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O Brasil vem ganhando destaque no cenário da Inovação, e atualmente ocupa

o 49° no Ranking mundial, de acordo com o Global Innovation Index (IGI), da


Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Dado publicado recentemente
pela revista FastCompany Brasil.
Segundo a mesma matéria um dos motivos do crescimento do Brasil, dar-se
pela alta das marcas registadas e o aumento dos famigerados unicórnios
(startups avaliadas em ao menos US$ 1 bilhão), razão que leva a nossa
discussão a um outro ponto.
O crescimento do Brasil nesse Ranking também nos leva a analisar que tipo de
Inovação estamos produzindo, qual a sua sustentabilidade e seus impactos a
logo a prazo.
Em entrevista dada ao o itmídia (hub de conteúdo, relacionamento e
negócios), Silvio Meira, fundador do Porto Digital, faz uma crítica aberta ao
cenário atual de Inovação e Tecnologia no Brasil. Em sua fala ele descreve o
brasil como um teatro da inovação, com a seguinte frase: “Brasil tem que
acabar com teatro na inovação e no empreendedorismo”. Silvio fala
especialmente sobre o acúmulo de Startups que não detém ideias concretas e
critica os unicórnios, defende a ideia que seria mais eficiente ter mais
empresas de médio porte atuando em conjunto do que empresas bilionárias,
em sua fala: “Sempre foi muito mais estável e sustentável, muito mais
equilibrado e intrusivo para a sociedade, e menos capaz de causar o tipo
de impacto negativo que muitas plataformas causam, ir atrás de resolver
problemas em conjunto. É muito mais sustentável ter 30 empresas que
vale R$ 100 milhões do que apenas uma que vale R$ 3 bilhões”.
Ainda na matéria publicada pelo FastCompany Brasil, evidencia que apesar do
crescimento do Brasil, ele ainda segue abaixo do seu potencial de inovador,
considerando que ele está na 10ª posição da escala de economia mundial. E
mesmo com grande capacidade em ofertas de serviços digitais o Brasil ainda
tem um déficit em “aportes” em inovação e fica no 118º lugar em um Ranking
de 132 países, em questões de política, cultura de empreendedorismo e
ambiente propicio a negócios.
Outro problema apresentado pela matéria é baixa retenção de patentes, um
forte indicador na hora de mensurar a inovação de um país, especialmente na
área da tecnologia. Isso nos faz perceber que o Brasil tem um pequeno porte
em relação a tecnologia. O principal motivo é a falta de conhecimento da
importância desse indicador.
Nos impressionamos com os números em escalas globais, mas quando nos
atemos aos detalhes percebemos que ainda estamos falhando muito por falta
de conhecimento básico, e nos conhecemos ainda muito pouco, a ponto de não
perceber o nosso potencial quanto a economia e inovação.
É inquestionável os méritos do Brasil nesse cenário da inovação dos últimos
anos, que vem liderando os países da américa latina. Grande parte desse
mérito deve-se ao forte espírito do empreendedor do brasileiro, infelizmente
forjado pela falta de oportunidades de trabalho do país, que não tem sido
também o melhor do ambiente para o empreendedorismo.
O país também tem ganhado muita notoriedade na Bioeconomia, sendo o país
de maior potencial bioeconômico do mundo, por possuir a maior diversidade
em flora.
Todos esses fatores nos levam a um ponto crítico de direcionamento. Temos
elevados níveis de investimento na inovação, mas talvez ainda não bem
direcionados a explorar o verdadeiro potencial do País.
Em apoderamento, podemos concluir que estamos bem além de sermos um
país de teatro inovador, mas também ainda estamos bem aguem da posição
que merecemos nesse Ranking.

Fonte:
https://fastcompanybrasil.com/impacto/mapa-da-inovacao-o-que-levou-o-brasil-
de-volta-ao-ranking-dos-50-paises-mais-inovadores-do-mundo/

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