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1 INTRODUÇÃO
A composição básica do concreto inclui cimento, água e agregados. Mas, para
melhorar a maleabilidade e a resistência do material, utilizamos outro elemento: os aditivos,
que podem ser vários. A escolha varia de acordo com o resultado que se deseja obter na obra.
É importante ressaltar, contudo, que, até certo ponto, os aditivos podem, ao causar a
cura de certos defeitos ou ao introduzir certas qualidades, acarretar o aparecimento de outras
deficiências. Isso porque a efetividade de cada aditivo pode variar, dependendo de sua
concentração no concreto, tipo de material cimentício, temperatura ambiente e dos materiais
constituintes do concreto, energia de mistura, tempo de adição e variação dos constituintes
dos mesmos. Logo, além do efeito principal, os aditivos podem apresentar algum efeito
secundário, modificando certas propriedades no concreto.
Convém finalmente lembrar, dentro da mesma linha de analogia, que tanto na
medicina quanto na tecnologia é bem mais fácil introduzir qualidades em organismo ou em
produto “são” do que curar ou corrigir doenças ou defeitos.
Desde a década de 1980, a indústria de produtos químicos para a construção civil vem
sendo desenvolvida a partir do avanço da produção do concreto no Brasil. O uso de aditivos
químicos é fundamental para a melhoria de determinadas propriedades do concreto, tanto no
estado fresco quanto no endurecido. Isso permite que o material seja utilizado de diversas
formas, com vantagens técnico-econômicas e ambientais, por diminuir o consumo de água e
de cimento.
O mercado atual oferece uma grande variedade de opções com o obje-tivo de melhorar as
características do concreto por meio de aditivos. Essas capacidades de melhorias são descritas
pelos fabricantes, mas a boa prática recomenda que o concreto aditivado seja submetido a
ensaios, visando a veri-ficação do desempenho real.
Os efeitos principais que o uso desses materiais os tornam impor-tantes para o concreto são:
aumento da plasticidade sem amentar o consumo de água, reduzir segregação, acelerar as
taxas de desenvolvimento da resis-tência nas primeiras idades, reduzir a taxa de evolução do
calor e aumentar a durabilidade em determinadas condições de exposição
2 DEFINIÇÕES
American Society for Testing and Materials (ASTM) faz uma definição bastante objetiva para
aditivo e adição como sendo qualquer material (exceto água, agregado, cimento hidráulico ou
fibra) usado para integrar o concreto ou argamassa sendo adicionado à massa imediatamente
antes ou durante a mistura.
Pode-se definir como aditivo todo produto não indispensável à composição e finalidade do
concreto, que, colocado na betoneira, imediatamente antes ou durante a mistura do concreto,
em quantidade geralmente pequena e bem homogeneizado, faz aparecer ou reforça certas
características.
NORMAS TÉCNICAS
No Brasil, as especificações para aditivos estão contidas na norma da
ABNT NBR 11.768/2011 e, para adições minerais, nas normas ABNT NBR 12.653/2014 e ABNT
NBR 13.956/2012.
ABNT NBR 10908:2008 – Aditivos para argamassa e concreto – Ensaios de caracterização Essa
norma prescreve os métodos de ensaios de referência para a determinação de pH, teor de
sólidos,
massa específica, teor de cloretos e análise por infravermelho. A ABNT NBR 10908:2008
estabelece a metodologia para caracterizar e fazer o controle de qualidade dos
aditivos químicos. Normalmente, o controle de qualidade é realizado pelo fornecedor de
aditivo de acordo com essa norma. Todos os lotes dos produtos são avaliados em relação às
suas propriedades físico-químicas como pH, massa específica, teor de sólidos e teor de
cloretos, e ainda homogeneidade e cor. Os resultados des-sas análises são entregues ao
consumidor por meio dos certificados de qualidade que acompanham a entrega e definem os
limites de especificação. Também é realizada uma avaliação de calorimetria em pasta de
cimento Portland, além de uma avaliação de desempenho do aditivo em concreto.
ABNT NBR 11768:2011 – Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos
Essa norma especifica os requisitos para os aditivos químicos destinados ao preparo de
concreto de
cimento Portland, definidos em 3.6 a 3.16. De acordo com a ABNT NBR 11768:2011, aditivo é o
produto adicionado durante o processo de preparação do
concreto, em quantidade de até 5% da massa de material cimentício. O objetivo é modificar
suas propriedades no estado fresco e/ou no estado endurecido. Em concreto projetado, a
dosagem pode ser superior a 5% , como na Figura 4.20.
