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Desafios dos Empreendimentos Solidários Frente à Inovação e Autogestão: um estudo


de caso dos empreendimentos solidários do município de Santana do Ipanema-AL

Kleciane Nunes Maciel1

Beatriz Soares da Silva 2

Danielle Viturino da Silva3

Layne de Lima Vitor4

Jaciane Lima Calista 5

Orientador: Luciano Celso B. Guerreiro Barbosa

Co-orientador: José Francisco Amorim

Resumo:Os empreendimentos solidários surgiram em um momento histórico, no qual os


trabalhadores buscavam novas alternativas para empregar sua força de trabalho, visto suas
dificuldades de se inserir no mercado extremamente competitivo e desigual. Diante de se
compreender as dificuldades enfrentadas pelas organizações solidárias, o presente trabalho
tem por objetivo identificar os principais desafios enfrentados pelas cooperativas e
associações, no município de Santana do Ipanema- AL. No que se refere aos
procedimentos metodológicos, foi estudado um conteúdo bibliográfico e feito uma
pesquisa de campo para dar suporte à pesquisa através da aplicação de um questionário
semiestruturado, tendo como objeto de estudo os dirigentes responsáveis vinculados às
cooperativas e associações. Constatou-se durante a pesquisa, que os principais desafios
enfrentados pelos empreendimentos solidários são: aqueles relacionados a aspectos de
gestão, como a falta de formação profissional dos lideres, a capacitação técnica para os
líderes e também para os cooperados e associados; inexistência de critérios para seleção de
novos membros; e sobre tudo dificuldades na comercialização de seus produtos.

1
Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail: kleciane36@gmail.com
2
Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:
silvabeatrizsoares@gmail.com
3
Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-
mail:danny_viturino@hotmail.com
4
Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:
layne_limavitor@hotmail.coom
5
Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:jaci-
calixta@hotmail.com
2

Palavras chave: Empreendimentos solidários, autogestão, cooperativismo e


associativismo, desafios organizacionais.

Abstract: The solidary enterprises have emergedina historic moment, in which workers
sought new alternatives to employ its workforce, seen their difficulties in entering the
highly competitive and unequal market. Before understanding the difficulties faced by
solidarity organizations, this study aims to identify the main challenges faced by
cooperatives and associations, in the Santana do Ipanema city. with relation the
methodological procedures, a bibliographic content was studied and made a field research
to support research by applying a semi-structured questionnaire, with the object of study
the relevant leaders linked to cooperatives and associations. Was found during the search,
the main challenges faced by solidarity enterprises are those related to management aspects
considering the lack of professional training of leaders, as well as technical training for
them and also for cooperative members and associates; lack of criteria for selection of new
members and on all difficulties in marketing their products.

Key-words: solidary enterprises, self-management, cooperative and associations,


organizational challenges.

1. Introdução

O movimento de economia solidária vem crescendo ao longo do tempo, devido aos


vários períodos de crises, não apenas no Brasil, mas também em diversos outros países. De
acordo com Sousa (2014) esses empreendimentos solidários surgem muitas vezes pela
necessidade da inserção de trabalhadores no mercado de trabalho, no qual muitos possuem
dificuldades de se adaptar diante das características padronizadas do mercado competitivo.
Onde tais empreendimentos se propõem à geração de renda igualitária, construída na base
do cooperativismo (PRADO, 2008 citado por SOUZA,2014).

Ressalta-se também que a economia solidária e seus empreendimentos contribuem


para o desenvolvimento social e econômico da região, visto que, ao mesmo tempo em que
gera uma nova fonte de renda aos trabalhadores, os mesmos se organizam entre si
3

buscando melhorias para sua localidade e sua condição social, através do espírito
cooperativista e solidário. E que de fato, esse desenvolvimento local impregnado pela
economia solidária pode deixar de ser apenas um processo de requalificação de regiões
deprimidas, para passar a ser também um ponto de partida consistente de uma verdadeira
renovação social (NAMORADO, 2009apud CAETANO, 2011).

No entanto, os mesmos enfrentam várias dificuldades no que tange a gestão da


organização e dos membros, problemas com legalização, falta de apoio e, principalmente,
dificuldades em se manter no mercado, devido à concorrência e problemas com a
comercialização dos seus produtos.

