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Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail: kleciane36@gmail.com
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Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:
silvabeatrizsoares@gmail.com
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Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-
mail:danny_viturino@hotmail.com
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Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:
layne_limavitor@hotmail.coom
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Coautora: Graduanda em Ciências Econômicas pela universidade Federal de Alagoas. E-mail:jaci-
calixta@hotmail.com
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Abstract: The solidary enterprises have emergedina historic moment, in which workers
sought new alternatives to employ its workforce, seen their difficulties in entering the
highly competitive and unequal market. Before understanding the difficulties faced by
solidarity organizations, this study aims to identify the main challenges faced by
cooperatives and associations, in the Santana do Ipanema city. with relation the
methodological procedures, a bibliographic content was studied and made a field research
to support research by applying a semi-structured questionnaire, with the object of study
the relevant leaders linked to cooperatives and associations. Was found during the search,
the main challenges faced by solidarity enterprises are those related to management aspects
considering the lack of professional training of leaders, as well as technical training for
them and also for cooperative members and associates; lack of criteria for selection of new
members and on all difficulties in marketing their products.
1. Introdução
buscando melhorias para sua localidade e sua condição social, através do espírito
cooperativista e solidário. E que de fato, esse desenvolvimento local impregnado pela
economia solidária pode deixar de ser apenas um processo de requalificação de regiões
deprimidas, para passar a ser também um ponto de partida consistente de uma verdadeira
renovação social (NAMORADO, 2009apud CAETANO, 2011).
Nascimento (2004, p.5) citado por Souza (2014, p.2) fala que essa “substituição da
mão de obra e a inserção de máquinas resultaram em um número de postos de trabalho
reduzidos, na qual ter um emprego passou a ser um privilégio da minoria”. Logo, “toda a
forma de movimento da indústria moderna decorre, portanto, da constante transformação
de parte da população trabalhadora em braços desempregados ou semi-empregados”
(MARX, 1984 apud LIMA, 2009, p.5).
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O mesmo autor ressalta que, o efeito concreto dessa tendência geral da produção
capitalista é gerar uma quantidade excedente de trabalhadores que, apesar do crescimento
das forças produtivas, não encontra lugar para vender sua força de trabalho.
Delrio (1999) citado por Nonato et al (2005, p.12), reforça essa idéia quando
ressalta que:
A economia solidária é definida por Singer (2003) citado por Nonato et al (2005,
p.66), “como organizações de produtores, consumidores, poupadores, etc., que se
distinguem por duas especificidades: (a) estimulam a solidariedade entre os membros
mediante a pratica de autogestão e (b) praticam a solidariedade para com a população
trabalhadora em geral, com ênfase na ajuda aos mais desfavorecidos”.
Para Santos e Rodriguez (2002) citado por Caetano (2011, p.9), o cooperativismo
solidário deve ser pautado por sete princípios chaves:
Devendo ser vista em termos organizacionais como empresa moderna, mas cuja
natureza é diferente da chamada “empresa mercantilista”, uma vez que a cooperativa é
formada de pessoas para pessoas, como expresso por Rios (1998) citado por Sette et al
(2005). Utilizando sempre os pressupostos da autogestão para que ocorra um controle das
atividades desenvolvidas, sem que as decisões provenientes desse gerenciamento sejam
impostas ou vistas pelos trabalhadores como uma política capitalista, mas sim, como uma
gestão participativa (SOUZA et al, 2014).
Singer (2003, p.98) aponta que além de desempenhar uma função financeira, as
cooperativas podem também desempenhar função social, na medida em que se tem como
meta a: “redução da pobreza e o combate à precarização das condições de vida de seus
cooperados, assumindo compromisso com a promoção do desenvolvimento local, a
inclusão social e produtiva e a redução do nível de desemprego”.
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Então, mesmo que o objetivo não seja gerar lucro, mas de maneira geral servir aos
associados, as organizações solidárias devem manter clara a necessidade de desenvolver
possibilidades para que as mesmas possam se estabelecer no mercado, assim como
concorrer de maneira competitiva e estruturada.
Sette et al (2005, p.5) fala que, uma das formas de garantir sucesso de uma
cooperativa é manter a qualidade em recursos humanos, que pode ser feito da seguinte
forma definida por Rios (1998):
3. Metodologia
A metodologia utilizada para essa pesquisa inclui referencial bibliográfico pelo qual
se busca investigar e analisar estudos de especialistas a respeito do respectivo assunto
abordado. O que permite ao investigador a possibilidade de prever possíveis resultados
para sua pesquisa, onde também lhe possibilita uma visão crítica ao tema.
No segundo momento foi feito a análise dos dados levantados e opiniões dos
dirigentes questionados, relacionando-os ao objetivo e ao problema da pesquisa. Ao todo
foram entrevistados5 (cinco) presidentes/diretores, sendo 2 (dois) dirigentes das
cooperativas e 3 (três) das associações, que tem como atividade chave a produção e em
segundo lugar a comercialização.
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Sendo assim, o questionário foi aplicado aos 5(cinco) representantes dos cargos
administrativos entre os dias 4 e 12 do mês de maio de 2015, no município Santana do
Ipanema-AL.
4. Resultados e Discussões
O mesmo censo apresenta que na área da educação a cidade possui 43 escolas nível
pré-escolar, 61 do ensino fundamental, 6 intuições de ensino médio e 2 de ensino superior,
o que totaliza 112 instituições educacionais na região.
