a evitar )
Fixar prazo para resposta de interesse em adquirir o Processo de Concurso que
normalmente é pago ( o pagamento prévio é normalmente demonstrativo do
interesse em concorrer )
2-
Em função do número de respostas à carta convite proceder à elaboração do número
de cópias do processo até à data fixada para serem levantados ou, em alternativa,
dar indicação para se dirigirem a uma casa onde se encontram os originais para
reprodução, munidos de autorização para adquirirem cópia.
Estabelecer prazo para esclarecimento de dúvidas sobre o projecto ou o programa de
concurso. (normalmente o primeiro terço do prazo do concurso). Qualquer dúvida
deve ser formulada por escrito sendo a respectiva resposta processada da mesma
maneira a TODOS os envolvidos no concurso
3-
Recepção das propostas até à data limite previamente estabelecida
4-
Abertura das propostas preferencialmente em acto privado ( só é possível em obras
particulares ) mas testemunhado por várias pessoas. Elaborar acta dos respectivos
resultados onde conste:
Quais as empresas admitidas
Quais as empresas rejeitadas e respectivo motivo
Seriação por preço das empresas admitidas
Quem testemunha o acto
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5-
Análise de propostas
Metodologia de análise de propostas
Verificação da documentação fornecida e elaboração de mapa síntese
Solicitação de documentos omissos ( só é possível em obras particulares )
Verificação do orçamento ( são frequentes erros de dactilografia ou de reprodução
das medições e omissões de preços por falta de tempo na elaboração de propostas
que alteram a lógica do preço global e podem eliminar empresas interessantes )
Mapa comparativo dos diferentes orçamentos ( comparação feita por capítulos ou
artigos dos preços das diferentes propostas apresentadas) .
Resulta um conjunto de informações sobre cada artigo ou capítulo da seguinte
natureza:
- Preço na média das propostas
- Preço especialmente baixo ( possivelmente não foi bem interpretado o
projecto)
- Preço muito elevado ( possivelmente não foi correctamente interpretado o
projecto)
Avaliação da capacidade técnica dos concorrentes
- Pelos documentos fornecidos
- Pela visita a obras semelhantes
- Pela análise da disponibilidade em termos de produção
17
6-
Negociação
(em obras particulares)
Convidar os concorrentes com as propostas mais interessantes em termos técnicos e
económicos e dispensar os restantes, mantendo sempre o sigilo entre eles.
B
Estudo da estrutura de custos do orçamento e confirmação ou alteração das
soluções pelo Dono-de-Obra. Em caso de alteração de soluções ( normalmente com
o objectivo de baixar o preço da obra) pedido de preço a TODOS os empreiteiros só
para essas alterações. Para tal deves ser elaborado um aditamento ao concurso
preparado pelo projectista respectivo e que é distribuído pelos concorrentes para
orçamentação dentro dum prazo combinado.(é desejável que todas as alterações
sejam feitas de uma única vez pois corre-se o risco de prolongar muito o processo
de negociações)
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Após a apresentação de novos preços e respectiva análise refaz-se a seriação dos
concorrentes
C
Ronda de negociações no sentido de abrir aos empreiteiros a possibilidade de
sugerirem alterações ou variantes que não contrariem o espírito técnico e
arquitectónico da obra mas que concorram para uma redução de preço. ( por
exemplo, deixar que determinado empreiteiro proponha tintas diferentes das
especificadas mas que tecnicamente sejam equivalentes, desde que daí resulte
num menor custo da obra supostamente por esse concorrente ter melhores
condições com o fornecedor desta alternativa)
Todas as alternativas devem ser aprovadas pelos projectistas da respectiva
especialidade Nova seriação de concorrentes
D
Negociação económica e financeira
(normalmente da responsabilidade do Dono-de-Obra)
Fase de estudo de condições de pagamento eventuais adiantamentos ou regime de
revisão de preços
Fase de descontos ( só aqui é que se começam a fase descontos )
Nota importante :
Este faseamento obriga a demonstração de capacidade técnica e empenho das
empresas, contudo representa também um custo que as pode desmotivar afastando 18
por desinteresse destas empresas interessantes. Salienta-se que o sigilo só é
quebrado no final com a comunicação de adjudicação a uma dada empresa. ( por
vezes usa-se a comunicação a todas as empresas da intenção de adjudicação a uma
dada empresa, facto que motiva ainda mais um desconto de eventuais empresas
perdedoras )
7-
Adjudicação
Acto que significa que foi concluída a fase negocial e é determinado empreiteiro que
irá fazer a empreitada
8-
Assinatura do Contrato
9-
Consignação
Acto que significa que o empreiteiro a quem foi adjudicada a obra tem autorização
para tomar posse do terreno e iniciar a obra. É a partir desta data que se começa a
contar o prazo de obra
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4 - Fiscalização da Empreitada - Noções Gerais
Refira-se contudo que embora estas áreas funcionais (AF) sejam subdivididas da
forma apresentada existem profundas dependências entre elas. Na realidade a AF
Conformidade não é mais do que um dos métodos de Garantia da Qualidade e a AF
19
Informação no sentido lato poderia englobar todas as outras.
