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ABRIL / 2020

ANO 2 / N. 3

MPGO

CONSUMIDOR

MP-GO e Procon-GO buscam integração para combater desabastecimento e aumento abusivo de


preços
A integração do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e da Superintendência de
Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-GO) para o monitoramento de
eventuais desabastecimento e prática de preços abusivos foi o principal
resultado de reunião realizada na manhã desta quarta-feira (18/3), pela área do
Meio Ambiente e Consumidor do Centro de Apoio Operacional do MP-GO e
Procon-GO. Ficou acertada a realização de uma reunião com empresas e
entidades representativas da classe empresarial, para a próxima sexta-feira
(20/3), às 9h30, no auditório do MP-GO, para tratar do atendimento das
necessidades dos consumidores durante o período em que vigorarem os decretos emergenciais relacionados ao
coronavírus. Clique AQUI.

Acolhidos pedidos do MP que obrigam Enel a corrigir falhas no dever de informação ao consumidor
Acolhendo pedido liminar feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), a juíza
Alessandra Gontijo do Amaral, da 19ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia,
determinou à Enel Distribuição Goiás que tome uma série de medidas para sanar
falhas no dever de informação da empresa para com seus consumidores,
principalmente em relação às demandas e protocolos registrados no sistema de
atendimento. Pela decisão, que acolhe pedido feito em ação proposta pela
promotora de Justiça Maria Cristina de Miranda, da 12ª Promotoria de Justiça de
Goiânia, a Enel deverá passar a informar, em todos os atendimentos do consumidor – presencial, por telefone
ou pela internet –, o número de protocolo e a forma de acompanhar o seu andamento. Clique AQUI.

Coronavírus: MP recomenda a planos de saúde a comunicação de problemas nos atendimentos


O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou a oito operadoras de planos de saúde, com atuação no
Estado, uma série de medidas a serem adotadas, enquanto durar a situação de pandemia do coronavírus,
principalmente em relação à comunicação sobre a qualidade do serviço prestado aos consumidores e também
quanto a eventual majoração no preço pago por insumos de produtos ou serviços relacionados so tratamento
da Covid-19. Clique AQUI.

Coronavírus: recomendação do MP visa impedir aumento do preço de itens farmacêuticos


O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da Área do Meio Ambiente e
Consumidor do Centro de Apoio Operacional, encaminhou hoje (19/3)
recomendação aos estabelecimentos do comércio varejista e atacadista de
produtos farmacêuticos do Estado de Goiás que evitem a majoração de preço,
sem justa causa, dos produtos para prevenção à contaminação da Covid - 19.
Como exemplos de itens são citados os Proteção Individual (EPIs), luvas,
máscaras, álcool gel 70° e álcool 70°. Clique AQUI.
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Coronavírus: MP-GO e empresários acertam medidas para evitar desabastecimento e aumentos


abusivos
A racionalização do fornecimento aos consumidores dos produtos em todos os
segmentos e a postura institucional das entidades representativas dos
empresários para conter preços abusivos. Estas foram as duas principais
deliberações de reunião realizada na manhã desta sexta-feira (20/3), no
auditório do Ministério Público de Goiás (MP-GO), organizada pela Área de
Atuação Meio Ambiente e Consumidor do Centro de Apoio Operacional. Na
abertura do encontro, o coordenador da Área, promotor de Justiça Delson
Leone Júnior, afirmou que o objetivo era evitar confrontos entre os órgãos de
defesa, fornecedores e comerciantes. O promotor de Justiça explicou que a racionalização de gêneros
alimentícios e produtos farmacêuticos para prevenção à contaminação pelo coronovírus é um dos mecanismos
para garantir o acesso da população neste momento em que ocorre uma corrida às compras, por temor de
desabastecimento. Clique AQUI.

Coronavírus: MP e MPT abrem diálogo com representantes do setor de transporte


O Ministério Público de Goiás (MP-GO) promoveu, na tarde desta sexta-feira (20/3), no auditório da instituição,
reunião com representantes das empresas que prestam o transporte coletivo na Região Metropolitana de
Goiânia, para tratar do atendimento prestado à população, em tempos de pandemia. Clique AQUI.

Coronavírus: MP-GO e MPF recomendam que Enel viabilize autoleitura do consumo de energia
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal em Goiás expediram recomendação
conjunta nesta sexta-feira (27/3) à Enel Distribuição Goiás em defesa dos consumidores do Estado para que a
empresa comprove a efetiva necessidade de interromper a leitura presencial dos medidores de energia elétrica,
adotada a partir da Resolução nº 878/2020, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A suspensão da
leitura foi autorizada pela Aneel diante dos riscos com a disseminação global do novo coronavírus (Covid-19).
Clique AQUI.

Coronavírus: em reunião no MP, representantes da Unimed apresentam preocupação com preços


abusivos
O coordenador da Área do Consumidor do Ministério Público de Goiás (MP-
GO), Delson Leone Júnior, e a promotora Maria Cristina de Miranda, reuniram-
se nesta terça-feira (17/3) com representantes da Unimed Goiânia, que
apresentaram preocupações relativas à epidemia do novo coronavírus (Covid-
19). De acordo com o presidente da Unimed Goiânia, Sérgio Baiocchi, e da
coordenadora Jurídica da entidade, Elisa Alessi, já foram verificados alguns
casos de cobrança abusiva nos valores de produtos e insumos hospitalares.
Clique AQUI.

Coronavírus: orientação do MP coíbe comerciantes de Rio Verde de promover aumento abusivo de


preços
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou às farmácias, supermercados e demais estabelecimentos
comerciais similares de Rio Verde que cessem eventual aumento arbitrário de preços dos produtos destinados à
prevenção, proteção e combate à Covid-19. A medida visa coibir a prática de preços abusivos de materiais como
álcool em gel, máscaras descartáveis elásticas e cirúrgicas e luvas. Clique AQUI.
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MP conclama moradores de Cristalina a ajudar entidades a coibir abusos nos preços de insumos
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) publicou um comunicado destinado aos moradores de Cristalina visando
garantir a oferta de preços justos de insumos destinados ao combate à Covid-19, tais como álcool em gel e
máscaras descartáveis, assim como gêneros alimentícios essenciais. A orientação é para que os consumidores
façam fotos e vídeos que flagrem eventuais preços abusivos nas farmácias, mercados e supermercados da
cidade e encaminhem as informações ao MP-GO, pelo e-mail 3cristalina@mpgo.mp.br ou pelo telefone (61)
98625-4074. Clique AQUI.

Coronavírus: MP exige de comerciantes de Goiânia medidas para garantir oferta e preços justos
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou aos estabelecimentos de
comércio varejista e atacadista de produtos alimentícios, de limpeza e de
higiene pessoal que evitem o aumento de preço, sem justa causa, dos
produtos comercializados, e estabeleçam estratégias que visem à
racionalização das vendas, incluindo os destinados à prevenção da Covid-19. O
objetivo é evitar o desabastecimento ou demora na reposição de itens. No
caso de limitações quantitativas e ou qualitativas, os consumidores deverão ser
informados, de forma compreensível e ampla. Clique AQUI.

Coronavírus: MP orienta manutenção nos preços de produtos farmacêuticos e alimentícios em Alto


Paraíso
Recomendação para que farmácias, drogarias, supermercados e outros
estabelecimentos não realizem aumento arbitrário de preços dos produtos
voltados à prevenção do coronavírus foi expedida pelo Ministério Público de
Goiás (MP-GO), por intermédio da Promotoria de Justiça de Alto Paraíso. O
documento, assinado pelo promotor de Justiça Márcio Vieira Villas Boas Teixeira
de Carvalho, orienta que os estabelecimentos comerciais definam, enquanto
durar o período da pandemia do Covid-19, estratégias de racionalização das
vendas de álcool em gel, máscaras e luvas, visando evitar o desabastecimento ou demora na reposição dos itens
faltantes, em Alto Paraíso e São João d’Aliança. Clique AQUI.

Liminar concedida ao MP determina ativação do Fundo de Defesa do Consumidor de Goianésia


Após ser acionado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), em outubro do ano passado, o município de
Goianésia terá de ativar o Fundo Municipal de Defesa do Consumidor, apresentando o CNPJ respectivo e a conta
específica vinculada a ele, bem como instituir o Conselho Municipal de Defesa do Consumidor, conforme
previsto na Lei n° 2.185/2003, que criou formalmente a entidade. A liminar foi concedida pela juíza Lorena Rosa,
sendo fixado o prazo de 30 dias para seu cumprimento. Clique AQUI.

Operação coordenada pelo MP apreende mais de 5,5 toneladas de carne clandestina em Novo Gama
Em mais uma operação deflagrada dentro do Programa Goiás Contra a Carne
Clandestina, foram apreendidas, no interior do Estado, mais de 5,5 toneladas de
produtos de origem animal impróprios para o consumo. A operação ocorreu na
terça e na quarta-feira (3 e 4/3) na comarca de Novo Gama, mobilizando o
Ministério Público de Goiás (MP-GO) e os órgãos parceiros no projeto. Clique AQUI.
MP aciona mais uma vez Saneago e município de Goianésia por problema
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de saneamento em bairro
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs mais uma ação civil pública
contra a Saneamento de Goiás S.A. (Saneago) e o município de Goianésia para
garantir o uso da rede de esgoto, desta vez para atender os consumidores do
Residencial Vivalle, promovendo a ligação da rede de esgoto já existente no
condomínio à rede coletora da concessionária. Clique AQUI.

MP obtém liminar que obriga regularização de empreendimento em Campos Belos


O Ministério Público de Goiás (MP-GO) teve seus pedidos liminares deferidos,
obrigando que a Enel Distribuição Goiás providencie a instalação de rede de energia
elétrica no lote urbano n° 1, quadra 22-A, Rua Inocêncio Augusto, Setor Buritis, em
Campos Belos, às custas da empresa Geovana Galdino Teixeira, e seu
representante, Eduardo Barbosa Fernandes, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Clique AQUI.

MP cobra de clubes de Mineiros cumprimento de lei que obriga manter salva-vidas em piscinas
coletivas
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou à Associação Atlética Banco do Brasil Mineiros Goiás e à
Associação Esportiva e Hípica de Mineiros a adoção de medidas que possibilitem o cumprimento da Lei Estadual
n° 18.397/2014, que prevê a obrigação de manter salva-vidas em piscinas de uso coletivo. Clique AQUI.

MP-GO recebe relatório final da CPI da Enel


O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio do procurador-geral de Justiça Aylton
Vechi, recebeu, das mãos do presidente e do relator da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Enel, Henrique Arantes e Cairo Salim, respectivamente, o relatório final
da investigação conduzida pelo parlamento. Clique AQUI.

MP-GO destaca, no Dia do Consumidor, ações desenvolvidas em 2019 e 2020


A Área de atuação Meio Ambiente e Consumidor do Centro de Apoio
Operacional (CAO) do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e os promotores
com atuação nesta área focaram sua atuação na defesa do consumidor nos
segmentos na qualidade e continuidade do serviço de fornecimento de
energia elétrica e no combate à comercialização de carne clandestina, sem
prejuízo das demais áreas. Em razão das comemorações do Dia do
Consumidor, o coordenador da área, promotor Delson Leone Júnior, citou
algumas das principais ações desenvolvidas em 2019 e 2020. Clique AQUI.

AMBIENTAL

Ser Natureza atenderá quase 130% a mais de municípios em 2020


O projeto Ser Natureza, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), concluiu seu cronograma de atendimento para
2020, o que representará um acréscimo de quase 130% de municípios contemplados pelo programa, passando
de 11 municípios atendidos em 2019 para 34 neste ano. A maioria tem por objetivo a recuperação de nascentes e
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áreas de preservação permanente (APP) de mananciais de abastecimento. O trabalho de ações pontuais


incluirá, no entanto, a recuperação de processos erosivos e a extinção de fontes poluidoras. Clique AQUI.

MP aciona fazendeiros e empresário de Goiandira por dano ambiental provocado na extração de


areia
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação civil pública por danos
ambientais contra o empresário José Pereira Neto e os fazendeiros herdeiros
Meira Machado da Silva, Osvaldo Marçal da Silva, João Saturnino Marçal da Silva,
Enes Eustáquio da Silva, Maria Marçal da Silva Avelar e Osvaldino Marçal da Silva,
proprietários da Fazenda Campo Limpo, na divisa de Goiandira e Catalão. Clique
AQUI.