Possuindo também 480 empresas atuantes com cerca de 4.056 ocupados, que tem
uma renda mensal de 1,8 salários mínimos. Suas principais atividades econômicas são:
Comércio e serviços, o ultimo possuindo um valor adicionado bruto a preços correntes de
R$ 205.330 mil reais e agropecuária com um valor adicionado bruto de R$ 8.333 mil reais.
Digiovani (2006) e Conceição e Barros (2005) citado por Velho (2009), fala que a
certificação pode ser entendida como uma garantia de que o produto atende a
especificações de qualidade preestabelecidas e reconhecidas. E quando uma empresa
certifica seu produto, ela assume que a informação fornecida é importante para os
consumidores e que eles responderão alterando suas decisões de consumo.
Souza (2014) fala que essa ausência de uma formação concreta e a falta de
capacidade técnica suficiente para a administração desses negócios solidários, acarreta a
falta de um planejamento da organização e falhas em processos internos. Além da
continuidade da diretoria, a administração de atividades e processos internos da
organização.
O mesmo autor fala ainda que a ausência de líderes capacitados dentro das
organizações dificulta o seu desenvolvimento. E a ausência de conhecimentos científicos
acarreta em decisões sem embasamento, na qual na maioria das vezes, essas decisões são
estipuladas pela intuição dos diretores e em seus conhecimentos empíricos.
instrução, pois conhece e faz o uso de alguns dos princípios contidos ‘no estatuto social,
porém foi relatado que apesar de conhecê-los, os mesmos possuem dificuldades em pôr em
pratica.
O mesmo, em uma de suas citações fala que de acordo com Meireles (1981) esses
problemas que as cooperativas estão passando nos mostram o desconhecimento sobre a
cooperação de muitos associados e a falta de identidade destes com o movimento
cooperativista.
Foi identificado que os membros e dirigentes interagem entre si, isso torna os mais
próximos e contribuem para a sua participação como membros e também donos da
organização. Diante disso foi perguntado se registram as opiniões e se incorporam as
mesmas, caso sejam válidas, e em todos eles foi evidenciado que isso é um fator
importante dentro do cooperativismo e do associativismo e que fazem sim os registros e
incorporam as opiniões e sugestões dos membros.
Cabe destacar ainda que entre os cinco empreendimentos apenas 2(dois) deles
possuem critérios para seleção de novos membros, os demais afirmaram não ter critérios
definidos. Esse é um dos pontos que devem ser melhorados, visto que, se não é feito
seleção e não tem critérios definidos, acabam entrando pessoas que não se interessam pelos
princípios que regem esse tipo de organização, possuindo os mesmos, objetivos de pessoas
que trabalham ou gerenciam empresas convencionais que tem como objetivo principal o
lucro ou espírito individualista.
Singer (2003) em uma citação de Souza (2014, p.5), fala que “O sucesso do
negócio e seu constante desenvolvimento podem levar sua base de solidariedade a
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Em relação à COOPERATIVA (A) foi relatado o baixo preço dos produtos na hora
da comercialização, um dos grandes empecilhos para o aumento da renda dos produtores
inseridos nos E.S. Pois, a estrutura de comercialização adotada não é tão eficiente, assim
como a sua orientação de precificação dos seus produtos, haja vista que em grande parte
ainda são utilizados os mesmos mecanismos de empresas convencionais.
Em relação a esse fator, Porter (1986) citado por Ferreira (2004, p. 3) afirma que
“Sua meta para uma unidade empresarial é encontrar uma posição em que a organização
possa melhor defender-se contra as forças que atuam sobre ela, ou influenciá-las em seu
favor”.
fechar contrato com os compradores, dado a demora na tomada de decisão por parte dos
cooperados e também o atraso de pagamentos pelos seus compradores, são um desses
empecilhos enfrentados. Pelo o conseguinte atraso em fechamentos de contratos nos prazos
determinados, impossibilita-se o aumento da renda e de novas parcerias de
comercialização.
5.Conclusão
Tudo a nossa volta vem se modificando e evoluindo cada vez mais, com isso se faz
necessário revisar os valores e ideais em todas as suas variáveis, no caso observado, seja da
administração ao setor produtivo. E as cooperativas e associações contextualizadas não
fogem a essa regra, precisam também encontrar um equilíbrio perfeito e um envolvimento
entre as mudanças do mercado, para que elas possam crescer e se estabilizar frente às
demais no mercado, mostrando competência e produtos de confiança e ótima qualidade.
6. Referências Bibliográficas
CANDEIAS, Cezar Nonato Bezerra; Macdonald, José Brendas; Neto, José Francisco de
Melo. Economia Solidária e Autogestão: Ponderações Teóricas e Achados Empíricos. . –
Maceió: Edufal, 2005.
RIBEIRO, Kleber Ávila; Nascimento, Deise Cristiane ; Silva, Joelma Fabiana Barros.
Cooperativismo agropecuário e suas contribuições para o empoderamento dos agricultores
familiares no submédio São Francisco: O caso da associação de produtores rurais do
núcleo VI – Petrolina/PE. Disponível em:
<http://www.upf.br/seer/index.php/rtee/article/viewFile/3444/2282.> Acesso em 15 de
Maio de 2015.
SETTE, Ana Tarsila de Miranda; Sette, Ricardo de; Souza, Magno.A organização
cooperativa sob a ótica dos cooperados. Disponível em: