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Automação da Caldeira Movida a

Combustível Sólido (Bagaço/Cavaco)

Elaborado por:

Julio César Freitas


Engenharia de Aplicações Nacional.

04/09/2003 Rev 0
I - INTRODUÇÃO

Este documento tem o objetivo de auxiliar a especificação dos equipamentos


que serão utilizados para se fazer a automação de uma caldeira movida a combustível
sólido (bagaço/cavaco). De acordo com a complexidade, tamanho e verba disponível
uma caldeira pode ter mais ou menos controles. Abaixo segue uma breve descrição de
cada estratégia de controle junto com os equipamentos necessários para sua
automação.
Uma caldeira é composta de dois sistemas básicos separados. Um é o sistema
vapor-água, também chamado de lado de água da caldeira e o outro é o sistema
combustível-ar-gás de combustão, também chamado de lado de fogo da caldeira.
A entrada do sistema vapor-água ou lado de água da caldeira é água. Esta
água que recebe o calor através de uma barreira de metal sólido é aquecida,
convertida em vapor e deixa o sistema na forma de vapor.
As entradas do sistema combustível e o ar de combustão ou lado de fogo da
caldeira são o combustível e o ar de combustão necessário à queima deste
combustível. Neste sistema, o combustível e o ar de combustão são completa e
cuidadosamente misturados, sendo em seguida queimados na câmara de combustão.
A combustão converte energia química do combustível em energia térmica, ou seja,
calor. Este calor é transferido para o sistema vapor-água, para geração de vapor.

Figura 1 – Vista geral.


Automação de Caldeiras 2
II – Controle de Nível a 1 Elemento
No controle de nível a 1 elemento, utiliza-se uma malha de controle comum
com um transmissor de nível atuando diretamente na válvula de água por meio de um
controlador.

Figura 2 – Malha de Controle Nível a 1 Elemento.


Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:
- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir o nível de água da caldeira.
Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, distância entre as tomadas do tubulão e o
TAG);
- 01 x pote de selagem em aço carbono para a tomada de baixa pressão do transmissor de
nível da caldeira.
- 02 x potes de lama em aço carbono para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de nível da caldeira.
- 01 x válvula manifold 3 vias, em aço inox 316 para o transmissor diferencial.
- 01 x posicionador FY30X para a válvula de água. Neste caso o fabricante da válvula e modelo
do atuador tem que ser informados, pois precisa-se saber se o atuador é linear ou rotativo,
simples ou dupla ação, se linear qual o tamanho do curso, para correta especificação do
modelo do posicionador e suporte. O TAG deve ser providenciado também.

Automação de Caldeiras 3
III – Controle de Nível a 2 Elementos

Neste método conhecido como Controle de Nível a 2 Elementos a vazão de


vapor fará uma correção antecipada do nível da caldeira.

Figura 3 – Malha de Controle Nível a 2 Elementos.

Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:


- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir o nível de água da caldeira.
Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, distância entre as tomadas do tubulão e o
TAG);
- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir a vazão do vapor de saída da caldeira.
Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, diferencial de pressão gerado pela placa
de orifício e o TAG);

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- 01 x Conjunto de medição de vazão de vapor composto por:
Æ Placa de Orifício em Aço Inox 316 - 300# - Norma ISA/ISSO 5167
Æ Par de Flanges em Aço carbono 300# RF – ASTM A105 – NORMA ANSI B16.36
Æ Kit de Montagem para placa de orifício (Estojo e porcas em aço carbono e juntas em
papelão hidráulico)
Para se especificar corretamente um conjunto de medição de vazão os seguintes
dados são necessários:
- diâmetro e schedulle da tubulação
- fluido a ser medido
- densidade
- temperatura de processo
- pressão mínima/normal/máxima
- vazão mínima/normal/máxima

- 03 x potes de selagem em aço carbono. 1 pote para a tomada de baixa pressão do


transmissor de nível da caldeira e 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de vazão de vapor.
- 04 x potes de lama em aço carbono. 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de nível da caldeira e 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de vazão de vapor.
- 02 x válvulas manifold 3 vias, em aço inox 316. 1 válvula para cada transmissor diferencial.
- 01 x posicionador FY30X para a válvula de água. Neste caso o fabricante da válvula e modelo
do atuador tem que ser informados, pois precisa-se saber se o atuador é linear ou rotativo,
simples ou dupla ação, se linear qual o tamanho do curso, para correta especificação do
modelo do posicionador e suporte. O TAG deve ser providenciado também.

