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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

OPERAÇÕES UNITÁRIAS MECÂNICAS

- Introdução às Operações Unitárias;

- Operações de Separação;

- Secagem;

- Evaporação.

Beira Outubro de 2023

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ANETT MARIA FILIPE SANDE

EMANUEL LÚCIO MARQUES

JOSÉ MÁRIO OLÍMPIO

OPERAÇÕES UNITÁRIAS MECÂNICAS

- Introdução às Operações Unitárias;

- Operações de Separação;

- Secagem;

- Evaporação.

Docente: MSc. Eng. Stelio Felisberto E.Moutinho

Beira Outubro de 2023

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Resumo
O presente trabalho tem como objectivo, Desenvolver as operações de separação. A
indústria química interessa-se mais pela separação de um material simples. Operações
Unitárias são sequências de operações físicas necessárias à viabilização económica de
um processo químico. A secagem refere-se, em geral, à remoção de um líquido de um
sólido por evaporação. Em muitos casos, porém, temos um liquido com baixo teor de
sólidos cujo objectivo é concentrá-lo pela evaporação do solvente. a caracterização de
partículas é muito importante nos processos industriais devido a nos fornecer as
propriedades características das mesmas, assim vindo a acarretar em melhorias dos
equipamentos e nos processos, consequentemente podendo obter uma maior produção e
um menor custo. A secagem é uma das operações unitárias mais utilizadas
industrialmente, tendo como finalidade eliminar um líquido volátil por meio da
evaporação, através do fornecimento de uma fonte de calor. Por meio da secagem,
muitos produtos adquirem uma vida útil maior, além de facilitar a logística e a
comercialização.
Palavras –chaves: Operações Mecânicas. Operações de separações. Secagem.
Evaporação.

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 3

1.1. Objectivos .......................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................... 3

2. Introdução às Operações Unitárias ........................................................................ 4

2.1. Conceito de Operações Unitárias ....................................................................... 4

2.1.1. Classificação das operações unitárias e exemplos em diferentes sectores


industriais ...................................................................................................................... 4

3. Operações de Separação ........................................................................................ 5

3.1. Sedimentação ..................................................................................................... 5

3.1.1. Princípios gerais ............................................................................................. 6

3.2. Sedimentação livre ............................................................................................. 6

3.3. Decantadores: intermitentes e contínuos; espessadores ..................................... 6

4. Centrifugação......................................................................................................... 6

4.1. Princípios gerais ................................................................................................. 7

4.2. Tipos de Centrífugas .......................................................................................... 7

4.3. Dimensionamento de centrífugas ....................................................................... 8

4.3.1. Ciclones .......................................................................................................... 9

4.3.2. Eficiência de Captação ................................................................................... 9

5. Filtração Clássica ................................................................................................. 10

5.1. Princípios gerais ............................................................................................... 10

5.2. Filtração a caudal constante e a pressão constante .......................................... 11

5.2.1. Filtração a caudal constante ......................................................................... 11

5.2.2. Filtração a pressão constante ........................................................................ 11

5.3. Tipos de filtros ................................................................................................. 12

5.3.1. Filtro prensa: ................................................................................................ 12

5.3.2. Filtração contínua ......................................................................................... 13

4
5.3.3. Filtro rotativo................................................................................................ 13

5.3.4. Filtro de tambor rotativo (Filtro Oliver):...................................................... 13

5.3.5. Filtro de disco rotativo: ................................................................................ 14

5.4. Dimensionamento de filtros ............................................................................. 15

5.5. Lavagem do bolo de filtração .......................................................................... 15

6. Secagem ............................................................................................................... 16

6.1. Teoria-base da secagem: os três estados da água; necessidades de calor na


vaporização; transferência de calor e de massa na secagem ....................................... 16

6.2. Psicrometria ..................................................................................................... 16

6.2.1. Cartas psicrométricas: sua utilização ........................................................... 17

6.2.1.1. A Carta Psicrométrica ............................................................................... 17

6.3. Teor de humidade de equilíbrio dos materiais ................................................. 17

6.4. Curvas de velocidade de secagem.................................................................... 17

6.5. Métodos de cálculo do período de secagem a velocidade constante ............... 18

6.6. Métodos de cálculo do período de secagem a velocidade decrescente ............ 19

6.7. Equipamento de secagem ................................................................................. 19

6.7.1. Secadores de leito fluidizado........................................................................ 19

6.7.2. Secadores de alimentos líquidos .................................................................. 20

7. Evaporação .......................................................................................................... 21