Diante deste cenário, o objetivo deste trabalho é identificar os principais desafios


enfrentados pelas cooperativas e associações, como forma de reconhecimentos dos
desafios a serem superados pelos empreendimentos solitários para que se tornem efetivos e
sustentáveis. Com objeto de estudo o município de Santana do Ipanema-Al, região centro
oeste do estado de alagoas, que faz parte do semi-árido nordestino, para isso, realizou-se
uma pesquisa de campo com a finalidade de compreender tais problemas e, além disso, foi
aplicado um questionário semi-estruturado entre os dias 4 e 12 de maio de 2015 para os
dirigentes dos empreendimentos solidários.

2. Desvalorização do Trabalhador e o Cenário Atual

Na paisagem social e econômica dos últimos anos é visível a presença de crises e


constantes desafios a serem enfrentados, o capital e a matéria-prima estão dominados por
macro empresas, que tem o lucro como objetivo principal. Com esse objetivo investe-se
cada vez mais em tecnologias autônomas que tem capacidade de substituir a força de
trabalho humana.

Nascimento (2004, p.5) citado por Souza (2014, p.2) fala que essa “substituição da
mão de obra e a inserção de máquinas resultaram em um número de postos de trabalho
reduzidos, na qual ter um emprego passou a ser um privilégio da minoria”. Logo, “toda a
forma de movimento da indústria moderna decorre, portanto, da constante transformação
de parte da população trabalhadora em braços desempregados ou semi-empregados”
(MARX, 1984 apud LIMA, 2009, p.5).
4

O mesmo autor ressalta que, o efeito concreto dessa tendência geral da produção
capitalista é gerar uma quantidade excedente de trabalhadores que, apesar do crescimento
das forças produtivas, não encontra lugar para vender sua força de trabalho.

Ainda, de acordo com Francisco (2005, p.9):

O atual momento histórico vem apontando para uma situação geral do


avanço do desemprego, diante de novas tecnologias, da ausência de
políticas voltadas a essa questão que mais aflige a classe trabalhadora,
além da pouca possibilidade de as pessoas conseguirem emprego,
comprometendo a sua sobrevivência que, no capitalismo, a cada dia,
torna-se mais agravante.

Relacionado à insatisfação do modo de produção, o autor Hespanha (2009, p.49)


afirma que:

Dá lugar muitas vezes a uma procura por soluções alternativas, à


revalorização de práticas econômicas baseadas noutros princípios que não
a concorrência e o lucro, à imaginação de uma sociedade onde a
separação radical entre a economia e o social seja substituída por modos
de ajustar os recursos às necessidades de forma integrada e capaz de
maximizar o bem-estar humano e social.

Delrio (1999) citado por Nonato et al (2005, p.12), reforça essa idéia quando
ressalta que:

Essa procura por alternativas surge em todo o mundo, mostrando que há


vários grupos espalhados que estão propondo saídas para a construção de
um outro tecido social ou promovendo outras formas de relações
econômicas. São organizações que desenvolvem experiências de gestão,
buscam outras soluções na tentativa de mudanças culturais profundas na
sociedade. São experiências que, mesmo em pequena escala, constroem e
desenvolvem capacidades e valores essenciais para a vida e o trabalho.

Desde o século XIX registram-se essas tentativas de instituir formas comunitárias e


democráticas de organizar a produção e o consumo, em resposta a aspirações de igualdade
econômica e à necessidade de garantir meios de subsistência para a massa de trabalhadores
(GAIGER, 2003). É nesse sentido que surgem os debates em relação à economia solidária.
5

2.1.Economia Solidária e Empreendimentos de Autogestão

A economia solidária é definida por Singer (2003) citado por Nonato et al (2005,
p.66), “como organizações de produtores, consumidores, poupadores, etc., que se
distinguem por duas especificidades: (a) estimulam a solidariedade entre os membros
mediante a pratica de autogestão e (b) praticam a solidariedade para com a população
trabalhadora em geral, com ênfase na ajuda aos mais desfavorecidos”.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Economia Solidária-FBES (2003) citado por


Souza et al (2014, p.4) economia solidária se baseia ainda na:

Valorização social do trabalho humano, na satisfação plena das


necessidades de todos, como eixo da criatividade tecnológica e da
atividade econômica, no reconhecimento do lugar fundamental da mulher
e do feminino numa economia fundada na solidariedade, na busca de uma
relação de intercâmbio respeitoso com a natureza, e nos valores da
cooperação e da solidariedade.