3 CLASSIFICAÇÃO
A questão ambiental está sempre em destaque, assim, faz-se maior apli-cação de aditivos
minerais do que dos químicos, sendo algumas vezes deno-minados como materiais cimentícios
suplementaresAs adições minerais em forma de pó são usadas tanto no cimento como
no concreto. Quanto aos aditivos, são empregados a fabricação do cimento na moagem para
facilitarem a realização desse processo. Para sua apli-cação no concreto, no Brasil, a
quantidade máxima é de 5% da massa de material cimentício para melhorar suas propriedades
no estado fresco e/ou endurecido.
O critério baseado na ação é mais científico e distingue apenas as ações puramente química,
física ou físico-química.
Entende-se por ação química aquela que modifica a solubilidade dos compostos do cimento.
Assim, por exemplo, alguns produtos aceleram a dissolução de cal ou do alumínio ou da sílica,
acelerando o processo, enquanto outros formam como que uma proteção às fases anidras,
retardando a hidratação.
Por ação física entende-se aquela que, por forças de absorção de Van der Waals de natureza
tensoativa, modifica a tensão superficial da fase líquida e, ainda, a tensão interfacial entre esta
e as fases sólida ou gasosa. Em outras palavras, pode-se dizer que os tensoativos fazem com
que as moléculas de água nas interfaces “água-ar” e “água-sólido” tenham menor coesão.
Assim, aumentam a capacidade de molhabilidade (umectação) da água, bem como seu poder
de penetração.
As moléculas dos tensoativos têm um radical hidrófobo e apolar e outro radical hidrófilo e
polar.
Por ação físico-química, entende-se aquela que por efeito físico modifica a tensão superficial e
interfacial água — “água × ar” e “água × sólido” —, e, por efeito químico, modifica a cinética
do processo de hidratação.
O critério de classificação baseado nos efeitos, não obstante ser de menor precisão científica,
será o abordado neste capítulo, tendo em vista uma das finalidades propostas que consiste em
contribuir para a seleção e correto emprego dos aditivos, por parte dos engenheiros civis
ligados diretamente à construção.
Propõem-se os agrupamentos seguintes para classificação e estudo das características
principais ou predominantes dos aditivos, tendo como base as finalidades procuradas pela sua
aplicação.
No estado fresco
■ redução do consumo de água para uma mesma plasticidade (5,0 a 9,0 %);
No estado endurecido
■ diminuição da porosidade.
5 SUPERPLASTIFICANTES (SP I)
O aditivo superplastificante (SP I) à base de polímeros de formaldeído-naftaleno sulfonado
(NSF) tem como característica a capacidade de maior dispersão que o lignossulfonato, ou seja,
a capacidade de redução maior de água, e de proporcionar maior consistência e
trabalhabilidade, conforme ilustrado na Figura 6.4. Entretanto, apesar deste alto desempenho
na dispersão aumentando a fluidez, o tempo de manutenção da consistência é curto, em
média de 30 minutos, podendo reduzir conforme o aumento da temperatura do concreto.
No estado fresco
■ grande redução do consumo de água para abatimentos superior a 120 mm (redução de até
15 %);
■ aumento significativo da consistência para um mesmo consumo de água (50 mm para 180
mm);
No estado endurecido
■ diminuição da porosidade.
Aditivo recomendado para utilização no ponto de descarga na obra com estruturas de armação
densa, ou em fábricas de pré-moldados.
O aditivo superplastificante (SP II) à base de éter-policarboxilato (PCE) é obtido por processo
de polimerização de ácido acrílico ou substituição por moléculas imidisadas, tais como
sucinimido ou acetato de vinilo, estireno ou ácido sulfanílico, para modificar as propriedades
de dispersão. Depois, esse polímero é copolimerizado com etoxilato, geralmente um
polietileno ou glicol polipropileno, ou ainda um copolímero dos dois
No estado fresco
No estado endurecido
■ diminuição da porosidade;
■ aumento da durabilidade.
última geração de aditivos superplastificantes são os classificados de
superplastificantes tipo II. Eles
apresentam muitos benefícios, como altas taxas de redução de água para
menos de 20%. A partir das carac-terísticas da base química do aditivo e
da dosagem utilizada, são responsáveis por oferecerem importante
manutenção de trabalhabilidade, sem comprometerem a pega e até
favorecerem significativamente as resis-tências mecânicas.
A temperatura elevada do concreto e do ambiente podem causar uma reação muito rápida a
ponto de prejudicar todo o efeito benéfico de sua aplicação, e a temperatura muito baixa
retarda a reação, podendo retardar a pega e impossibilitar a desforma e/ou o acabamento no
prazo esperado.
Aditivos de moagem utilizados na produção dos cimentos podem alterar o desempenho dos
aditivos, na capacidade de redução de água, tempo de manutenção da consistência e
incorporação de ar.