7.1. Definição e objectivos ..................................................................................... 21

7.2. Tipos de evaporadores e modos operatórios .................................................... 21

7.2.1. Evaporadores de Simples Efeito .................................................................. 21

7.2.2. Evaporadores de Circulação Natural ............................................................ 22

7.2.3. Evaporadores de Circulação Forçada ........................................................... 22

7.2.4. Evaporadores de Película Ascendente.......................................................... 23

8. Coeficientes globais de transferência de calor nos evaporadores........................ 24

8.1. Elevação do ponto de ebulição: regra de Dürhing ........................................... 24

5
9. Dimensionamento dos evaporadores de efeito simples ....................................... 25

9.1. Dimensionamento dos evaporadores de efeito múltiplo .................................. 25

10. Recompressão de vapor ................................................................................... 25

11. Evaporação de materiais termo-sensíveis ........................................................ 26

Conclusão.................................................................................................................... 27

Referências bibliográficas........................................................................................... 28

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1. Introdução
Para que se possa partir da concepção original do processo e chegar a uma unidade
comercial de larga escala será necessário, sem dúvida, dominar todos os princípios
físicos e químicos envolvidos na fabricação, mas o sucesso do empreendimento
depende, acima de tudo, de um completo domínio dos problemas de engenharia
relacionados com o projecto. E o estudo das operações unitárias que devera
proporcionar ao futuro engenheiro o treinamento suficiente para atingir este objectivo.

1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Desenvolver as operações de separação.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceptualizar a Introdução às Operações Unitárias;
 Descrever as operações de Separação;
 Explicar o processo de Secagem;
 Expandir Evaporação.

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2. Introdução às Operações Unitárias

2.1.Conceito de Operações Unitárias

As operações unitárias são fundamentalmente operações físicas, embora possam


envolver excepcionalmente reacções químicas, como acontece na absorção de gases
ácidos em soluções alcalinas. Entre muitas outras finalidades, as operações unitárias
visam reduzir o tamanho dos sólidos a processar, transporta- los, separar componentes
de misturas ou aquecer e resfriar sólidos e fluidos. São exemplos o britamento, a
filtração, a secagem, a evaporação, a destilação. a absorção e a extracção.

Assim, pode –se afirmar que Operações Unitárias são sequências de operações físicas
necessárias à viabilização económica de um processo químico.

2.1.1. Classificação das operações unitárias e exemplos em diferentes sectores


industriais
Uma classificação lógica das operações unitárias pode geralmente ser feita com base no
seu mecanismo ou, se houver vários mecanismos envolvidos, naquele que controla a
velocidade global da operação. Assim e que há operações de transferência de calor ou
de massa e operações mecânicas. Um exemplo de operação que envolve diversos
mecanismos e a evaporação de uma solução com o fim de produzir cristais. Esta
operação poderia ser classificada indiferentemente como: Separação do soluto da
solução; vaporização do soluto; operação de transferência de massa entre a fase
líquida e o vapor; transferência de massa entre as fases líquida e sólida; operação de
transferência de calor para a solução.

Contudo, e a transferência de calor que controla a operação e, por esta razão, o


equipamento utilizado e fundamentalmente um trocador de calor. Por isso esta operação
devera ser incluída entre as de troca de calor. Já no caso da secagem, e a transferência
de massa que controla a operação e por este motivo ela deve ser incluída no grupo de
operações que engloba a destilação, a absorção, a cristalização, a extracção líquido -
líquido e a electrodialise.

Com base neste critério mecanismo as operações unitárias são classificadas em quatro
grupos; operações mecânicas, operações de transferência de calor, operações de

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transferência de massa e operações de transferência de quantidade de movimento.
(TADINI, 2016)

Um exemplo de como as operações unitárias são sequências de operações físicas


necessárias para uma melhor qualidade no processo químico é o processamento de leite
que inclui homogeneização, pasteurização, resfriamento e empacotamento. Juntar cada
uma dessas operações unitárias de uma forma viável para a indústria é a função do
engenheiro. Pode se ligar uma boa escolha de operação unitária a uma filosofia de
gestão conhecida como “Lean manufacturing” que tem como o objectivo aumentar a
produção e seus lucros com o menor custo possível e nada melhor para isso do que uma
boa organização dos processos dentro da indústria.

Em muitos processos na indústria de alimentos pode haver a necessidade de reduzir o


tamanho dos alimentos sólidos utilizando para isto, forças mecânicas através de
equipamentos próprios. Esta redução pode vir a dar origem a um produto como, farinha
a partir de grãos de milho e trigo ou, preparar o alimento para a próxima operação como
no caso de sucos de frutas e de legumes.

Com a moagem a superfície do sólido é aumentada com a redução do tamanho


facilitando outros processos como a secagem, extracção, homogeneização, inactivação.
A operação unitária de trituração e moagem deve levar em consideração as
características do produto a ser processado e dos equipamentos empregados.