Logo, o cooperativismo e associativismo são vistos, portanto, como umas dessas


atividades de produção da economia solidária. Como ressalta Souza et al (2014, p. 1)
“estes empreendimentos se formam por meio de um grupo de pessoas que se encontram
fora do mercado de trabalho e buscam novas fontes de renda, com ideais de
sustentabilidade, solidariedade e cooperativismo”.

Segundo a Incubadora de Economia Solidária, Desenvolvimento e Tecnologia


Social (ITECSOL) são tipos de empreendimentos de economia solidária: associações,
cooperativas de consumo, clubes de troca, redes e complexos cooperativos, entre outras
formas de trabalho coletivo (SOUZA et al, 2014).

Para Santos e Rodriguez (2002) citado por Caetano (2011, p.9), o cooperativismo
solidário deve ser pautado por sete princípios chaves:

1- vínculo aberto e voluntário; 2- controle democrático por parte dos


membros; 3- participação econômica dos membros; 4- autonomia da
organização; 5- compromisso com a educação dos membros da
6

cooperativa; 6- integração entre cooperativas; 7- contribuição para o


desenvolvimento das comunidades locais.

Já que, na administração de uma cooperativa deve-se levar em conta o


envolvimento deste tipo de organização com metas específicas, relacionadas com a
filosofia, valores e legislação própria do cooperativismo (MEIRELES, 1981).

Devendo ser vista em termos organizacionais como empresa moderna, mas cuja
natureza é diferente da chamada “empresa mercantilista”, uma vez que a cooperativa é
formada de pessoas para pessoas, como expresso por Rios (1998) citado por Sette et al
(2005). Utilizando sempre os pressupostos da autogestão para que ocorra um controle das
atividades desenvolvidas, sem que as decisões provenientes desse gerenciamento sejam
impostas ou vistas pelos trabalhadores como uma política capitalista, mas sim, como uma
gestão participativa (SOUZA et al, 2014).

Verardo (2003, p.60) define então autogestão como sendo a “organização de um


negócio, na qual todos os integrantes deste possuem o poder de decisão sobre questões
relativas ao negócio e ao relacionamento social das pessoas diretamente envolvidas”. A
autogestão se insere, portanto, na perspectiva de transformação geral da sociedade, pois
promove mudanças de ordem intelectual, cultural e moral da classe trabalhadora, baseada
na mais ampla democracia e na hegemonia dos trabalhadores (NONATO et al, 2005, p.20).

2.2. Contribuição Social e Econômica dos Empreendimentos Solidários (E.S)

Os empreendimentos solidários, mais especificamente o caso das cooperativas e


associações, surgiram como uma forma de recuperar os trabalhadores desempregados e
semi-desempregados, para promover atividades voltadas ao desenvolvimento mútuo da
coletividade tanto em questões financeiras como social.

Singer (2003, p.98) aponta que além de desempenhar uma função financeira, as
cooperativas podem também desempenhar função social, na medida em que se tem como
meta a: “redução da pobreza e o combate à precarização das condições de vida de seus
cooperados, assumindo compromisso com a promoção do desenvolvimento local, a
inclusão social e produtiva e a redução do nível de desemprego”.
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Portanto, não se remete apenas ao crescimento econômico e ao aumento da


produtividade, vai mais além dessas questões, já que o desenvolvimento pode ser visto
como um processo endógeno registrado em pequenas unidades territoriais e agrupamentos
humanos capaz de promover o dinamismo econômico e a melhoria da qualidade de vida da
população (GIANEZINI, 2009).

Nesse sentido as empresas cooperativistas e as associações possibilitam uma


importante contribuição para o desenvolvimento local, por proporcionar a criação de novos
empregos, a geração de renda e acima de tudo por contribuir para o desenvolvimento das
forças produtivas de seus membros.

Visto que, através dessas organizações os cooperados e associados devem passar


por frequentes capacitações, treinamentos técnicos e profissionais que fomentam a sua
força de trabalho e capital humano. Logo, o cooperativismo e associativismo apresentam
uma relação entre o capital humano, social e empresarial, que são fatores primordiais para
contribuir o desenvolvimento local.

2.3Principais Desafios Enfrentados pelos Empreendimentos Solidários

Os empreendimentos solidários ganharam bastante espaço para seu


desenvolvimento, principalmente no cenário atual, onde os trabalhadores são forçados a
buscar novas alternativas para a geração de renda e sobrevivência.