Os agentes retardadores agem sobre o cimento, regulando a formação do gel. Seu efeito
principal consiste em retardar a pega do cimento, conservando a massa em estado plástico,
durante um maior período de tempo. O componente quimicamente ativo dos retardadores
detém a formação do gel, em proporção direta da quantidade empregada. O recolhimento da
partícula de gel, ainda relativamente pequena, retém em dado instante menos água,
permitindo que a quantidade de água não absorvida melhore as condições de
trabalhabilidade.
■ C3A: pega rápida, forte desenvolvimento de calor de hidratação (duas vezes maior que o
C3S), pouco desenvolvimento de resistência, baixa resistência ao ataque de sulfatos, forte
retração;
Pelo cenário apresentado, nota-se que variações na composição do cimento levam a variações
no início da pega e no desenvolvimento das propriedades mecânicas da pasta de cimento.
Outros fatores externos também podem influir no tempo de pega, tais como: temperatura;
finura e consumo do cimento; e quantidade de água de mistura.
A ação do retardador de pega sobre os silicatos e aluminatos pode ocorrer de duas maneiras:
Sobre os silicatos
■ colmatando a superfície dos grãos de silicato por meio de uma película pouco permeável.
Sobre os aluminatos
■ retardando a dissolução dos aluminatos por meio dos ânions ácidos fortes CL e SO4 (cloretos
e sulfatos).
Convém notar que os mesmos elementos podem, em pequenas doses, funcionar como
retardadores e, em doses elevadas, como aceleradores. É o que ocorre com os cloretos. A
natureza do cimento também influencia a ação do aditivo. O gesso retarda a pega do cimento
Portland comum e acelera a do cimento de escória.
Os efeitos dos produtos de base sobre o concreto foram resumidos nos Quadros 6.3 e 6.4 que
se seguem. Os aditivos empregados são açúcares de ácido fosfórico.
Efeitos sobre o Desenvolvimento do Calor de Hidratação
■ 1 dia: o calor hidratação é tanto menor quanto maior for o prolongamento de tempo de
pega.
■ 7 dias: o calor desprendido das amostras preparadas com aditivo foi maior que o da
argamassa-padrão.
Os aditivos retardadores retardam a formação do gel, bem como o seu crescimento e sua
hidratação. Assim, a geração de calor se torna menos intensa e mais lenta, o que permite, por
sua vez, que uma boa parte do calor se desprenda da massa do concreto antes que este
endureça.
11 INCORPORADOR DE AR (IA)
O concreto contém sempre, em sua massa, grande ou considerável quantidade de ar nele
introduzido durante o período de mistura. O ar naturalmente se mistura à água, e as bolhas
assim formadas, por serem instáveis, agrupam-se formando outras de maiores dimensões que
escapam durante o lançamento.
Essas bolhas “aninham-se”, por vezes, sob os agregados graúdos, principalmente quando estes
apresentam formas lamelares, acarretando o rompimento da aderência pasta-agregado e o
enfraquecimento do concreto.
As bolhas de ar assim formadas, durante ou pela mistura, podem atingir dimensões de até 10
mm de diâmetro.
Experiências demonstram que estes capilares apresentam diâmetros tanto maiores quanto
maior for a relação água/cimento.
Para relação a/c < 0,44, o diâmetro dos capilares varia de 20 a 200 A, e para concretos com
relação a/c > 0,44, os capilares variam de 200 a 5000 A.
A consistência do concreto varia de “terra úmida” até consistência plástica. Verifica-se pela
Tabela 6.1 que o quociente do volume de água pelo volume de concreto varia de 8 a 15, e o
quociente do volume de capilares pelo volume de pasta solidificada de 1,92 a 0,31.
A partir destes dados, bastante simples, deduz-se com facilidade a razão da baixa resistência
do concreto preparado com alta relação a/c.
Para que a bolha pudesse ser rompida, deveria aumentar até que, vencendo a tensão
superficial, fosse produzida uma descontinuidade na interfase ar/líquido. Por outro lado, se
nesta interfase houver um aditivo absorvido, pelo aumento da bolha, haverá uma diminuição
de sua concentração naquela área. Com a diminuição da concentração do aditivo, haverá novo
aumento da tensão superficial. Assim, ocorre a estabilização do sistema, pois o aumento da
tensão se opõe à ruptura de bolha.
Vimos o que ocorre pela ação do tensoativo sobre as bolhas de ar. Vamos ver a seguir a ação
do tensoativo sobre as partículas de cimento ou de agregado muito fino.
O aditivo forma uma camada monomolecular com seu radical polar (aeróforo), sobre as
partículas soltas. Este posicionamento das moléculas acarreta a flotação ou agrupamento das
partículas pela solubilidade dos restos apolares. As Figuras 6.9 e 6.10 ilustram o modo de ação
do tensoativo sobre as partículas sólidas, bem como sobre as partículas sólidas e bolhas
concomitantemente.
Por outro lado, o aditivo unido por sua extremidade polar às partículas fixa sobre a sua
superfície bolhas estabilizadas por meio de seus radicais apolares hidrófobos.