Em geral os principais equipamentos utilizados para esta operação são: trituradores de


rolos, moinhos de martelo, de disco, coloidal, de bolas ou de barras

3. Operações de Separação

3.1.Sedimentação
Na sedimentação de uma suspensão concentrada, as partículas movem-se para baixo sob
acção de gravidade e desloca-se um volume igual de líquido.

O objectivo destas operações mecânicas é de aumentar a concentração de uma


suspensão. Quando a concentração duma suspensão é baixa, as distâncias entre
partículas adjacentes são grandes em comparação com o tamanho das partículas e
podem desprezar-se os efeitos de interferência mútua. As concentrações elevadas, as
condições no interior da suspensão estão consideravelmente modificadas.

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A sedimentação é uma operação unitária baseada na diferença de densidades entre a
água e os sólidos em suspensão; consiste na deposição e posterior remoção dos sólidos
suspensos. A etapa de sedimentação para o tratamento de águas pode ocorrer de forma
contínua ou descontínua, em equipamentos chamados decantadores ou sedimentadores
(CREMASCO, 2012).

3.1.1. Princípios gerais


Uma ideia qualitativa da operação de sedimentação pode ser analisada por meio da
velocidade terminal de uma partícula isolada. Partículas esféricas, com maior diâmetro e
densidade terão uma maior velocidade terminal, portanto, decantarão mais rapidamente,
quando comparadas a partículas não esféricas de menor diâmetro e densidade. A
concentração da fase particulada, a natureza morfológica e granulométrica das
partículas e as características do sedimentador, também podem afectar essa operação
unitária.

3.2.Sedimentação livre
Quando as partículas estão suficientemente distantes uma das outras e das paredes do
sedimentador, esta operação é denominada sedimentação livre, dado que esta operação
ocorre com uma maior velocidade.

3.3.Decantadores: intermitentes e contínuos; espessadores


Decantador é o equipamento aplicado na remoção de partículas sólidas ou Iodos em
suspensão presentes na água e nos efluentes sanitários e industriais por meio de forças
gravitacionais. Com a acção da gravidade cada composto vai se depositando por
camadas, do mais denso ao menos denso, até que todos estejam separados. São
utilizados usualmente em estações de tratamento de água e efluentes, mas também
podem ser utilizados na lavagem de veículos e processos industriais variados. Quando
aplicados para a remoção de sólidos mais pesados são denominados decantadores
primários e quando aplicados no tratamento biológico ou secundário do efluente são
denominados decantadores secundários.

4. Centrifugação
A centrifugação é uma operação unitária para separação de duas fases (camadas
separadas) duma mistura por acção da força centrífuga a que fica sujeita, quando em
movimento de rotação. A centrifugação é usada para separar sólidos em suspensão num
líquido, constituintes de misturas coloidais e constituintes imiscíveis.

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A operação de centrifugação é realizada em aparelhos denominados centrífugas

4.1.Princípios gerais
O objectivo da centrifugação é separar partículas que não são facilmente separadas por
decantação sendo muito utilizado na indústria alimentícia. Um exemplo é a separação
do fermento no processo de produção do álcool e da cachaça e da massa cozida na
fabricação de açúcar, entre outros (CREMASCO, 2012)

Existem actualmente vários modelos de centrífugas desde as manuais até às mais


sofisticadas.
A centrifugação aplica-se em diversos processos industriais, tais como na separação da
nata do leite, na clarificação de lacas ou na concentração do látex. Laboratorialmente
usa-se para a determinação do peso e do volume de partículas coloidais, para acelerar
filtrações, para a determinação de pesos moleculares e ainda na separação de isótopos.
Um exemplo prático de uma centrífuga, ou centrifugadora, encontra-se na máquina de
lavar a roupa: no final de um programa de lavagem, existe um programa de
centrifugação que provoca um movimento de rotação acelerado no tambor, permitindo
separar a água, em excesso, da roupa.

4.2.Tipos de Centrífugas
As chamadas centrífugas são aparelhos construídos a fim de permitirem a separação de
substâncias que possuam densidades diferentes em uma mistura via decantação.

Existem diferentes tipos de centrífugas, sendo algumas para propósitos muito


específicos, como as de separação de isótopos. As centrífugas variam em tamanho e
velocidade, e o uso de cada uma depende da quantidade e dos tipos de substâncias a
serem separadas. Podem ser divididas em centrífugas industriais e laboratoriais.

Basicamente, as centrífugas contêm dois componentes essenciais:

 Motor
 Rotor (em que a amostra é colocada por centrifugação). Existem dois tipos de
rotores:
a) Fixo: os tubos que ficam em um ângulo fixo em relação ao eixo de rotação. Eles
são usados para grandes volumes.
b) Inclinado: os tubos são pendurados no interior das caixas ligado ao veio do
rotor. Eles giram quando o movimento rotativo. São usados para pequenos

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volumes e para a separação de partículas do coeficiente de sedimentação igual
ou quase igual. O mecanismo de rotação é colocado dentro de um recipiente, de
cerca de 4 ° C. Se a câmara para rodar devido ao atrito com o ar, a temperatura
da amostra pode ser aumentada desnaturado.