Conforme Nascimento (2006) citado por Souza (2014, p.2)

A economia solidária e seus empreendimentos tornam-se um instrumento


de combate à exclusão social na medida em que apresenta alternativa
viável para a geração de trabalho e renda e para a satisfação direta das
necessidades humanas, eliminando as desigualdades materiais e
difundindo os valores da ética e da solidariedade.

No entanto, são visíveis os desafios a ser enfrentados por esses empreendimentos


solidários, principalmente na gestão do quadro social e administrativo. Rios (1998) citado
por Sette et al (2005, p.5) afirma que:
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Cooperados e dirigentes precisam ter plena consciência de que a


cooperativa deve ser administrada nos mesmos moldes que determinam a
eficácia de qualquer empresa moderna bem sucedida, respeitando-se, no
entanto, a filosofia que rege o cooperativismo.

Portanto, o desafio para as estruturas cooperativas modernas, é manter seu papel de


sistema produtivo centrado no homem e, ao mesmo tempo, desenvolver uma organização
capaz de competir com empresas de outras naturezas com orientação para o mercado
(ZYLBERSTJN, 1994 apud SETTE, 2005).

Então, mesmo que o objetivo não seja gerar lucro, mas de maneira geral servir aos
associados, as organizações solidárias devem manter clara a necessidade de desenvolver
possibilidades para que as mesmas possam se estabelecer no mercado, assim como
concorrer de maneira competitiva e estruturada.

Sette et al (2005, p.5) fala que, uma das formas de garantir sucesso de uma
cooperativa é manter a qualidade em recursos humanos, que pode ser feito da seguinte
forma definida por Rios (1998):

Fazer check-up do processo de seleção de pessoal/ admissão criteriosa de


novos cooperados; programa interno de integração do novo funcionário/
boa integração dos novos cooperados; programa continuado de
treinamento e desenvolvimento de RH/ educação continuada de
cooperados; e fazer check-up do clima organizacional vigente na empresa
cooperativa.

Destaca-se a capacitação e treinamentos do corpo administrativo, assim como dos


associados,fundamental para o processo de gestão dos empreendimentos da economia
solidária. Visto que, grande parte dos trabalhadores que compõem esses negócios não
apresenta conhecimentos nem habilidades suficientes para gerir um negócio de forma
eficaz e eficiente (SETTE et al,2005).

No entanto, ainda se investe muito pouco na educação e organização dos


cooperados e associados, visando a sua participação nas ações e decisões da organização. E
isso agrava ainda mais as dificuldades para gerir quaisquer empreendimentos, mas
principalmente os solidários.
9

3. Metodologia

A metodologia utilizada para essa pesquisa inclui referencial bibliográfico pelo qual
se busca investigar e analisar estudos de especialistas a respeito do respectivo assunto
abordado. O que permite ao investigador a possibilidade de prever possíveis resultados
para sua pesquisa, onde também lhe possibilita uma visão crítica ao tema.

Foi realizada uma pesquisa de campo quantitativo-descritiva, com objetivo de


colher informações sobre os empreendimentos solidários, mais especificamente as
cooperativas e associações do município de Santana do Ipanema, baseando-se nas
respostas dos dirigentes. Que foram optados por possuírem uma visão maior sobre o
empreendimento e seus princípios e também por questões de facilidades em estabelecer
contato, facilitando a aplicação do questionário.

Segundo Marconi e Lakatos (2003), pesquisas assim, baseia-se na experiência e não


na teoria, aplicando técnicas para estes fins, como: entrevistas, questionários abertos e
fechados e amostragens, visitas de campo objetivando identificar e analisar os principais
problemas identificados.

Para realização da pesquisa foi utilizado um questionário com pergunta abertas e


fechadas, para colher informações dos entrevistados, que possibilitou observar a sua visão
sobre a gestão e colher informações em relação aos representantes dos cargos
administrativos, assim como do quadro dos cooperados e associados, no que se refere à
escolaridade, a capacitação técnica e profissional, como também sua participação como um
dos donos do empreendimento.

Foram levantadas também questões para identificar quais os principais problemas


enfrentados, como existência de capacitações e treinamentos, de critérios para seleção de
novos membros e conhecimento dos princípios cooperativistas e do associativismo.

No segundo momento foi feito a análise dos dados levantados e opiniões dos
dirigentes questionados, relacionando-os ao objetivo e ao problema da pesquisa. Ao todo
foram entrevistados5 (cinco) presidentes/diretores, sendo 2 (dois) dirigentes das
cooperativas e 3 (três) das associações, que tem como atividade chave a produção e em
segundo lugar a comercialização.
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Sendo assim, o questionário foi aplicado aos 5(cinco) representantes dos cargos
administrativos entre os dias 4 e 12 do mês de maio de 2015, no município Santana do
Ipanema-AL.