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IV – Controle de Nível a 3 Elementos

O objetivo deste método conhecido como Controle de Nível a 3 Elementos é


obter a constância do nível, de forma que se mantenha a maior superfície de
vaporização para maior rendimento e estabilidade; secundariamente esta malha
garante o balanço térmico da caldeira, mantendo o equilíbrio entre as vazões de vapor
e água de alimentação sob qualquer valor de demanda. Esta malha utiliza um controle
antecipativo com realimentação, combinado com controle cascata. Neste caso, a
correção antecipativa do nível será feita pela vazão do vapor e a realimentação será
feita pelo transmissor e pelo controlador de nível, enquanto a vazão de água de água
será mantida pela malha escrava de controle de água em função do ponto de ajuste
do somador.

Figura 4 – Malha de Controle Nível a 3 Elementos.

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Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:
- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir o nível de água da caldeira.
Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, distância entre as tomadas do tubulão e o
TAG);
- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir a vazão do vapor de saída da caldeira.
Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, diferencial de pressão gerado pela placa
de orifício e o TAG);
- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir a vazão de água de alimentação da
caldeira. Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-
BU11-012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser
conhecidos: protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, diferencial de pressão gerado
pela placa de orifício e o TAG);
- 01 x Conjunto de medição de vazão de vapor composto por:
Æ Placa de Orifício em Aço Inox 316 - 300# - Norma ISA/ISSO 5167
Æ Par de Flanges em Aço carbono 300# RF – ASTM A105 – NORMA ANSI B16.36
Æ Kit de Montagem para placa de orifício (Estojo e porcas em aço carbono e juntas em
papelão hidráulico)
Para se especificar corretamente um conjunto de medição de vazão os seguintes
dados são necessários:
- diâmetro e schedulle da tubulação
- fluido a ser medido
- densidade
- temperatura de processo
- pressão mínima/normal/máxima
- vazão mínima/normal/máxima

- 01 x Conjunto de medição de vazão de água composto por:


Æ Placa de Orifício em Aço Inox 316 - 300# - Norma ISA/ISSO 5167
Æ Par de Flanges em Aço carbono 300# RF – ASTM A105 – NORMA ANSI B16.36
Æ Kit de Montagem para placa de orifício (Estojo e porcas em aço carbono e juntas em
papelão hidráulico)

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Para se especificar corretamente um conjunto de medição de vazão os seguintes
dados são necessários:
- diâmetro e schedulle da tubulação
- fluido a ser medido
- densidade
- temperatura de processo
- pressão mínima/normal/máxima
- vazão mínima/normal/máxima

- 03 x potes de selagem em aço carbono. 1 pote para a tomada de baixa pressão do


transmissor de nível da caldeira e 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de vazão de vapor.
- 06 x potes de lama em aço carbono. 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de nível da caldeira, 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de vazão de vapor, 2 potes para as tomadas de baixa e de alta pressão do
transmissor de vazão de água.
- 03 x válvulas manifold 3 vias, em aço inox 316. 1 válvula para cada transmissor diferencial.
- 01 x posicionador FY30X para a válvula de água. Neste caso o fabricante da válvula e modelo
do atuador tem que ser informados, pois precisa-se saber se o atuador é linear ou rotativo,
simples ou dupla ação, se linear qual o tamanho do curso, para correta especificação do
modelo do posicionador e suporte. O TAG deve ser providenciado também.

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V – Controle de Combustão

A malha de controle de combustão mantém a pressão de vapor, no coletor


variando a dosagem de combustível e de ar de combustão injetados na fornalha.
A razão entre comburente e combustível (ar/bagaço), é ajustada através de uma
relação e de uma curva de linearização para otimização.

Figura 5 – Malha de Combustão.

Automação de Caldeiras 9
Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:

- 01 x transmissor de pressão manométrica para se medir a pressão de saída da caldeira.


