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Recrutamento
O Recrutamento refere-se ao processo de atrair candidatos para as vagas existentes.
Para Chiavenato (2006), Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa
a atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da
Organização (p. 13).
O início do Processo de Recrutamento sempre ocorre a partir de uma necessidade
interna da Organização, originada por acontecimentos como:
• Rotatividade (turnover): entrada e saída de funcionários na Empresa;
• Aumento de quadro planejado: criação de uma nova Área, aumento de produção,
abertura de novas filiais, lançamento de um novo produto, reestruturação administrativa,
troca de maquinários etc.;
• Aumento de quadro circunstancial: motivos não planejados que devem ser
atendidos de forma emergencial como mudanças repentinas de mercado e questões
relacionadas à concorrência, entre outros (MARRAS, 2016, p. 45-8), (p. 13).
O conhecimento exato da demanda de um cargo é fundamental ao processo de
recrutamento. Isso porque são necessárias informações detalhadas do que se faz no cargo e
quais são os requisitos pessoais necessários para seu bom desempenho (p. 14).
Algumas Empresas utilizam a Requisição de Pessoal (RP), realizando o pedido de um
novo funcionário, e nela registram os requisitos necessários para o cargo. Em outras
Organizações, essas informações estão registradas em um instrumento chamado de Descrição
de Cargo. O Órgão de Recrutamento, ao receber a RP, verifica se há em seus arquivos algum
candidato adequado. Se não encontrar, deverá recrutar por meio das Fontes de Recrutamento
mais indicadas para a situação (p. 14).
Fontes de Recrutamento
Após a definição dos Meios de Recrutamento, é o momento de escolher entre as
Fontes de Recrutamento. O profissional de RH deve avaliar a fonte mais adequada para o
momento e as necessidades da Empresa, tendo como opções:
• Funcionários da própria Empresa;
• Banco de Dados interno;
• Indicações;
• Cartazes (internos e externos);
• Entidades (Sindicatos, Associações etc.);
• Escolas, Universidades etc.;
• Outras Empresas (fornecedores, clientes etc.);
• Consultorias;
• Agências de Emprego;
• Mídia (anúncios em Jornais, Rádio, Televisão, sites etc.);
• Consultorias de outplacement ou replacement;
• Headhunters (MARRAS, 2016, p. 52).
Fontes de Recrutamento
Entrevista de Seleção
É seguro dizer que praticamente 100% das Empresas fazem uma entrevista no
Processo Seletivo, junto aos candidatos. Isso não se pode dizer para dinâmicas e testes, por
exemplo. É, dessa forma, o instrumento mais utilizado. É importante notar que uma Entrevista
de Seleção pode ser Estruturada ou não Estruturada. Observe as diferenças entre elas:
Entrevista Estruturada Planeja previamente as questões que serão feitas ao
candidato.
Entrevista Não Estruturada Não planejada; registra fatos e informações ao longo da
entrevista.
Fazer uma entrevista estruturada significa preparar antecipadamente as perguntas que
serão feitas ao candidato. Ela, portanto, exige um trabalho prévio do selecionador. As
questões são dispostas segundo uma lógica de obtenção de informações úteis para a decisão
acerca da contratação ou dispensa do profissional (p. 19).
O processo de Entrevista Estruturada é dividido em 5 fases, que ocorrem conforme a
sequência a seguir:
• Apresentação;
• Preparo;
• Coleta de dados;
• Análise comportamental;
• Concessão de informações.
Apresentação
Iniciando o processo seletivo, tem-se o primeiro contato entre a Empresa e o
candidato. Nesse momento é que se tem a “primeira impressão” da Organização, ou seja, é
quando começa a ser refletida a imagem da Empresa. Dessa forma, é importante que o
selecionador seja educado e respeitoso no trato com o candidato (p. 20).
Somente a Empresa tem o direito de fazer perguntas ao candidato? O profissional
que se interessa por uma vaga pode questionar sobre o salário, os benefícios a receber ou
seria inconveniente e até fatal fazer esse tipo de abordagem? A resposta é: ambos, Empresa e
candidato tem o direito de fazer perguntas em meio a uma entrevista. O bom selecionador se
antecipa e informa ao profissional quais são as condições de remuneração relativas à vaga
de trabalho. Caso o candidato se antecipe e faça tais questionamentos, ele está exercendo o
papel que lhe cabe. Pensando nisso, não tenha medo caso você participe de uma entrevista e
tenha questões a fazer. E também, quando estiver no papel de entrevistador, não deixe de
cumprir sua tarefa de deixar claro todos os itens de recompensa oferecidos pela Empresa ao
futuro ocupante do cargo (p. 20).