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4.2 Agentes da fiscalização
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Exemplo
Para além das reuniões da equipa de fiscalização onde os assuntos mais importantes
são objecto de acta é corrente existir um documento escrito para validar a informação
tem o nome de "ordem de serviço" ou "folha de ordens" ou "nota de informação
interna" ou " notificação interna"
21
Nota: A descrição feita destina-se apenas a dar uma ideia tipo das empreitadas e
equipas de fiscalização padrão ou previsíveis em termos médios. Qualquer
empreitada de categoria inferior decorrendo a elevado ritmo ou com âmbito de
controlo alargado a todas as áreas funcionais obriga, obviamente, a equipas de tipo 22
superior, eventualmente constituídas de forma diferente das que se pretendem
apresentar.
TIPO I
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TIPO II
Com algum apoio de cede central principalmente a nível administrativo. Neste tipo a
equipa de obra tem já autonomia plena em termos de Direcção e Coordenação
embora normalmente com um quadro deslocado em percentagem.
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TIPO III
Reduz-se muito o apoio de sede central podendo mesmo não existir. Em sede central
realizam-se apenas tarefas administrativas de controlo do contrato de fiscalização
(facturas, etc.) e eventuais processamentos automáticos para controlo de
planeamento e financeiro. Verifica-se assim o aparecimento em obra dum núcleo
administrativo destinado principalmente para secretariado, embora podendo não o
ser a 100%
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TIPO IV
Não tem apoio de cede central ou é muito reduzido apenas para tarefas
administrativas de controlo do contrato de fiscalização (facturas, etc.). Verifica-se
assim o aparecimento em obra dum núcleo administrativo completo a 100%.
25
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4.4 Matriz de atribuições da fiscalização
Exemplo
26
Esta matriz pode ter uma outra versão alternativa, mais detalhada. em que cada área
funcional tem os respectivos procedimentos detalhados, e mais ainda esclarece a
existência de assessoria técnica, acompanhamento em fase de garantia, etc.
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5 - Área Funcional de Conformidade
Objectivos:
Quem tem que garantir e ser responsável pela conformidade da obra é o empreiteiro.
Esta garantia decorre até ao prazo contratado (5 anos em OP).
Exemplo:
Caso o projecto contenha soluções com as quais o empreiteiro não concorde e que
ainda assim o projectista entenda manter, o empreiteiro deve excluir essas soluções
27
da garantia de obra para desta forma se inibir de responsabilidades.
Exemplo:
Caso se detecte um erro numa tarefa cuja fiscalização claramente devia acompanhar
(classe de betão por exemplo) quem é responsável por esse erro é o empreiteiro e é
ele que deve assumir os encargos da respectiva reparação. Contudo, à fiscalização
pode ser aplicada uma penalização (multa) por não ter implementado correctamente
os referidos mecanismos a que contratualmente estava obrigada A matriz de
atribuições é um documento importante para clarificar quais mecanismos estão
contratados.
Comentário:
É em parte devido a esta constatação que é desejável que os serviços de fiscalização
sejam contratados com início na revisão de projecto
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5.1 Procedimentos ao abrigo da área funcional conformidade
28
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1. Revisão dos elementos de projecto
Comentário:
A vantagem destas reuniões é impedir que em cima dos acontecimentos haja
necessidade de resolver questões que com antecedência são simples.
Mais ainda são uma excelente forma de pressionar o empreiteiro a preparar obra e
disso ir dando conhecimento à fiscalização.
Os contactos no exterior, mais do que servirem para confirmar informações, servem
para clarificar muitas vezes na fonte determinados aspectos tecnológicos.
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5.3 Rotinas de inspecção dos trabalhos
Comentário:
Para um planeamento correcto das rotinas de inspecção devem ser tidos em atenção 30
os seguintes aspectos:
- conhecer em cada dia quais as tarefas em execução
- classificar essas tarefas por ordem de importância
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Deve ainda notar-se a grande importância deste mapa no âmbito da área funcional
planeamento, justamente para detectar ritmos de tarefas e eventuais atrasos (ou
avanços) de forma prematura e assim poderem ser avaliadas as respectivas
consequências.
31
Tarefas chave - Ou tarefas irreversíveis, são tarefas que pela sua dificuldade em
sofrerem alterações devem ser acompanhadas com maior cuidado. Numa obra
corrente de habitação com estrutura em betão armado podem ser as seguintes:
1 – Implantações
2 – Fundações
3 – Dimensões estruturais (cofragem)
4 – Armadura (diâmetros e traçado dos varões)
5 - Classe de betão
6 – Implantação Ductos
7 – Primeiras fiadas (alvenarias)
8 – Traçados (passagem de tubagem) das instalações
9 - Impermeabilizações
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Tarefas em início - A fase de arranque duma tarefa é aquela que merece sempre
maior necessidade de apoio da fiscalização com o objectivo de esclarecer dúvidas
verificar o cumprimento do acordado nas reuniões de preparação e comprovar as
tecnologias. Uma vez terminada a fase de arranque assume-se que o esforço de
conformidade deve ser menor
Tarefas alteradas - Para prever uma eventual falha de comunicação, mesmo que a
alteração esteja convenientemente registada e que seja do conhecimento do
empreiteiro, ainda assim é necessário acompanhar a alteração como o objectivo de
verificar se de facto a informação foi convenientemente transmitida à equipa de
frente de obra e se a solução alterada é de facto exequível.