Normalmente sempre é um transmissor faixa 4 e o modelo sugerido é LD30XM41I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, pressão de saída da caldeira e o TAG);
- 01 x pote de selagem em aço carbono para a tomada de pressão do transmissor de pressão
de vapor.
- 01 x pote de lama em aço carbono para a tomada de pressão do transmissor de pressão de
vapor.
- 01 x válvula manifold 2 vias em aço inox 316.
- 01 x atuador cilíndrico pneumático ACP composto por: ACP-14I21 + FY30X-11-045 +
BFY-CL-1I. Neste caso deve ser conhecido o curso que o pistão tem que fazer para correta
especificação do atuador cilíndrico. Este atuador cilíndrico atuará no na abertura e fechamento
do damper do ventilador. Vale a pena lembrar que existem caldeiras que possuem 02
ventiladores geralmente chamados de primário e secundário. Para este caso deve ser
especificado um ACP para cada ventilador e os TAG’s devem ser fornecidos.
- 01 x Conversor Corrente / Tensão CIV200P. Este instrumento somente deve ser ofertado se a
caldeira possuir mais de um bica injetora de combustível.
- Conversor de Sinal e Isolador IS400P. Deve ser ofertado um IS400P por bica injetora de
combustível.
Cada bica injetora de bagaço deve possuir um inversor de freqüência com entrada em
corrente ou tensão ou Fieldbus ou Profibus.

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VI – Controle de Tiragem

A pressão na câmara de combustão da caldeira deve ser controlada de forma


cuidadosa, pois esta pressão afeta diretamente a vazão de ar que flui através da
caldeira e a própria combustão.

Figura 6 – Malha de Tiragem.


Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:

- 01 x transmissor de pressão manométrica para se medir a pressão da fornalha da caldeira.


Normalmente sempre é um transmissor faixa 1 e o modelo sugerido é LD30XM11I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, pressão da fornalha da caldeira e o TAG);
- 01 x válvula manifold 2 vias em aço inox 316.
- 01 x atuador cilíndrico pneumático ACP composto por: ACP-14I21 + FY30X-11-045 +
BFY-CL-1I. Neste caso deve ser conhecido o curso que o pistão tem que fazer para correta
especificação do atuador cilíndrico. Este atuador cilíndrico atuará no na abertura e fechamento
do damper do exaustor. O TAG deve ser fornecido.

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VII – Controle de Nível e Pressão do Desaerador

O tipo de tratamento de água a ser utilizado em um sistema de geração de


vapor depende basicamente da qualidade de água bruta utilizada, da pressão de
operação e do fluxo de calor na superfície de vapor da caldeira.
Os cristais existentes na água deverão ser eliminados, pois, à medida que
ocorre a evaporação da água, estes cristais (cálcio, sílica, magnésio, etc.) tendem a se
incrustar nas paredes dos tubulões e dos tubos, formando uma camada que dificulta a
troca de calor entre o lado de fogo e o lado de água, diminuindo o rendimento da
caldeira.
Antes de água ser introduzida na caldeira, também deve-se eliminar os gases
arrastados ou dissolvidos nesta água (dióxido de carbono, oxigênio, ar, etc), pois estes
gases, quando em altas temperaturas, tornam-se corrosivos e atacam tubos, tubulões,
trocadores de calor, linhas de condensado, etc. Esta eliminação dos gases arrastados
ou dissolvidos na água é chamada de desaeração.

Figura 7 – Malha de Controle Nível a 3 Elementos.

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Para este tipo de controle deve-se especificar os seguintes equipamentos:

- 01 x transmissor de pressão diferencial para se medir o nível de água do desaerador.