Assim, uma partícula sólida, recoberta por certo aditivo, entrando em contato com uma bolha
de ar recoberta pelo mesmo aditivo, ou por outro de igual natureza, forma grupo mais estável
Em função de sua menor densidade, a bolha tenderá a subir. Ao chegar junto à superfície,
estabilizará sem se romper .
Age como um fluido, substituindo uma parte da água. A experiência mostra que, ao
aumentarmos porcentagem igual a X de ar em um concreto, o aumento da fluidez resultante é
comparável ao acréscimo de X/2 % de água de mistura.
Por exemplo, no caso de termos consumo de 200 litros de água por mero cúbico de concreto e
viermos incorporar 5 % de ar (ou 50 litros/m3), teremos uma redução de 50/2 = 25 litros no
volume de água a ser adicionado para obtenção da mesma fluidez. A redução, no entanto, é
influenciada pela dosagem e pela quantidade de ar efetivamente incorporado. Na Figura 6.11
ilustra-se esta redução:
As bolhas substituem uma parte da areia fina (1 ou 2 mm), com vantagens, tais como:
■ são elásticas;
Consequentemente, o ar incorporado:
■ aumenta a coesão e diminui a exsudação; nas Figuras 6.12 e 6.13 ilustra-se o efeito do ar
incorporado sobre os grãos de areia no sentido de melhorar a coesão da argamassa;
■ sustém os grãos inertes, impedindo sua sedimentação;
■ obtura as passagens por onde a água poderia infiltrar-se, rompendo a aderência entre pasta
e agregado graúdo.
CIMENTO/ÁGUA +VAZIOS
Na Figura 6.15 ilustram-se reduções de resistência para dosagens preparadas com consumo de
cimento de 440, 335 e 220 kg/m3 (mantida a mesma relação a/c).
■ o volume de ar incorporado;
■ natureza;
■ finura;
■ dosagem;
■ aditivo utilizado para moagem.
Assim, é necessário maior quantidade de aditivo para obter o mesmo teor de ar incorporado
quando o cimento:
A relação água/cimento tem influência não somente sobre o teor de ar incorporado, mas
também sobre a distribuição das bolhas. Na Figura 6.20 ilustra-se o fato. Verifica-se que,
quanto mais elevada for a relação a/c, maior se torna o diâmetro da bolha.
A influência do incorporador de ar é tanto maior quanto mais seca for a mistura (aumento de
abastecimento).
Há um teor máximo de ar incorporado para um dado tempo de mistura. Além deste tempo, o
teor pode diminuir. A granulometria das bolhas deve modificar-se durante o tempo de
mistura. As bolhas maiores tendem a desaparecer.
Quanto maior for o tempo decorrido entre preparo do concreto e o lançamento, tanto menor
será o teor de ar incorporado pela dissolução do ar na água. Esta tendência aumenta com a
diminuição do Ø das bolhas. Assim, a curva granulométrica das bolhas varia com o tempo até o
fim do endurecimento.
■ tempo de vibração;
ACELERADORES
Denomina-se acelerador o material que, adicionado ao concreto, diminui o tempo de início de
pega e desenvolve mais rapidamente as resistências iniciais.
Os produtos químicos que aceleram a pega do cimento são: cloreto de cálcio, cloreto de sódio,
carbonatos, silicatos, fluossilicatos e hidróxidos, e entre os catalisadores, a trietanolamina
composta com outras substâncias. Há ainda o processo denominado “inseminação” do
cimento novo com cimento Portland já hidratado e finalmente moído. Este cimento acelera a
cristalização do gel do cimento novo, não funcionando como um componente do concreto,
mas como um aditivo cujas partículas constituem, durante a pega, elementos catalisadores.
O efeito deste procedimento é mais sensível quando o concreto pode ser revibrado durante o
período de pega e antes do início do endurecimento. São também melhores os resultados
quando o pó do cimento hidratado é adicionado na fábrica de cimento, onde há possibilidade
de melhor controle.
O aditivo à base de cloreto de cálcio não deve ser usado em estruturas de concreto armado e
protendido, à medida que favorece a corrosão de formas metálicas incorporadas à estrutura
(como as camisas perdidas) e de barras de aço estrutural, principalmente quando o
recobrimento de concreto é insuficiente.
O catalisador mais comum é a trietanolamina. É menos eficaz que o cloreto de cálcio como
acelerador, porém oferece a vantagem de não provocar nenhuma corrosão no aço, e pode ser
empregado em concretos armados e protendidos. Os aumentos de resistência verificados nas
primeiras idades se mantêm durante períodos mais elevados que no caso do cloreto de cálcio.
Seu efeito é influenciado pela composição do cimento empregado. É mais eficaz quando usado
com cimento de alto teor de C3A.