4. Resultados e Discussões

Este tópico apresenta os resultados obtidos pela aplicação do questionário e


apresenta características socioeconômicas do município a qual foi aplicado, como forma de
contextualizar a análise.

4.1 Caracterizações do Município

O município de Santana do Ipanema situa-se na região centro oeste do estado de


Alagoas, faz parte do semiárido nordestino, limitando-se ao norte a Poço das Trincheiras e
o estado de Pernambuco, ao sul com os municípios de Carneiros, Olho d’Água das Flores e
Olivença, ao lado leste com Dois Riachos e ao oeste aos municípios de Senador Rui
Palmeira, sua área de extensão é de 437,877 km².

De acordo com o censo demográfico do ano de 2010 o município possui cerca de


49.949 habitantes, sendo que 27,201 residem na zona urbana e 17.748 na zona rural.
Possuindo 31 estabelecimentos de saúde, sendo 1 federal, 24 municipais e 6 privados.

O mesmo censo apresenta que na área da educação a cidade possui 43 escolas nível
pré-escolar, 61 do ensino fundamental, 6 intuições de ensino médio e 2 de ensino superior,
o que totaliza 112 instituições educacionais na região.

Seu IDH apurado no ano de 2010 é de 0,591, um índice médio de desenvolvimento


que o colocou na 18º posição no ranking de desenvolvimento do Estado, com uma
longevidade de 0,770, educação de 0,463 e nível de renda de 0, 579.

Possuindo também 480 empresas atuantes com cerca de 4.056 ocupados, que tem
uma renda mensal de 1,8 salários mínimos. Suas principais atividades econômicas são:
Comércio e serviços, o ultimo possuindo um valor adicionado bruto a preços correntes de
R$ 205.330 mil reais e agropecuária com um valor adicionado bruto de R$ 8.333 mil reais.

4.2 Resultados Obtidos

4.2.1 Apresentação dos empreendimentos analisados


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As cooperativas e associações localizadas no município de Santana do Ipanema-


AL tem como atividade principal a produção e em segundo momento a comercialização de
produtos agropecuários, produtos da apicultura e da avicultura, possuindo 2.359
cooperados e 182 associados, no total as 2 (duas) cooperativas e as 3(três) associações tem
2.541 membros. Duas delas possuindo apoio de programas do governo.

4.2.2 Atualização da produção, gestão e estratégias de mercado

Os produtos das cooperativas e das associações se definem no mercado com o


diferencial de serem produtos locais e principalmente por ser produção de venda e uso
coletivo, ou seja, se diferencia pela sua marca. No entanto, destaca-se que as organizações
possuem dificuldades em permanecer no mercado junto às demais organizações tão
competitivas no que se refere aos preços dos produtos e também em relação à logística.

Uma forma de melhorar a comercialização de seus produtos seria com mais


divulgação da qualidade e dos benefícios que os mesmos possuem, assim como a
possibilidade de agregação de valor através do selo de garantia de origem dos produtos, tão
aguardado por umas das cooperativas, que já possuem todos os materiais necessários para
comercialização dos produtos, no entanto, vende os mesmo a um preço baixo no mercado
convencional, por não possuírem uma garantia formal de especificação de qualidade.

Digiovani (2006) e Conceição e Barros (2005) citado por Velho (2009), fala que a
certificação pode ser entendida como uma garantia de que o produto atende a
especificações de qualidade preestabelecidas e reconhecidas. E quando uma empresa
certifica seu produto, ela assume que a informação fornecida é importante para os
consumidores e que eles responderão alterando suas decisões de consumo.

Sendo através dessa obtenção das informações de qualidade do produto que os


consumidores estarão dispostos a pagar mais pelos alimentos com esses certificados, como
afirma Velho (2009), em seu estudo.

4.2.3 Quadro dos cooperados e associados

Segundo as associações e cooperativas, entre os 2.541 cooperados/associados 1.709


(67%) possuem o ensino fundamental incompleto, 75(3%) possuem o ensino fundamental
completo, 5 membros (0,20%) o médio incompleto, 507(20%) cursaram o ensino médio
12

completo, 230 (9%) tem capacitação técnica e apenas 15 (0,60%) cooperados/associados


possuem o ensino superior.

