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ANO 2 / N. 3
MPGO
CONSUMIDOR
Acolhidos pedidos do MP que obrigam Enel a corrigir falhas no dever de informação ao consumidor
Acolhendo pedido liminar feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), a juíza
Alessandra Gontijo do Amaral, da 19ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia,
determinou à Enel Distribuição Goiás que tome uma série de medidas para sanar
falhas no dever de informação da empresa para com seus consumidores,
principalmente em relação às demandas e protocolos registrados no sistema de
atendimento. Pela decisão, que acolhe pedido feito em ação proposta pela
promotora de Justiça Maria Cristina de Miranda, da 12ª Promotoria de Justiça de
Goiânia, a Enel deverá passar a informar, em todos os atendimentos do consumidor – presencial, por telefone
ou pela internet –, o número de protocolo e a forma de acompanhar o seu andamento. Clique AQUI.
Coronavírus: MP-GO e MPF recomendam que Enel viabilize autoleitura do consumo de energia
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal em Goiás expediram recomendação
conjunta nesta sexta-feira (27/3) à Enel Distribuição Goiás em defesa dos consumidores do Estado para que a
empresa comprove a efetiva necessidade de interromper a leitura presencial dos medidores de energia elétrica,
adotada a partir da Resolução nº 878/2020, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A suspensão da
leitura foi autorizada pela Aneel diante dos riscos com a disseminação global do novo coronavírus (Covid-19).
Clique AQUI.
MP conclama moradores de Cristalina a ajudar entidades a coibir abusos nos preços de insumos
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) publicou um comunicado destinado aos moradores de Cristalina visando
garantir a oferta de preços justos de insumos destinados ao combate à Covid-19, tais como álcool em gel e
máscaras descartáveis, assim como gêneros alimentícios essenciais. A orientação é para que os consumidores
façam fotos e vídeos que flagrem eventuais preços abusivos nas farmácias, mercados e supermercados da
cidade e encaminhem as informações ao MP-GO, pelo e-mail 3cristalina@mpgo.mp.br ou pelo telefone (61)
98625-4074. Clique AQUI.
Coronavírus: MP exige de comerciantes de Goiânia medidas para garantir oferta e preços justos
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou aos estabelecimentos de
comércio varejista e atacadista de produtos alimentícios, de limpeza e de
higiene pessoal que evitem o aumento de preço, sem justa causa, dos
produtos comercializados, e estabeleçam estratégias que visem à
racionalização das vendas, incluindo os destinados à prevenção da Covid-19. O
objetivo é evitar o desabastecimento ou demora na reposição de itens. No
caso de limitações quantitativas e ou qualitativas, os consumidores deverão ser
informados, de forma compreensível e ampla. Clique AQUI.
Operação coordenada pelo MP apreende mais de 5,5 toneladas de carne clandestina em Novo Gama
Em mais uma operação deflagrada dentro do Programa Goiás Contra a Carne
Clandestina, foram apreendidas, no interior do Estado, mais de 5,5 toneladas de
produtos de origem animal impróprios para o consumo. A operação ocorreu na
terça e na quarta-feira (3 e 4/3) na comarca de Novo Gama, mobilizando o
Ministério Público de Goiás (MP-GO) e os órgãos parceiros no projeto. Clique AQUI.
MP aciona mais uma vez Saneago e município de Goianésia por problema
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de saneamento em bairro
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs mais uma ação civil pública
contra a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e o município de Goianésia para
garantir o uso da rede de esgoto, desta vez para atender os consumidores do
Residencial Vivalle, promovendo a ligação da rede de esgoto já existente no
condomínio à rede coletora da concessionária. Clique AQUI.
MP cobra de clubes de Mineiros cumprimento de lei que obriga manter salva-vidas em piscinas
coletivas
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou à Associação Atlética Banco do Brasil Mineiros Goiás e à
Associação Esportiva e Hípica de Mineiros a adoção de medidas que possibilitem o cumprimento da Lei Estadual
n° 18.397/2014, que prevê a obrigação de manter salva-vidas em piscinas de uso coletivo. Clique AQUI.
AMBIENTAL
Ação do MP-GO e MPF exige cumprimento de acordo para regularização do lixão de Alto Paraíso
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal (MPF)
ingressaram com ação de execução de cumprimento de termo de ajustamento de
conduta firmado com o município de Alto Paraíso de Goiás e homologado
judicialmente, no qual foram acordadas medidas para adequação do atual lixão da
cidade e implantação de aterro sanitário. Clique AQUI.
Reservatório e licenciamento de Serra da Mesa são temas de reunião promovida pelo MP-GO e MPF
Em reunião realizada nesta quarta-feira (11/3), no auditório da procuradoria da República em Goiás, em Goiânia,
representantes de Furnas, que opera a hidrelétrica (UHE) Serra da Mesa, no Norte do Estado; da Agência
Nacional de Águas (ANA), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prestaram esclarecimentos sobre o reservatório de Serra da Mesa e
licenciamento do empreendimento, vencido há 15 anos. Clique AQUI.
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MP DO BRASIL
CONSUMIDOR
AMBIENTAL
Ex-presidente do Naturatins, servidor e técnico da área ambiental são condenados por concessão de
autorizações ambientais fraudulentas
Após Ação Penal proposta pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio
do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) , a Justiça
proferiu, no último dia 19, sentença condenatória em desfavor do ex-presidente do
Naturatins, Stalin Beze Bucar, do servidor Denilson Bezerra e do consultor
ambiental Furtunato Vieira Neto, pela prática de crimes ambientais, referentes à
emissão fraudulenta de autorizações para exploração de área de floresta na fazenda Reunidas Jangadas,
localizada município de Sucupira. A autorização fraudulenta a que se refere a denúncia foi emitida no ano de
2014 e acarretou o desmatamento ilegal de 268,9936 hectares de áreas de preservação permanente e reserva
legal. Clique AQUI.