■ evita a segregação;
A permeabilidade do concreto é acentuadamente maior que a da pasta, pois, além dos poros
antes mencionados, ocorrem capilares, causados pela retração e falhas entre a pasta e os
agregados decorrentes de eventual falta de aderência.
A permeabilidade do concreto é acentuadamente maior que a da pasta, pois, além dos poros
antes mencionados, ocorrem capilares, causados pela retração e falhas entre a pasta e os
agregados decorrentes de eventual falta de aderência.
13.3 Aditivo Redutor à Absorção Capilar
São substâncias dentro dos grupos de estearatos, oleatos e alguns derivados do petróleo. Os
mais empregados são os estearatos, uma vez que os oleatos formam espuma, e os derivados
de petróleo podem causar desintegração do concreto.
Os aditivos alcalinos são mais efetivos que os não alcalinos, mas o seu uso vem diminuindo
cada vez mais em razão da dificuldade operacional, como a irritação na pele do operador do
robô projetor.
Os aditivos aceleradores de concreto projetado não alcalinos (AF) são os mais utilizados,
normalmente na proporção de 6,0 a 8,0 % da massa do cimento.
A expansão mais comum vem dos aditivos geradores de gás à base de alumínio em pó. Outros
agentes geradores de gás são o hipoclorito de cálcio e o peróxido de hidrogênio. O pó de
alumínio reage com a cal liberada durante a hidratação do cimento, gerando hidrogênio em
forma de pequenas bolhas. Os aditivos preparados com base no pó de alumínio são
geralmente compostos com dispersantes retardadores ou com pozolanas. Esta composição
tem por finalidade facilitar a homogeneização da mistura do alumínio na massa do concreto e
melhorar as condições de impermeabilidade.
São empregados os pós de alumínio com bastante proveito nos reparos de estruturas, bem
como com a finalidade de melhorar a aderência do aço. Tendo em vista ser a expansão
causada pela geração de bolhas de hidrogênio, é necessário, para a obtenção de bons
resultados finais, que o concreto seja restringido a um volume determinado. A Figura 6.25
ilustra o comportamento do concreto comum e do concreto ao qual foi adicionado alumínio
(ou outro gerador de gás), no que diz respeito à expansão. A cura deve ainda ser mantida com
os mesmos cuidados recomendados para o concreto comum, pois a secagem do concreto
preparado com gerador de gás causa também retração.
Uma temperatura elevada pode provocar uma reação muito rápida a ponto de eliminar todo o
efeito benéfico de sua aplicação, enquanto uma temperatura muito baixa retarda a reação,
podendo o concreto endurecer antes da geração do gás. O tempo da reação é
aproximadamente de 30 minutos à temperatura ambiente de 30 °C e na temperatura de 20 °C
obtém-se expansão 100 % maior do que a 5 ºC.
A ação expansiva do aditivo deve ser controlada de modo que somente ocorra quando o
concreto já tiver resistência para suportar as tensões internas geradas pela expansão. A
expansão criada por este processo é mais discreta que a causada pelos geradores de gás, e
pode ser calculada de modo a compensar o efeito da retração. Os mais empregados agentes
estabilizadores de volume são:
■ limalha de ferro de fundição finamente dividida e tratada com elementos químicos que
aceleram sua oxidação;
■ compostos sulfoaluminosos.
A limalha de ferro age pela oxidação das partículas e seu consequente aumento de volume. A
oxidação dar-se-á basicamente durante a cura, perdendo maior parte de seu efeito após o
endurecimento do concreto. Após esta etapa, a oxidação ainda prossegue, porém, mais
lentamente, pelos ciclos de absorção capilar e posterior secagem do concreto. Este processo é
geralmente empregado no reparo de pequenos defeitos e no chumbamento de peças e
máquinas. Com frequência, a limalha é empregada apenas com pasta de cimento e argamassa,
podendo, no entanto, ser usada com britas de até ~ 1/2″. A proporção usual de emprego da
limalha de ferro é da ordem de 80 % do peso do cimento.
■ Cimento fabricado à base de bauxita, gesso e cal, misturado com cimento Portland, logo
antes de preparo do concreto. Esta adição é empregada na proporção de 10 a 25 % (usado na
França).
■ Cimento aluminoso misturado com gesso calcinado. Seu efeito é controlado a partir do
tempo de cura e da temperatura (usado na antiga União Soviética).
ADIÇÕES MINERAIS
São minerais insolúveis finamente moídos ou finos de origem, resultado de um processo
industrial e/ou de material natural processado, que, quando adicionado na mistura do
concreto em proporção adequada, traz melhoria no estado fresco proporcionando maior
coesão, e no estado endurecido aumentando a resistência mecânica, química e durabilidade.
