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Estudo Dirigido

Prof: Luciana Camilo


Aluna: Beatriz Guedes

1- Os raios-X representam uma forma de radiação eletromagnética de alta energia, capaz


de penetrar em substâncias. São extensivamente empregados na área da medicina para
criar imagens internas do organismo. Esses raios são produzidos de maneira artificial por
meio do processo denominado "efeito Bremsstrahlung" ou "radiação de desaceleração".
Isso ocorre quando partículas eletricamente carregadas, em alta velocidade, são freadas ao
interagir com um alvo metálico. Esse processo gera partículas luminosas de raios-X. Esses
raios são filtrados e direcionados à parte do corpo que está sendo analisada. Estruturas
mais densas, como os ossos, absorvem uma maior quantidade de raios-X, o que resulta em
uma aparência mais clara nas imagens radiográficas. Por outro lado, estruturas menos
densas, como os tecidos moles, permitem a passagem de uma maior quantidade de
raios-X, resultando em uma aparência mais escura.

2- Posicionamento: 1. Indivíduo sob análise: O paciente é colocado entre a fonte emissora


de raios X e o receptor (película/tela ou digital). A região corporal a ser inspecionada precisa
estar alinhada e imobilizada de acordo com a orientação desejada para a obtenção das
representações visuais. 2. Emissor de Radiação X: O aparelho gerador de radiação X emite
os feixes que atravessam o corpo do sujeito em exame. 3. Captador (Película/Tela ou
Digital): O captador recebe os feixes de radiação X que atravessaram o corpo do paciente.
Pode corresponder a uma película fotográfica convencional ou a um sensor digital que
transforma a radiação em impulsos elétricos.
Processo de Geração de Imagem: Ao serem emitidos pelo gerador e perpassarem o corpo
do paciente, os raios X sofrem uma atenuação (absorção) variada nos diversos tecidos do
organismo. Tecidos de maior densidade, como os ossos, retêm uma quantidade maior de
raios X, ocasionando uma aparência clara na imagem, já que menos raios X alcançam o
captador. Tecidos menos densos, como músculos e órgãos, permitem a passagem de mais
raios X, resultando em uma aparência escura na imagem. Os raios X atenuados alcançam o
captador (película/tela ou sensor digital), gerando uma representação da distribuição de
densidades nos tecidos. Por fim, no contexto da película fotográfica, ocorre o processo
químico de revelação para gerar a imagem definitiva. No caso dos sensores digitais, os
impulsos elétricos são convertidos em formato digital para visualização. A imagem
resultante revela as estruturas internas do corpo, permitindo que os profissionais da área da
saúde avaliem a condição do indivíduo.

3- A radiografia digital oferece diversas vantagens em relação à radiografia por filmes


convencionais. A radiografia digital proporciona uma obtenção mais rápida das imagens,
reduzindo o tempo de exposição do paciente à radiação. Além disso, as imagens digitais
podem ser visualizadas imediatamente após a captura, permitindo ajustes em tempo real,
se necessário. A qualidade das imagens digitais é geralmente superior, com maior nitidez e
possibilidade de ampliação sem perda de detalhes. A radiografia digital também elimina a
necessidade de filmes, processamento químico e armazenamento físico, resultando em um
processo mais eficiente e ambientalmente amigável. As imagens digitais podem ser
facilmente compartilhadas eletronicamente entre profissionais de saúde e arquivadas de
forma mais organizada. Isso contribui para uma análise mais precisa e um atendimento
mais eficaz ao paciente.

4- Sim, existe uma distinção entre as incidências ântero-posterior e póstero-anterior na


radiografia, devido à maneira como os raios X atravessam o corpo.
Na abordagem ântero-posterior, os raios X penetram pela frente do corpo (lado anterior) e
emergem pela parte de trás (lado posterior) antes de atingirem o receptor. Como resultado,
a imagem exibe principalmente as estruturas da frente sobrepondo-se às estruturas de trás,
o que dificulta a análise de detalhes. Por outro lado, na incidência póstero-anterior, os raios
X penetram pelo lado posterior do corpo e saem pela frente. Essa abordagem ajuda a
minimizar a superposição de estruturas, o que possibilita uma melhor visualização das
partes internas do corpo.
Consequentemente, a seleção entre as incidências ântero-posterior e póstero-anterior
depende das estruturas que estão sendo avaliadas e das informações desejadas,
considerando a redução da sobreposição e a obtenção de uma imagem mais nítida e
precisa.

5- A formação da imagem na Tomografia Computadorizada é fundamentada nos princípios


da atenuação dos raios X pelos tecidos corporais e na aplicação de técnicas de
reconstrução por meio de computação. Durante o procedimento, a fonte de raios X gira em
torno do paciente, emitindo feixes que atravessam o corpo em variados ângulos. Estes raios
X são absorvidos de maneira distinta pelos diferentes tecidos, resultando em atenuações
diversas. Os detectores posicionados do lado oposto à fonte de raios X medem a
intensidade dos feixes após terem atravessado o corpo. Utilizando essas medições, um
computador efetua cálculos complexos para recriar uma imagem tridimensional das
estruturas internas do corpo. Esse procedimento de reconstrução é viabilizado por técnicas
como a retroprojeção filtrada, que aprimoram as informações capturadas para gerar uma
imagem mais nítida e minuciosa.
Dessa forma, os princípios físicos da Tomografia Computadorizada implicam na interação
dos raios X com os tecidos corporais, na coleta de dados de atenuação em distintos
ângulos e na implementação de algoritmos computacionais para gerar uma representação
tridimensional das estruturas internas do paciente.

6- A Ressonância Magnética Nuclear (RMN) envolve várias etapas essenciais:

Preparação do paciente: O paciente é posicionado na mesa de exame, com base na área


do corpo que será avaliada. Itens como joias, objetos metálicos e outros itens que possam
ser afetados pelo campo magnético precisam ser removidos.
Geração do Campo Magnético: Um forte campo magnético é criado dentro da máquina de
RMN, alinhando os núcleos de hidrogênio nos tecidos do corpo.
Pulso de Radiofrequência (RF): Um pulso de RF é aplicado ao corpo, perturbando o
alinhamento dos núcleos de hidrogênio. Quando o pulso é desligado, os núcleos voltam ao
seu alinhamento original.
Emissão de Sinais de RF: Durante o retorno ao alinhamento original, os núcleos de
hidrogênio emitem sinais de RF que são detectados pelos receptores da máquina de RMN.
Codificação Espacial: Gradientes magnéticos são utilizados para codificar a origem dos
sinais. Essa codificação permite mapear a localização tridimensional dos sinais dentro do
corpo.
Processamento Computacional: Os sinais detectados são processados pelo computador
para criar imagens em duas ou três dimensões. O processamento inclui a aplicação de
algoritmos para reconstrução de imagem.
Geração de Imagens: As imagens resultantes mostram diferentes características dos
tecidos do corpo com base na sua interação com os campos magnéticos. Diferentes
sequências de pulso podem ser usadas para obter informações sobre fluxo sanguíneo,
densidade de tecidos e outras propriedades.
Análise Médica: As imagens obtidas são avaliadas por médicos radiologistas ou
especialistas em imagem médica. Eles interpretam as imagens para diagnosticar condições
médicas e monitorar a saúde do paciente.

Em cada etapa, a Ressonância Magnética Nuclear aproveita as propriedades dos núcleos


de hidrogênio e o comportamento dos campos magnéticos para gerar imagens detalhadas
dos tecidos internos do corpo.

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