NOTÍCIAS GERAIS
CONSUMIDOR
obrigatórios para beneficiários de planos de saúde. A Resolução Normativa foi publicada no Diário Oficial da
União e entra em vigor nesta sexta-feira (13/03), data de sua publicação. Clique AQUI.
Plano de saúde deve fornecer nova prótese a paciente amputado após acidente de moto
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão unânime, negou provimento ao recurso
especial de uma operadora de plano de saúde que não quis pagar pela substituição de prótese para um paciente
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amputado. De acordo com o colegiado, a negativa do plano é abusiva, pois foi documentado por laudo médico
que a necessidade da nova prótese é decorrente do ato cirúrgico anterior. Clique AQUI.
Contrato de abertura de crédito pode estipular encargos financeiros com base na taxa DI
Os contratos de abertura de crédito podem estipular encargos financeiros em percentual sobre a taxa média
aplicável aos Certificados de Depósitos Interbancários (CDIs), já que essa taxa – também conhecida como índice
DI – é definida pelo mercado e não há risco de ser manipulada em favor dos bancos contratantes. Clique AQUI.
AMBIENTAL
Governo de MT questiona aprovação de licença ambiental para centrais elétricas pelo Legislativo
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6350, com pedido de medida liminar, contra o artigo 279 da Constituição do estado.
Segundo o dispositivo, o projeto de impacto ambiental para a construção de centrais hidrelétricas e
termoelétricas deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Clique AQUI.
Ação que pedia ampliação do conceito de bem cultural tem trâmite rejeitado
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento à Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 206, em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) buscava ampliar o
conceito de bem cultural contido no Decreto-Lei 25/1937, que organiza a proteção do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. Clique AQUI.
Agrotóxicos: nova ação questiona portaria do Ministério da Agricultura que simplifica registro
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) visando à suspensão
dos efeitos da norma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que libera o registro tácito
de agrotóxicos e afins, entre outros pontos. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
658 foi distribuída por prevenção ao ministro Ricardo Lewandowski, relator da ADPF 656, ajuizada pela Rede
Sustentabilidade contra a mesma norma. Clique AQUI.
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STF vai decidir sobre a proibição de "foie gras" por norma municipal
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a lei do município de São Paulo (SP) que proíbe a produção e
comercialização de foie gras (patê de fígado de ganso) no comércio local é constitucional. A questão,
relacionada à competência municipal para editar lei de proteção aos animais, será discutida no Recurso
Extraordinário (RE) 1030732, que teve repercussão geral reconhecida em sessão virtual (Tema 1.080). Clique
AQUI.
Governo de Goiás estabiliza barragem que transbordou na divisa de Goiânia com Goianira
O Governo de Goiás, por intermédio de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad), estabilizou, nesta terça-feira (24/03), barragem localizada na divisa de Goiânia com o
município de Goianira, próxima ao km 12,5 da GO-070. Clique AQUI.
Governo de Goiás vai apurar se houve contaminação de recursos hídricos em lixão clandestino de
Aparecida de Goiânia
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), vai
apurar se houve contaminação dos recursos hídricos e do solo na localidade onde foi encontrado um lixão
clandestino no município de Aparecida de Goiânia. Clique AQUI.
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CONSUMIDOR
AMBIENTAL
RECOMENDAÇÃO
BATE-PAPO AMBIENTAL
A área de atuação em meio ambiente do Centro de Apoio Operacional divulgou o Bate-Papo Ambiental,
uma nova plataforma de comunicação com as Promotorias de Justiça. Destinada a redes sociais, como o
WhatsApp, a iniciativa contará com vídeos objetivos sobre diversos temas de interesse ministerial, visando a uma
atuação proativa na temática ambiental.
Já foi divulgada a primeira edição, que tem por foco os maus-tratos ocasionados pela situação de
abandono de animais de rua, especialmente cães e gatos, bem como a responsabilidade do Município e o papel
da sociedade sobre a matéria.
Para ingressar no grupo de WhatsApp mantido pela assessoria ambiental, clique aqui. Além disso, o vídeo
pode ser solicitado por qualquer canal de comunicação com a área de atuação em meio ambiente.
CONSUMIDOR
FEDERAL
ESTADUAL
AMBIENTAL
FEDERAL
Promulga o Acordo de Cooperação em Agricultura entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
da República do Uzbequistão, firmado em Brasília, em 28 de maio de 2009. Clique AQUI.