4.3.Dimensionamento de centrífugas

O uso da força centrífuga aumenta muitas vezes a força que actua sobre o centro de
gravidade das partículas, facilitando a separação e diminuindo o tempo de residência no
equipamento.

Assume-se que:

 Todo o líquido se move para cima à velocidade uniforme, transportando


partículas sólidas com ele;
 As partículas movem-se radialmente na vt de sedimentação.

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4.3.1. Ciclones
Os ciclones são equipamentos utilizados para a colecta de partículas (limpeza de gases)
e do ponto de vista de investimento e operação é o meio mais barato para colecta de
partícula.

O ciclone é de fácil construção, possui baixo custo de material e de operação e uma


ampla faixa de condições de operação. Os ciclones são normalmente empregados:

 Na classificação de tamanhos de partículas;


 Em operações onde a colecta extremamente alta de partículas não é crítica;
 Na colecta de partículas grossas;
 Para actuar como aparelhos que fazem uma limpeza prévia em linhas que
tenham colectores que retém a maioria das partículas finas.

As configurações em paralelo são indicadas se a vazão de gás a tratar for muito grande,
respeitando a queda de pressão. Usualmente projecta-se uma unidade, mas se a
eficiência requerida for alta, deve-se adoptar ciclones em paralelo. Geralmente, as
dimensões geométricas dos ciclones são colocadas em formas de razões entre uma das
dimensões (B, Z, L, H, Ds e J) e o diâmetro da parte cilíndrica do ciclone Dc,

4.3.2. Eficiência de Captação


Diversos autores investigaram a duração do movimento das partículas no ciclone e
fizeram uma previsão teórica do desempenho do equipamento. Várias expressões
teóricas e semi-empíricas têm sido propostas para prever a eficiência de captação de um
ciclone, mas ainda os métodos experimentais são de maior confiança. Na prática, o que
se especifica no projecto é a eficiência de separação desejada para partículas de um

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determinado tamanho. O diâmetro de corte de um ciclone depende das propriedades do
sólido, das propriedades do gás, do tamanho do ciclone e das condições operacionais.

5. Filtração Clássica
Operação de separação mecânica, em que se recorre a uma membrana porosa (filtro)
capaz de reter as partículas sólidas em suspensão num fluido, que pretendemos separar.

A filtração “clássica” depende basicamente dos seguintes factores:

 Queda de pressão, ou seja, a diferença entre a pressão no início da filtração


(início da formação da torta ou do meio poroso dependendo) e a pressão na saída
do meio filtrante;
 Área do meio filtrante, considerando a área do meio filtrante a soma da área do
filtro, mais a área da torta formada (no caso de filtração com formação de torta)
e a área do meio poroso para a filtração;
 Viscosidade do filtrado, para suspensões considera-se a influência da
temperatura e por vezes da pressão;
 Resistência do filtro e das camadas iniciais de torta, dado que para que ocorra a
filtração é necessário que a força motriz supere essas resistências;
 Resistência da torta propriamente dita, uma vez que quase sempre há um limite
na espessura da torta formada

Figura 1. Filtração sem formação de torta

. Fonte: CREMASCO, 2012.


.

5.1.Princípios gerais
À medida que a filtração decorre, há formação de um bolo de filtração, cuja espessura
aumenta ao longo do tempo.

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Produto a recuperar, pode ser:

 Filtrado, ou
 Bolo de filtração.

Bolo de filtração: partículas sólidas que se acumulam sobre a membrana porosa/filtro.

O sólido da suspensão fica retido sobre o meio filtrante, formando um depósito


(denominado torta) e cuja espessura vai aumentando no decorrer da operação.

5.2.Filtração a caudal constante e a pressão constante

5.2.1. Filtração a caudal constante


A filtração em condições de vazão volumétrica constante é uma operação realizada com
menor frequência, pois a queda de pressão aumenta com o tempo dado que a vazão da
alimentação é mantida constante. Neste caso a velocidade de escoamento é constante:

Ainda assim, pode-se chegar a uma expressão de perda de carga total para um filtro
operando em vazão constante, que de forma linearizada chega-se a:

Em que: KΔV – constante (Pa/m3); ΔPo – perda de carga inicial (Pa).

5.2.2. Filtração a pressão constante


A pressão constante, a perda de carga é mantida constante e o fluxo de filtrado diminui
com o tempo de operação.
A queda de pressão total no filtro é a soma das quedas de pressões.

Pode ser escrita como:

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A equação acima é conhecida como a equação fundamental da filtração

5.3.Tipos de filtros

5.3.1. Filtro prensa:


Este tipo de equipamento pode operar em condição de pressão ou vazão volumétrica
constante.