Estes benefícios estão relacionados com a eficiência da adição mineral, que depende,
principalmente, do processo de obtenção, da composição química, mineralogia, do grau de
amorficidade, da gralunometria, da quantidade utilizada e das condições de cura.
A ABNT NBR 11172:1990 – Aglomerantes de origem mineral – Terminologia utiliza o termo
“adição” para designar produto de origem mineral adicionado aos cimentos, argamassas e
concretos, com a finalidade de alterar suas características, e a norma americana ASTM C 125
define aditivo/adição (em inglês, apenas admixture ou chemical and mineral admixture,
respectivamente) como qualquer material — que não seja água, agregados, cimentos
hidráulicos ou fibras — usado como ingrediente do concreto ou argamassa e adicionado à
massa imediatamente antes ou durante a mistura.
De acordo com a sua ação físico-química, as adições minerais podem ser classificadas em três
grupos: pozolânico, material cimentante e fíler.
Sílica ativa é obtida da filtragem do gás residual no filtro de manga, do processo de fabricação
do silício metálico ou das ligas de ferrossilício. A produção dessas ligas se dá em fornos
elétricos de fusão, tipo arco voltaico, onde ocorre a redução do quartzo a silício pelo carbono a
temperaturas da ordem de 2000 °C. As características da sílica ativa, como cor, distribuição
granulométrica e composição química, dependem do tipo de liga produzida, tipo de forno,
composição química e dosagem das matérias-primas, cuja cor varia de cinza-claro a cinza-
escuro. Como o SiO2 é incolor, a cor da sílica ativa é determinada pelo teor de carbono e de
óxido de ferro presentes. Do ponto de vista físico, as partículas de sílica ativa são esféricas,
extremamente pequenas, com diâmetro médio entre 0,1 e 0,2 µm, sendo 50 a 100 vezes
menores que as do cimento. A sua massa específica real é geralmente 2,2 g/cm³, mais baixa do
que a do cimento, que é de aproximadamente 3,1 g/cm³. A massa unitária na forma natural é
da ordem de 250 a 300 kg/m³. Do ponto de vista químico, a sílica ativa é composta
principalmente de SiO2, com pequenas quantidades de alumina, ferro, cálcio, álcalis, carbono,
entre outros.
Cinza volante é uma pozolana artificial originada do resíduo finamente dividido ou granulado
que resulta da combustão do carvão mineral de usinas termelétricas.
Caulinita calcinada é uma pozolana artificial obtida da calcinação de argilas cauliníticas entre
600 e 900 °C. Constituída basicamente de 51 % de sílica e 41 % de alumina na fase amorfa
(vítrea), formando silicato de alumínio, que, ao se posicionar entre as partículas de cimento
preenchendo os vazios (ação de fíler), proporciona alta reatividade com o hidróxido de cálcio
presente no concreto.
Cinza de casca de arroz é uma pozolana artificial decorrente do processo de queima e
beneficiamento da casca de arroz, tendo um grande potencial para uso no concreto. Pesquisas
realizadas mostram que o desempenho das cinzas da casca de arroz é comparável ao da sílica
ativa.
Escória granulada é um produto obtido pela fusão e arrefecimento da escória de ferro (um
subproduto da produção do ferro e do aço) em um alto-forno em água ou vapor, para produzir
um produto vítreo granulado que é, então, seco e moído em um pó fino. A composição
química das escórias de alto-forno produzidas varia dentro de limites relativamente estreitos.
Os elementos que participam são os óxidos de: cálcio (Ca), silício (Si), alumínio (Al) e magnésio
(Mg). Tem-se ainda, em quantidades menores, FeO, MnO, TiO2 e enxofre. É importante
ressaltar que essa composição vai depender das matérias-primas e do tipo de gusa fabricado.
A composição química é de extrema importância e vai determinar as características físico-
químicas das escórias de alto-forno.
Concretos com adição podem exigir, no estado fresco, um consumo maior de água, mudança
na reologia, diminuição da segregação e exsudação. Modifica o desempenho do aditivo
plastificante, superplastificante, incorporador de ar e a manutenção da trabalhabilidade. Já no
estado endurecido, a adição melhora as características do concreto, diminuindo a porosidade,
a permeabilidade, o calor de hidratação e a eflorescência.
No estado fresco
■ diminuem a exsudação;
No estado endurecido
■ aumentam a durabilidade;
■ Analisar a compatibilidade entre os materiais (cimento, areia, brita, adição, água e outros
aditivos).
■ Cuidar em manter a temperatura do concreto menor que 32 °C após a mistura dos materiais.
É fundamental também exigir a idoneidade do fornecedor do aditivo e/ou adição mineral, bem
como dos laboratórios que, por meio de seus certificados, atestam as suas características. Uma
severa recomendação quanto à qualificação do pessoal que diretamente emprega o aditivo
seria de interesse, não somente da obra, como dos próprios fabricantes, que ficariam, desta
maneira, resguardados das consequências do mau emprego de seus produtos.