MP realiza audiência pública sobre regularização fundiária urbana de setor em Indiara


O Ministério Público de Goiás (MP-GO) promoveu na terça-feira (3/3), no salão
paroquial da Igreja Bom Pastor, em Indiara, audiência pública sobre a
regularização fundiária urbana (Reurb) do Setor JB. O evento, que reuniu
cerca de 300 pessoas, foi organizado pela Promotoria de Justiça de Jandaia,
em conjunto com o município de Indiara, visando, em especial, esclarecer a
população sobre as providências que estão sendo tomadas para a Reurb do
setor, bem como para levantamento de informações pelas pessoas
interessadas. Clique AQUI.

Ação do MP-GO e MPF exige cumprimento de acordo para regularização do lixão de Alto Paraíso
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal (MPF)
ingressaram com ação de execução de cumprimento de termo de ajustamento de
conduta firmado com o município de Alto Paraíso de Goiás e homologado
judicialmente, no qual foram acordadas medidas para adequação do atual lixão da
cidade e implantação de aterro sanitário. Clique AQUI.

MP-GO e MPF promovem reunião sobre a renovação do licenciamento da Hidrelétrica da Serra da


Mesa
O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público Federal (MPF)
em Goiás realizarão, nesta quarta-feira (11/3), reunião técnica sobre problemas
relacionados ao reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) de Serra da Mesa, em
especial a renovação do licenciamento do empreendimento. A usina fica na Região
Norte do Estado. Clique AQUI.

Reservatório e licenciamento de Serra da Mesa são temas de reunião promovida pelo MP-GO e MPF
Em reunião realizada nesta quarta-feira (11/3), no auditório da procuradoria da República em Goiás, em Goiânia,
representantes de Furnas, que opera a hidrelétrica (UHE) Serra da Mesa, no Norte do Estado; da Agência
Nacional de Águas (ANA), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prestaram esclarecimentos sobre o reservatório de Serra da Mesa e
licenciamento do empreendimento, vencido há 15 anos. Clique AQUI.
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Reunião delibera ações para implantação do Programa Ser Natureza em Vianópolis


O promotor de Justiça Lucas César Costa Ferreira realizou, na última semana, em
Vianópolis, a primeira reunião para deliberação sobre a implementação do
Programa Ser Natureza naquele município. A atividade aconteceu na sede do
Ministério Público de Goiás (MP-GO), tendo a assessoria das analistas Adriane
Oliveira Chagas e Maria José Ferreira Soares e da assessora jurídica Gabriella
Parrode, da Coordenadoria de Assessoramento à Autocomposição Extrajudicial
(Caej). O encontro contou com a participação de representantes da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, da Saneago e da Emater. Clique AQUI.

Ação pontual do Ser Natureza será aplicada na comarca de Orizona


A redução de danos ambientais decorrentes da atividade agropecuária em Orizona
será buscada em ação pontual do Ser Natureza do Ministério Público de Goiás (MP-
GO) na comarca, visando à proteção de, inicialmente, 2 dos mais de 20 afluentes do
Ribeirão Santa Bárbara, manancial de abastecimento público do município. Clique
AQUI.

Coronavírus: MP cobra da prefeitura de Goiânia que evite aglomerações em parques e praças


A intensificação da fiscalização nas praças e parques da capital foi
recomendada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 7ª
Promotoria de Justiça de Goiânia, à Prefeitura de Goiânia. No documento,
assinado pela promotora de Justiça Alice de Almeida Freire, é solicitado que o
prefeito Iris Rezende determine à Guarda Civil Metropolitana e à Agência
Municipal do Meio Ambiente (Amma) que intensifiquem a fiscalização nos
logradouros públicos, impedindo aglomerações de pessoas, em razão da
necessidade de restringir o contato social da população goianiense como
forma de combater a proliferação e reduzir as possibilidades de contágio pelo
coronavírus. Clique AQUI.

MP DO BRASIL

CONSUMIDOR

Ministério Público do Paraná emite nota técnica e recomendações buscando


garantir os direitos do consumidor durante pandemia de coronavírus
No atual período de adoção de medidas e cuidados emergenciais para a contenção
da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), muitas práticas incomuns têm
sido observadas nas relações de consumo – como, por exemplo, a alta exagerada de preços de produtos de
higiene e limpeza e o cancelamento de passagens aéreas e pacotes de viagem. Com a finalidade de assegurar
que os direitos do consumidor sejam respeitados, o Ministério Público do Paraná, por meio do Centro de Apoio
Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica, expediu nota técnica
com orientações para a atuação das Promotorias de Justiça de todo o estado com atuação na área para que
adotem providências. Clique AQUI.
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Empresas são acusadas de ocultar a clientes risco de prejuízos de investimentos


em bitcoins
As empresas DG Cursos de Trader Ltda., DD Corporation e Leonardo Gusmão Araújo,
presidente da DD Corporation, são acusados pelo Ministério Público estadual de colocar
seus clientes sob “grave e iminente” risco de prejuízos patrimoniais, em razão da falta
de transparência, cláusulas abusivas e ocultações de informações em Contratos de
Investimento Coletivo (CIC) com criptomoedas, sem possuir autorização da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). Segundo ação civil pública ajuizada ontem, dia 5, pela promotora de Justiça Joseane Suzart, as empresas
montaram uma estrutura insustentável de negócios no modelo marketing multinível e não informaram aos
consumidores os riscos de arbitragem de Bitcoins. Clique AQUI.

MPRJ instaura inquérito para apurar se concessionária de energia elétrica


descumpre legislação ao negar prorrogação no pagamento de conta
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria
de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital,
instaurou inquérito civil para apurar se a empresa concessionária de distribuição de
energia Light está descumprindo a a Lei estadual 8.769, promulgada em 23/03, que proíbe a interrupção de
serviços essenciais, como energia, água e esgoto e gás, por falta de pagamento, devido à pandemia do novo
coronavírus (COVID-19). De acordo com denúncia recebida pela Ouvidoria/MPRJ, a concessionária teria negado
prorrogar a data do pagamento da fatura e/ou o parcelamento da conta de energia elétrica, quando solicitado
pelo usuário, sob pena de corte da energia em seu estabelecimento comercial. Clique AQUI.

Procon-MG recomenda que postos de combustíveis de Juiz de Fora repassem


redução da Petrobrás aos consumidores
O Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), recomendou,
nesta terça-feira, dia 31 de março de 2020, que postos revendedores de combustíveis de Juiz de Fora não
aumentem a margem de lucro sem fundamento ou, caso não tenham diminuído os preços, que “adotem valores
condizentes com as reduções obtidas na compra de combustíveis, nos três últimos meses”. Clique AQUI.

AMBIENTAL

MPRJ obtém decisão condenando o Município do Rio a pagamento de R$


5,5 milhões em multa por não climatizar a frota de ônibus
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de
Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA/MPRJ), obteve junto à 8ª Vara
da Fazenda Pública da Capital, decisão favorável ao pedido para que o Município do
Rio efetue o pagamento de multa pelo descumprimento da determinação de
climatizar integralmente a frota de ônibus que circula na cidade. De acordo com a decisão do magistrado
Marcelo Martins Evaristo da Silva, a administração municipal deverá depositar o valor atualizado de R$
5.554.861,09 no Fundo Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável do Rio de Janeiro. Clique AQUI.
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MPPR atua para preservação de direitos de catadores de recicláveis


O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção ao
Meio Ambiente de Curitiba e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de
Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo, expediu
recomendação administrativa voltada à preservação de direitos dos catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis. A iniciativa leva em conta que se observa, em todo o estado, uma drástica
redução da geração de resíduos sólidos com a diminuição do consumo e o fechamento de estabelecimentos
comerciais (shopping centers, galerias e estabelecimentos congêneres). Clique AQUI.

MPMG aciona Justiça para que animais expostos no Mercado Central


sejam transferidos para abrigos em até 72 horas
Em decorrência da pandemia do coronavírus, o Ministério Público de Minas Gerais
(MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio ambiente de Belo
Horizonte e da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna (Cedef), apresentou à Justiça pedido incidental de
tutela de urgência para que seja determinada a retirada imediata dos animais do Mercado Central de Belo
Horizonte e para que os proprietários das lojas sejam obrigados a encaminhar os bichos para local seguro,
garantindo a eles nutrição adequada e bem-estar. O prazo indicado para que todas as lojas que vendam,
exponham à venda, mantenham, guardem ou exerçam qualquer atividade com animais vivos cumpram a
medida é de 72 horas. Clique AQUI.

Ex-presidente do Naturatins, servidor e técnico da área ambiental são condenados por concessão de
autorizações ambientais fraudulentas
Após Ação Penal proposta pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio
do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) , a Justiça
proferiu, no último dia 19, sentença condenatória em desfavor do ex-presidente do
Naturatins, Stalin Beze Bucar, do servidor Denilson Bezerra e do consultor
ambiental Furtunato Vieira Neto, pela prática de crimes ambientais, referentes à
emissão fraudulenta de autorizações para exploração de área de floresta na fazenda Reunidas Jangadas,
localizada município de Sucupira. A autorização fraudulenta a que se refere a denúncia foi emitida no ano de
2014 e acarretou o desmatamento ilegal de 268,9936 hectares de áreas de preservação permanente e reserva
legal. Clique AQUI.

NOTÍCIAS GERAIS

CONSUMIDOR

ANS inclui exame para detecção de Coronavírus no Rol de Procedimentos obrigatórios


A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, na tarde desta quinta-feira
(12/03), em reunião extraordinária, a inclusão do exame de detecção do Coronavírus no Rol de Procedimentos
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obrigatórios para beneficiários de planos de saúde. A Resolução Normativa foi publicada no Diário Oficial da
União e entra em vigor nesta sexta-feira (13/03), data de sua publicação. Clique AQUI.

Confira o compilado de ações da ANTT em face do Covid-19


A atual situação de emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus (Covid-19) afeta o ambiente
socioeconômico mundial. Devido ao impacto nas atividades do país, o Estado brasileiro vem tomando medidas
emergenciais, as quais necessitam ser acompanhadas por atualizações regulatórias, visando tanto a mitigação
de futuros problemas quanto a harmonização dos interesses coletivos da nação. Clique AQUI.

Ações do setor de telecomunicações no combate ao coronavírus


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ciente do importante papel do setor de telecomunicações,
tem adotado diversas medidas para manter o Brasil conectado durante a pandemia do coronavirus. Clique
AQUI.

COVID-19: ANEEL permite alternativas à realização da leitura padrão do consumo


A possibilidade de alternativas à leitura do consumo de energia foi uma das medidas aprovadas pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por meio da Resolução nº 878/2020, para assegurar a continuidade do
serviço e reforçar a segurança da população em meio ao cenário de pandemia do novo COVID-19. Clique AQUI.

Fiscalização na operação e manutenção ocasiona nova multa na ENEL GO


A ANEEL, por meio de sua conveniada, Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços
Públicos – AGR, aplicou na terça-feira (31/3) novo auto de infração à distribuidora Enel GO, devido a infrações
relacionadas a Operação e Manutenção. Clique AQUI.

Questionada inclusão de instituições de ensino privado no Código de Defesa do Consumidor de


Pernambuco
A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) ajuizou no Supremo Tribunal Federal
(STF) a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6333, com pedido de liminar, contra dispositivo da Lei
16.559/2019, de Pernambuco, que instituiu o Código Estadual de Defesa do Consumidor. A ADI foi distribuída ao
ministro Gilmar Mendes, por prevenção, em razão da matéria ser similar à tratada na ADI 6086 (artigo 77-B do
Regimento Interno do STF). Clique AQUI.

ADI questiona lei baiana que cria microrregiões de saneamento básico


O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6339, com pedido de liminar, para suspender a eficácia de dispositivos de lei
estadual da Bahia que instituiu microrregiões de saneamento básico. Para o partido, a Lei Complementar
estadual 48/2019 suprime competências constitucionalmente atribuídas aos municípios, eliminando a autonomia
desses entes, com restrições ao autogoverno e à autoadministração. A ADI foi distribuída ao ministro Luís
Roberto Barroso. Clique AQUI.

Plano de saúde deve fornecer nova prótese a paciente amputado após acidente de moto
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em decisão unânime, negou provimento ao recurso
especial de uma operadora de plano de saúde que não quis pagar pela substituição de prótese para um paciente
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amputado. De acordo com o colegiado, a negativa do plano é abusiva, pois foi documentado por laudo médico
que a necessidade da nova prótese é decorrente do ato cirúrgico anterior. Clique AQUI.