O que significa que entre o quadro de cooperados e associados à grande maioria


possuem apenas o ensino fundamental incompleto sabe-se que os mesmos participam de
todas as decisões tanto gerenciais como as atividades produtivas e comerciais, tomadas nas
cooperativas e associações, no entanto, é perceptível que os mesmos não possuem
conhecimentos necessários para isso.

4.2.4 Administração estratégica e capital humano

Assim como os cooperados e associados os representantes dos cargos


administrativos também não possuem o conhecimento técnico e profissional necessários
para assumir tais direções, apenas 8 dirigentes cerca de (20,5%) possuem curso técnico e
ensino superior incompleto e completo, os demais tem apenas o ensino fundamental e
médio, cerca de 79,5%.

O que ressalta a falta de capacitação para que os mesmos possam administrar as


cooperativas e as associações de forma eficaz e eficiente, como o mercado extremamente
competitivo exige. Isso acaba tornando um empecilho para o crescimento da própria
organização, pelo fato dos dirigentes não conseguirem desenvolver possibilidades para que
as mesmas possam se estabelecer e crescer no mercado.

Souza (2014) fala que essa ausência de uma formação concreta e a falta de
capacidade técnica suficiente para a administração desses negócios solidários, acarreta a
falta de um planejamento da organização e falhas em processos internos. Além da
continuidade da diretoria, a administração de atividades e processos internos da
organização.

O mesmo autor fala ainda que a ausência de líderes capacitados dentro das
organizações dificulta o seu desenvolvimento. E a ausência de conhecimentos científicos
acarreta em decisões sem embasamento, na qual na maioria das vezes, essas decisões são
estipuladas pela intuição dos diretores e em seus conhecimentos empíricos.

Em questão dos princípios cooperativistas e associativistas, percebe-se que os


dirigentes assim como os membros das organizações não possuem um bom nível de
13

instrução, pois conhece e faz o uso de alguns dos princípios contidos ‘no estatuto social,
porém foi relatado que apesar de conhecê-los, os mesmos possuem dificuldades em pôr em
pratica.

Em relação a isso os dirigentes afirmaram que conhecem mais do que os próprios


cooperados e associados, já que fora dito por um dos presidentes a seguinte frase: “O
estatuto está disponível para todos os membros, mais são poucos que têm interesse em
conhecer os princípios que regem nossa cooperativa”.

Para Sette et al (2005), tal desinteresse manifestado por muitos associados de


cooperativas parece estar relacionado com a não obtenção da segurança social e econômica
proposta pelo sistema cooperativo, em razão da deficiência na atuação administrativa de
seus dirigentes.

O mesmo, em uma de suas citações fala que de acordo com Meireles (1981) esses
problemas que as cooperativas estão passando nos mostram o desconhecimento sobre a
cooperação de muitos associados e a falta de identidade destes com o movimento
cooperativista.

É em decorrência disso, que se torna necessário a capacitação e treinamento para


esses membros, com o intuído de lhes proporcionar uma maior compreensão do que é o
cooperativismo e associativismo e seus princípios, para que estes possam realmente
participar de forma consciente e adequada das decisões organizacionais.

No entanto, nos empreendimentos analisados essas ações não costumam ocorrer,


visto que foi identificado que em geral ocorrem com raridade, com exceção de uma das
associações que possuem a cada três meses. E mesmo quando são realizadas é para ajudar
os cooperados e associados apenas nos problemas com relação à produção, sem nenhuma
ênfase na gestão de quadro administrativo e humano.

Porém, foi evidenciado que mesmo não havendo investimento em capacitações e


treinamentos, tanto os representantes do quadro administrativo como os membros,
contribuem para a obtenção de informações entre si. Através da interação mutua ainda
existe entre eles, principalmente diante das dificuldades, onde os membros se relacionam
entre si e também com o corpo administrativo, ajudando uns aos outros.
14

Em relação ao grau de interação entre os cooperados e associados, Ricciard (1986)


citado por Sette et al (2005, p. 7), afirma que:

A mesma forma que as cooperativas e seus segmentos devem unir-se, os


associados de uma empresa também precisam integrar-se entre si, caso
contrário a cooperativa perde a sua própria essência e razão de existir. A
própria natureza associativa da cooperativa exige integração entre sócios
e destes com a direção e os funcionários da cooperativa. A eficácia nos
serviços e no seu próprio desenvolvimento depende basicamente do
dinamismo com que a integração se processa.

