Você está na página 1de 1

Segundo Gil (2006), as organizações de maior porte começaram a perceber os trabalhadores

como seres humanos e sociais e, por isso, os aspectos humanos, anteriormente


negligenciados, passaram a fazer parte do processo de Administração de pessoal.

Andrade (2010) complementa afirmando que as pessoas são as peças principais de uma
organização, por isso é preciso que as organizações se conscientizem dessa premissa e
incorporem tal valor em suas ações, de modo a se tornarem mais atenciosas com seus
funcionários. Giradi (2008) acrescenta que a preocupação com o fator humano na organização
contribuiu para o aprimoramento da proposta de harmonização entre o capital e o trabalho,
proveniente da administração cientifica. Nesse sentido, iniciou-se uma alteração importante
na cultura de algumas organizações, em que os valores de integração e respeito passaram a
ser imprescindíveis para a melhoria do desempenho organizacional e para a satisfação das
necessidades individuais e sociais dos trabalhadores.

No que diz respeito à realidade nacional , durante o período de 1900 a 1930, o brasil começou
a receber vários imigrantes estrangeiros que serviram como mão de obra agrícola. Por
fazerem parte de outra cultura, eles influenciaram as relações trabalhistas brasileiras, como no
que diz respeito as questões sindicais. Entretanto, as atividades de recursos humanos estavam
relacionadas, apenas, com o calculo da retribuição dos serviços prestados pelos trabalhadores
tendo, assim, um caráter meramente contábil. O estado não intervinha nas relações
trabalhistas e não existia nenhum tipo de processo de seleção e de treinamento de pessoal.

Entre 1930 e 1950, as empresas foram, fortemente, afetadas pelas transformações ocorridas
sob os ditames da legislação trabalhista. Na década de 1940, a partir da segunda Guerra
mundial, administração de pessoas passou a se preocupar mais com as condições de trabalho
e com os benefícios disponibilizados aos seus empregados (GIL, 2006).

Durante o governo de Getúlio vargas (de 1930 ate 1945 e de 1951 a 1954), o estado passou a
interferir na relação capital x trabalho. Nessa direção, foi fundado o ministério do trabalho,
indústria e comercio e com ele vários aspectos legais, relativos ao trabalho, foram
formalmente definido, tais como: férias, benefícios, horas extras, aviso prévio, jornada de
trabalhos, salario mínimo e fim de semana remunerado.

Em função das alterações jurídicas, as empresas foram obrigadas a constituir uma seção de
pessoal, visando resguarda-las de suas obrigações legais e trabalhistas, sob a égide da nova
legislação (em 1943, foi criada a consolidação das leis do trabalho-CLT), dando origem a uma
unidade administrativa denominada Seção de pessoal, cujo

Você também pode gostar