Contrato de abertura de crédito pode estipular encargos financeiros com base na taxa DI
Os contratos de abertura de crédito podem estipular encargos financeiros em percentual sobre a taxa média
aplicável aos Certificados de Depósitos Interbancários (CDIs), já que essa taxa – também conhecida como índice
DI – é definida pelo mercado e não há risco de ser manipulada em favor dos bancos contratantes. Clique AQUI.

Nova edição de Bibliografias Selecionadas trata de planos de saúde


A Biblioteca Ministro Oscar Saraiva, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), disponibilizou uma nova
edição de Bibliografias Selecionadas, desta vez com o tema planos de saúde, reunindo publicações sobre o
assunto editadas de 2017 a 2020. Clique AQUI.

AMBIENTAL

Liminar proíbe abate de animais apreendidos por maus tratos


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão, em âmbito nacional, de
todas as decisões administrativas ou judiciais que autorizem o sacrifício de animais silvestres ou domésticos
apreendidos em situação de maus tratos em decorrência de interpretação ilegítima de dispositivos da Lei dos
Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998). Clique AQUI.

Governo de MT questiona aprovação de licença ambiental para centrais elétricas pelo Legislativo
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) 6350, com pedido de medida liminar, contra o artigo 279 da Constituição do estado.
Segundo o dispositivo, o projeto de impacto ambiental para a construção de centrais hidrelétricas e
termoelétricas deve ser aprovado pela Assembleia Legislativa. Clique AQUI.

Ação que pedia ampliação do conceito de bem cultural tem trâmite rejeitado
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento à Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 206, em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) buscava ampliar o
conceito de bem cultural contido no Decreto-Lei 25/1937, que organiza a proteção do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. Clique AQUI.

Agrotóxicos: nova ação questiona portaria do Ministério da Agricultura que simplifica registro
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) visando à suspensão
dos efeitos da norma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que libera o registro tácito
de agrotóxicos e afins, entre outros pontos. A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
658 foi distribuída por prevenção ao ministro Ricardo Lewandowski, relator da ADPF 656, ajuizada pela Rede
Sustentabilidade contra a mesma norma. Clique AQUI.
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STF vai decidir sobre a proibição de "foie gras" por norma municipal
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se a lei do município de São Paulo (SP) que proíbe a produção e
comercialização de foie gras (patê de fígado de ganso) no comércio local é constitucional. A questão,
relacionada à competência municipal para editar lei de proteção aos animais, será discutida no Recurso
Extraordinário (RE) 1030732, que teve repercussão geral reconhecida em sessão virtual (Tema 1.080). Clique
AQUI.

Ministros examinam pedidos de aplicação do princípio da insignificância a pesca em locais proibidos


A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminares em Habeas Corpus que pediam a
aplicação do princípio da insignificância (ou bagatela) a casos de pesca proibida em área de conservação
ambiental. Em outro caso semelhante, o ministro Luiz Fux negou seguimento a HC em que a Defensoria Pública
da União (DPU) contestava entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pedia a aplicação do princípio,
com o reconhecimento da atipicidade da conduta. Clique AQUI.

Suspensa decisão que determinava retirada de cultura de café em fazenda em MG


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a eficácia de sentença do juízo da 1ª
Vara Federal de Divinópolis (MG) que determinou ao proprietário da Fazendas Nossa Senhora da Guia S/A a
demarcação da Área de Proteção Permanente (APP) do imóvel, localizado às margens do reservatório de
Furnas, segundo as regras do antigo Código Florestal (Lei 4.771/1965). Segundo o ministro, a decisão contraria o
entendimento vinculante do STF sobre a regra de transição do novo Código (Lei 12.651/2012). Clique AQUI.

Para Quinta Turma, crime de poluição qualificada tem natureza permanente


A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que o crime de poluição qualificada, se o
agente poluidor deixa de cumprir ordem administrativa para reparar o dano ambiental, é de natureza
permanente, que perdura enquanto se mantiver a desobediência. O colegiado reafirmou jurisprudência
segundo a qual não é possível aferir o transcurso da prescrição quando há continuidade das atividades ilícitas
contrárias ao meio ambiente. Clique AQUI.

Governo de Goiás estabiliza barragem que transbordou na divisa de Goiânia com Goianira
O Governo de Goiás, por intermédio de técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (Semad), estabilizou, nesta terça-feira (24/03), barragem localizada na divisa de Goiânia com o
município de Goianira, próxima ao km 12,5 da GO-070. Clique AQUI.

Governo de Goiás vai apurar se houve contaminação de recursos hídricos em lixão clandestino de
Aparecida de Goiânia
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), vai
apurar se houve contaminação dos recursos hídricos e do solo na localidade onde foi encontrado um lixão
clandestino no município de Aparecida de Goiânia. Clique AQUI.
ABRIL/2020
ANO 2 / N. 3

CONSUMIDOR

MANUAL “ATUAÇÃO MINISTERIAL - COVID-19 E A DEFESA DO CONSUMIDOR”

Com o intuito de orientar as Promotorias de Justiça do


Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a área de
atuação em direito do consumidor do Centro de Apoio
Operacional elaborou um compilado dos principais reflexos
jurídicos da crise sanitária por coronavírus (COVID-19)
observados nas relações de consumo até o fechamento da
edição, que ocorreu em 31 de março de 2020.
Organizado por temas consumeristas, o material busca,
de forma clara e objetiva, elucidar os atendimentos e eventuais
encaminhamentos de demandas individuais dos consumidores
e, principalmente, subsidiar os órgãos ministeriais com
fundamentos para as atuações pertinentes.
Destacamos que as informações possuem caráter
instrutivo, restando preservados a independência funcional e o
juízo de oportunidade dos Membros.
Finalmente, é importante reforçar que maiores
informações (como legislação, modelos de peças, doutrina e
jurisprudência) encontram-se disponíveis na plataforma
MPCloud (clique aqui).
Não obstante, a Área de Atuação em Direito do
Consumidor do Centro de Apoio Operacional encontra-se
disponível para prestar auxílios e esclarecimentos.
Para acessar a versão integral do Manual, clique AQUI.

NOTA TÉCNICA Nº 01/2020 – CAOMA/CONSUMIDOR

Trata-se de Nota Técnica com esclarecimentos às Promotorias de Justiça especializadas em defesa do


consumidor do Ministério Público do Estado de Goiás sobre a eventual abusividade do aumento de preços de
produtos durante a crise sanitária provocada por coronavírus (COVID-19).
Segundo noticiado por veículos de comunicação, alguns fornecedores, principalmente supermercados e
farmácias, estariam aumentando o preço de itens necessários à prevenção da doença (como máscaras e luvas
descartáveis, álcool em gel etc.) ou à subsistência humana (como alimentos e produtos de higiene pessoal), dado
o isolamento social e a suspensão de algumas atividades comerciais, ambos indicado pelas autoridades sanitárias.
Para acessar a versão integral da Nota Técnica, clique AQUI.
ABRIL/2020
ANO 2 / N. 3

CONSULTA N. 04/2020 - CAOMA/CONSUMIDOR

Trata-se de pedido de orientação quanto à essencialidade do serviço de mototáxi (transporte individual


de passageiros em motocicletas) tendo em vista o teor do Decreto n. 076/2020, expedido pelo Prefeito Municipal
de Ceres, que preserva o exercício local da atividade.
Com tal escopo, foram pesquisadas as recentíssimas legislações que abordam o tema e os
posicionamentos adotados por outros entes da Federação sobre a liberação do serviço.
Nesse sentido, foram realizadas ponderações sob a forma de Consulta, cuja versão integral encontra-se
disponível aqui.

ATENDIMENTO DURANTE A QUARENTENA

No período da quarentena por


COVID-19, o atendimento da assessoria
em direito do consumidor do Centro de
Apoio continua sendo realizado
normalmente, em dias úteis das 8h às
18h, por e-mail e também por telefone,
em razão da instalação da “função Siga-
me”. Os canais de contato são: (62)
3243-8191 / 8897 ou
assessor.consumidor@mpgo.mp.br .
Além disso, há grupo no
WhatsApp administrado pela assessoria consumerista. Ele pode ser acessado por meio da leitura do QR Code
indicado na imagem ou clicando aqui.
Por sua vez, a secretaria está funcionando em regime de plantão presencial, das 13h às 18h em dias úteis.
O contato pode ser feito pelo telefone (62) 3243-8028 ou pelo e-mail caoconsumidor@mpgo.mp.br .

AMBIENTAL

GUIA SOBRE GESTÃO DE RESÍDUOS EM SITUAÇÃO DE PANDEMIA POR CORONAVÍRUS (COVID-19)

A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES divulgou o guia “Recomendações


para a gestão de resíduos em situação de pandemia por Coronavírus (COVID-19)”, que tem por escopo “garantir
a proteção da saúde pública, dos trabalhadores e prevenir a disseminação da doença, decorrente dos resíduos
sólidos nos diversos ambientes”.
Para acessar a versão integral do documento, clique aqui.

RECOMENDAÇÃO

A 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Goiânia expediu recomendação sobre a intensificação da


fiscalização nas praças e parques municipais visando ao combate à pademia do COVID-19. Acesse a versão integral
do documento aqui.
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ANO 2 / N. 3

BATE-PAPO AMBIENTAL

A área de atuação em meio ambiente do Centro de Apoio Operacional divulgou o Bate-Papo Ambiental,
uma nova plataforma de comunicação com as Promotorias de Justiça. Destinada a redes sociais, como o
WhatsApp, a iniciativa contará com vídeos objetivos sobre diversos temas de interesse ministerial, visando a uma
atuação proativa na temática ambiental.
Já foi divulgada a primeira edição, que tem por foco os maus-tratos ocasionados pela situação de
abandono de animais de rua, especialmente cães e gatos, bem como a responsabilidade do Município e o papel
da sociedade sobre a matéria.
Para ingressar no grupo de WhatsApp mantido pela assessoria ambiental, clique aqui. Além disso, o vídeo
pode ser solicitado por qualquer canal de comunicação com a área de atuação em meio ambiente.

GRUPO DE ESTUDOS: MEIO AMBIENTE

Em 16 de março de 2020, ocorreu a primeira edição do “Grupo de Estudos: Meio


Ambiente”. Tendo por tema a atuação prática em casos de contaminação
ambiental, o encontro foi realizado por webconferência, via plataforma zoom. O
expositor foi Viníciu Fagundes Bárbara, Analista Ambiental da CATEP, Mestre em
Engenharia do Meio Ambiente e Doutor em Ciências Ambientais. Para consultar
o material de apoio utilizado no evento, clique aqui.

ATENDIMENTO DURANTE A QUARENTENA

No período da quarentena por


COVID-19, o atendimento da assessoria
em meio ambiente do Centro de Apoio
continua sendo realizado
normalmente, em dias úteis das 8h às
18h, por e-mail e também por telefone,
em razão da instalação da “função Siga-
me”.
Os canais de contato são: (62)
3243-8539 / 8019 / 8017 ou
caomaassessoria@mpgo.mp.br . Além
disso, há grupo no WhatsApp
administrado pela assessoria
ambiental. Ele pode ser acessado por meio da leitura do QR Code indicado na imagem ou clicando aqui.
A secretaria está funcionando em regime de plantão presencial, das 13h às 18h em dias úteis. O contato
pode ser feito pelo telefone (62) 3243-8028 ou pelo e-mail caomeioambiente@mpgo.mp.br .
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CONSUMIDOR

FEDERAL

LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020 *


Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Clique AQUI.

* Com alterações posteriores.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 923, DE 2 DE MARÇO DE 2020


Altera a Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, que dispõe sobre a distribuição gratuita de prêmios, mediante
sorteio, vale-brinde ou concurso, a título de propaganda, e estabelece normas de proteção à poupança popular.
Clique AQUI.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 925, DE 18 DE MARÇO DE 2020


Dispõe sobre medidas emergenciais para a aviação civil brasileira em razão da pandemia da covid-19. Clique AQUI.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 933, DE 31 DE MARÇO DE 2020


Suspende, pelo prazo que menciona, o ajuste anual de preços de medicamentos para o ano de 2020. Clique AQUI.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 934, DE 1º DE ABRIL DE 2020


Estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior decorrentes das
medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de
fevereiro de 2020. Clique AQUI.