Normalmente sempre é um transmissor faixa 2 e o modelo sugerido é LD30XD21I-BU11-
012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor ainda devem ser conhecidos:
protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, altura do desaerador e o TAG);
- 01 x transmissor de pressão manométrica para se medir a pressão do desaerador. O modelo
sugerido é LD30XM21I-BU11-012/A1/I1 (para correta montagem do modelo do transmissor
ainda devem ser conhecidos: protocolo de comunicação - Hart, Fieldbus, Profibus, pressão do
desaerador e o TAG);
- 03 x potes de selagem em aço carbono. 2 potes para as tomadas de baixa e alta pressão do
transmissor de nível do desaerador e 1 pote para a tomada de pressão do transmissor de
pressão do desaerador.
- 03 x potes de lama em aço carbono. 2 potes para as tomadas de baixa e alta pressão do
transmissor de nível do desaerador e 1 pote para a tomada de pressão do transmissor de
pressão do desaerador.
- 01 x válvula manifold 3 vias, em aço inox 316 para o transmissor diferencial.
- 01 x válvula manifold 2 vias, em aço inox 316 para o transmissor manométrico.
- 01 x posicionador FY30X para a válvula de entrada de água no desaerador. Neste caso o
fabricante da válvula e modelo do atuador tem que ser informados, pois precisa-se saber se o
atuador é linear ou rotativo, simples ou dupla ação, se linear qual o tamanho do curso, para
correta especificação do modelo do posicionador e suporte. O TAG deve ser providenciado
também.
- 01 x posicionador FY30X para a válvula de entrada de vapor no desaerador. Neste caso o
fabricante da válvula e modelo do atuador tem que ser informados, pois precisa-se saber se o
atuador é linear ou rotativo, simples ou dupla ação, se linear qual o tamanho do curso, para
correta especificação do modelo do posicionador e suporte. O TAG deve ser providenciado
também.

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VIII – Temperaturas

Todas as temperaturas que precisam ser indicadas devem ser providenciadas


junto com a sua faixa de calibração. Para cada temperatura deve-se especificar o seu
TAG correspondente.
Deve-se também especificar o termoelemento (PT100 ou Termopar). Para
cada termoelemento tem-se que especificar o comprimento do poço, ou seja, o
tamanho da inserção que será feita no processo.
As temperaturas comumente medidas em uma caldeira são:
- Temperatura da água na entrada do ECO
- Temperatura da água na saída do ECO
- Temperatura dos gases na saída da caldeira
- Temperatura dos gases na saída do pré-ar
- Temperatura dos gases na saída do ECO
- Temperatura do ar na entrada do pré-ar
- Temperatura do ar na saída do pré-ar primário
- Temperatura do ar na saída do pré-ar secundário

IX – Motores
Primeiramente deve ser providenciada uma lista de todos os motores que
serão utilizados na caldeira com os seus devidos TAGs. Com esta lista em mãos deve-
se saber a seqüência de intertravamento desses motores, por exemplo, o ventilador só
liga se o seu damper estiver fechado, o ventilador secundário liga e desliga sem
intertravamento, etc. Para cada motor, todas suas entradas e saídas devem ser
conhecidas para o painel de controle (por exemplo: selo, térmico, liga, desliga, etc.).
Para os dampers tem-se que saber se existe fim-de-curso de aberto e de fechado, se
só existe um fim-de-curso, etc.
Geralmente uma Caldeira é composta pelos seguintes motores:
- Exaustor
- Ventilador primário
- Ventilador secundário
- Motobomba de água
- Ventilador Auxiliar / Espargidor
- Redler de Alimentação
- Esteiras de Alimentação
- Dosadores de Combustível
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X – Sopradores

Para os sopradores de fuligem deve ser fornecido:


- quantidade de sopradores.
- tipo dos sopradores (retráteis ou rotativos).
- entradas e saídas dos sopradores (abre, fecha, sensor, sensor reverso, fim-de-curso,
etc.).
- lógica de funcionamento.
- quantidade de válvulas de vapor.
- quantidade de válvulas de dreno.

XI – Descarga de fundo

Para a descarga de fundo deve ser fornecida a quantidade de válvulas e se


elas possuem seus respectivos fins-de-curso.

XII – Grelhas

O sistema de grelhas deve ser fornecido completamente. Número de grelhas,


fim-de-curso, quantidade de pistões, número de válvulas, seqüência de
intertravamento.