Exemplo:
Campo data dum documento
Referência: DATA
Matéria: 23 DE DEZEMBRO DE 2000
Exemplo:
Materialização dum campo por descarga
33
Exemplo:
Materialização dum campo por extenso:
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Organização de fichas de controlo de conformidade
A subdivisão de FCC numa dada empreitada deve ser uma tarefa a cargo do RAF
respectivo. Deve obedecer a um plano segundo o qual sejam identificadas as FCC
necessárias para controlo duma dada tarefa. Designa-se por PLANO DE
CONFORMIDADE.
35
A preparação de fichas deve ser feita pelo fiscal pois permite garantir que
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este tem um completo conhecimento do projecto. (São particularmente
importantes os campos de "elementos de projecto" pois obrigam a um claro
estudo do mesmo)
Cada ficha deve permitir controlar uma tarefa nos vários locais em que
esta se desenrola. (Por exemplo ter um pequeno corte esquemático do edifício
para permitir evidenciar por descarga o piso/apartamento da tarefa)
36
5.3 Ensaios de recepção
Os ensaios de recepção ou de desempenho de uma dada empreitada devem decorrer
no final e destinam-se a avaliar a operacionalidade das soluções.
Exemplos:
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Refira-se contudo que embora sendo a quarta vez que determinada solução é
analisada tal não significa que é “controlada” quatro vezes pois mesmo os ensaios de
desempenho podem não ser globais, isto é não são aplicados a todas as soluções da
obra. Como se prevê deverá existir também um plano de ensaios de recepção que
valorize os aspectos mais marcantes do desempenho duma dada obra.
Por exemplo, tratando-se duma habitação com comércio no R/C é forçoso proceder-se
a um ensaio acústico para garantir o isolamento necessário.
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5.4 Recepção de Materiais
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6 - Área Funcional Economia
Trata das questões relacionadas com custos e facturação e integra todos os
procedimentos relacionados com o registo e tratamento da informação.
“Compete à fiscalização saber em cada momento o que foi pago, o que falta pagar,
em quanto se prevê exceder as previsões e a que correspondem os pagamentos
efectuados”
40
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- Trabalhos não previstos “extra” (de natureza diferente dos contratuais)
- Multas
- Prémios
- Adiantamentos
- Revisão de preços
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Trabalhos a menos
Notar que os trabalhos a manos, como não são executados, não teriam necessidade
de ser deduzidos (sinal menos) à conta da empreitada.
Na realidade sempre que se identifica um trabalho a menos (tarefa ou parte duma
tarefa que não se realiza por opção do dono-de-obra), para que conste dos registos e
para que no final da obra todas as contas fiquem fechadas (a 100%) , este trabalho
deve simultaneamente ser descarregado com trabalho contratual executado e como
trabalho a menos. Ou seja entra e sai deixando registos dessa saída. No fecho de
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contas, a conta de trabalhos contratuais deve estar saldada – todas as tarefas a
100% - e a conta de trabalhos a menos com registo da totalidade dos trabalhos não
executados. De outra forma não saberíamos se o facto duma dada tarefa não estar a
100% significava que “ainda não estava completa” ou “que já não se fazia mais”...
Multas
Todas as multas devem ser precedidas duma “notificação por escrito” dando ao
empreiteiro um prazo para alegações, pelo que normalmente são aplicadas no mês
seguinte àquele em que são contabilizadas.
“As multas por atraso de conclusão da obra não são um fim do Dono-de-Obra, que vê
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nisso uma forma de se ver ressarcido dos atrasos, mas, um – incentivo – para
pressionar o empreiteiro a cumprir os prazos. Como tal nem sempre as multas no fim
do prazo são eficazes pois, por muito que o empreiteiro queira evitá-las, no final dum
prazo já não há nada a fazer se não empenhar-se em concluir a obra, mas com
atrasos. Uma forma de tornar as multas mais eficazes é aplicar multas reversíveis
em prazos intermédios – normalmente em tarefas marco, ou seja que balizam bem a
obra – [ fundações , betão armado, toscos, fecho da obra ]. O não cumprimento dum
desses prazos leva a que seja aplicada uma multa que é devolvida se for cumprido
um dos prazos seguintes”
Prémios
Adiantamentos
43
Revisão de Preços
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A revisão de preços, que é um mecanismo de garantia dos preços do empreiteiro à
data da “abertura das propostas” é objecto em obras públicas duma metodologia
específica cujo âmbito não cabe neste documento, mas que se traduz num saldo
mensal (devedor ou credor) portanto de sinal positivo (a pagar ao empreiteiro) ou
negativo a receber do empreiteiro.