DECRETO Nº 10.271, DE 6 DE MARÇO DE 2020


Dispõe sobre a execução da Resolução GMC nº 37/19, de 15 de julho de 2019, do Grupo Mercado Comum, que
dispõe sobre a proteção dos consumidores nas operações de comércio eletrônico. Clique AQUI.

DECRETO Nº 10.272, DE 12 DE MARÇO DE 2020


Altera o Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004, que regulamenta a comercialização de energia elétrica, o
processo de outorga de concessões e de autorizações de geração de energia elétrica. Clique AQUI.

DECRETO Nº 10.282, DE 20 DE MARÇO DE 2020


Regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
Clique AQUI.

DECRETO Nº 10.288, DE 22 DE MARÇO DE 2020


Regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir as atividades e os serviços relacionados à
imprensa como essenciais. Clique AQUI.

PORTARIA Nº 343, DE 17 DE MARÇO DE 2020, DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais enquanto durar a situação de
pandemia do Novo Coronavírus - COVID-19. Clique AQUI.
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PORTARIA Nº 344, DE 12 DE JULHO DE 2019, DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


Altera dispositivos da Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020. Regulamenta. Clique AQUI.

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 453, DE 12 DE MARÇO DE 2020, DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR


Altera a Resolução Normativa - RN nº 428, de 07 de novembro de 2020, que dispõe sobre o Rol de Procedimentos
e Eventos em Saúde no âmbito da Saúde Suplementar, para regulamentar a cobertura obrigatória e a utilização
de testes diagnósticos para infecção pelo Coronavírus. Clique AQUI.

RESOLUÇÃO Nº 5.875, DE 17 DE MARÇO DE 2020, DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES


Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019/2020, no âmbito do serviço de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros. Clique AQUI.

RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 878, DE 24 DE MARÇO DE 2020, DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA


Medidas para preservação da prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica em
decorrência da calamidade pública atinente à pandemia de coronavírus (COVID-19). Clique AQUI.

ESTADUAL

DECRETO DO ESTADO DE GOIÁS Nº 9.633, DE 13 DE MARÇO DE 2020 *


Dispõe sobre a decretação de situação de emergência na saúde pública do Estado de Goiás, em razão da
disseminação do novo coronavírus (2019-nCoV). Clique AQUI.

* Com alterações posteriores.

AMBIENTAL

FEDERAL

LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020*


Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Clique AQUI.

* Com alterações posteriores.

DECRETO Nº 10.275, DE 13 DE MARÇO DE 2020


Institui o Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono. Clique AQUI.

DECRETO Nº 10.282, DE 20 DE MARÇO DE 2020


Regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais.
Clique AQUI.
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DECRETO Nº 10.286, DE 20 DE MARÇO DE 2020

Promulga o Acordo de Cooperação em Agricultura entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo
da República do Uzbequistão, firmado em Brasília, em 28 de maio de 2009. Clique AQUI.

ESTADUAL

DECRETO DO ESTADO DE GOIÁS Nº 9.633, DE 13 DE MARÇO DE 2020 *


Dispõe sobre a decretação de situação de emergência na saúde pública do Estado de Goiás, em razão da
disseminação do novo coronavírus (2019-nCoV). Clique AQUI.

* Com alterações posteriores.


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CONSUMIDOR

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ESTADUAL 8.169 DO RIO DE JANEIRO. RELAÇÃO DE CONSUMO.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. ARTIGO 24, V E VIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PEDIDO
JULGADO IMPROCEDENTE. 1. Nos casos em que a dúvida sobre a competência legislativa recai sobre norma que
abrange mais de um tema, deve o intérprete acolher interpretação que não tolha a competência que detêm os
entes menores para dispor sobre determinada matéria. 2. O federalismo é um instrumento de descentralização
política que visa realizar direitos fundamentais, se a Lei Federal ou estadual claramente indicar, de forma
necessária, adequada e razoável, que os efeitos de sua aplicação excluem o poder de complementação que detêm
os entes menores (clear statement rule), é possível afastar a presunção de que, no âmbito regional, determinado
tema deve ser disciplinado pelo ente maior. 3. A norma que gera obrigação de fornecer informações ao usuário
sobre os prestadores de serviço insere-se no âmbito do direito do consumidor, nos termos do art. 24, V e VIII, da
Constituição da República 4. A Lei nº 12.007, de 29 de julho de 2009, ao estabelecer as normas gerais sobre a
emissão de declaração de quitação anual de débitos, introduziu regramento geral, entretanto, não afastou de
forma clara (clear statement rule), a possibilidade de que os Estados, no exercício de sua atribuição concorrente
estipulem outras obrigações. 5. A ANATEL, editou diversas resoluções regulamentadoras da matéria, cada uma
para um determinado tipo de serviço, entre eles: Serviço Móvel Pessoal (SMP), Serviço Móvel Especializado
(SME), Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) e do Serviço de TV
por Assinatura. Essas resoluções, por sua vez, também não afastam, de forma clara, a possibilidade de
complementação por Lei Estadual. 7. A defesa do consumidor é princípio orientador da ordem econômica (art.
170, V, da CRFB). Aquele que anseia explorar atividade econômica e, portanto, figurar como agente econômico
no mercado de consumo, deve zelar pela proteção do consumidor, que possui como parcela essencial o direito à
informação. 8. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente. (STF; ADI 6.094; RJ; Tribunal Pleno;
Rel. Min. Edson Fachin; DJE 03/04/2020; Pág. 77)

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. Lei nº 9.394/2010 do Estado do Espírito Santo. Imposição de prazo
para autorização de procedimentos e apresentação de justificativas, por parte de operadoras de planos de saúde.
3. Norma estadual que fixa prazo máximo para cumprimento de obrigação contratual. 4. Ofensa à competência
privativa da União para legislar sobre planos de saúde. Precedentes. 5. Inclui-se no exercício da competência
suplementar dos Estados a normatização quanto ao dever de informação ao consumidor. Precedentes. 6. Ação
direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade dos artigos
1º e 2º, caput, da Lei nº 9.394/2010 do Estado do Espírito Santo. (STF; ADI 4.445; ES; Tribunal Pleno; Rel. Min. Gilmar
Mendes; DJE 03/04/2020; Pág. 76)

DIREITO CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA. LEI ESTADUAL QUE PROÍBE A COBRANÇA POR PROVAS DE SEGUNDA
CHAMADA E FINAIS. COMPETÊNCIA CONCORRENTE PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR E
EDUCAÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. 1. Lei fluminense que proíbe a cobrança pelos estabelecimentos de ensino
sediados no Estado do Rio de Janeiro, por provas de segunda- chamada, provas finais ou equivalentes, não
podendo os estudantes ser impedidos de fazer provas, testes, exames ou outras formas de avaliação, por falta
de pagamento prévio. 2. Ao estabelecer regras protetivas dos estudantes mais amplas do que as federais, quanto
à cobrança por provas de segunda chamada ou finais, o Estado do Rio de Janeiro atuou dentro da área de sua
competência concorrente para legislar sobre direito do consumidor e educação (art. 24, inciso V e IX). 3. Do ponto
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de vista da constitucionalidade material, não é desproporcional ou desarrazoada norma que impede que o aluno
seja financeiramente sobrecarregado por seu desempenho acadêmico ou pela impossibilidade de realizar a prova
na data agendada. 4. Ação direta julgada improcedente. (STF; ADI 3.874; RJ; Tribunal Pleno; Rel. Min. Roberto
Barroso; DJE 03/04/2020; Pág. 75)

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL - AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO BANCÁRIO - DECISÃO


MONOCRÁTICA QUE DEU PARCIAL PROVIMENTO AO RECLAMO. IRRESIGNAÇÃO DA DEMANDADA. 1. As
questões trazidas à discussão foram dirimidas pelo órgão julgador de forma suficientemente ampla,
fundamentada e sem omissões ou contradições, portanto, inexiste a alegada violação ao artigo 1.022 do CPC/15.
Precedentes. 2. Conforme decidido no RESP. n. 1.061.530/RS, submetido ao regime do art. 543-C do CPC/1973, a
estipulação de juros remuneratórios em taxa superior a 12% ao ano não indica, por si só, abusividade em face do
consumidor, permitida a revisão dos contratos de mútuo bancário apenas quando fique demonstrado, no caso
concreto, manifesto excesso da taxa praticada ante à média de mercado aplicada a contratos da mesma espécie.
2.1 É inviável rever a conclusão do Tribunal estadual de que os juros remuneratórios, no caso, são abusivos quando
comparados à taxa média de mercado, pois demandaria reexame de provas e interpretação de cláusula
contratual, providências vedadas em Recurso Especial pelas Súmulas nºs 5 e 7/STJ. 3. Agravo interno desprovido.
(STJ; AgInt-REsp 1.851.024; Proc. 2019/0356805-4; RS; Quarta Turma; Rel. Min. Marco Buzzi; Julg. 30/03/2020; DJE
02/04/2020)

RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. COMPRA PELA INTERNET. ENTREGA DO PRODUTO NÃO
REALIZADA. AQUISIÇÃO DE PRODUTO SUBSTITUTO PELO CONSUMIDOR. DANOS MORAIS NÃO
CONFIGURADOS. 1. Falta de prequestionamento da matéria referente aos arts. 6º, VI, E 14 do Código de Defesa
do Consumidor, pois não foi objeto de discussão no acórdão recorrido, apesar da oposição de embargos de
declaração. Súmulas nºs 282/STF e 211/STJ. 2. O simples descumprimento contratual, por si só, não é capaz de gerar
danos morais. É necessária a existência de uma consequência fática capaz de acarretar dor e sofrimento
indenizável por sua gravidade. 3. Inviabilidade de alterar a conclusão do tribunal de origem de não complementar
indenização por danos materiais, por demandar incursão na seara probatória. Incidência da Súmula nº 7/STJ. 4.
Ausência de indicação no Recurso Especial dos dispositivos legais pertinentes às alegações de indevida multa por
embargos protelatórios e de falta de proporcionalidade de distribuição dos ônus sucumbenciais, o que caracteriza
deficiência de fundamentação, nos termos da Súmula nº 284/STF, a impedir adentrar o mérito de tais pontos do
Recurso Especial. 5. Agravo interno não provido. (STJ; AgInt-EDcl-REsp 1.820.418; Proc. 2019/0170299-9; PR;
Quarta Turma; Rel. Min. Luis Felipe Salomão; Julg. 30/03/2020; DJE 02/04/2020)

AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA. ACÓRDÃO
RECORRIDO QUE RECONHECEU A ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE PREVIU OS PRAZOS EM FAVOR DA
PROMITENTE VENDEDORA, E EM PREJUÍZO DO CONSUMIDOR, SEM CLAREZA NA INFORMAÇÃO. MODIFICAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS NºS 5 E 7/STJ. LUCROS CESSANTES PRESUMIDOS. JUROS DE
OBRA. AUSÊNCIA DE CIÊNCIA PELO CONSUMIDOR, DA COBRANÇA PARA ALÉM DO PRAZO PREVISTO EM
CONTRATO. AFASTAMENTO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM QUE DEVE SER MANTIDO NA ESPÉCIE. APLICAÇÃO DO
TEMA Nº 996, DA SISTEMÁTICA DOS RECURSO REPETITIVOS. 1. Não cabe, em Recurso Especial, reexaminar
matéria fático-probatória e a interpretação de cláusulas contratuais (Súmulas nºs 5 e 7/STJ). 2. O Tribunal de
origem solucionou a controvérsia à luz das teses firmadas no Recurso Especial repetitivo nº 1.729.593/SP, DJ-e
25.9.2019, Tema nº 996. Incidente, portanto, o Enunciado nº 83 da Súmula do STJ. 3. Agravo interno a que se nega
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provimento. (STJ; AgInt-REsp 1.818.689; Proc. 2019/0160240-1; SP; Quarta Turma; Relª Min. Maria Isabel Gallotti;
Julg. 30/03/2020; DJE 02/04/2020)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C DECLARATÓRIA DE