ESTADUAL
CONSUMIDOR
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ESTADUAL 8.169 DO RIO DE JANEIRO. RELAÇÃO DE CONSUMO.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. ARTIGO 24, V E VIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO
JULGADO IMPROCEDENTE. 1. Nos casos em que a dúvida sobre a competência legislativa recai sobre norma que
abrange mais de um tema, deve o intérprete acolher interpretação que não tolha a competência que detêm os
entes menores para dispor sobre determinada matéria. 2. O federalismo é um instrumento de descentralização
política que visa realizar direitos fundamentais, se a Lei Federal ou estadual claramente indicar, de forma
necessária, adequada e razoável, que os efeitos de sua aplicação excluem o poder de complementação que detêm
os entes menores (clear statement rule), é possível afastar a presunção de que, no âmbito regional, determinado
tema deve ser disciplinado pelo ente maior. 3. A norma que gera obrigação de fornecer informações ao usuário
sobre os prestadores de serviço insere-se no âmbito do direito do consumidor, nos termos do art. 24, V e VIII, da
Constituição da República 4. A Lei nº 12.007, de 29 de julho de 2009, ao estabelecer as normas gerais sobre a
emissão de declaração de quitação anual de débitos, introduziu regramento geral, entretanto, não afastou de
forma clara (clear statement rule), a possibilidade de que os Estados, no exercício de sua atribuição concorrente
estipulem outras obrigações. 5. A ANATEL, editou diversas resoluções regulamentadoras da matéria, cada uma
para um determinado tipo de serviço, entre eles: Serviço Móvel Pessoal (SMP), Serviço Móvel Especializado
(SME), Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) e do Serviço de TV
por Assinatura. Essas resoluções, por sua vez, também não afastam, de forma clara, a possibilidade de
complementação por Lei Estadual. 7. A defesa do consumidor é princípio orientador da ordem econômica (art.
170, V, da CRFB). Aquele que anseia explorar atividade econômica e, portanto, figurar como agente econômico
no mercado de consumo, deve zelar pela proteção do consumidor, que possui como parcela essencial o direito à
informação. 8. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (STF; ADI 6.094; RJ; Tribunal Pleno;
Rel. Min. Edson Fachin; DJE 03/04/2020; Pág. 77)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. Lei nº 9.394/2010 do Estado do Espírito Santo. Imposição de prazo
para autorização de procedimentos e apresentação de justificativas, por parte de operadoras de planos de saúde.
3. Norma estadual que fixa prazo máximo para cumprimento de obrigação contratual. 4. Ofensa à competência
privativa da União para legislar sobre planos de saúde. Precedentes. 5. Inclui-se no exercício da competência
suplementar dos Estados a normatização quanto ao dever de informação ao consumidor. Precedentes. 6. Ação
direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade dos artigos
1º e 2º, caput, da Lei nº 9.394/2010 do Estado do Espírito Santo. (STF; ADI 4.445; ES; Tribunal Pleno; Rel. Min. Gilmar
Mendes; DJE 03/04/2020; Pág. 76)
DIREITO CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA. LEI ESTADUAL QUE PROÍBE A COBRANÇA POR PROVAS DE SEGUNDA
CHAMADA E FINAIS. COMPETÊNCIA CONCORRENTE PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR E
EDUCAÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Lei fluminense que proíbe a cobrança pelos estabelecimentos de ensino
sediados no Estado do Rio de Janeiro, por provas de segunda- chamada, provas finais ou equivalentes, não
podendo os estudantes ser impedidos de fazer provas, testes, exames ou outras formas de avaliação, por falta
de pagamento prévio. 2. Ao estabelecer regras protetivas dos estudantes mais amplas do que as federais, quanto
à cobrança por provas de segunda chamada ou finais, o Estado do Rio de Janeiro atuou dentro da área de sua
competência concorrente para legislar sobre direito do consumidor e educação (art. 24, inciso V e IX). 3. Do ponto
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de vista da constitucionalidade material, não é desproporcional ou desarrazoada norma que impede que o aluno
seja financeiramente sobrecarregado por seu desempenho acadêmico ou pela impossibilidade de realizar a prova
na data agendada. 4. Ação direta julgada improcedente. (STF; ADI 3.874; RJ; Tribunal Pleno; Rel. Min. Roberto
Barroso; DJE 03/04/2020; Pág. 75)
RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COMPRA PELA INTERNET. ENTREGA DO PRODUTO NÃO
REALIZADA. AQUISIÇÃO DE PRODUTO SUBSTITUTO PELO CONSUMIDOR. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. 1. Falta de prequestionamento da matéria referente aos arts. 6º, VI, E 14 do Código de Defesa
do Consumidor, pois não foi objeto de discussão no acórdão recorrido, apesar da oposição de embargos de
declaração. Súmulas nºs 282/STF e 211/STJ. 2. O simples descumprimento contratual, por si só, não é capaz de gerar
danos morais. É necessária a existência de uma consequência fática capaz de acarretar dor e sofrimento
indenizável por sua gravidade. 3. Inviabilidade de alterar a conclusão do tribunal de origem de não complementar
indenização por danos materiais, por demandar incursão na seara probatória. Incidência da Súmula nº 7/STJ. 4.