Os filtros prensa são projectados para realizar diversas funções, cuja sequência é feita
manualmente. Durante a filtração, o filtro-prensa:

 Permite a injecção da suspensão a filtrar até as superfícies filtrantes, por


intermédio de canais apropriados;
 Permite a passagem forçada da suspensão através das superfícies filtrantes;
 Permite que o filtrado que passou pelas superfícies filtrantes seja expelido através
de canais apropriados; e
 Retém os sólidos que estavam inicialmente na suspensão.

Figura 2. Filtro prensa de placas e quadros

. Fonte: CREMASCO, 2012.

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5.3.2. Filtração contínua
Um dos equipamentos mais utilizados neste tipo de operação é o filtro rotativo á vácuo,
em que a alimentação, filtrado e a torta, se movem a taxas constantes. No entanto, para
qualquer elemento da superfície do filtro as condições não são estacionárias e sim
transientes.

Este processo ocorre em várias etapas, sendo:

 Formação da torta;
 Lavagem do filtro;
 Secagem da torta;
 Descarga da torta.

A perda de carga através do filtro durante a formação da torta é mantida constante.

5.3.3. Filtro rotativo


Os filtros contínuos são indicados para operações que requerem filtros de grande
capacidade, e podem ser aplicados quando:

 Torta forma-se rapidamente (vazão de suspensão> 5 l/min);


 Concentração da suspensão> 1% ;
 Viscosidade líquido < 100 cp para rápido fluxo através torta.

5.3.4. Filtro de tambor rotativo (Filtro Oliver):


É o mais utilizado tipo de filtro contínuo, existindo vários modelos com pressão e com
vácuo, sendo a maior variação na forma de descarga dos sólidos.

É um tambor cilíndrico horizontal (30 cm a 5 m de diâmetro, por 30 cm a 7 m de


comprimento) que gira em baixa velocidade (0,1 a 2 rpm) parcialmente submerso na
suspensão a filtrar. A alimentação é feita com 30 a 40% da circunferência do tambor
imerso na suspensão. Para obter maior capacidade a imersão pode ser aumentada até
70%.

A espessura da tora formada é de 3 mm a 4 cm, podendo chegar até 10 cm para sólidos


grosseiros.

Figura 3. Filtro de tambor rotativo.

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Fonte: GEANKOPLIS, 2010.

5.3.5. Filtro de disco rotativo:


Para Geankoplis (2010), o tambor é substituído por discos verticais que giram
parcialmente submersos na suspensão. O elemento filtrante é constituído de lâminas,
mas o filtro não deixa de ter as características de um filtro contínuo rotativo.
A mesa horizontal é constituída por um conjunto de segmentos, na forma de sectores
circulares, cada qual com o topo metálico perfurado ou feito em tela metálica. Cada
sector é recoberto por um meio filtrante conveniente, e está ligado a um mecanismo
central de válvulas, que regulam os instantes apropriados de remoção do filtrado e dos
líquidos de lavagem e do enxugamento da torta, durante cada volta da mesa. A
superfície filtrante horizontal impede que os sólidos caiam ou sejam arrastados pela
água de lavagem, e possibilita a operação com camadas muito pesadas de sólidos.

Figura 4. Filtro de disco rotativo.

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Fonte: GEANKOPLIS, 2010.

5.4.Dimensionamento de filtros
O projecto de um filtro deve ter como base fundamental a granulometria do material a
ser empregado. Esta granulometria deve ser tal que:

a. As partículas menores se acomodem nos vazios entre as partículas maiores, de


modo que o conjunto actue sempre como camada filtrante, ou seja, o material
sólido deve ser retido e a água consiga percolar com facilidade. Quando tal
ocorre, a água que surge a jusante do filtro se apresenta límpida e isenta de
material sólido;
b. O material mais fino seja retido pelo filtro, evitando o carreamento de partículas
sólidas e, consequentemente, a formação de erosão regressiva (“piping”);
c. Os vazios do material do filtro devem ser suficientemente pequenos, de forma
que impeçam a passagem das partículas do solo a ser protegido;
d. Os vazios do filtro devem ser suficientemente grandes de forma que propiciem
a livre drenagem das águas e o controle de forças de percolação, impedindo o
desenvolvimento de altas pressões hidrostáticas, isto é, a carga dissipada no
filtro.

5.5.Lavagem do bolo de filtração


A lavagem do bolo de filtração é realizada para retirar o líquido que ainda está nos
poros da torta. Geralmente, esse procedimento é feito com água, sendo sua vazão

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volumétrica igual à vazão no final do processo de filtração de queda de pressão
constante.