NULIDADE DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS C/C PEDIDO LIMINAR DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. INCIDÊNCIA DO
CDC. PEDIDO DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. REQUERIMENTO DE CONCESSÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA. INDEFERIMENTO PELO MAGISTRADO SINGULAR. DECISÃO REFORMADA. 1. Nos termos da
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica no caso em que
o produto ou serviço é contratado para implementação de atividade econômica, já que não estaria configurado o
destinatário final da relação de consumo (teoria finalista ou subjetiva). Todavia, admite-se, excepcionalmente, a
aplicabilidade das regras consumeristas quando demonstrada a vulnerabilidade técnica das pessoas jurídicas
(teoria finalista mitigada). 2. A inversão do ônus da prova não é automática, operando-se somente quando
verificada a verossimilhança das alegações do autor ou a sua hipossuficiência técnica. 3. Na espécie, se extrai do
instrumento contratual discutido que os serviços de monitoramento disponibilizados pela ré/agravada não fazem
parte da cadeia produtiva da empresa autora/agravante, tampouco servem de ferramenta para o fomento de sua
atividade empresarial, mas se destinam à proteção do próprio patrimônio, caracterizando-se, portanto, a figura
do destinatário final. 4. No caso em comento, a autora/agravante, empresa transportadora, se revela vulnerável
fática e tecnicamente, uma vez que as questões relativas aos serviços contratados não guardam correlação com
sua área de atuação e envolvem especificidades tecnológicas, tais como o modo de funcionamento e localização
dos equipamentos rastreadores, que se encontram ao alcance apenas da parte ré/agravada, mostrando-se,
portanto, perfeitamente possível a incidência do CDC à espécie, com a inversão do ônus da prova. 5. Constatando-
se a existência de notificação, por meio da qual a contratante informa à contratada seu interesse na rescisão do
pacto, é razoável permitir a suspensão das cobranças das parcelas vincendas, sobrelevando-se a necessidade de
se aguardar a instrução probatória para que os fatos relacionados ao possível inadimplemento contratual sejam
aquilatados. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC )
5309830-39.2019.8.09.0000, Rel. CARLOS ROBERTO FAVARO, 1ª Câmara Cível, julgado em 26/02/2020, DJe de
26/02/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS
COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO COMUM
AFASTADA. SÚMULA 45. LOTEAMENTO. INFRAESTRUTURA. LIMINAR DEFERIDA. RECURSO SECUNDUM
EVENTUS LITIS. MANUTENÇÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA AO AGRAVADO. HIPOSSUFICIÊNCIA VERIFICADA.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS (CPC 300). REVOGAÇÃO DA TUTELA. 1. Nos termos do que dispõe a Súmula 45 do
Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em se tratando de relação de consumo, inafastável a aplicação do artigo
51, VII do CDC, que considera nula de pleno direito, cláusula que determina a utilização compulsória de arbitragem,
ainda que porventura satisfeitos os requisitos do artigo 4º, §2º, da Lei nº 9.307/96, presumindo-se recusada a
arbitragem pelo consumidor, quando proposta ação perante o Poder Judiciário, convalidando-se a cláusula
compromissória apenas quando a iniciativa da arbitragem é do próprio consumidor. 2. Sabe-se que o agravo de
instrumento é um recurso secundum eventum litis, devendo limitar-se ao exame do acerto ou desacerto da
decisão agravada, sob os aspectos da legalidade e razoabilidade, não sendo lícito ao órgão ad quem extrapolar o
seu âmbito para matéria estranha ao ato judicial censurado, nem mesmo se antecipar incontinenti ao julgamento
do mérito da demanda, sob pena de supressão de instância. 3. Compete à parte contrária comprovar, mediante
prova inconteste, a inexistência ou desaparecimento dos requisitos essenciais à concessão do benefício de
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assistência judiciária. Assim, não trazidos pelos agravantes prova documental robusta, incontestável e apta a
comprovar que a requerente/agravada não faz jus à gratuidade da justiça concedida no juízo a quo, não deve ser
acolhida a impugnação. Assim, a manutenção do deferimento do benefício da assistência judiciária ao agravado
é medida que se impõe. 4. Para o deferimento da tutela de urgência, necessária a comprovação da probabilidade
do direito apresentado pela parte interessada, bem assim, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (CPC 300). 5. Os agravantes verberam a necessidade da reforma da decisão concessiva da tutela, sob o
fundamento de que as obras relativas ao empreendimento contratado se encontram regulares e quase
totalmente concluídas, uma vez que para a execução de determinados atos necessita de autorização de setores
públicos, o que refoge à sua capacidade, em que pese o máximo desempenho junto aos respectivos órgãos. 6.
Dessarte, na presente hipótese, temerária é a antecipação de tutela concedida pela magistrada singular, uma vez
que não evidenciados os requisitos autorizadores da tutela provisória de urgência, notadamente a probabilidade
do direito, posto que as provas colacionadas ao feito divergem entre si, não podendo afirmar, com exatidão, o
descumprimento dos deveres da agravante quanto à realização da infraestrutura no loteamento. 7. Ademais,
premente a instrução e julgamento do feito, antes de se impor à agravante o ônus de realizar obras que, talvez,
finda a colheita de provas, já tenha realizado, ou resulte não mais ser de sua alçada, temerária se mostra a
antecipação de tutela concedida pelo juiz. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Agravo de
Instrumento ( CPC ) 5595321-30.2019.8.09.0000, Rel. MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em
26/02/2020, DJe de 26/02/2020)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE MULTA.


INEXISTÊNCIA DE INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO CONSUMERISTA. LEGALIDADE DA COBRANÇA DE TARIFA DE
CADASTRO E SERVIÇOS DE TERCEIRO. OMISSÃO CONFIGURADA. DECISUM REFORMADO. INVERSÃO DA
SUCUMBÊNCIA. 1. Os Embargos de Declaração se destinam, exclusivamente, à busca do aperfeiçoamento da
sentença, acórdão, ou decisão, viciados por obscuridade, contradição, omissão, ou erro material, sobre as quais
deva pronunciar-se o juízo, ou Tribunal, nos termos do artigo 1.022 do Código de Processo Civil/2015. 2. A tarifa de
cadastro é um serviço prioritário nas contratações de mútuo bancário, tendo como fato gerador a realização de
pesquisa em serviços de proteção ao crédito, indispensável ao início do relacionamento decorrente do serviço de
abertura de crédito (artigo 3º, inciso I, da Resolução do BACEN nº 3.919/2010), sendo, portanto, passível de
cobrança, desde que contratada expressamente, o que se vislumbra, no presente caso. Inteligência da Súmula nº
566, do STJ. 3. Segundo o julgamento do Tema nº 958 pelo Superior Tribunal de Justiça, no REsp. nº 1.578.553/SP,
deve ser considerada abusiva a cobrança pertinente aos serviços de terceiros, quando inexistente no contrato a
especificação daqueles efetivamente praticados, por afrontar o direito à informação ao consumidor, prevista no
artigo 6º do CDC, o que não é o caso dos autos. 4. No caso, a cobrança referente ao registro de contrato e ao
reembolso de despesas com correspondente bancário foram previstas no contrato, o qual foi firmado, em
05/04/2010, portanto, anterior a 25/02/2011, data da entrada em vigor da Resolução CMN nº 3.954/2011, que passou
a proibi-la. 5. A legalidade do ressarcimento, pelo consumidor, da despesa com a inserção de gravame foi
reconhecida pelo julgamento do recurso repetitivo, REsp. 1.639.320/SP do STJ, em contratos firmados anterior à
entrada em vigor da Resolução CMN nº 3.954/2011. 6. Acolhidos os Embargos de Declaração, com efeitos
infringentes, para anular-se o procedimento administrativo e a respectiva multa, dele advinda, dando-se
provimento à Apelação Cível interposta pelo Banco Embargante, deve ser invertido o ônus da sucumbência, para
condenar o Estado de Goiás ao pagamento dos honorários advocatícios fixados em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa, nos termos do artigo 85, §§ 2º e 3º, inciso I do CPC/2015. 7. Atentando-se ao disposto no
§ 11 do artigo 85 do NCPC, a verba honorária deve ser majorada, para 13% (treze por cento). EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO CONHECIDOS E ACOLHIDOS. ACÓRDÃO REFORMADO. SENTENÇA REFORMADA INTEGRALMENTE.
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(TJGO, Apelação (CPC) 5356917-03.2017.8.09.0051, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível,
julgado em 26/02/2020, DJe de 26/02/2020)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE READAPTAÇÃO CONTRATUAL. EMPRÉSTIMO


CONSIGNADO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. LIMITAÇÃO DOS DESCONTOS NA CONTA CORRENTE. 30%
DOS RENDIMENTOS LÍQUIDOS. AUSÊNCIA DE VÍCIOS INDICADOS NO ARTIGO 1.022 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. VEDAÇÃO DE REDISCUSSÃO DE MATÉRIA DECIDIDA. 1. Pertinente aos empréstimos pessoais com
descontos em conta-corrente, assim como os empréstimos com descontos em folha de pagamento, impõe-se à
limitação do percentual de 30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do devedor. 2. Ausente no acórdão
embargado obscuridade, contradição, omissão a sanar ou erro material que reclame o excepcional efeito
infringente, impõe-se a rejeição dos embargos, mormente quando caracterizado o intuito de rediscutir matéria já
analisada. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. (TJGO, Apelação (CPC) 5063802-93.2018.8.09.0044, Rel.
MARCUS DA COSTA FERREIRA, 5ª Câmara Cível, julgado em 26/02/2020, DJe de 26/02/2020)

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE IMPORTÂNCIAS PAGAS E


DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. CONTRATO DE ADESÃO. CLÁUSULA DE FORO DE ELEIÇÃO.
INVALIDADE QUANDO DIFICULTAR A PROTEÇÃO DOS DIREITO DO CONSUMIDOR. 1. O consumidor tem a
prerrogativa de escolher demandar em seu domicílio, no foro de eleição contratual, no domicílio do réu ou no
local de cumprimento da obrigação, sendo inválida a cláusula de eleição de foro, entabulada em contrato de
adesão, quando ela dificultar a proteção dos direitos do consumidor (art. 6º, VIII, CDC). CONFLITO DE
COMPETÊNCIA JULGADO PROCEDENTE. (TJGO, Conflito de Competência 5027848-50.2020.8.09.0000, Rel.
GERSON SANTANA CINTRA, 1ª Seção Cível, julgado em 26/02/2020, DJe de 26/02/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. OBRA DE INFRAESTRUTURA BÁSICA. ESGOTAMENTO


SANITÁRIO. CLÁUSULA ABUSIVA. NULIDADE. DEVER DA INCORPORADORA. LEI Nº 6.766/79. MULTA
CONTRATUAL. INOVAÇÃO RECURSAL. 1. A Lei n.º 6.766/79 dispõe que a infraestrutura básica do
parcelamento/loteamento do solo urbano será constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das
águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica
pública e domiciliar e vias de circulação, cuja responsabilidade primária pela implementação/execução é do
loteador. 2. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos ou serviços que deixem ao fornecedor a opção de concluir, ou não, o contrato, embora obrigando o
consumidor, de forma que o juiz pode declarar a nulidade, no caso, de ofício. 3. Assim, imprescindível reconhecer
o dever da incorporadora Apelada de equipar a unidade imobiliária adquirida pelo Recorrente, seja em virtude da
nulidade da cláusula contratual que estabelecia a opção de o fornecedor realizar, ou não, o serviço, seja por conta
da existência de lei que impõe à empresa o referido ônus. 4. O pedido de aplicação da multa contratual por atraso
na entrega da rede de água não foi objeto da ação, e consequentemente não foi analisado pelo MM. Juiz, de
modo que a sua apreciação, nesta instância, configuraria verdadeira inovação recursal, o que é vedado por nosso
ordenamento jurídico. 5. Diante do entendimento do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual "só caberá
majoração dos honorários na hipótese de o recurso ser integralmente rejeitado/desprovido ou não conhecido"
(STJ, Edcl no REsp nº 1.746.789/RS. Rel. Min. Nancy Andrighi. DJE 03/10/2018), não há falar-se em majoração dos
honorários advocatícios, na hipótese. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E PARCIALMENTE PROVIDA. (TJGO,
APELACAO 0256558-12.2016.8.09.0134, Rel. FRANCISCO VILDON JOSE VALENTE, 5ª Câmara Cível, julgado em
21/02/2020, DJe de 21/02/2020)
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OUTROS TRIBUNAIS