Ausência de indicação no Recurso Especial dos dispositivos legais pertinentes às alegações de indevida multa por
embargos protelatórios e de falta de proporcionalidade de distribuição dos ônus sucumbenciais, o que caracteriza
deficiência de fundamentação, nos termos da Súmula nº 284/STF, a impedir adentrar o mérito de tais pontos do
Recurso Especial. 5. Agravo interno não provido. (STJ; AgInt-EDcl-REsp 1.820.418; Proc. 2019/0170299-9; PR;
Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; Julg. 30/03/2020; DJE 02/04/2020)
AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA. ACÓRDÃO
RECORRIDO QUE RECONHECEU A ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE PREVIU OS PRAZOS EM FAVOR DA
PROMITENTE VENDEDORA, E EM PREJUÍZO DO CONSUMIDOR, SEM CLAREZA NA INFORMAÇÃO. MODIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS NºS 5 E 7/STJ. LUCROS CESSANTES PRESUMIDOS. JUROS DE
OBRA. AUSÊNCIA DE CIÊNCIA PELO CONSUMIDOR, DA COBRANÇA PARA ALÉM DO PRAZO PREVISTO EM
CONTRATO. AFASTAMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE DEVE SER MANTIDO NA ESPÉCIE. APLICAÇÃO DO
TEMA Nº 996, DA SISTEMÁTICA DOS RECURSO REPETITIVOS. 1. Não cabe, em Recurso Especial, reexaminar
matéria fático-probatória e a interpretação de cláusulas contratuais (Súmulas nºs 5 e 7/STJ). 2. O Tribunal de
origem solucionou a controvérsia à luz das teses firmadas no Recurso Especial repetitivo nº 1.729.593/SP, DJ-e
25.9.2019, Tema nº 996. Incidente, portanto, o Enunciado nº 83 da Súmula do STJ. 3. Agravo interno a que se nega
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provimento. (STJ; AgInt-REsp 1.818.689; Proc. 2019/0160240-1; SP; Quarta Turma; Relª Min. Maria Isabel Gallotti;
Julg. 30/03/2020; DJE 02/04/2020)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO COMUM
AFASTADA. SÚMULA 45. LOTEAMENTO. INFRAESTRUTURA. LIMINAR DEFERIDA. RECURSO SECUNDUM
EVENTUS LITIS. MANUTENÇÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AO AGRAVADO. HIPOSSUFICIÊNCIA VERIFICADA.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS (CPC 300). REVOGAÇÃO DA TUTELA. 1. Nos termos do que dispõe a Súmula 45 do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em se tratando de relação de consumo, inafastável a aplicação do artigo
51, VII do CDC, que considera nula de pleno direito, cláusula que determina a utilização compulsória de arbitragem,
ainda que porventura satisfeitos os requisitos do artigo 4º, §2º, da Lei nº 9.307/96, presumindo-se recusada a
arbitragem pelo consumidor, quando proposta ação perante o Poder Judiciário, convalidando-se a cláusula
compromissória apenas quando a iniciativa da arbitragem é do próprio consumidor. 2. Sabe-se que o agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, devendo limitar-se ao exame do acerto ou desacerto da
decisão agravada, sob os aspectos da legalidade e razoabilidade, não sendo lícito ao órgão ad quem extrapolar o
seu âmbito para matéria estranha ao ato judicial censurado, nem mesmo se antecipar incontinenti ao julgamento
do mérito da demanda, sob pena de supressão de instância. 3. Compete à parte contrária comprovar, mediante
prova inconteste, a inexistência ou desaparecimento dos requisitos essenciais à concessão do benefício de
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assistência judiciária. Assim, não trazidos pelos agravantes prova documental robusta, incontestável e apta a
comprovar que a requerente/agravada não faz jus à gratuidade da justiça concedida no juízo a quo, não deve ser
acolhida a impugnação. Assim, a manutenção do deferimento do benefício da assistência judiciária ao agravado
é medida que se impõe. 4. Para o deferimento da tutela de urgência, necessária a comprovação da probabilidade
do direito apresentado pela parte interessada, bem assim, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (CPC 300). 5. Os agravantes verberam a necessidade da reforma da decisão concessiva da tutela, sob o
fundamento de que as obras relativas ao empreendimento contratado se encontram regulares e quase
totalmente concluídas, uma vez que para a execução de determinados atos necessita de autorização de setores
públicos, o que refoge à sua capacidade, em que pese o máximo desempenho junto aos respectivos órgãos. 6.
Dessarte, na presente hipótese, temerária é a antecipação de tutela concedida pela magistrada singular, uma vez
que não evidenciados os requisitos autorizadores da tutela provisória de urgência, notadamente a probabilidade
do direito, posto que as provas colacionadas ao feito divergem entre si, não podendo afirmar, com exatidão, o
descumprimento dos deveres da agravante quanto à realização da infraestrutura no loteamento. 7. Ademais,
premente a instrução e julgamento do feito, antes de se impor à agravante o ônus de realizar obras que, talvez,
finda a colheita de provas, já tenha realizado, ou resulte não mais ser de sua alçada, temerária se mostra a
antecipação de tutela concedida pelo juiz. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5595321-30.2019.8.09.0000, Rel. MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em
26/02/2020, DJe de 26/02/2020)
(TJGO, Apelação (CPC) 5356917-03.2017.8.09.0051, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível,
julgado em 26/02/2020, DJe de 26/02/2020)
OUTROS TRIBUNAIS
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. CONSUMIDOR. CIVIL. DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA. Parte autora
não comprovou a existência de seu direito, artigo 373, I, do CPC/15. Suposto dano suportado recai em culpa
exclusiva da parte autora. Pedido inicial improcedente. Recurso conhecido e provido. Reforma da sentença.