A partir da equação fundamental da filtração a vazão volumétrica da lavagem pode ser


determinada por:

Em que AL = área de lavagem (m2), QL é a vazão de filtração (m3/s), QF a vazão de


filtração (m3/s).
Para filtro prensa, a área de lavagem (AL) corresponde à metade da área de filtração,
portanto, o líquido de lavagem passa duas vezes pelo filtro. Ainda assim, a resistência
da água de lavagem (RL) corresponde ao dobro da resistência do meio filtrante (Rm).

6. Secagem

6.1.Teoria-base da secagem: os três estados da água; necessidades de calor na


vaporização; transferência de calor e de massa na secagem
Geralmente a secagem é a etapa final de um processo e garante que muitos produtos,
como sabões em pó e corantes fiquem prontos para o uso (GEANKOPLIS, 2006).
Quando um sólido húmido é submetido a secagem ocorrem simultaneamente dois
fenómenos: transferência de massa e transferência de calor.

6.2.Psicrometria
De acordo com a definição técnica, psicrometria é a ciência que estuda as propriedades
físicas e termodinâmicas das misturas entre o ar e vapor de água, ou seja, do ar húmido.
O termo psicrometria vem do Grego “Psychro” que significa frio. A psicrometria é uma
ciência de grande importância para os sistemas HVAC-R, através dela podemos
quantificar o vapor de água e a humidade presentes no ambiente além de dimensionar
sistemas de condicionamento térmico, ou seja, de modo geral, o estudo psicrométrico
auxilia no controle da temperatura e humidade do ar no ambiente.

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6.2.1. Cartas psicrométricas: sua utilização

6.2.1.1.A Carta Psicrométrica


A Carta Psicrométrica é um método gráfico desenvolvido pelo engenheiro alemão
Richard Mollier no início do século XX. Esse método serve para demonstrar as
propriedades das diversas misturas entre ar e vapor de água, ou seja, serve para que
possamos saber o que irá ocorrer com a temperatura e a humidade do ar no ambiente
controlado.

O modelo gráfico criado por Mollier trabalha com as seguintes variáveis:

 Volume específico: representa o volume ocupado por um quilograma de ar seco


em uma condição específica. Inverter esse valor irá representar a densidade do
ar.
 Entalpia: indica a quantidade total de energia térmica que o ar úmido possui em
uma condição determinada.
 Temperatura de bulbo seco: é a temperatura medida em um termómetro comum,
sem ter influência de radiação solar e estando exposto ao ar atmosférico

6.3.Teor de humidade de equilíbrio dos materiais


No equilíbrio termodinâmico, a pressão de vapor exercida pela água contida no interior
do sólido é idêntica à pressão parcial de vapor da atmosfera envolvente, correspondendo
à humidade relativa e temperatura existentes. Para cada temperatura e humidade
relativa, o teor de humidade de equilíbrio (X), é função da matéria sólida e sua estrutura
interna.

6.4. Curvas de velocidade de secagem


A melhor forma de apresentar os dados colectados a partir de experimentos é através de
curvas de secagem podendo estas ser apresentadas de duas formas diferentes:

Taxa de evaporação versus teor de humidade média, através da curva de cinética de


secagem; teor de humidade médio versus tempo.

A taxa de evaporação pode ser representada matematicamente como a variação do teor


de humidade média dividida pela variação de tempo.

Segundo FOUST et al. (1982) o processo de secagem de um material apresenta quatro


fases bem distintas.

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I. Período inicial ou transitório: é a primeira fase da secagem como o caminho
entre A e B. É de curta duração e há variação na temperatura do sólido até que o
equilíbrio térmico seja atingido. Se durante esta etapa a transferência de calor
por radiação e condução forem desprezíveis frente à convecção, a temperatura
de equilíbrio será a temperatura de bulbo húmido; caso contrário, será superior.
Outro ponto a ressaltar é que se a temperatura inicial do sólido for inferior à
temperatura de equilíbrio, o sólido se aquecerá (A -> B); do contrário, esfriará
(A’ -> B).
II. Período de taxa de secagem constante
III. Primeiro período de taxa decrescente: a partir do ponto C, chamado de ponto
crítico, o teor de humidade é correspondente a Xc (humidade crítica)
IV. Segundo período de taxa decrescente:

6.5.Métodos de cálculo do período de secagem a velocidade constante


Para analisar um processo experimental de secagem, deve-se construir uma curva de
secagem. Para tal, um tratamento dos dados experimentais deve ser feito para serem
determinadas as taxas de evaporação (R) e a humidade média do sólido para vários
pontos.