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. CONSUMIDOR. CIVIL. DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA. Parte autora
não comprovou a existência de seu direito, artigo 373, I, do CPC/15. Suposto dano suportado recai em culpa
exclusiva da parte autora. Pedido inicial improcedente. Recurso conhecido e provido. Reforma da sentença.
Precedentes desta turma recursal. (TJAL; RInom 0700367-63.2016.8.02.0204; Batalha; Segunda Turma Recursal
de Arapiraca; Rel. Juiz Geneir Marques de Carvalho Filho; DJAL 03/04/2020; Pág. 343)

APELAÇÃO CÍVEL DECLARATÓRIA DE RELAÇÃO JURÍDICA DESCONTOS INDEVIDOS EM BENEFÍCIO


PREVIDENCIÁRIO PRESCRIÇÃO APLICAÇÃO DO ART. 27 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR TERMO
INICIAL DATA DO ÚLTIMO DESCONTO TESE FIXADA EM JULGAMENTO DE IRDR ILEGITIMIDADE PASSIVA
AFASTADA RESTITUIÇÃO SIMPLES DANO MORAL MANTIDO QUANTUM REDUZIDO TERMO INICIAL DOS JUROS
DE MORA RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O prazo prescricional das ações que versem sobre descontos
indevidos de empréstimos consignado é contado da data do último desconto realizado. A instituição financeira
que consta no extrato de contratos averbados junto ao benefício previdenciário é parte legítima para responder
à ação declaratória de inexistência de débito. Revelando-se excessivo o valor fixado a título de danos morais,
cabível a sua redução em observância aos princípios de proporcionalidade e razoabilidade. Os juros de mora fluem
a partir do evento danoso na responsabilidade civil extracontratual (Súmula nº 54doSTJ). A restituição dos valores
devem ocorrer de forma simples diante da ausência de prova de má-fé da instituição financeira. (TJMS; AC
0835494-84.2017.8.12.0001; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Julizar Barbosa Trindade; DJMS 03/04/2020; Pág. 128)

A PELAÇÃO CÍVEL AÇÃO REGRESSIVA OSCILAÇÃO NA CARGA ELÉTRICA QUE DANIFICOU EQUIPAMENTOS DOS
SEGURADOS. SUB-ROGAÇÃO DA SEGURADORA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
RESPONSABILIDADE OBJETIVA NEXO CAUSAL E PAGAMENTO COMPROVADOS PROVA DOCUMENTAL
SUFICIENTE. REQUERIDA NÃO COMPROVOU FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO
AUTORAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1. Restou comprovado nos autos a contratação da
seguradora/autora pelos segurados. A seguradora/apelada, outrossim, demonstrou que ressarciu os segurados
por danos elétricos em seus equipamentos. 2. Comprovado o pagamento da indenização aos segurados, a
seguradora apelada assume a posição daquele, sub-rogando. se em todos os seus direitos e deveres, inclusive no
que diz respeito aos privilégios das normas protetivas do consumidor, tendo em vista a relação de consumo
existente, conforme se extrai dos arts. 786 e 349 do CC. 3. Frise-se, por oportuno, que é objetiva a
responsabilidade civil da concessionária de serviço de energia elétrica (CF, art. 37, § 6º), que deve indenizar o dano
a equipamentos elétricos decorrentes da oscilação de energia, característica da deficiência da prestação de
serviço, quando configurado o vínculo entre o evento causador e o dano reclamado. 4. Compulsando os autos é
de se observar que os documentos acostados à inicial são suficientes para demonstrar o nexo de causalidade
entre o dano sofrido pelos segurados e o serviço prestado pela apelada. (TJMS; AC 0806838-86.2019.8.12.0021;
Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Sideni Soncini Pimentel; DJMS 03/04/2020; Pág. 118)

A RESPONSABILIDADE É OBJETIVA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, À LUZ DO ART. 14 DO CDC, PODENDO SER
AFASTADA PELA CULPA EXCLUSIVA DO CONSUMIDOR, DE TERCEIRO OU FORTUITO EXTERNO. PRECEDENTE AI
0009608- 61.2016.8.19.0000, REL. DES. Werson rego, julgamento: 02/03/2016, 25ª Câmara Cível. 2. Os bancos,
como prestadores de serviços especialmente contemplados no artigo 3º, § 2º, estão submetidos às disposições do
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Inteligência do verbete sumular nº 297 do stj: " o CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR é aplicável às instituições financeiras". 3. Apelante que, no que pese relatar a prática de
capitalização de juros, em verdade, impugna a aplicação de juros compostos no início da relação contratual, para
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a formação das prestações mensais, por intermédio da tabela price, apontando-os, ainda, como abusivos. 4.
Orientação firmada no RESP nº 973.827/RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos, e no verbete de Súmula nº
541 do STJ, de que "a previsão de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal possibilita a cobrança da
taxa efetiva anual contratada. ". 5. A aplicação da tabela price não implica, necessariamente, indevida
capitalização de juros. Precedente: AGRG no aresp 621594/PR. Relator Min. Raul Araújo. Julgado em 19/03/2015.
Data de publicação: 20/04/2015.6. Contrato sub judice que prevê taxa de juros mensal de 1,84% e anual de 24,80%,
inexistindo ilegalidade em sua incidência na forma composta, consoante recurso paradigma. 7. A taxa média de
mercado apurada pelo Banco Central para operações de crédito, na mesma época do pacto sub judice, é apenas
usada como referência no exame da abusividade dos juros remuneratórios e, in casu, não foi demonstrada
significativa discrepância entre a taxa média de mercado e o índice pactuado. Precedentes: 0001162-
34.2013.8.19.0078. Apelação. Des(a). Myriam Medeiros da Fonseca costa. Julgamento: 14/08/2019. Quarta Câmara
Cível; 0084030-33.2018.8.19.0001. Apelação. Des(a). Maria da gloria oliveira bandeira de Mello. Julgamento:
10/07/2019. Vigésima Câmara Cível. 8. A cobrança da comissão de permanência com juros, multa contratual e
correção monetária é vedada, nos termos das Súmulas nº 296, 472 e 30 do STJ, contudo, na espécie, o perito
judicial apontou a ausência de cumulação. 9. Recurso desprovido, majorando-se os honorários sucumbenciais, em
desfavor da autora/apelante, em adicionais R$ 200,00, na forma do artigo 85, § 11, do CPC/15, observada a
gratuidade de justiça. (TJRJ; APL 0508619-29.2015.8.19.0001; Itaboraí; Vigésima Quinta Câmara Cível; Relª Desª
Marianna Fux; DORJ 03/04/2020; Pág. 433)

APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS. SERVIÇO DE TELEFONIA FIXA. INSCRIÇÃO EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. DÍVIDA QUITADA.
SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ OI S/A. ALEGADA EXISTÊNCIA DA DÍVIDA.
INSUBSISTÊNCIA. INDEVIDA INSCRIÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. AUSÊNCIA DE PROVA DO ABALO ANÍMICO.
INSUBSISTÊNCIA. DANO PRESUMIDO (IN RE IPSA). É presumido o dano moral decorrente da inscrição ou
manutenção irregular do nome da pessoa física ou jurídica no rol de inadimplentes, sendo despicienda a discussão
acerca da comprovação dos aludidos danos (Súmula nº 30 do Grupo e Câmaras de Direito Civil do TJSC).
QUANTUM INDENIZATÓRIO. MINORAÇÃO CABÍVEL, OBSERVADOS CASOS CONGÊNERES JÁ ANALISADOS POR
ESTE ÓRGÃO FRACIONÁRIO. HONORÁRIOS RECURSAIS. NÃO CABIMENTO. ORIENTAÇÃO DO STJ (EDCL no AgInt
no RESP 1.573.573/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze). RECURSO DA RÉ CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. (TJSC; AC 0302419-40.2014.8.24.0080; Xanxerê; Quarta Câmara de Direito Civil; Rel. Des. Selso de
Oliveira; DJSC 03/04/2020; Pag. 81)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA. DECISÃO


QUE DEFERIU AO AUTOR AGRAVADO ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DAS
PARCELAS VINCENDAS, RESCINDINDO LIMINARMENTE O CONTRATO CONTROVERTIDO. Atraso na entrega do
loteamento que não pode ser imputado ao consumidor. Liminar restabelecida. Agravo improvido. (TJSP; AI
2284971-36.2019.8.26.0000; Ac. 13426654; Santana de Parnaíba; Décima Sexta Câmara de Direito Privado; Rel. Des.
Jovino de Sylos; Julg. 20/03/2020; DJESP 03/04/2020; Pág. 2294)
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AMBIENTAL

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
DANO AMBIENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DEFERIMENTO DE TUTELA ANTECIPADA. NÃO
CABIMENTO. SÚMULA Nº 735/STF. PRECEDENTES. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. FATOS E PROVAS.
REEXAME. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Segundo o pacífico entendimento do Supremo Tribunal Federal,
não cabe recurso extraordinário contra acórdão em que se concede ou se indefere medida cautelar ou
antecipação de tutela. Incidência da Súmula nº 735/STF. 2. É inadmissível o recurso extraordinário se a matéria
constitucional que nele se alega violada não está devidamente prequestionada. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356/STF. 3. É inviável, em recurso extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência da
Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. 5. Havendo prévia fixação de honorários advocatícios pelas
instâncias de origem, seu valor monetário será majorado em 10% (dez por cento) em desfavor da parte recorrente,
nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil, observados os limites dos §§ 2º e 3º do referido artigo e a
eventual concessão de justiça gratuita. (STF; ARE-AgR 1.243.486; PR; Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; Julg.
13/03/2020; DJE 27/03/2020; Pág. 15)

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME AMBIENTAL. ARTIGO 34,
PARÁGRAFO ÚNICO, II, DA LEI Nº 9.605/98. INVIABILIDADE DO WRIT PARA REANALISAR PRESSUPOSTOS DE
ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS OU AÇÕES DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. ALEGADA VIOLAÇÃO A
DISPOSITIVOS DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRETENDIDA INCIDÊNCIA DO
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE DE
UTILIZAÇÃO DO HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O objeto da tutela em habeas corpus é a liberdade de locomoção quando
ameaçada por ilegalidade ou abuso de poder (CF, artigo 5º, LXVIII), não cabendo sua utilização para examinar
eventual irregularidade na publicação de decisão em instância precedente. 2. A supressão de instância impede o
conhecimento de Habeas Corpus impetrado per saltum, porquanto ausente o exame de mérito perante o Tribunal
a quo e Corte Superior. Precedentes: HC 161.764-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de
28/2/2019; e RHC 158.855- AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 27/11/2018. 3. O princípio da
insignificância é afastado quando ausente o preenchimento cumulativo dos vetores reconhecidos pelo Supremo
Tribunal Federal. Precedentes: HC 158.973-AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Rosa Weber, DJe de 30/10/2018; e RHC
125.566, Segunda Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 28/11/2016. 4. In casu, o paciente foi condenado à pena de
1 (um) ano de detenção, em regime inicial aberto, substituída por pena restritiva de direitos consubstanciada em
prestação de serviços à comunidade, em razão da prática do crime tipificado no artigo 34, parágrafo único, II, da
Lei nº 9.605/98. 5. O habeas corpus não pode ser manejado como sucedâneo de recurso revisão criminal. 6. O
habeas corpus é ação inadequada para a valoração e exame minucioso do acervo fático-probatório engendrado
nos autos. 7. O habeas corpus não comporta inovação argumentativa preclusa, tampouco tese já apreciada pelo
Colegiado desta Corte, por decisão transitada em julgado, porquanto não aduzida em momento processual
anterior. Precedentes: HC 127.975 AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe 3/8/2015, RHC 124.715 AGR,
Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 19/5/2015, e AI 518.051-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJ de 17/2/2006. 8. A impugnação específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao desprovimento do
agravo regimental. Precedentes: HC 137.749- AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 17/5/2017; e
HC 133.602-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 8/8/2016. 9. A reiteração dos argumentos
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trazidos pelo agravante na petição inicial da impetração é insuscetível de modificar a decisão agravada.
Precedentes: HC 136.071-AGR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe de 9/5/2017; HC 122.904-AGR,
Primeira Turma, Rel. Min. Edson Fachin, DJe de 17/5/2016; RHC 124.487-AGR, Primeira Turma, Rel. Min. Roberto
Barroso, DJe de 1º/7/2015. 10. Agravo regimental desprovido. (STF; HC-AgR 176.670; RN; Primeira Turma; Rel. Min.
Luiz Fux; Julg. 13/03/2020; DJE 02/04/2020; Pág. 97)