4.2.5 Gerenciamento dos membros e visão geral do corpo administrativo

Foi identificado que os membros e dirigentes interagem entre si, isso torna os mais
próximos e contribuem para a sua participação como membros e também donos da
organização. Diante disso foi perguntado se registram as opiniões e se incorporam as
mesmas, caso sejam válidas, e em todos eles foi evidenciado que isso é um fator
importante dentro do cooperativismo e do associativismo e que fazem sim os registros e
incorporam as opiniões e sugestões dos membros.

Ainda a respeito dos membros e seu gerenciamento foi identificado que em


nenhuma das organizações é feita a pesquisa de clima para saber o nível de satisfação dos
cooperados e associados. E também não realiza avaliação de desempenho, que é
imprescindível para poder identificar quais as contribuições, o engajamento dos membros
com a organização e também para identificar a sua produtividade.

Cabe destacar ainda que entre os cinco empreendimentos apenas 2(dois) deles
possuem critérios para seleção de novos membros, os demais afirmaram não ter critérios
definidos. Esse é um dos pontos que devem ser melhorados, visto que, se não é feito
seleção e não tem critérios definidos, acabam entrando pessoas que não se interessam pelos
princípios que regem esse tipo de organização, possuindo os mesmos, objetivos de pessoas
que trabalham ou gerenciam empresas convencionais que tem como objetivo principal o
lucro ou espírito individualista.

Singer (2003) em uma citação de Souza (2014, p.5), fala que “O sucesso do
negócio e seu constante desenvolvimento podem levar sua base de solidariedade a
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desaparecer, quando não autogestionada corretamente, pois nesse momento há a inserção


do pensamento capitalista”.

4.3 Problemas Comuns Enfrentados pelas Cooperativas/Associações

Em relação à COOPERATIVA (A) foi relatado o baixo preço dos produtos na hora
da comercialização, um dos grandes empecilhos para o aumento da renda dos produtores
inseridos nos E.S. Pois, a estrutura de comercialização adotada não é tão eficiente, assim
como a sua orientação de precificação dos seus produtos, haja vista que em grande parte
ainda são utilizados os mesmos mecanismos de empresas convencionais.

E mesmo havendo mecanismos diferentes no processo produtivo dos


empreendimentos solidários, os mesmos enfrentam as mesmas dificuldades dos
empreendimentos convencionais na procura pela competitividade e mercado, pois faltam
atitudes estratégicas que possibilitem um maior destaque de seus produtos e possibilitem
que tais empreendimentos ganhem ênfase no mercado. Haja vista que a competência
essencial interna da organização é sua principal vantagem competitiva (HAMEL;
PRAHALAD, 1998 apud SAMPAIO, 2007).

Em relação a esse fator, Porter (1986) citado por Ferreira (2004, p. 3) afirma que
“Sua meta para uma unidade empresarial é encontrar uma posição em que a organização
possa melhor defender-se contra as forças que atuam sobre ela, ou influenciá-las em seu
favor”.

Pois, para o mesmo autor “algumas dessas organizações conseguiram não só


sobreviver, mas se destacar e aumentar a participação no mercado em que atuam, devido,
sobretudo, a atitudes estratégicas do corpo administrativo, possibilitando-lhes distinguir-se
no ambiente em que estavam inseridas” (FERREIRA,2004,p.3).

Já na COOPERATIVA (B) o processo produtivo foi o que mais atrapalhou o


crescimento e a oferta de produtos da cooperativa, dado principalmente pela visão
individualista dos membros, que em busca de ter melhor desempenho na sua produção e
escoamento dos seus produtos atrapalha ou deixa de dar oportunidade a outro produtor.

E os problemas com escoamento da produção ainda é um dos fatores que mais


atrapalha o crescimento dos empreendimentos, na ASSOCIAÇÃO (A) os atrasos para
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fechar contrato com os compradores, dado a demora na tomada de decisão por parte dos
cooperados e também o atraso de pagamentos pelos seus compradores, são um desses
empecilhos enfrentados. Pelo o conseguinte atraso em fechamentos de contratos nos prazos
determinados, impossibilita-se o aumento da renda e de novas parcerias de
comercialização.