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6.6.Métodos de cálculo do período de secagem a velocidade decrescente

ms  X 1  X 2  R1
t ln
AR1  R2  R2
6.7.Equipamento de secagem

6.7.1. Secadores de leito fluidizado


O sistema de leito fluidizado consiste na secagem do alimento, fazendo a circulação de
ar quente através de um leito de sólidos, de modo que estes permanecem suspensos no
ar. Esse tipo de secador apresenta aplicação limitada, principalmente devido a
adequação do sistema de alimentação para fluidização dos alimentos e, ocorre
geralmente a velocidades muito alta. Este sistema de secagem, tem sido utilizado para
secagem de batata em grânulos ou flocos, cebola em flocos, farinhas, cenouras, cacau,
etc.

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6.7.2. Secadores de alimentos líquidos
Estes secadores são utilizados para alimentos líquidos sensível ao calor; utiliza, portanto
no processo ar com baixa velocidade e temperatura em torno de 30ºc.

O alimento é introduzido no topo da torre de secagem e é pulverizado na forma de


pequenas gotas que realizam uma trajectória no sentido descendente, e recebe o ar de
secagem.

Este tipo de sistema evita uma desidratação muito rápida do alimento líquido na forma
de gotas, eliminando assim, a sua exposição a altas temperaturas com perdas dos seus
componentes voláteis. O produto seco é separado do ar por um ciclone de separação. As
partículas mais finas, retornam a torre de secagem para um novo tratamento térmico.

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7. Evaporação

7.1.Definição e objectivos
A evaporação é uma operação unitária que possui como principal objectivo a remoção
de solvente de uma solução através da ebulição, concentrando um soluto não-volátil.
Este fenómeno ocorre com a aplicação indirecta de calor, ou seja, sem contato com a
solução, e nas indústrias esse calor é proveniente principalmente de vapor saturado
produzido pelas caldeiras. Há também outras operações unitárias que utilizam da
evaporação para serem realizadas, como a refrigeração, na qual um fluido é evaporado
para a retirada de calor de um sistema, e a secagem, que tem como produto final um
sólido ou pasta e possui fonte de calor directa (WESTPHALEN, 1999).

7.2.Tipos de evaporadores e modos operatórios

7.2.1. Evaporadores de Simples Efeito


Basicamente, um evaporador é constituído de um trocador de calor e de um mecanismo
que separa a fase vapor da líquida. Em sua aplicação industrial, diversos fatores têm que
ser levados em conta para seu dimensionamento, como qual a solução a ser separada, a
incrustação, a sensibilidade ao calor, a corrosão e as limitações de espaço (FOUST et
al., 1982). A maneira como essa separação de fases é realizada permite a classificação
dos evaporadores em 3 tipos:

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7.2.2. Evaporadores de Circulação Natural
Evaporadores de circulação são utilizados em diversos domínios da indústria, como em
usinas nucleares, e de engenharia química, ambiental, de alimentos e biotecnológica.
Eles operam com princípio de variação da densidade da solução, ocasionada pelo
aquecimento, e é eficiente com líquidos pouco viscosos.

Figura 5 - Evaporador de circulação natural tipo calandra

Fonte: Azevedo & Alves (2013).

7.2.3. Evaporadores de Circulação Forçada


A circulação forçada ocorre pela presença de uma bomba no conduto de descida da
solução, utilizada para soluções muito viscosas ou com tendência à incrustação. Ela é
muito utilizada para processos de cristalização ou com lamas viscosas, pois são
insensíveis às vazões e variações nas propriedades físicas. Por causa da bomba a pressão
nos tubos é alta, não havendo ebulição neles, já que há uma elevação no ponto de
ebulição (EPE). Quando o líquido sai dos tubos e entra na câmara de separação a
pressão cai repentinamente, levando o fluido superaquecido ao flash (ARAUJO, 2013;
FARAHBOD et al., 2012).

Figura 6 – Evaporador de circulação forçada e tubos verticais longos.

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Fonte: Adaptado de Pharmacy Gyan (2022).

7.2.4. Evaporadores de Película Ascendente


Também chamado de evaporador de tubos verticais longos, é bastante utilizado para
soluções com tendência a criar espuma, pois possui uma placa de impacto que impede
ela de ser arrastada. Sua alimentação ocorre na parte de baixo, e o vapor produzido
arrasta o líquido pelos tubos, que no topo se choca com a chicana e retorna pela
gravidade (ARAUJO, 2013).
A alimentação diluída entra no sistema e se mistura com o líquido que retorna do
separador. Durante uma curta distância, a alimentação que entra nos tubos sobe
recebendo calor do vapor de água, depois as bolhas começam a se formar com a fervura,
aumentando a velocidade linear e a taxa de transferência de calor.
Figura 7 – Evaporador de película ascendente.

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Fonte: ARAÚJO (2013).