E, finalmente, para a decisão dos materiais deverá ser feita a comparação do custo final do
concreto com as características especificadas, obtido por intermédio do emprego dos aditivos
e adições minerais.
Importante
??????????
Os ensaios listados a seguir, definidos pela norma ABNT NBR 10908:2008, garantem padrão ou
uniformida-de entre os lotes do produto, mesmo que sejam líquidos, sólidos ou pastosos:
determinação do pH; determinação do teor de sólidos; determinação da massa específica;
determinação de cloretos; análise no infravermelho para verificação de homogeneidade do
aditivo (opcional). As amostras para testes de inspeção em obra ou central de concreto devem
ser coletadas aleatoria-mente na planta da fábrica de produção, a partir das embalagens
fechadas (tambores, bombonas ou contêineres) ou no caminhão-tanque durante o
recebimento. É importante também que o material seja pré-homogeneizado antes da
amostragem e análise, pois alguns tipos de aditivos líquidos são veiculados em forma de
suspensão.
Para um leigo, aditivos e adições podem apresentar diferenças muito sutis, o que pode levar
a confusões ao se classificar esses materiais, mas normalmente as adições são acrescentadas
ao concreto em quantidade muito superior a dos aditivos. Como exemplos comuns de
adições para concreto, pode-se citar: escórias de alto-forno, pozolanas, cinzas volantes, sílica
ativa e fíleres calcários, entre outros minerais. Da mesma forma que aditivos são utilizados
para melhorar as características do concreto, as adições têm a característica de aprimorar o
desempenho da mistura.
a) MISTURA MANUAL
A areia deve ser colocada sobre um estrado ou lastro de concreto,
formando um cone. Sobre ela colocar o cimento, misturando-os
cuidadosamente (normalmente com o auxílio de uma enxada) até que
apresentem coloração uniforme.
Refazer o cone no centro do estrado e sobre o mesmo lançar a brita,
misturar novamente. Novamente refazer o cone, abrir uma cratera no topo, a
qual se adiciona a água pouco a pouco, misturando e refazendo o cone a cada
vez. Misturar a massa cimentícia até que ela atinja a uniformidade de cor e
umidade.
Recomenda-se que haja a divisão da quantidade de cimento usada para
facilitar a trabalhabilidade, de modo que cada mistura se faça com 1 ou 1⁄2
saco de cimento.
c) MISTURA MECÂNICA
Em algumas obras devido ao volume de concreto e rapidez exigida na
mistura, pode ser necessária a utilização de uma betoneira (misturadora
mecânica) de concreto.
As betoneiras são encontradas em volume de 180 a 360 litros de
concreto pronto. São equipamentos reversíveis, o que com movimento manual
facilita para abastecer com os materiais e para despejar o concreto pronto.
Apresentam um tambor móvel, que gira em torno de um eixo com o auxílio de
um motor elétrico. Os componentes são lançados dentro do tambor,
consequentemente, com o movimento de rotação esses elementos são
misturados dentro da betoneira.
O tempo de mistura varia de um a dois minutos, o suficiente para
obtenção de uma boa homogeneidade. A ordem de colocação dos
componentes deve ser primeiramente a brita, o cimento, a metade da água, a
areia e por fim o restante da água (aos poucos).
Transporte manual
Pode ser realizado por meio de caixas ou padiolas (recipiente utilizado para
transportar materiais como areia, tijolos; cujas formas, quadrada ou retangular, estão fixadas
por quatro varais).
São, também, usados baldes que podem ser içados por cordas facilitando o transporte
vertical em diferentes alturas. A produção com esse tipo de transporte é muito baixa, sendo
somente admissível em obras de pequeno porte.
Existem diversos tipos de carrinhos de mão de uma roda, ou giricas, de duas rodas. Para
utilizá-los, você precisa dispor de caminhos apropriados sem rampas acentuadas.
O transporte vertical em casos de grande altura deve ser efetuado por elevadores ou
guinchos. Existem caçambas elevatórias associadas à elevadores que proporcionam uma maior
rapidez nesse transporte.
Bombeamento
Transporte por meio de tubulações sob efeito de algum tipo de pressão que pode ser por ar
comprimido, tubos deformáveis ou pistão. As maneiras mais eficientes são a primeira e a
última. O sistema por ar comprimido tem uma perda significativa nas juntas das tubulações, o
que pode afetar a produtivi-dade. O sistema de mangueiras deformáveis é muito demorado. O
sistema mais utilizado é o de pistões. No sistema de ar comprimido o concreto é lan-çado
dentro da tubulação por um sistema de válvulas e gaxetas e impulsio-nado pela pressão do ar.
No sistema de mangueira deformável o concreto é lançado na tubulação e por meio da
pressão de roletes nos tubos. O sistema por pistões funciona também com um sistema de
válvulas e gaxetas.