O acto de obra para elaboração dos autos compete em geral ao empreiteiro mas é
desejável que seja feito em conjunto com a fiscalização para se ganhar tempo na sua
aprovação. Sugere-se o seguinte fluxograma:
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A aprovação de autos deve ser um direito e dever da fiscalização salvaguardado
contratualmente com o dono-de-obra. Esta garantia contratual é a FUNDAMENTAL em
todo o articulado do contrato com o dono-de-obra pois permite ser usada como
45
argumento de “força” para salvaguarda da qualidade de obra. Efectivamente sempre
que esgotados os meios correntes se verifique que um empreiteiro não cumpre com
os requisitos de qualidade definidos em projecto é-lhe anunciado que essa tarefa
decorre sob a sua responsabilidade NÃO SENDO ACEITE PELA FISCALIZAÇÃO PARA
AVALIAÇÃO e portanto para facturação. Sugere-se sempre prudência e contenção na
utilização destes argumentos.
O acto de obra deve ser apoiado num documento que permita dispor da informação
necessária aquando da elaboração do Auto Conjunto. Esse documento designa-se
habitualmente por Folha de Auto.
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Esta folha deve ser preparada com antecedência de forma a que contenha apenas as
tarefas que efectivamente estiveram activas no mês em causa. Estas tarefas podem
ser obtidas o Mapa de Equipas Produtivas.
6.3 Facturação
46
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Sendo:
TC – Trabalhos Contratuais
TM – Trabalhos a Mais
Tm – Trabalhos a menos ( devem entrar com sinal negativo )
TE – Trabalhos Extra
M – Multas ( devem entrar com sinal negativo )
P – Prémios
A – Saldo da conta de adiantamento (com sinal + ou – conforme seja a pagar
ou a receber)
R – Saldo da conta de revisão de preços (com sinal + ou – conforme seja a
pagar ou a receber)
Regras de facturação
O acto de facturar, e pagar, uma dada tarefa acaba por ser como que uma pré
recepção e aceitação da tarefa devendo por isso merecer a melhor atenção.
Deverão ser combinadas com o empreiteiro regras de facturação das tarefas de modo 47
que este possa organizar a sua produção no sentido de facturar mensalmente as
respectivas actividades efectivamente feitas.
Regras:
- Só devem ser facturadas tarefas concluídas (ou seja que esgotem a definição
do mapa de tarefas e quantidades – por exemplo, dum artigo de pintura global
dum edifício, devem-se os pisos já concluídos, mas não aqueles em que ainda
só esta “dada” a primeira demão mesmo que só se facture uma percentagem
desse valor)
- Devem ser facturados os fornecimentos (notar que a noção de fornecimento
não implica estarem tarefas concluídas – por exemplo é aceitável facturar uma
percentagem do valor da tarefa de colocação e fornecimento de portas desde
que estas estejam depositadas em obra, essa percentagem deve ser
ligeiramente inferior ao valor das portas par precaver eventuais danos de
montagem ou armazenamento que as vão desvalorizar)
- É aceitável uma pequena sobrefacturação desde que a tarefa esteja na
iminência de ficar concluída – por exemplo facturar uma betonagem que no
acto de obra ainda está no início, etc..
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6.4 Previsão de custos
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6.5 Controlo Orçamental
49
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7- Área Funcional Planeamento
Trata de questões relacionadas com prazos e encerra um conjunto de procedimentos
destinados a conhecer controlar e prever a evolução da obra no tempo. No âmbito
desta área a fiscalização deve conhecer em cada momento o estado das tarefas:
- Em execução (avançada, atrasada, em dia)
- Não iniciada
- Suspensa
- Executada
50
- controlo de consumos
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7.1 Controlo do Plano de Trabalhos
Plano inicial
Este plano de obras deve ter uma escala de tempo no mínimo à semana e identificar
o percurso de cada equipa produtiva em obra. Este detalhe não é necessário para um
horizonte temporal total podendo incidir apenas sobre os primeiros meses de obra, e
à medida que esta for avançando ir detalhando o plano.
51
Para as tarefas com maior expressão no tempo total de duração da obra – ou seja as
tarefas com maior duração do caminho crítico é recomendável fazer um controlo do
desenvolvimento da tarefa ao longo do tempo para ir fazendo previsões de conclusão
e verificar se esta irá cumprir o prazo programado. É sempre mais útil evidenciar um
atraso numa fase inicial da tarefa – em que se podem tomar medidas para recuperar
– do que constatar o facto apenas no final. Para se efectuara este acompanhamento
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
procede-se ao cálculo do rendimento da tarefa observando o rácio da quantidade de
trabalho realizado sobre a quantidade de. Mão-de-obra produtiva utilizada.
52
Um plano de trabalho deve sempre ser visto como um documento guia para
optimização e previsão do desenvolvimento duma obra mas não pode ser considerado
infalível nas suas previsões. Um obra não é mais do que um conjunto de tarefas com
necessidade de grande coordenação entre elas que muitas vezes é difícil de
conseguir, gerando por isso atrasos e alteração do plano previsto. Surge assim a
necessidade de periodicamente solicitar ao empreiteiro a revisão do plano de
trabalhos. Justifica-se este pedido sempre que, pelo menos:
- se verifiquem atrasos superior a 25% do tempo decorrido desde que se
iniciou o último plano;
- esteja alterado o caminho crítico;
- tenham sido introduzidas novas tarefas extra com influência no caminho
crítico.