Precedentes desta turma recursal. (TJAL; RInom 0700367-63.2016.8.02.0204; Batalha; Segunda Turma Recursal
de Arapiraca; Rel. Juiz Geneir Marques de Carvalho Filho; DJAL 03/04/2020; Pág. 343)
A PELAÇÃO CÍVEL AÇÃO REGRESSIVA OSCILAÇÃO NA CARGA ELÉTRICA QUE DANIFICOU EQUIPAMENTOS DOS
SEGURADOS. SUB-ROGAÇÃO DA SEGURADORA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
RESPONSABILIDADE OBJETIVA NEXO CAUSAL E PAGAMENTO COMPROVADOS PROVA DOCUMENTAL
SUFICIENTE. REQUERIDA NÃO COMPROVOU FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO
AUTORAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Restou comprovado nos autos a contratação da
seguradora/autora pelos segurados. A seguradora/apelada, outrossim, demonstrou que ressarciu os segurados
por danos elétricos em seus equipamentos. 2. Comprovado o pagamento da indenização aos segurados, a
seguradora apelada assume a posição daquele, sub-rogando. se em todos os seus direitos e deveres, inclusive no
que diz respeito aos privilégios das normas protetivas do consumidor, tendo em vista a relação de consumo
existente, conforme se extrai dos arts. 786 e 349 do CC. 3. Frise-se, por oportuno, que é objetiva a
responsabilidade civil da concessionária de serviço de energia elétrica (CF, art. 37, § 6º), que deve indenizar o dano
a equipamentos elétricos decorrentes da oscilação de energia, característica da deficiência da prestação de
serviço, quando configurado o vínculo entre o evento causador e o dano reclamado. 4. Compulsando os autos é
de se observar que os documentos acostados à inicial são suficientes para demonstrar o nexo de causalidade
entre o dano sofrido pelos segurados e o serviço prestado pela apelada. (TJMS; AC 0806838-86.2019.8.12.0021;
Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Sideni Soncini Pimentel; DJMS 03/04/2020; Pág. 118)
A RESPONSABILIDADE É OBJETIVA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, À LUZ DO ART. 14 DO CDC, PODENDO SER
AFASTADA PELA CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR, DE TERCEIRO OU FORTUITO EXTERNO. PRECEDENTE AI
0009608- 61.2016.8.19.0000, REL. DES. Werson rego, julgamento: 02/03/2016, 25ª Câmara Cível. 2. Os bancos,
como prestadores de serviços especialmente contemplados no artigo 3º, § 2º, estão submetidos às disposições do
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Inteligência do verbete sumular nº 297 do stj: " o CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR é aplicável às instituições financeiras". 3. Apelante que, no que pese relatar a prática de
capitalização de juros, em verdade, impugna a aplicação de juros compostos no início da relação contratual, para
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a formação das prestações mensais, por intermédio da tabela price, apontando-os, ainda, como abusivos. 4.
Orientação firmada no RESP nº 973.827/RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos, e no verbete de Súmula nº
541 do STJ, de que "a previsão de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal possibilita a cobrança da
taxa efetiva anual contratada. ". 5. A aplicação da tabela price não implica, necessariamente, indevida
capitalização de juros. Precedente: AGRG no aresp 621594/PR. Relator Min. Raul Araújo. Julgado em 19/03/2015.
Data de publicação: 20/04/2015.6. Contrato sub judice que prevê taxa de juros mensal de 1,84% e anual de 24,80%,
inexistindo ilegalidade em sua incidência na forma composta, consoante recurso paradigma. 7. A taxa média de
mercado apurada pelo Banco Central para operações de crédito, na mesma época do pacto sub judice, é apenas
usada como referência no exame da abusividade dos juros remuneratórios e, in casu, não foi demonstrada
significativa discrepância entre a taxa média de mercado e o índice pactuado. Precedentes: 0001162-
34.2013.8.19.0078. Apelação. Des(a). Myriam Medeiros da Fonseca costa. Julgamento: 14/08/2019. Quarta Câmara
Cível; 0084030-33.2018.8.19.0001. Apelação. Des(a). Maria da gloria oliveira bandeira de Mello. Julgamento:
10/07/2019. Vigésima Câmara Cível. 8. A cobrança da comissão de permanência com juros, multa contratual e
correção monetária é vedada, nos termos das Súmulas nº 296, 472 e 30 do STJ, contudo, na espécie, o perito
judicial apontou a ausência de cumulação. 9. Recurso desprovido, majorando-se os honorários sucumbenciais, em
desfavor da autora/apelante, em adicionais R$ 200,00, na forma do artigo 85, § 11, do CPC/15, observada a
gratuidade de justiça. (TJRJ; APL 0508619-29.2015.8.19.0001; Itaboraí; Vigésima Quinta Câmara Cível; Relª Desª
Marianna Fux; DORJ 03/04/2020; Pág. 433)
APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. SERVIÇO DE TELEFONIA FIXA. INSCRIÇÃO EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DÍVIDA QUITADA.
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ OI S/A. ALEGADA EXISTÊNCIA DA DÍVIDA.
INSUBSISTÊNCIA. INDEVIDA INSCRIÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. AUSÊNCIA DE PROVA DO ABALO ANÍMICO.
INSUBSISTÊNCIA. DANO PRESUMIDO (IN RE IPSA). É presumido o dano moral decorrente da inscrição ou
manutenção irregular do nome da pessoa física ou jurídica no rol de inadimplentes, sendo despicienda a discussão
acerca da comprovação dos aludidos danos (Súmula nº 30 do Grupo e Câmaras de Direito Civil do TJSC).
QUANTUM INDENIZATÓRIO. MINORAÇÃO CABÍVEL, OBSERVADOS CASOS CONGÊNERES JÁ ANALISADOS POR
ESTE ÓRGÃO FRACIONÁRIO. HONORÁRIOS RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. ORIENTAÇÃO DO STJ (EDCL no AgInt
no RESP 1.573.573/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze). RECURSO DA RÉ CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJSC; AC 0302419-40.2014.8.24.0080; Xanxerê; Quarta Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Selso de
Oliveira; DJSC 03/04/2020; Pag. 81)
AMBIENTAL
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
DANO AMBIENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DEFERIMENTO DE TUTELA ANTECIPADA. NÃO
CABIMENTO. SÚMULA Nº 735/STF. PRECEDENTES. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. FATOS E PROVAS.
REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Segundo o pacífico entendimento do Supremo Tribunal Federal,
não cabe recurso extraordinário contra acórdão em que se concede ou se indefere medida cautelar ou
antecipação de tutela. Incidência da Súmula nº 735/STF. 2. É inadmissível o recurso extraordinário se a matéria
constitucional que nele se alega violada não está devidamente prequestionada. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356/STF. 3. É inviável, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da
Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. 5. Havendo prévia fixação de honorários advocatícios pelas
instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10% (dez por cento) em desfavor da parte recorrente,
nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§ 2º e 3º do referido artigo e a
eventual concessão de justiça gratuita. (STF; ARE-AgR 1.243.486; PR; Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; Julg.
13/03/2020; DJE 27/03/2020; Pág. 15)
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. ARTIGO 34,
PARÁGRAFO ÚNICO, II, DA LEI Nº 9.605/98. INVIABILIDADE DO WRIT PARA REANALISAR PRESSUPOSTOS DE
ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS OU AÇÕES DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. ALEGADA VIOLAÇÃO A
DISPOSITIVOS DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRETENDIDA INCIDÊNCIA DO
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE
UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O objeto da tutela em habeas corpus é a liberdade de locomoção quando
ameaçada por ilegalidade ou abuso de poder (CF, artigo 5º, LXVIII), não cabendo sua utilização para examinar
eventual irregularidade na publicação de decisão em instância precedente. 2. A supressão de instância impede o
conhecimento de Habeas Corpus impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante o Tribunal
a quo e Corte Superior. Precedentes: HC 161.764-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de
28/2/2019; e RHC 158.855- AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 27/11/2018. 3. O princípio da
insignificância é afastado quando ausente o preenchimento cumulativo dos vetores reconhecidos pelo Supremo
Tribunal Federal. Precedentes: HC 158.973-AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 30/10/2018; e RHC
125.566, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 28/11/2016. 4. In casu, o paciente foi condenado à pena de
1 (um) ano de detenção, em regime inicial aberto, substituída por pena restritiva de direitos consubstanciada em
prestação de serviços à comunidade, em razão da prática do crime tipificado no artigo 34, parágrafo único, II, da
Lei nº 9.605/98. 5. O habeas corpus não pode ser manejado como sucedâneo de recurso revisão criminal. 6. O
habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático-probatório engendrado
nos autos. 7. O habeas corpus não comporta inovação argumentativa preclusa, tampouco tese já apreciada pelo
Colegiado desta Corte, por decisão transitada em julgado, porquanto não aduzida em momento processual
anterior. Precedentes: HC 127.975 AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 3/8/2015, RHC 124.715 AGR,
Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 19/5/2015, e AI 518.051-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJ de 17/2/2006. 8. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao desprovimento do
agravo regimental. Precedentes: HC 137.749- AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 17/5/2017; e
HC 133.602-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 8/8/2016. 9. A reiteração dos argumentos
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trazidos pelo agravante na petição inicial da impetração é insuscetível de modificar a decisão agravada.
Precedentes: HC 136.071-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 9/5/2017; HC 122.904-AGR,
Primeira Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016; RHC 124.487-AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto
Barroso, DJe de 1º/7/2015. 10. Agravo regimental desprovido. (STF; HC-AgR 176.670; RN; Primeira Turma; Rel. Min.
Luiz Fux; Julg. 13/03/2020; DJE 02/04/2020; Pág. 97)
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
COMERCIALIZAÇÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA MISTA ENVASADA EM GARRAFA PET. PRETENSÃO MINISTERIAL DE
ANULAR A LICENÇA AMBIENTAL DA EMPRESA E IMPEDIR A CONCESSÃO DE OUTRAS ATÉ QUE SEJA
APRESENTADO EIA-RIMA PELA UTILIZAÇÃO DE DERIVADOS DE PLÁSTICO. HIPÓTESE EM QUE O ACÓRDÃO
ENTENDEU SER QUESTÃO DE ORDEM TECNOLÓGICA, INSERIDA NA ATRIBUIÇÃO DO PODER EXECUTIVO EM
DEFINIR POLÍTICAS PÚBLICAS - ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISNAMA. IMPOSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE SE EXIGIR
DE APENAS UM PRODUTO DE UM DETERMINADO FABRICANTE A PROTEÇÃO AMBIENTAL. FUNDAMENTAÇÃO
NÃO ATACADA NO APELO RARO. INAFASTABILIDADE DA APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 284/STF. AGRAVO INTERNO
DO MPF A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste STJ, de maneira reiterada, vem aplicando o óbice
da Súmula nº 284/STF aos recursos que se desviam da fundamentação contida na decisão recorrida, como ocorre
no presente caso. 2. Tendo o acórdão recorrido entendido que a solução da questão ambiental do envase de
bebida alcoólica mista em garrafa PET está adstrita à entabulação de uma política pública abrangente pelos
órgãos do SISNAMA, de modo a se exigir tais requisitos de toda a gama industrial que se utiliza dessa forma de
envase, a insistência na necessidade do licenciamento ambiental, por se tratar de atividade potencialmente
poluidora, caracteriza a hipótese de utilização de razões recursais dissociadas, a ensejar a aplicação da Súmula nº
284/STF. 3. Agravo Interno do MPF a que se nega provimento. Superior Tribunal de Justiça (STJ; AgInt-REsp
1.568.317; Proc. 2015/0270881-3; SP; Primeira Turma; Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho; Julg. 30/03/2020; DJE
01/04/2020)
ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE. EXTRAÇÃO MINERAL. LICENÇA AMBIENTAL.
AUSÊNCIA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC/2015. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO.
INCIDÊNCIA, POR ANALOGIA, DO ENUNCIADO N. 284 DA SÚMULA DO STF. DISCUSSÃO DE ÍNDOLE
CONSTITUCIONAL. RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N.