Algo comum em empreendimentos solidários que possuem bastantes membros,


pois não se consegue tomar decisões importantes em pouco tempo, dado a impossibilidade
de juntar todo o pessoal para deliberação. Em relação a esse processo Zylberztjn (1994)
citado por Sette et al (2005, p. 5), afirma que:

Nas cooperativas o processo interno de tomada de decisões passa por


mais instâncias do que nas empresas não cooperativas, além de ser
dissociado do grau de participação do cooperado no negócio.E o princípio
um homem um voto, se por um lado representa a base ideológica e
doutrinária do cooperativismo, por outro, não pode ser considerado como
neutro no desempenho da empresa, induzindo a maiores custos de
transação.

E mesmo com tais problemas gerencias de produção e também de pessoal é


possível perceber que os problemas concernentes à comercialização é o mais presente,
dado que as ASSOCIAÇÕES (B e C) apresentam dificuldade na comercialização dos seus
produtos, principalmente pela grande concorrência do mercado. Que mesmo tendo
produtos produzidos em moldes diferentes da empresa convencional, não possuem
mecanismos para se diferenciar dos demais com relação ao produto oferecido.

Tendo com isso a necessidade da criação de mecanismos que favoreçam os


produtos, de maneira que esses se tornem diferenciados e possuam mercado consumidor
especifico. Que é uma das grandes dificuldades dos E.S, que está intimamente relacionada
à própria gestão, ao controle e ao direcionamento desses empreendimentos, (SINGER,
2008 apud SOUZA, 2014).

Embora haja outros agravamentos no processo produtivo, dado pelas questões


edafoclimaticas da região, pois a região possui períodos que apresentam baixa
produtividade e consequentemente baixo rendimento, devido aos períodos de seca e baixa
produtividade do solo. Ha também a falta de conhecimentos específicos em áreas como
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produção, qualidade e tecnologia, o que torna o empreendimento muitas vezes debilitado


(SINGER, 2003 apud SOUZA, 2014).

5.Conclusão

O intuito desse trabalho não foi mostrar a inviabilidade que as cooperativas e


associações apresentaram, mas sim apresentar os problemas ainda enfrentados pelos
empreendimentos solidários, como forma de estudo para buscar possíveis soluções para o
crescimento e fortalecimento necessário para que possam conseguir estabilidade.

Pode-se perceber que no que se refere ao quadro de cooperados e associados, não


há uma crescente evolução. Visto que, a gestão de tais empreendimentos é prejudicada pela
falta de escolarização e comprometimento dos membros que participam diretamente das
decisões tomadas nas cooperativas e associações. Pois é evidente que os cooperados e a
associados não possuem conhecimentos necessários no que diz respeito aos assuntos
abordados e discutidos na organização, o que não ajuda no bom desempenho da mesma.

Tudo a nossa volta vem se modificando e evoluindo cada vez mais, com isso se faz
necessário revisar os valores e ideais em todas as suas variáveis, no caso observado, seja da
administração ao setor produtivo. E as cooperativas e associações contextualizadas não
fogem a essa regra, precisam também encontrar um equilíbrio perfeito e um envolvimento
entre as mudanças do mercado, para que elas possam crescer e se estabilizar frente às
demais no mercado, mostrando competência e produtos de confiança e ótima qualidade.

Mudanças na gestão, adoção de mais critérios e investimento em qualificação dos


dirigentes e também dos membros é um importante papel a ser desempenhado para
consolidar e alavancar os negócios e atividades desenvolvidas atualmente por esses
empreendimentos, como também possuir possibilidades para fazer projeções futuras que se
adequem sempre ao seu objetivo.

Sobre tudo, as cooperativas e associações enfrentam problemas comuns do


mercado, que é a dificuldade de permanecer competitivos diante da concorrência. Já que,
foi analisado que todos os empreendimentos possuem dificuldades para comercializar os
seus produtos, principalmente por não possuírem o selo de qualificação formal de
qualidade, que agrega mais valor ao produto final.
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E apesar de todos esses problemas e dificuldades enfrentados pelas cooperativas e


associações analisadas, os dirigentes e associados sentem-se satisfeitos com o
empreendimento solidário, principalmente por reduzir os custos na compra de insumos
para a produção, por agregar mais valor aos produtos por serem justamente fruto de
atividades realizadas coletivamente.

Além também de diminuir as barreiras comerciais, ou seja, de maneira geral pode-


se perceber, que mesmo com as dificuldades enfrentadas tudo se tornou mais fácil e
acessível para as pessoas que fazem parte desses empreendimentos solidários, depois que
se organizaram por meio das empresas cooperativistas e associações.

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