XIII – Painel de Controle

Para o perfeito cálculo do painel de controle, algumas informações devem ser


especificadas:
- dimensões do painel.
- tensão de alimentação do painel.
- verificar a saída dos cabos do painel (superior, inferior, lateral).
- Informar para equipamentos (transmissores/transdutores) 4 a 20 ma, se serão a 2
fios ou 4 fios e indicar a necessidade de alimentação via painel de controle do
equipamento a 4 fios.
- Definir o grau de proteção a ser adotado, classificação da área para o painel e cores
a serem adotadas (IP 54: protegido contra pó e água, IP55: protegido contra pó e jato
d’agua, IP 65: protegido totalmente contra pó e água similar onda do mar. Para área
classificada informar: Zona 0, Zona 1 e Zona 2).
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- especificar quais entradas e saídas utilizarão borneiras normais, bornes fusíveis e
bornes relés.
- qual será o controlador utilizado (controlador multiloop CD600, controlador lógico
programável ou DFI).
- número de entradas e saídas e esquema de ligação destas (24VDC, 127VAC, 220
VAC, saída a relé, contato seco, etc.).
- número de botoeiras liga/desliga para os motores.
- chave local/remoto.
- potenciômetro para atuação da velocidade das bicas injetoras de combustível.
- potenciômetro de sincronismo.
- chave de 3 posições (Automático / Manual com Sincronismo / Manual).
- utilização de um conjunto de ventilação e iluminação interna.

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XIV – Tecnologia Utilizada

Hoje a Smar disponibiliza várias maneiras para se fazer o controle de uma


caldeira. O controle mais convencional que se pode fazer é utilizando um controlador
digital CD600 com os controles de nível, combustão e tiragem.
Interligando-se o CD600 com o controlador lógico programável LC700 além dos
controles de nível, combustão e tiragem, pode-se fazer o intertravamento dos motores
da caldeira e da alimentação.
Uma outra opção é a utilização da tecnologia Foundation Fieldbus. A utilização
desta tecnologia para o controle é a mais moderna do mercado. Neste tipo de
tecnologia, o controle está distribuído nos equipamentos de campo, os instrumentos
são super inteligentes e capazes de realizar todo o controle em campo comunicando-
se com o CLP para realizar o ligamento e desligamento dos motores e a troca de
informações. Utilizando-se esta tecnologia de controle e o intertravamento dos
motores via LC700, todas as áreas da caldeira serão perfeitamente controladas e
interligadas.
O PROFIBUS PA é a solução PROFIBUS para automação de processo. O
PROFIBUS PA conecta sistemas de automação e sistemas de controle de processos
com equipamentos de campo como pressão, temperatura e transmissores de níveis.
Pode ser usado como um substituto para o padrão 4 a 20 mA. Vale lembrar que o
controlador lógico programável LC700 não possui uma porta DP o que inviabiliza sua
utilização. Outro controlador lógico programável de outro fabricante e que contenha
uma porta DP deve ser utilizado para que o controle possa ser feito.

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Este documento traz as informações dos equipamentos utilizados somente
para as malhas de controle. Instrumentos de painel (CD600, LC700, DFI, fontes,
conversores, etc) vão variar de acordo com a tecnologia utilizada e tamanho da
Caldeira.
De acordo com a tecnologia utilizada, várias arquiteturas podem ser feitas.
Abaixo seguem alguns exemplos de arquiteturas utilizadas em sistemas de controle de
caldeiras:
A figura abaixo mostra um CD600 realizando o controle de nível, combustão e
tiragem. A utilização desta arquitetura é bastante simples onde o operador visualiza
todas as variáveis de controle pelo frontal do controlador CD600. Este sistema é
bastante simples e é utilizado por muitas caldeiras pequenas que não necessitam de
um controle mais completo.

Automação de Caldeiras 18
Outra arquitetura possível é a utilização do CD600 acoplado com um
controlador lógico programável LC700 para o acionamento dos motores, sopragem de
fuligem e descarga de fundo. Neste tipo de arquitetura a utilização de um software
supervisório é obrigatória para visualização, atuação e registro de todas as variáveis
do sistema.

Automação de Caldeiras 19
A arquitetura utilizando o protocolo Foundation Fieldbus é mostrada abaixo.
Utiliza-se o processador fieldbus (DFI) acoplado com um LC700 através de um cartão
FB700. As informações são enviadas a estação de supervisão e engenharia através
de um servidor OPC.