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
COMERCIALIZAÇÃO DE BEBIDA ALCOÓLICA MISTA ENVASADA EM GARRAFA PET. PRETENSÃO MINISTERIAL DE
ANULAR A LICENÇA AMBIENTAL DA EMPRESA E IMPEDIR A CONCESSÃO DE OUTRAS ATÉ QUE SEJA
APRESENTADO EIA-RIMA PELA UTILIZAÇÃO DE DERIVADOS DE PLÁSTICO. HIPÓTESE EM QUE O ACÓRDÃO
ENTENDEU SER QUESTÃO DE ORDEM TECNOLÓGICA, INSERIDA NA ATRIBUIÇÃO DO PODER EXECUTIVO EM
DEFINIR POLÍTICAS PÚBLICAS - ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISNAMA. IMPOSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE SE EXIGIR
DE APENAS UM PRODUTO DE UM DETERMINADO FABRICANTE A PROTEÇÃO AMBIENTAL. FUNDAMENTAÇÃO
NÃO ATACADA NO APELO RARO. INAFASTABILIDADE DA APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 284/STF. AGRAVO INTERNO
DO MPF A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste STJ, de maneira reiterada, vem aplicando o óbice
da Súmula nº 284/STF aos recursos que se desviam da fundamentação contida na decisão recorrida, como ocorre
no presente caso. 2. Tendo o acórdão recorrido entendido que a solução da questão ambiental do envase de
bebida alcoólica mista em garrafa PET está adstrita à entabulação de uma política pública abrangente pelos
órgãos do SISNAMA, de modo a se exigir tais requisitos de toda a gama industrial que se utiliza dessa forma de
envase, a insistência na necessidade do licenciamento ambiental, por se tratar de atividade potencialmente
poluidora, caracteriza a hipótese de utilização de razões recursais dissociadas, a ensejar a aplicação da Súmula nº
284/STF. 3. Agravo Interno do MPF a que se nega provimento. Superior Tribunal de Justiça (STJ; AgInt-REsp
1.568.317; Proc. 2015/0270881-3; SP; Primeira Turma; Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho; Julg. 30/03/2020; DJE
01/04/2020)

ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MEIO AMBIENTE. EXTRAÇÃO MINERAL. LICENÇA AMBIENTAL.
AUSÊNCIA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC/2015. DEFICIÊNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO.
INCIDÊNCIA, POR ANALOGIA, DO ENUNCIADO N. 284 DA SÚMULA DO STF. DISCUSSÃO DE ÍNDOLE
CONSTITUCIONAL. RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N.
282/STF. ASTREINTES. LIMITAÇÃO. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÕES DE VÍCIOS NO ACÓRDÃO. INEXISTENTES. I - Na
origem, trata-se de ação civil pública contra Ita Medi Mineração Ltda. , Estado de Minas Gerais, e Marcos Roberto
Serafim, com o objetivo de interromper as atividades da empresa ré, em razão da extração e comercialização de
minerais sem licença ambiental, apenas com a Autorização Ambiental de Funcionamento. Na sentença, julgaram-
se improcedentes os pedidos. No Tribunal a quo, a sentença foi reformada para julgar procedente a ação, sendo
fixada multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Nesta Corte, deu-se parcial provimento ao Recurso Especial para
limitar o valor das astreintes, tão somente caso seja de responsabilidade do Estado, a R$ 250.000,00 (duzentos e
cinquenta mil reais). II - Em relação à alegada violação dos arts. 489 e 1.022 do CPC/2015, verifica-se que a
recorrente limitou-se a afirmar, em linhas gerais, que o acórdão recorrido incorreu em omissão ao deixar de se
pronunciar acerca dos dispositivos legais e questões apresentadas, fazendo-o de forma genérica, sem
desenvolver argumentos para demonstrar de que forma houve a alegada violação pelo Tribunal de origem.
Incidência da Súmula n. 284/STF. Nesse diapasão, confira-se: AgInt no RESP n. 1.695.129/RS, Rel. Ministro Lázaro
Guimarães (Desembargador convocado do TRF 5ª Região), Quarta Turma, julgado em 21/6/2018, DJe 1º/8/2018 e
AgInt no RESP n. 1.593.467/AC, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 20/2/2018,
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DJe 26/2/2018.III - No que diz respeito à afronta aos arts. 8º da LC 140/2011 e 10 da Lei n. 6.938/1981, sob o
fundamento de que a competência para a respectiva determinação seria do órgão ambiental, o acórdão recorrido
enfrentou a controvérsia nos seguintes termos: "Percebe-se, portanto, que a Constituição da República fixa a
competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios no que se refere à proteção do meio
ambiente e combate à poluição em qualquer de suas formas. (...) Destarte, compete ao Poder Público, em todos
os níveis, exercer o controle das atividades potencialmente poluidoras do meio ambiente, dentre elas, os
impactos ambientais advindos da lavra garimpeira, não só pela extração do minério, por se tratar de recurso não
renovável, como pela degradação proveniente da exploração em si. "IV - A questão controvertida foi decidida sob
fundamento de cunho constitucional, cingindo-se à interpretação de regramentos e princípios constitucionais,
transbordando os lindes específicos de cabimento do Recurso Especial. V - Dessa forma, a competência para tal
debate está dirigida à Excelsa Corte, ex vi do disposto no art. 102 da Constituição Federal, sob pena de usurpação
da competência do Supremo Tribunal Federal, ainda que se alegue afronta à Legislação Federal, pois, mesmo que
assim fosse, seria de forma indireta ou reflexa. VI - Sobre a alegada violação dos arts. 492 do CPC/2015 e 3º, IV, e
14, § 1º, da Lei n. 6.938/1981, ao fundamento de que, ao determinar a recuperação da área degrada a decisão
extrapolou o pedido, verifica-se que o acórdão recorrido não analisou o conteúdo dos respectivos dispositivos,
pelo que carece o recurso do indispensável prequestionamento, com a incidência da Súmula n. 282/STF. VII - Ainda
que se pudesse ultrapassar tal óbice, a pretensão se mostra totalmente desarrazoada, pois consta expressamente
da petição inicial, verbis: "A recuperação integral da área, com a apresentação de PRAD, com cronograma,
assinado por profissional com ART (anotação de responsabilidade técnica), com a execução integral do referido
Projeto de Recomposição de Área Degradada. "VIII - No que diz respeito às astreintes, o recurso merece parcial
acolhida. Ao instituir o meio de coerção, o acórdão recorrido julgou procedente a ação civil pública ajuizada,
fixando-se a multa diária de R$1.000,00 (mil reais), observando que a responsabilidade do Estado de Minas Gerais
é subsidiária e, portanto, a execução da sentença em relação a ele somente é possível na constatação da
impossibilidade da satisfação do direito em face do causador do dano. IX - O valor definido não se mostra
desarrazoado ou destoante do que vem sendo acolhido por esta Corte de Justiça em precedentes análogos,
tendo em conta cuidar-se de matéria de natureza ambiental: AGRG no RESP n. 1.434.797/PR, Rel. Ministro
Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 17/5/2016, DJe 7/6/2016 e AgInt no RESP n. 1.784.675/SP, Rel.
Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 6/6/2019, DJe 18/6/2019.X - Dessa forma, o valor há de ser
mantido, mas, de fato, necessária uma limitação. Nesse panorama, o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) diário deve
ser mantido, limitado, no entanto, a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), caso seja de responsabilidade
do Estado de Minas Gerais. XI - Agravo interno improvido. (STJ; AgInt-REsp 1.809.563; Proc. 2019/0119026-8; MG;
Segunda Turma; Rel. Min. Francisco Falcão; Julg. 03/03/2020; DJE 31/03/2020)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA. MULTA AMBIENTAL. AGRAVO INTERNO. PREJUDICIALIDADE.


SUSPENSÃO DE EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO NÃO TRIBUTÁRIO. POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA
ANTECIPATÓRIA SEM A PRÉVIA OITIVA DA FAZENDA PÚBLICA. NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO CAUÇÃO.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. O julgamento do agravo de instrumento torna prejudicado o conhecimento do
agravo interno interposto contra decisão que apreciou o pedido de efeito suspensivo ao recurso. 2. A tutela de
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo, e desde que não haja perigo de irreversibilidade dos efeitos da medida.
3. Entende-se que o Magistrado agiu com coerência, uma vez que preenchido o requisito legal da probabilidade
do direito, previsto no art. 300 do CPC/15, tendo em vista a presença de supostos vícios que possam macular todo
processo administrativo, em consonância ao laudo apresentado por especialistas, asseverando a divergência dos
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polígonos indicando as áreas devastadas contidos no relatório de fiscalização n. 1462/2016. 4. O perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo traduz-se, especialmente, pelo risco de comprometimento do próprio
exercício da atividade empresarial, por meio de inscrição de seu nome no CADIN ou constrição de valores,
comprometendo o próprio exercício da atividade empresarial do agravado. 5. Por outro lado não procede o
argumento suscitado pelo Estado de Goiás sobre a impossibilidade de concessão de tutela antecipatória sem a
prévia oitiva da fazenda pública, em vista do entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça, no
sentido de possibilitar sua relativização, quando presentes os requisitos para a concessão da antecipação de
tutela. 6. A Corte Revisora está adstrita ao exame dos elementos que foram objeto de análise pelo juízo de origem,
não podendo apreciar matérias que não foram enfrentadas pela decisão agravada, sob pena de supressão de
instância. AGRAVO INTERNO NÃO CONHECIDO. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE CONHECIDO E,
NESTA PARTE, DESPROVIDO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5326284-94.2019.8.09.0000, Rel. AMARAL
WILSON DE OLIVEIRA, 2ª Câmara Cível, julgado em 19/02/2020, DJe de 19/02/2020)

MANDADO DE SEGURANÇA. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. PEDIDO DE OUTORGA AMBIENTAL.


INOBSERVÂNCIA DOS PRAZOS CONSTANTES DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL. ILEGALIDADE. DIREITO LÍQUIDO E
CERTO DA IMPETRANTE DE TER SEU PEDIDO ANALISADO PELO PODER PÚBLICO NO PRAZO LEGAL. RESOLUÇÃO
DO CONAMA. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA EFICIÊNCIA, CELERIDADE E RAZOÁVEL
DURAÇÃO DO PROCESSO. 1. A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso LXXVIII, dispõe que "a todos, no
âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação", elencando, ainda, dentre os princípios de observância obrigatória por parte do
Poder Público (artigo 37, caput), o da eficiência, que, por certo, não se coaduna com a morosidade por parte do
Estado na análise dos requerimentos formulados pelos particulares. 2. O Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), no uso de suas atribuições e competências conferidas pela Lei federal nº 6.938, de 31 de agosto de
1981, editou a Resolução nº 237/1997, que dispõe, em seu artigo 14, que a Administração Pública tem o dever de
apreciar os pedidos de licença ambiental no prazo máximo de seis (06) meses, contados da data do protocolo. 3.
É patente, pois, a ilegalidade na conduta do Poder Público, eis que, ao não apreciar o requerimento formulado
pela impetrante após transcorrido mais de 01 (um) ano do protocolo do pedido, deixou de observar não apenas
os regramentos normativos específicos, mas, também, os próprios preceitos constitucionais, que asseguram a
duração razoável no âmbito administrativo, bem como os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 4.
SEGURANÇA CONCEDIDA. (TJGO, Mandado de Segurança (CF; Lei 12016/2009) 5265144-59.2019.8.09.0000, Rel.
ELIZABETH MARIA DA SILVA, 4ª Câmara Cível, julgado em 17/02/2020, DJe de 17/02/2020)