8. Coeficientes globais de transferência de calor nos evaporadores

No Evaporadores de Circulação Natural, os maiores coeficientes de troca calor são


atingidos quando o nível da solução fica abaixo do espelho superior, porém se estiver
muito abaixo, gera incrustação, sendo o nível ideal metade da altura dos tubos. Esse
evaporador não é adequado para substâncias termo sensíveis por conta de seu alto
tempo de residência, e é muito utilizado na concentração de caldo de cana para
produção de açúcar (ARAUJO, 2013).

8.1.Elevação do ponto de ebulição: regra de Dürhing


A regra de Dühring estabelece que uma relação linear existe entre as temperaturas nas
quais duas soluções apresentam a mesma pressão de vapor. A regra é frequentemente
usada para comparar um líquido puro e uma solução em dada concentração.

Gráfico de Dühring é uma representação gráfica de tal relação, tipicamente com o ponto
de ebulição do líquido puro ao longo do eixo x e o ponto de ebulição da mistura ao
longo do eixo y; cada linha do gráfico representa uma concentração constante.

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9. Dimensionamento dos evaporadores de efeito simples
Basicamente, um evaporador é constituído de um trocador de calor e de um mecanismo
que separa a fase vapor da líquida. Em sua aplicação industrial, diversos factores têm
que ser levados em conta para seu dimensionamento, como qual a solução a ser
separada, a incrustação, a sensibilidade ao calor, a corrosão e as limitações de espaço
(FOUST et al., 1982).

9.1.Dimensionamento dos evaporadores de efeito múltiplo


No dimensionamento de evaporadores de múltiplo-efeito, os resultados desejados são, a
quantidade de vapor necessário alimentar, a área de secção de aquecimento necessária,
as temperaturas aproximadas em cada efeito e a quantidade de vapor que deixa o último
efeito. Para um evaporador simples o cálculo destas quantidades faz-se através de
balanços de matéria e energia, no entanto num evaporador de múltiplo efeito é usado
um método de tentativa-erro
Comparada com evaporação em efeito simples, no cado da evaporação em múltiplo –
efeito, apenas uma fracção de vapor vivo é necessária para evaporar a mesma
quantidade de água.

10. Recompressão de vapor


A evaporação é um processo amplamente utilizado em diversas indústrias, desde a
produção de alimentos até a fabricação de produtos químicos e a geração de energia.

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Durante a evaporação, um líquido é transformado em vapor, resultando na separação de
componentes e na concentração de substâncias desejadas. Um dos desafios da
evaporação é a gestão eficaz da energia, uma vez que a transformação do líquido em
vapor requer calor, e esse calor é frequentemente fornecido por meio de vapor saturado
ou superaquecido.

11. Evaporação de materiais termo-sensíveis


Materiais termo - sensíveis abrangem uma ampla variedade de substâncias, incluindo
produtos farmacêuticos, produtos químicos sensíveis ao calor, produtos alimentícios e
produtos biológicos. A característica definidora desses materiais é sua susceptibilidade à
degradação quando expostos a temperaturas elevadas. A evaporação tradicional, que
envolve o aquecimento da solução para promover a evaporação do solvente, pode
representar um risco para esses materiais valiosos.

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Conclusão
Em forma de conclusão, percebeu –se que tratando da separação de partículas sólidas
dispersas em solução liquida, ou de demais dispersões de partículas em fluidos -
mantidas as densidades fixas - a explicação da separação em função das densidades nas
centrífugas mostra-se muito parecida à explicação apresentada para explicar-se a
flutuabilidade de objectos em fluidos desde que assumido um referencial não-inercial
girante onde o recipiente e seu conteúdo em centrifugação permaneçam sempre
estáticos. No dimensionamento de evaporadores de múltiplo-efeito, os resultados
desejados são, a quantidade de vapor necessário alimentar, a área de secção de
aquecimento necessária, as temperaturas aproximadas em cada efeito e a quantidade de
vapor que deixa o último efeito.

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Referências bibliográficas
CREMASCO, M. A. Operações Unitárias em Sistemas Particulados e Fluidodinâmicos.
São Paulo: Ed. Blucher, 2012.

GEANKOPLIS, C. J. Transport Processes and Separation Process Principles. 4ed. New


York: Prentice Hall, 1026p. 2010;

TADINI, C. Telis, V.R.; Meirelles, A.J.A.; Pessoa, P.A. Operações Unitárias na


indústria de alimentos. v1 1. ed. – Rio de Janeiro : LTC, 2016.

BHARGAVA, R., KHANAM, S., MOHANTY, B., RAY, A.K., Selection of optimal
feed flow sequence for a multiple effect evaporator system, Computers & Chemical
Engineering, 2007.

Costa, A. O. S., Lima, E.L., Modelling and Control of an Industrial Multiple-Effect


Evaporator System, The Canadian Journal of Chemical Engineering, Volume 81.

SIXTA, H., Handbook of Pulp – Volume 1, Wiley-VCH, Lenzing, 2006

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