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A arquitetura utilizando o protocolo Profibus utiliza um CLP Siemens com uma
porta DP. Os instrumentos de campo são PA onde o canal é convertido para DP
através de um coupler DP/PA para comunicar com a CPU Siemens. As informações
são enviadas para a estação de supervisão e engenharia através de um servidor OPC.

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XV – Softwares

A utilização de softwares dentro da automação de processos é de fundamental


importância para que se possa obter o melhor aproveitamento do sistema. Softwares
de engenharia, manutenção e supervisão fornecem inúmeras ferramentas as quais
possibilitam a visualização, registro e atuação de todas as variáveis do processo.
Dependendo do tamanho da caldeira e da tecnologia utilizada, pode haver mudanças
em relação ao número de softwares utilizados. Para o sistema de supervisão deve-se
tomar cuidado com o número de pontos que serão visualizados e atuados para que se
possa calcular o nível da chave que ele deve ter.

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XVI – Fotos

A seguir são mostradas algumas fotos de equipamentos instalados em


caldeira.

Vista geral.

Transmissores instalados em campo.

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Atuador cilíndrico pneumático – damper ventilador.

Painel de controle.

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Placa de orifício – vazão de vapor.

Pote de selagem.

Automação de Caldeiras 25
XVII – Anexos

- instalação do transmissor para medição de nível da Caldeira

Dicas:
- o transmissor de nível deverá ser instalado com o lado “H” (High) na tomada inferior
do tubulão e com o lado “L” (Low) na tomada superior do tubulão.
- a instalação deverá conter válvulas de bloqueio para manutenção das linhas de
impulso.
- na montagem das linhas de impulso as curvas deverão ter um ângulo de 45 graus.
- a montagem das linhas de impulso deverá ter potes de lama nas duas tomadas e
pote de selagem na tomada superior.
- as linhas de impulso deverão manter sempre colunas d’água e sem vazamentos.
- a instalação do transmissor deverá ser de fácil acesso para eventual manutenção.
- observar que deverá ser retirado o protetor de transporte do transmissor antes da
instalação do mesmo.

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- instalação do transmissor para medição de vazão de vapor

Dicas:
- o transmissor de nível deverá ser instalado com o lado “H” (High) na montante da
placa de orifício e com o lado “L” (Low) na jusante da placa de orifício.
- a instalação deverá conter válvulas de bloqueio para manutenção das linhas de
impulso.
- na montagem das linhas de impulso as curvas deverão ter um ângulo de 45 graus.
- a montagem das linhas de impulso deverá ter potes de lama e potes de selagem.
- as linhas de impulso deverão manter sempre colunas d’água e sem vazamentos.
- a instalação do transmissor deverá ser de fácil acesso para eventual manutenção.
- observar que deverá ser retirado o protetor de transporte do transmissor antes da
instalação do mesmo.

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- instalação do transmissor para medição de vazão de água

Dicas:
- o transmissor de nível deverá ser instalado com o lado “H” (High) na montante da
placa de orifício e com o lado “L” (Low) na jusante da placa de orifício.
- a instalação deverá conter válvulas de bloqueio para manutenção das linhas de
impulso.
- na montagem das linhas de impulso as curvas deverão ter um ângulo de 45 graus.
- a montagem das linhas de impulso deverá ter potes de lama nas duas tomadas.
- as linhas de impulso deverão manter sempre colunas d’água e sem vazamentos.
- a instalação do transmissor deverá ser de fácil acesso para eventual manutenção.
- observar que deverá ser retirado o protetor de transporte do transmissor antes da
instalação do mesmo.

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- instalação do transmissor para medição de pressão de vapor

Dicas:
- o transmissor de nível deverá ser instalado com o lado “H” (High) na tomada de
pressão.
- a instalação deverá conter válvula de bloqueio para manutenção da linha de impulso.
- na montagem da linha de impulso as curva deverá ter um ângulo de 45 graus.
- a montagem da linha de impulso deverá ter pote de lama e pote de selagem.
- a linhas de impulso deverá manter sempre colunas d’água e sem vazamentos.
- a instalação do transmissor deverá ser de fácil acesso para eventual manutenção.
- observar que deverá ser retirado o protetor de transporte do transmissor antes da
instalação do mesmo.

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