282/STF. ASTREINTES. LIMITAÇÃO. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÕES DE VÍCIOS NO ACÓRDÃO. INEXISTENTES. I - Na
origem, trata-se de ação civil pública contra Ita Medi Mineração Ltda. , Estado de Minas Gerais, e Marcos Roberto
Serafim, com o objetivo de interromper as atividades da empresa ré, em razão da extração e comercialização de
minerais sem licença ambiental, apenas com a Autorização Ambiental de Funcionamento. Na sentença, julgaram-
se improcedentes os pedidos. No Tribunal a quo, a sentença foi reformada para julgar procedente a ação, sendo
fixada multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Nesta Corte, deu-se parcial provimento ao Recurso Especial para
limitar o valor das astreintes, tão somente caso seja de responsabilidade do Estado, a R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais). II - Em relação à alegada violação dos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015, verifica-se que a
recorrente limitou-se a afirmar, em linhas gerais, que o acórdão recorrido incorreu em omissão ao deixar de se
pronunciar acerca dos dispositivos legais e questões apresentadas, fazendo-o de forma genérica, sem
desenvolver argumentos para demonstrar de que forma houve a alegada violação pelo Tribunal de origem.
Incidência da Súmula n. 284/STF. Nesse diapasão, confira-se: AgInt no RESP n. 1.695.129/RS, Rel. Ministro Lázaro
Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª Região), Quarta Turma, julgado em 21/6/2018, DJe 1º/8/2018 e
AgInt no RESP n. 1.593.467/AC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 20/2/2018,
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DJe 26/2/2018.III - No que diz respeito à afronta aos arts. 8º da LC 140/2011 e 10 da Lei n. 6.938/1981, sob o
fundamento de que a competência para a respectiva determinação seria do órgão ambiental, o acórdão recorrido
enfrentou a controvérsia nos seguintes termos: "Percebe-se, portanto, que a Constituição da República fixa a
competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios no que se refere à proteção do meio
ambiente e combate à poluição em qualquer de suas formas. (...) Destarte, compete ao Poder Público, em todos
os níveis, exercer o controle das atividades potencialmente poluidoras do meio ambiente, dentre elas, os
impactos ambientais advindos da lavra garimpeira, não só pela extração do minério, por se tratar de recurso não
renovável, como pela degradação proveniente da exploração em si. "IV - A questão controvertida foi decidida sob
fundamento de cunho constitucional, cingindo-se à interpretação de regramentos e princípios constitucionais,
transbordando os lindes específicos de cabimento do Recurso Especial. V - Dessa forma, a competência para tal
debate está dirigida à Excelsa Corte, ex vi do disposto no art. 102 da Constituição Federal, sob pena de usurpação
da competência do Supremo Tribunal Federal, ainda que se alegue afronta à Legislação Federal, pois, mesmo que
assim fosse, seria de forma indireta ou reflexa. VI - Sobre a alegada violação dos arts. 492 do CPC/2015 e 3º, IV, e
14, § 1º, da Lei n. 6.938/1981, ao fundamento de que, ao determinar a recuperação da área degrada a decisão
extrapolou o pedido, verifica-se que o acórdão recorrido não analisou o conteúdo dos respectivos dispositivos,
pelo que carece o recurso do indispensável prequestionamento, com a incidência da Súmula n. 282/STF. VII - Ainda
que se pudesse ultrapassar tal óbice, a pretensão se mostra totalmente desarrazoada, pois consta expressamente
da petição inicial, verbis: "A recuperação integral da área, com a apresentação de PRAD, com cronograma,
assinado por profissional com ART (anotação de responsabilidade técnica), com a execução integral do referido
Projeto de Recomposição de Área Degradada. "VIII - No que diz respeito às astreintes, o recurso merece parcial
acolhida. Ao instituir o meio de coerção, o acórdão recorrido julgou procedente a ação civil pública ajuizada,
fixando-se a multa diária de R$1.000,00 (mil reais), observando que a responsabilidade do Estado de Minas Gerais
é subsidiária e, portanto, a execução da sentença em relação a ele somente é possível na constatação da
impossibilidade da satisfação do direito em face do causador do dano. IX - O valor definido não se mostra
desarrazoado ou destoante do que vem sendo acolhido por esta Corte de Justiça em precedentes análogos,
tendo em conta cuidar-se de matéria de natureza ambiental: AGRG no RESP n. 1.434.797/PR, Rel. Ministro
Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 17/5/2016, DJe 7/6/2016 e AgInt no RESP n. 1.784.675/SP, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 6/6/2019, DJe 18/6/2019.X - Dessa forma, o valor há de ser
mantido, mas, de fato, necessária uma limitação. Nesse panorama, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) diário deve
ser mantido, limitado, no entanto, a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), caso seja de responsabilidade
do Estado de Minas Gerais. XI - Agravo interno improvido. (STJ; AgInt-REsp 1.809.563; Proc. 2019/0119026-8; MG;
Segunda Turma; Rel. Min. Francisco Falcão; Julg. 03/03/2020; DJE 31/03/2020)
polígonos indicando as áreas devastadas contidos no relatório de fiscalização n. 1462/2016. 4. O perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo traduz-se, especialmente, pelo risco de comprometimento do próprio
exercício da atividade empresarial, por meio de inscrição de seu nome no CADIN ou constrição de valores,
comprometendo o próprio exercício da atividade empresarial do agravado. 5. Por outro lado não procede o
argumento suscitado pelo Estado de Goiás sobre a impossibilidade de concessão de tutela antecipatória sem a
prévia oitiva da fazenda pública, em vista do entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça, no
sentido de possibilitar sua relativização, quando presentes os requisitos para a concessão da antecipação de
tutela. 6. A Corte Revisora está adstrita ao exame dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo de origem,
não podendo apreciar matérias que não foram enfrentadas pela decisão agravada, sob pena de supressão de
instância. AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE CONHECIDO E,
NESTA PARTE, DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5326284-94.2019.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 19/02/2020, DJe de 19/02/2020)
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. LAUDO PERICIAL. PROVA TÉCNICA IDÔNEA. CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. CORREÇÃO MONETÁRIA.