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. LAUDO PERICIAL. PROVA TÉCNICA IDÔNEA. CONTRADITÓRIO E
AMPLA DEFESA. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. CORREÇÃO MONETÁRIA.
JUROS COMPENSATÓRIOS. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE. JUROS MORATÓRIOS. 1. Deve ser mantida a
avaliação pericial realizada sob o crivo do contraditório, por meio de análise completa e detalhada do bem, com
justificativas técnicas e devidamente fundamentadas, que possibilita a justa reparação pela desapropriação
visando cobrir o valor real do bem e reparar o despojamento do patrimônio, sem ensejar enriquecimento indevido
a nenhuma das partes. 2. Não há equívoco na indenização da área de preservação ambiental dentro do imóvel
desapropriado, já que esta característica não a torna inútil ao uso e gozo por seus proprietários, apenas limita a
ocupação definitiva por meio de edificações, não deixando de ter valor monetário a ser reparado. 3. Na ação de
desapropriação, o valor da indenização deve ser corrigido pelo INPC, a partir da elaboração do laudo pericial,
descontando-se, para fins de apuração do valor a ser pago, a quantia que efetivamente encontra-se depositada
judicialmente desde o início da demanda. 4. Os juros compensatórios, que têm por finalidade compensar a perda
de renda sofrida pelo proprietário, devem incidir, à taxa de 6% ao ano, a partir da data da imissão provisória na
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posse (art. 15-A do Decreto-Lei nº 3365/41). 5. São indevidos juros compensatórios quando a propriedade se
mostrar impassível de qualquer espécie de exploração econômica, seja atual ou futura, em decorrência de
limitações legais ou da situação geográfica ou topográfica do local onde se situa. E tratando-se de área de
preservação permanente, as restrições legais e administrativas impostas impedem o exercício de atividade
produtiva. Inserir, no cálculo da indenização, os referidos juros seria atentar contra o art. 5º, XXIV, da CF/88, que
prescreve a justa indenização. 6. Os juros moratórios devem incidir, à taxa de 6% ao ano, a partir de 1º de janeiro
do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito (art. 15-B do Decreto-Lei nº 3365/41). APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJGO, Apelação (CPC) 0213741-26.2013.8.09.0137, Rel. CARLOS HIPOLITO ESCHER, 4ª
Câmara Cível, julgado em 13/02/2020, DJe de 13/02/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO. MULTA


AMBIENTAL. RECURSO SECUNDUM EVENTUM LITIS. TUTELA DE URGÊNCIA PARA OBSTAR A COBRANÇA E
MEDIDAS RESTRITIVAS. ALEGAÇÃO DE VÍCIOS NO AUTO DE INFRAÇÃO E PROCESSO ADMINISTRATIVO.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. I- Estando o agravo de
instrumento pronto para receber julgamento de mérito, tem-se por prejudicado o agravo interno interposto pelo
recorrente contra a decisão liminar que indeferiu pedido de efeito suspensivo, buscando a sua reforma. II - A
priori, impende ressaltar que a atividade jurisdicional ora instaurada limitar-se-á ao acerto ou desacerto do ato
recorrido, sob pena de avançar sobre questão ainda não analisada pelo órgão competente, conduta que revelará
supressão de instância. Ademais, a decisão concessiva ou não de tutela de urgência somente deve ser reformada
no juízo ad quem quando demonstrada flagrante abusividade ou ilegalidade, ou, ainda, quando for demonstrada
a ocorrência de fato novo, o que não se verificou no caso em testilha. III - In casu, não se verifica o atendimento
dos elementos mínimos para a concessão da tutela recursal antecipada vindicada, posto que: 1) não há nos autos
prova robusta, que autorize o afastamento da presunção de legalidade e veracidade do ato administrativo, não
havendo como verificar, sem ampla dilação probatória, em cognição sumária, a verossimilhança do direito
alegado; 2) considerando que ao Judiciário cabe analisar somente a legalidade do ato administrativo, a priori, não
existe nos autos prova capaz de gerar, de plano, a certeza sobre a ocorrência de qualquer ilegalidade no
procedimento administrativo que resultou na aplicação da multa ambiental. Aliás, reitere-se que, em uma análise
superficial dos autos, aparentemente, o agravante participou efetivamente de todo o processo administrativo,
tendo sido observado o devido processo legal com as garantias do contraditório e ampla defesa, porém, não
obteve êxito, de modo que não se verifica, superficialmente, qualquer ilegalidade no âmbito administrativo, cujo
ato decisório foi devidamente fundamentado. Logo, nesse momento processual, descabida a pretensão de
suspensão da cobrança da multa ambiental, bem como, de ocorrência de prescrição, porquanto a decisão
agravada não se mostra teratológica ou ilegal. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E DESPROVIDO. AGRAVO
INTERNO PREJUDICADO. (TJGO, Agravo de Instrumento ( CPC ) 5313276-50.2019.8.09.0000, Rel. MAURICIO
PORFIRIO ROSA, 2ª Câmara Cível, julgado em 12/02/2020, DJe de 12/02/2020)

OUTROS TRIBUNAIS

MEIO AMBIENTE. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE ATO ADMINISTRATIVO.


AUTO DE INFRAÇÃO AMBIENTAL. Insurgência contra o indeferimento de liminar para suspender os efeitos da
sanção aplicada. Multa aplicada em decorrência de queima de palha de cana-de-açúcar. Ausente informação sobre
a origem e a autoria do incêndio provocado que, prima facie, não pode ser imputado à agravante. Presentes os
requisitos legais do art. 300 do CPC para a concessão da tutela pleiteada. RECURSO PROVIDO. (TJSP; AI 2250551-
05.2019.8.26.0000; Ac. 13440443; Pitangueiras; Segunda Câmara Reservada ao Meio Ambiente; Rel. Des. Luis
Fernando Nishi; Julg. 30/03/2020; DJESP 02/04/2020; Pág. 3901)
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HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSO PENAL. SUPOSTO CRIME AMBIENTAL. PLEITO DE TRANCAMENTO DA
AÇÃO PENAL. INÉPCIA DA EXORDIAL ACUSATÓRIA. DENÚNCIA MINISTERIAL REJEITADA NA ORIGEM. PERDA DO
OBJETO. ART. 659 DO CPP. ORDEM PREJUDICADA. I. Habeas corpus prejudicado, nos termos do art. 659 do
Código de Processo Penal, uma vez que a ação penal de origem objeto deste writ não mais subsiste, tendo o
impetrado chamado o feito à ordem para rejeitar a denúncia ministerial. (TJAL; HC 0800736-56.2020.8.02.0000;
São Sebastião; Câmara Criminal; Rel. Des. Sebastião Costa Filho; DJAL 03/04/2020; Pág. 198)

DANO AMBIENTAL. DESMATAMENTO PROGRESSIVO. CONSTATAÇÃO DOS FATOS. Responsabilidade dos


proprietários. Época do dano. Assunção do passivo ambiental pelo adquirente apelação. Ação civil pública. Dano
ambiental identificado em procedimento fiscalizatório motivado por denúncia da comunidade: Descaracterização
e desmatamento crescente em encosta do morro da freguesia (penha). A sentença tornou definitiva a tutela,
determinando que o réu Cláudio projete e execute a recuperação da área em 360 dias, sob pena da multa diária
de R$ 3.000,00, nos termos do requerimento de nº 2 de fls. 18/19. Outrossim, condenou o terceiro réu a reparar
os danos ambientais a serem apurados em liquidação, conforme disposto no item 3 de fl. 19. Custas pelo terceiro
réu. Honorários de 10% da condenação. Julgou improcedente o pedido formulado em face de Jos Antônio e José
Geraldo, deixando de condenar o ministério público em custas e honorários, ante a ausência de má-fé apelam o
MP e o réu Claudio Azevedo costa. Pretende o MP a condenação do 1º réu (José Antônio) nos mesmos termos a
que foi condenado o 3º réu (Claudio), bem como que os honorários sucumbenciais tenham como parâmetro o
valor atualizado da causa, nos termos do art. 82, § 2º do CPC. Já o réu Claudio pugna pela improcedência do pedido
ao argumento de que, em que pese ostentar a qualidade de proprietário, aponta como causador do dano terceiro.
Nexo causal reconhecido. Precedente do STJ. Dano perpetrado enquanto o imóvel era de propriedade de José
Antônio. Responsabilidade na reparação do dano reconhecida. Responsabilidade de Claudio corretamente
reconhecida. Recebimento do passivo ambiental no momento da aquisição da propriedade. Responsabilidade
objetiva. Honorários sucumbenciais que devem incidir sobre o valor da causa. Art. 85, §2º do CPC. Recurso do MP
provido em parte. Recurso do réu desprovido. (TJRJ; APL 0030118-05.2015.8.19.0203; Rio de Janeiro; Vigésima
Sexta Câmara Cível; Relª Desª Natacha Nascimento Gomes Tostes Gonçalves de Oliveira; DORJ 03/04/2020; Pág.
455)

REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTUAÇÃO E DÉBITO FISCAL. EMPRESA AUTUADA POR ESTAR
FUNCIONANDO SEM AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE OPERAÇÃO. ALEGAÇÃO DE QUE A ATIVIDADE
DESENVOLVIDA NÃO SE CONFIGURA COMO POLUIDORA. Comercialização de medicamentos. Pessoa jurídica que
tem como objeto o comércio varejista de produtos químicos. Previsão no anexo I da Lei Municipal nº 4.548/96.
Legalidade dos autos de infração. Remessa conhecida. Sentença reformada. Inversão do ônus da sucumbência.
Unanimidade. (TJAL; RN 0702929-09.2015.8.02.0001; Maceió; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Alcides Gusmão da
Silva; DJAL 31/03/2020; Pág. 85)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CEB. ENERGIA
ELÉTRICA. SERVIÇO ESSENCIAL. INSTALAÇÃO. RETOMADA. IMPOSSIBILIDADE. POLÍCIA AMBIENTAL.
LICENCIAMENTO. NECESSIDADE. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. 1. Consoante o artigo 300 do Código de
Processo Civil, para o deferimento da tutela provisória de urgência nos autos de origem, faz-se necessária a
presença da probabilidade do direito, como também a demonstração de perigo de dano ou risco ao resultado útil
do processo. 2. No caso em exame, não foi demonstrado um dos requisitos, isto é a probabilidade do direito
vindicado pela autora, ora agravante, uma vez que a aprovação do projeto de instalação da rede elétrica no local
pela CEB, per se, não é suficiente para a concessão do pleito liminar. É dizer, faz-se necessária a instauração do
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contraditório e ampla defesa para que seja apurado se a área ocupada se encontra em situação que possibilite a
instalação do serviço para fornecimento de energia elétrica no imóvel, cuja suspensão se deu por determinação
da Polícia Militar Ambiental. 3. Agravo de Instrumento conhecido e NÃO PROVIDO. (TJDF; AGI 07168.90-
40.2019.8.07.0000; Ac. 123.9092; Oitava Turma Cível; Relª Desª Nídia Corrêa Lima; Julg. 18/03/2020; Publ. PJe
31/03/2020)

AGRAVO DE INSTRUMENTO AÇÃO CIVIL PÚBLICA LEGITIMIDADE PASSIVA DA ADMINISTRADORA E


PROPRIETÁRIA FIDUCIÁRIA. DANO AMBIENTAL LITISCONSORCIO FACULTATIVO RECURSO NÃO PROVIDO De
acordo com os artigos 30, incisos II e VI, da Instrução CVM nº 472/2008 e 14, inciso I, da Lei nº 8.668/93, na
propriedade fiduciária a Administradora é parte legítima para figurar no polo passivo da ação por exercer posse
direta na administração do imóvel adquirido. Consoante entendimento pacífico no Superior Tribunal de Justiça, a
responsabilidade civil dos degradadores pela reparação dos danos ambientais é solidária e adere à propriedade,
como obrigação propter rem, podendo ser o adquirente ou possuidores demandados isoladamente, ou em
conjunto pelo todo, não havendo obrigatoriedade de formar litisconsórcio passivo que no caso é facultativo.
(TJMS; AI 1410459-08.2019.8.12.0000; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Nélio Stábile; DJMS 26/03/2020; Pág. 132)

APELAÇÃO CÍVEL. AMBIENTAL. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL. EXTRAÇÃO DE OURO. GARIMPO. AUSÊNCIA DE


LICENÇA AMBIENTAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. RECURSO DESPROVIDO. I.
“[...] XI. A jurisprudência do STJ é mansa e pacífica no sentido de que [... ] a responsabilidade civil pelo dano
ambiental, qualquer que seja a qualificação jurídica do degradador, público ou privado, é de natureza objetiva,
solidária e ilimitada, sendo regida pelos princípios poluidor-pagador, da reparação in integrum, da prioridade da
reparação in natura e do favor debilis [... ] [... ]” (STJ. RESP 1.454.281/mg, Rel. Ministro Herman Benjamin, segunda
turma, Dje de 09/09/2016; Agint no Aresp 1.100.789/SP, Rel. Ministra Assusete Magalhães, segunda turma, Dje de
15.12.2017). II. Recurso desprovido. (TJMT; APL 157380/2017; Relª Desª Maria Erotides Kneip; DJMT 23/03/2020; Pág.
76)

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