A apresentação dum novo plano prevê a necessidade duma aprovação formal. Para
tal devem ser observados os seguintes aspectos:
- Foram alterados os motivos da reformulação
- O plano está actual
- Enquadra-se nos prazos contratados
- Apresenta rendimentos razoáveis ou é conseguido um ganho de tempo à
custa de aumento de rendimentos
- Tem conflitos tecnológicos ( por exemplo montar alvenarias num piso que
ainda em escoras de cofragem)
53
Podemos traduzir um balizamento por meio dum quadro. Por exemplo para B1:
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Uma outra forma de fazer um balanço das tarefas é por meio do controlo do consumo
de materiais ou de mão-de-obra prevista para essa tarefa ou para a obra na
totalidade. É habitual designar estes quadros de controlo de consumos como
MATRIZES DE CONSUMO.
54
Estes avanços ou atrasos duma tarefa podem-se avaliar-se em termos de tempo (de
calendário) decorrido ou em termos de produção (quantidade) realizada e é
frequente assistir-se a alguma confusão neste domínio! Efectivamente o ter decorrido
50% do tempo previsto não quer dizer que tenha sido executado 50% da produção e
muito menos que faltam outros 50% para concluir...!
55
As percentagens em falta a partir do momento do balizamento são:
56
Trata-se duma função típica de secretariado cujo objectivo é permitir o acesso rápido
e pesquisa de informação.
Estão disponíveis no mercado sistemas informáticos que permitem arquivo
electrónico, os quais, uma vez classificada essa informação disponibilizam a
possibilidade de pesquisa por qualificada ou seja, por assunto, por intervenientes, por
palavras-chave, por data, etc.... Estes sistemas, embora recentes no mercado, são
incontornáveis em empreendimentos de grande dimensão.
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- Correspondência (recebida, enviada) por intervenientes
- Fax (recebidos, enviados) por interveniente
- Mails (recebidos, enviados) por intervenientes
- Folhas de Assunto
- Diário da Fiscalização
- Relatórios Mensais
- Actas de reunião
Local onde é possível consultar e actualizar o projecto do edifício bem como outra
informação que lhe diga respeito em geral esboços e documentos descritores de 57
soluções variantes ainda não consubstanciados em versão de projecto.
Compete à fiscalização ser conhecedora do projecto, no fundo da informação nele
contida, e promover o seu endereçamento a quem se destina (DO. EMP, PROJ,...)
ARQUIVO DE PROJECTO
- Projecto contratado (versão que faz parte do contrato)
- Projecto executado (versão contendo todas as variante e aditamentos entretanto
decididos em obra)
Embora não seja habitual incumbir a Fiscalização da elaboração das “telas finais” ou
“as build” (“projecto” final conforme construído) no mínimo é responsável por colher
informação para rever as “telas finais” elaboradas pelo empreiteiro.
8.3 Reuniões
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reunião de obra para conhecimento dos restantes interveniente e para registo
Um dos aspectos incontornáveis duma reunião de obra é o facto da informação aí
veiculada ser registada de modo a evidenciar-se o conhecimento de todos os
intervenientes.
TIPOS DE REUNIÃO
- ORDINÁRIAS
o Obra (semanal) [ presenças: FISC. EMP. PROJ (DO) ]
o Preparação (-1) (mensal) [ presenças: FISC EMP. (PROJ) (DO)]
o Projecto (mensal) [ presenças: FISC PROJ (DO)]
o Coordenação [ presenças: FISC DO ]
- EXTRAORDINÁRIAS
o Preços [ presenças: FISC EMP. (DO)]
o Autos [ presenças: FISC EMP]
o Etc.
Para que uma reunião possa ser útil e constituir evidência dos assuntos aí tratados é
necessário que se sigam os seguintes procedimentos:
58
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A sequência de assuntos numa reunião de obra deve ser feita segundo grupos de
temas afins e não de forma mais ou menos aleatória. Além disso, dentro de cada
grupo, deve-se poder identificar o estado de desenvolvimento de cada assunto
59
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Por exemplo:
“O Dono de Obra pretende questionar se a cor exterior do edifico é a mais adequada”
Este assunto deve ser previamente tratado da seguinte forma:
- Colher a opinião do Dono-de-Obra identificando as suas dúvidas que
poderiam ser – porque é que não é igual à do edifício do lado? gosta mais da
cor azul... e quer uma tinta mais barata para ver se reduz o custo.
- Colher a opinião do Arquitecto identificando as suas alternativas que
poderiam ser – manter a mesma cor pois é a mais adequada ou alterar para
outra muito parecida
- Colher a opinião do Empreiteiro identificando as suas tendências e
condicionantes que poderiam ser – qualquer alteração obrigaria a indemniá-lo
pois já tinha em obra a tinta prevista, fora isso pinta com quqlquer cor mas
demora sempre duas semanas a fazer e ter disponjível nova encomenda
- A Fiscalização entende que para ver este assunto melhor esclarecido é
necessário colher catálogos de cores e preço de empreiteiro para
indemnizações e para a nova tinta.
Em reunião de obra bastaria ser a Fiscalização colocar aos presentes uma síntese das
suas próprias condicionantes e opções de forma a obter decisões definitivas para este
assunto”.