O concreto é lançado na tubulação por um sistema de pistões e após essa operação uma
válvula fecha a entrada e libera outro pistão, que impulsiona o concreto para a tubulação. Os
ciclos se invertem recomeçando o processo. As tubulações são rígidas, ligadas por um sistema
de engate rápido, terminando em um tubo flexível para a distribuição do concreto (Fig. 5). O
diâmetro mais utilizado é de 125 mm, mas existem outros. Você deve adotar alguns cuidados
na execução do concreto. Por exemplo, o diâmetro do agregado não deve ser maior que 1/3
do diâmetro do tubo. O concreto deve ter slump de 8 a 10 cm com no mínimo 60% de arga-
massa. O concreto desloca-se dentro da tubulação de forma constante, de-vendo haver uma
película lubrificante entre a tubulação e a massa, que é ob-tida com a introdução na tubulação
de uma nata de cimento antes do início da concretagem. Qualquer obstrução na tubulação
deve ser imediatamente eliminada, de modo a não permitir que o concreto endureça. A
concretagem deve começar do ponto mais distante da tubulação com a retirada dos tubos que
vão se tornando desnecessários. Em algumas concretagens se faz neces-sária a introdução de
válvulas de retenção para impedir a volta do concreto.
Lançamento
É o processo de colocação do concreto nas formas (Fig. 6). O principal cui-dado é evitar que o
material se separe. Algumas indicações são:
Evitar o arrasto à distâncias muito grandes para não provocar a perda de materiais durante o
arrasto.
Evitar o lançamento de grandes alturas, também para evitar a segregação. As alturas
máximas são de até 2 metros. É aconselhado o uso de calhas ou mangotes, tomando o cuidado
de se fazer aberturas laterais nas formas 110, em caso de grandes alturas.
LANÇAMENTO
Uma vez pronta à mistura o concreto deve ser usado rapidamente (antes de ocorrer), sob pena
de endurecer na masseira.
Nas fôrmas, deve ser convenientemente apilado com ponteiros de ferro, colher de pedreiro ou
mesmo vibrador mecânico de modo a possibilitar um bom adensamento e um concreto menos
poroso. Em qualquer caso não deixa subir a superfície da peça concretada excesso de água ou
pasta, a qual deixaria o interior poroso.
Adensamento
É a operação que procura a eliminação dos vazios que possam ocorrer durante o lançamento,
tornando a mistura mais compacta, menos permeável e, portanto, mais eficaz. O adensamento
depende fundamentalmente da trabalhabilidade do material. Algumas peças exigem
adensamento lento e concreto fluido, ao passo que outras permitem concreto menos plástico
e com adensamento mais enérgico. As formas de adensamento são o adensamento manual e o
adensamento mecânico.
Adensamento manual
Pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que atuam como so-quete e empurram
o concreto para baixo, expulsando o ar incorporado e eli-minando os vazios. E um processo
que exige certos cuidados e experiência. Você precisa ter cuidado especial no enchimento de
peças de grande altura como pilares e cortinas. Nestes casos é preciso acompanhar o
enchimento com batidas de martelo na forma, de modo a escutar onde possam ter ficado
espaços vazios. É um processo que só deve ser usado em casos de emergência ou em locais de
pouca importância, devido à dificuldade de um correto aca-bamento.
Adensamento mecânico
É o processo em que se usa, na maioria dos casos, vibradores de agulha imersos na massa de
concreto, que o espalham (Fig. 7). A agulha é uma peça metálica fixada na extremidade de
uma mangueira flexível dentro da qual gira em um eixo ligado à uma ponteira de aço dentro da
agulha, que sendo excêntrica bate nas paredes da mangueira provocando a vibração. Os
vibradores têm um raio de ação, ou seja, só provocam o adensamento com eficiência se
agirem em camadas subsequentes e adjacentes.
Cura
A cura é caracterizada pelo endurecimento do concreto com o consequente aumento da sua
resistência, o que ocorre durante longo período de tempo. Manter a umidade da peça
concretada é importante no início do processo de endurecimento.
O concreto exposto ao sol e ventos perde água por evaporação muito rapidamente antes que
o endurecimento tenha ocorrido em bom termo. Tornando-se neste caso menos resistente e
mais permeável.
De um modo geral, pode-se dizer que a contenção das retrações hidráulica e térmica
podem minimizar o efeito da primeira. A retratação térmica é controlada pela diminuição da
temperatura e a hidráulica pela perda de água do concreto
Molhar a superfície exposta diversas vezes nos primeiros dias após a concretagem .
Cobrir a superfície com sacos vazios de cimento ou com serragem, areia molhada -
esses devem ser colocados após início de pega (em torno de 1 hora) para evitar que
fique a superfície marcada.