JUROS COMPENSATÓRIOS. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. JUROS MORATÓRIOS. 1. Deve ser mantida a
avaliação pericial realizada sob o crivo do contraditório, por meio de análise completa e detalhada do bem, com
justificativas técnicas e devidamente fundamentadas, que possibilita a justa reparação pela desapropriação
visando cobrir o valor real do bem e reparar o despojamento do patrimônio, sem ensejar enriquecimento indevido
a nenhuma das partes. 2. Não há equívoco na indenização da área de preservação ambiental dentro do imóvel
desapropriado, já que esta característica não a torna inútil ao uso e gozo por seus proprietários, apenas limita a
ocupação definitiva por meio de edificações, não deixando de ter valor monetário a ser reparado. 3. Na ação de
desapropriação, o valor da indenização deve ser corrigido pelo INPC, a partir da elaboração do laudo pericial,
descontando-se, para fins de apuração do valor a ser pago, a quantia que efetivamente encontra-se depositada
judicialmente desde o início da demanda. 4. Os juros compensatórios, que têm por finalidade compensar a perda
de renda sofrida pelo proprietário, devem incidir, à taxa de 6% ao ano, a partir da data da imissão provisória na
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posse (art. 15-A do Decreto-Lei nº 3365/41). 5. São indevidos juros compensatórios quando a propriedade se
mostrar impassível de qualquer espécie de exploração econômica, seja atual ou futura, em decorrência de
limitações legais ou da situação geográfica ou topográfica do local onde se situa. E tratando-se de área de
preservação permanente, as restrições legais e administrativas impostas impedem o exercício de atividade
produtiva. Inserir, no cálculo da indenização, os referidos juros seria atentar contra o art. 5º, XXIV, da CF/88, que
prescreve a justa indenização. 6. Os juros moratórios devem incidir, à taxa de 6% ao ano, a partir de 1º de janeiro
do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito (art. 15-B do Decreto-Lei nº 3365/41). APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 0213741-26.2013.8.09.0137, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª
Câmara Cível, julgado em 13/02/2020, DJe de 13/02/2020)
OUTROS TRIBUNAIS
HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. SUPOSTO CRIME AMBIENTAL. PLEITO DE TRANCAMENTO DA
AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA EXORDIAL ACUSATÓRIA. DENÚNCIA MINISTERIAL REJEITADA NA ORIGEM. PERDA DO
OBJETO. ART. 659 DO CPP. ORDEM PREJUDICADA. I. Habeas corpus prejudicado, nos termos do art. 659 do
Código de Processo Penal, uma vez que a ação penal de origem objeto deste writ não mais subsiste, tendo o
impetrado chamado o feito à ordem para rejeitar a denúncia ministerial. (TJAL; HC 0800736-56.2020.8.02.0000;
São Sebastião; Câmara Criminal; Rel. Des. Sebastião Costa Filho; DJAL 03/04/2020; Pág. 198)
REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTUAÇÃO E DÉBITO FISCAL. EMPRESA AUTUADA POR ESTAR
FUNCIONANDO SEM AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE OPERAÇÃO. ALEGAÇÃO DE QUE A ATIVIDADE
DESENVOLVIDA NÃO SE CONFIGURA COMO POLUIDORA. Comercialização de medicamentos. Pessoa jurídica que
tem como objeto o comércio varejista de produtos químicos. Previsão no anexo I da Lei Municipal nº 4.548/96.
Legalidade dos autos de infração. Remessa conhecida. Sentença reformada. Inversão do ônus da sucumbência.
Unanimidade. (TJAL; RN 0702929-09.2015.8.02.0001; Maceió; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Alcides Gusmão da
Silva; DJAL 31/03/2020; Pág. 85)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CEB. ENERGIA
ELÉTRICA. SERVIÇO ESSENCIAL. INSTALAÇÃO. RETOMADA. IMPOSSIBILIDADE. POLÍCIA AMBIENTAL.
LICENCIAMENTO. NECESSIDADE. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. 1. Consoante o artigo 300 do Código de
Processo Civil, para o deferimento da tutela provisória de urgência nos autos de origem, faz-se necessária a
presença da probabilidade do direito, como também a demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo. 2. No caso em exame, não foi demonstrado um dos requisitos, isto é a probabilidade do direito
vindicado pela autora, ora agravante, uma vez que a aprovação do projeto de instalação da rede elétrica no local
pela CEB, per se, não é suficiente para a concessão do pleito liminar. É dizer, faz-se necessária a instauração do
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contraditório e ampla defesa para que seja apurado se a área ocupada se encontra em situação que possibilite a
instalação do serviço para fornecimento de energia elétrica no imóvel, cuja suspensão se deu por determinação
da Polícia Militar Ambiental. 3. Agravo de Instrumento conhecido e NÃO PROVIDO. (TJDF; AGI 07168.90-
40.2019.8.07.0000; Ac. 123.9092; Oitava Turma Cível; Relª Desª Nídia Corrêa Lima; Julg. 18/03/2020; Publ. PJe
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