Divergência 60
Outros dos aspectos mais importantes da condução de assuntos é procurar evitar que
durante uma argumentação e troca de opiniões se saia assunto em questão porque a
meio da argumentação apareceu outro. A fiscalização deve registar esse assunto novo
para que se aborde mais tarde, mas deve sempre forçar para que se termine o
assunto em questão
Tempo excessivo
Sempre que o tempo de argumentação e troca de opiniões em torno duma questão
começo a ser excessivo, uma das técnicas de evoluir nessa questão é registar uma
síntese em acta e fazê-la aprovar pelos presentes, de modo a ir estabelecendo bases
que permitam chegar a uma decisão.
Aceitação virtual
Outra técnica de condução de reuniões, particularmente importante quando as partes
não ultrapassam um determinado ponto que permitiria chegar a um acordo, é fazer
assumir pelos presentes uma aceitação virtual do ponto de vista de uma das partes e
seguir na discussão verificando se é de facto esse o único ponto de desacordo ou se
há mais.
Por exemplo:
“O projectista de acústica entende que o material de revestimento duma parede não
pode ser alterado como pretende o Dono-de-Obra para colocar um outro revestimento
mais barato mas que não tem características técnicas ensaiadas. Assumindo que o
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projectista de acústica aceita a alteração, é possível prosseguir colhendo opiniões da
arquitectura e do empreiteiro no sentido de se verificar se lhes é indiferente tal troca.
Poder-se-ia chegar à conclusão que tanto o empreiteiro, por questões de prazo, como
o arquitecto por questões estéticas inviabilizam tal alteração e então o assunto
encaminha-se para uma solução no sentido do pretendido pela acústica. Se, caso
contrário, ambos viabilizam a alternativa e a questão volta a centrar-se na acústica,
agora sim, merece o esforço de se encontrar uma solução: porventura avançar para a
execução de ensaios, admitindo que são viáveis em termos de custo e prazo.”
Pontos chave
Uma outra técnica para obter consenso é identificar claramente quais são os aspectos
que identificam o desacordo (listando-os) e impedir que se assumam posições de não
aceitação em geral tipo “não concordo” sem mais argumentos. Essa lista contém
pontos-chave a serem analisados para se atingir um eventual acordo
d) Autenticação da acta
A melhor técnica é sempre conseguir escrever e duplicar a acta no local da reunião de 61
forma a conseguir-se a aprovação e posterior cópia após rubricada pelos presentes.
Muitas vezes ( na generalidade) elabora-se apenas um rascunho com notas que
depois é dactilografado e enviados para aprovação. Mesmo nestes casos sempre que
possível deve-se colher a rubrica dos presentes no próprio rascunho e distribuir
cópias do mesmo. A utilização de papel químico ou folhas de cópia é uma boa técnica
para a elaboração do rascunho pois evita a necessidade de tirar uma cópia em obra.
A utilização de gravador para elaboração de acta é uma excelente técnica mas obriga
a ter em atenção o seguinte :
- No início é necessário identificar os presentes, devendo para tal cada um
dizer o seu nome e empresa em voz alta.
- Gravar toda a reunião e depois fazer a síntese para a acta ouvindo TODA a
reunião é impraticável. Em geral só se faz gravação integral para eventual
futura audição em caso de necessidade.
- Só se grava efectivamente o conteúdo da acta, interrompendo-se a reunião
(silêncio) e falando-se para o «gravador». Se algum dos presentes tiver
objecções deve-o dizer em voz alta.
- Se houver imagens ou documentos a anexar á acta devem descrever-se os
documentos em voz alta e autentica-los com a rubrica dos presentes
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Assuntos Pendentes
Assuntos Aprovados
3 – Económicos (AF Economia)
4 – Planeamento (AF Planeamento)
5 – Segurança (AF Segurança)
62
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8.4 Gestão de Assuntos
Embora seja sempre possível utilizar a memória como condutora destes assuntos é,
no mínimo prudente, recorrer a um registo e codificação destes assuntos para se
evitarem situações de esquecimento e de interpretação errada de situações que
futuramente podem ser dramáticas.
Por exemplo:
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Folha de assunto
Todos os assuntos devem ter uma codificação para melhor referência e percepção
AREA:nn:OBRA:dd/mm
AREA – código da área do projecto, por exemplo FUND para fundações ou PINT para
pinturas
nn – número sequencial para cada área
OBRA – código numérico da obra, atribuído pela fiscalização
dd –dia de calendário em que se iniciou o assunto
mm – mês em que se iniciou o assunto
64
Hoje em dia existe “software” que dá apoio ao preenchimento de fichas deste tipo,
mesmo a partir de estações remotas tipo PDA ou telemóvel utilizando SMS. As
potencialidades são obviamente muitas e inequivocamente superiores às
disponibilizadas por um sistema manual tipo “memorando”.
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Diário da Fiscalização
65
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Nota Escrita (Folha de Ordens) (Nota de Informação) (Ordem de Obra)
66
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Relatório Mensal
O Relatório Mensal não é mais do que uma síntese de todos os restantes registos de
informação de modo a converter-se num documento para o Dono-de-Obra. Tem a
seguinte organização:
1. Introdução
2. Período a que diz respeito
3. Assuntos Pendentes
4. Análise de Ocorrências
4.1 Gestão do Empreendimento
4.2 Projecto (Ass. Técnicos)
4.3 Produção (Ass. de tecnologia do empreiteiro)
4.4 Qualidade
4.5 Segurança
5. Análise de prazos
5.1 Comentário Geral
5.2 Previsão de conclusão (Balizamento, Prazo anterior, Prazo actual)
6. Análise económica (resumo da situação)
6.1 Autos aprovados no mês
6.2 Balanço global à data
7. Relação de anexos
67
7.1 Controlo de prazos
7.2 Controlo de meios do empreiteiro
7.3 Controlo económico
7.4 Controlo de qualidade
7.5 Controlo da Segurança
7.6 Registo fotográfico
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9 - Área Funcional Licenciamento/Contrato
Relaciona-se com o cumprimento, condução, registo e implementação de actos
administrativos
Resolução)
contratação da segurança
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11 - Área Funcional Qualidade
Trata-se duma área envolvente de toda as restantes que tem como objectivo
implementar mecanismos de garantia da qualidade
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Recepção de materiais
Certificação da Mão-de-Obra
Recepção de equipamentos Equipamento
12 – Terraplagem
Definição:
Terraplenagem é a técnica de engenharia de escavação e movimentação de solos e
rochas. O termo técnico mais usualmente adotado para terraplenagem em rocha é
desmonte de rocha.
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O serviço de terraplenagem compreende quatro etapas:
. escavação;
. carregamento;
. transporte;
. espalhamento.
Alguns autores incluem, logo após a etapa de transporte, a etapa de descarga.
Consideramos, porém, que a etapa de descarga não é significativa, estando incluída
na etapa transporte, visto que todo equipamento de transporte provém a descarga do
material. Outros autores e especificações incluem, ainda, a compactação de aterros
como uma quinta etapa do serviço de terraplenagem. Entendemos, no entanto, que a
compactação de aterros é um serviço à pane do serviço de terraplenagem, existindo
três fortes justificativas para apoiar este ponto de vista:
. a região a ser escavada está contida na região da plataforma, sendo que as cotas do
terreno natural estão acima das cotas de projecto da plataforma, caracterizando
regiões em cortes, ou simplesmente cortes;
. a região a ser escavada está fora da região da plataforma, sendo que o material
escavado virá de locais externos denominados empréstimos;
. a região onde o material escavado será espalhado está contida na região da
plataforma, sendo que as cotas do terreno natural estão abaixo das cotas de projeto
da plataforma, caracterizando regiões de aterro, ou simplesmente aterros;
. a região onde o material (ou par:te do material) escavado será espalhado é externa
à região da plataforma, caracterizando região de bota-fora, ou simplesmente bota-
fora.
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
Em uma obra pode-se ter as quatro condições citadas acima. Casos típicos são os de
terraplenagens em rodovias e ferrovias, cujos projectos de terraplenagem são
constituídos por uma sucessão de cortes e aterros; o aproveitamento de eventuais
sobras de cortes para aterros distantes com falta de material pode ser anti-
econômico, devido às grandes distâncias de transporte do material escavado,
havendo a necessidade de definir bota-foras e empréstimos laterais.
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12.4 Desmatamento, destocamento e limpeza
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• Material de 1º categoria (nesta categoria tem-se dois tipos de materiais):
- Materiais escaváveis pela lâmina de um tractor de esteira. Estão nesta categoria os
solos normais, de predominância argilosa, siltosa ou arenosa, e pedregulhos e
pedras;
- Os matacões (blocos de rocha) de até 1m3, que possam ser facilmente carregados e
transportados.
• Material de 2º categoria (nesta categoria tem-se três tipos de materiais)
- Materiais que necessitam do uso do escarificador de um tractor de esteira para sua
escavação, podendo, eventualmente, ser necessário o uso de explosivos. Estão nesta
categoria os solos sedimentares em processo adiantado de rochificação e as rochas
em processo adiantado de deterioração.
- blocos de rocha com volume superior aI m3, que necessitam de fragmentação com
explosivos para permitir o carregamento e o transporte.
- rochas brandas ou rochas alteradas, que necessitam do uso esporádico de explosivo
para o seu desmonte.
• Material de 3º categoria
- Rochas sãs e duras, que necessitam do uso contínuo de explosivos para serem
escavadas. 75
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
massa específica aparente seca compactada (γc). No estudo do empolamento de
solos trabalha-se com três relações.
• A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação entre o
volume solto e o volume natural, sendo dado por:
específica aparente seca ao se escavar o material, com valor sempre menor do que 1,
(φ) sendo dado por:
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
Exercício:
O custo de escavação de um solo comum seco é de R$10,00/m3 no corte. Se em um
pequeno serviço foi contratado prevendo-se o pagamento do mesmo através do
controle de volume por número de viagens de caminhões, qual será o valor referente
ao custo de escavação por viagem na composição de preço, sabendo-se que:
ep= 1,25
Capacidade do caminhão: 6,0 m3
Resolução:
o custo de escavação é obtido no corte, logo:
Vs = 6,0 m3
ep= Vs/Vn => Vn = 6,0/1,25 = 4,8 m³
Custo = 4,8 m3 x R$10,00/m3 = R$ 48,00 por viagem
Forma de Pagamento:
O serviço de terraplenagem é pago em duas parcelas distintas: 77
1ª parcela: escavação, carregamento e espalhamento (m³)
2ª parcela: transporte (momento de transporte em m³ x km)
A primeira parcela é fixa para cada tipode material escavado, cobrindo as etapas de
escavação, carregamento e espalhamemo. Como os volumes natural, solto e
compactado são diferentes, é necessário definir em que local será pago o volume de
escavação e de transporte. A medição do volume solto, no veículo de transporte, não
é uma medição confiável, pois depende de anotações, nem sempre confiáveis,
de operários apontadores de viagem. A medição no aterro também não é confiável,
pois nem todo o material de corte será utilizado em um aterro, sendo que o material
de bota-fora não é compactado, não apresentando, portanto, uma massa específica
aparente seca uniforme em todo o bota-fora. A única medição de volume escavado
confiável ao longo do tempo é a medição no corte, pois as seções transversais do
terreno natural e dos cortes ficam arquivadas, podendo o cálculo de volume ser
realizado a qualquer tempo. Portanto, o volume de terraplenagem é sempre
computado no corte.
O pagamento da segunda parcela independe do tipo de material escavado, mas é
variável em função da
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distância à qual o material é transportado. A unidade de pagamento do transporte é
denominada momento de transporte (Mt), sendo dada em m³ x km. O preço unitário
de transporte é composto para o momento de transporte unitário, ou seja, 1 m³
transportado a 1 km. Para o pagamento do transporte calcula-se o momento de
transporte total. O estudo da distância média de transporte será visto em seção
posterior.
Como o volume é sempre computado no corte, cabe ao executor do serviço compor
seu preço adequadamente, levando em conta o fato de que o material escavado,
quando solto, terá um volume maior do que o volume no corte. Portanto, o volume
real carregado, transportado, espalhado e a ser computado será sempre maior que o
volume efetivamente pago no corte.
Equipamentos de terraplenagem
78
Como vimos anteriormente, o serviço de terraplenagem compreende quatro etapas.
Para cada uma das etapas existe um equipamento projectado para executá-la.
. Escavação - tractor de esteira (TE);
. Carregamento - pá carregadeira (PC);
. Transporte - caminhão basculante (CB);
. Espalhamento - moto nivelador (MN).
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02 Manual 2 de Fiscalização de Obras_v1
A pá carregadeira é projetada única e exclusivamente para o carregamento, não
sendo aconselhado o seu uso para outros fins.
79
A motoniveladora é projectada para espalhamento do material descarregado e para
acabamento, por raspagem, de superfícies.
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O moto-scraper (MS) comum não tem tração suficiente para iniciar a escavação,
sendo necessário o auxílio de um TE sem lâmina, denominado pusher (empurrador),
empurrando o MS no início da escavação. Rapidamente o MS atinge sua velocidade
normal de escavação, ficando o pusher liberado para auxiliar no início de escavação
do próximo MS. O MS faz o empalhamento em movimento, simplesmente deixando o
material cair. Como a superfície formada é muito irregular, é necessário o auxílio de 80
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Os moto-scrapers têm melhor rendimento até distâncias máximas de 2.000 m (DT ~
2000 m). Deve ser previsto um número adequado de pushers, de modo que não haja
paralisação de nenhum MS por falta de empurrador.
• DT > 2000 m
Equipe: TE (escavação) PC (carregamento)
CB (transporte) MN (espalhamento)
Em DT > 2000 m o maior rendimento é obtido por equipes constituídas pelos quatro
equipamentos relacionados acima, com cada um desses equipamentos executando
suas tarefas especializadas.
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Seção transversal em aterro
82
Elemento principal:
. plataforma.
Elementos secundários:
. taludes de corte ou de aterro;
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Os taludes de aterro são caracterizados por:
. declividade do talude (dado como relação entre cateto verticale cateto horizontal -
valor típico =
2:3);
. topo do talude (interseção do talude com a plataforma);
. pé do talude (interseção do talude com o terreno natural).
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As larguras das plataformas de terraplenagem são diferentes para corte e aterro.
Veremos, a seguir, que a diferença nas larguras das plataformas é devido a
diferenças nas sarjetas de corte e de aterro, e à influência da espessura do
pavimento.
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12.12 Plataformas típicas de terraplenagem em aterro
considerado que a leira tem 0,30 m em sua base, com espessura de pavimento de
0,80 m, sendo a declividade do talude de aterro de 2:3.
Estando o pavimento apoiado sobre o aterro, e considerando que a declividade do
talude é de 2:3, pela figura vê-se que deverá ser acrescentado 1,20 m a cada semi-
plataforma para prover o apoio do talude do pavimento.
A largura total da plataforma de terraplenagem em aterro do exemplo será:
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No caso de seção transversal mista a plataforma de terraplenagem será assimétrica.
No exemplo estudado, a largura da semi-plataforma de corte será de 5,30 m e a
largura da semi-plataforma de aterro de 8,0 m, com largura total da plataforma de
terraplenagem de 13,30 m. Alerta-se que o eixo da plataforma de terraplenagem
estará deslocado para o lado do corte. Como exercício, recomenda-se determinar
graficamente as características da plataforma mista.
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