Preparo
Trata-se de uma etapa extremamente delicada, pois a Entrevista dependerá do
preparo do entrevistador para deixar o candidato mais tranquilo, mais à vontade, diminuindo
seus níveis de tensão e expectativa e, consequentemente, aumentando a possibilidade de
sucesso do selecionador em sua avaliação (p. 20).
Coleta de Dados
Na coleta de dados, o selecionador procura obter o maior número possível de
informações necessárias para que possa realizar a comparação entre as características do
candidato e os requisitos do cargo (p. 20).
Como selecionador, você deve deixar o candidato à vontade, criar um clima
acolhedor e receptivo, oferecer café, água e retirar a tensão dizendo que a entrevista será
um bate papo para o conhecimento natural de alguém que poderá compor a “família” da
Empresa.
A atitude humanizada é fundamental para evitar que o candidato se sinta sob a ideia
do vigiar e punir: qualquer erro seria a dispensa fria e direta do processo. A entrevista feita sob
o clima de pressão limita sua eficácia. O candidato perde a desenvoltura e a espontaneidade. O
medo domina seu estado emocional e o processo se dificulta para ambas as partes (p. 20).
Análise comportamental
A análise comportamental está presente em todos os momentos do Processo Seletivo.
Ela faz uso da observação. A partir da apresentação, o entrevistador já deve estar sintonizado
com todo e qualquer sinal que parta do candidato, interpretando as ações ou reações vindas
dele (verbais e não verbais). Nesse momento, o entrevistador dedica-se a checar ou testar
certas características que tenha percebido no decorrer da Entrevista e que necessitam de
avaliação mais detalhada, comparando-as às exigências do cargo (p. 21).
Trata-se de uma espécie de check list que se faz para considerar se o futuro contratado
irá ter ou não bom desempenho no cargo. Isso se nota a partir do perfil do profissional.
Elementos como postura e habilidade comunicacional podem ser decisivas para a escolha.
Concessão de informações
Nessa fase, o entrevistador cumpre uma das atribuições que mencionamos. Ele deve
passar todas as informações referentes à Empresa e ao cargo a ser preenchido para o
candidato. É importante mencionar questões relacionadas a:
• Salário;
• Benefícios;
• Equipe de trabalho;
• Ressaltar os pontos fortes da Empresa;
• Apontar eventuais dificuldades a serem superadas.
A preparação de uma Entrevista requer alguns cuidados, como a escolha do local, a
leitura prévia do currículo do candidato e a formulação adequada das questões, entre outros
fatores (p. 22).
Testes de Aferição
Por vezes, apenas com a Entrevista não é possível visualizar certos conhecimentos,
habilidades ou atitudes. Caberá ao selecionador a decisão de realizar algum tipo de teste no
candidato. Existe uma grande variedade de Testes de Seleção, como:
Técnicas de simulação
Trata-se de um importante instrumento que complementa o Processo de Seleção.
Permite visualizar como o candidato se comportaria em uma situação simulada relacionada
ao futuro papel que desempenhará na Empresa. A técnica de simulação é muito utilizada
para cargos de Direção, Gerência e Supervisão, que exigem alto grau de relacionamento
interpessoal (p. 23).
A integração
Para receber o novo funcionário, a Empresa deverá encaminhar o Processo de
Integração. Essa é, portanto, outra atribuição de responsabilidade da ARH. Nesse momento,
ao novo membro da Equipe serão apresentadas as informações sobre o seu trabalho e as
normas que regem a Organização (missão, visão e valores), entre outras que a Empresa
considere essenciais para a relação trabalhista. Cabe dizer que cada Empresa encaminha seu
Processo de Integração conforme entende ser mais adequado. Não há um Manual único a
seguir, mas é fundamental proceder um trabalho atento de recepção do novo colaborador, já
que essa será sua primeira experiência no novo emprego (p. 24).
A apresentação dos Setores da Empresa, bem como dos grupos de trabalho e os
tramites adotados permitem ao profissional uma segurança acerca do espaço em que passará
a atuar. Sua percepção será a de, a partir de então, ser mais um parceiro que buscará os
objetivos e os resultados que permitam o sucesso da Empresa.
O Processo de Treinamento
Sabemos que existem muitos motivos que nos levam à decisão de fazer um
Treinamento, mas ele no geral, sempre é composto por quatro etapas:
Programação de Treinamento
Quando decidimos planejar o Treinamento, é o momento de definir os principais itens
do seu programa, conforme segue:
Principais itens de uma Programação de Treinamento
Ao responder aos itens identificados, direcionamos adequadamente o Treinamento e,
assim, evitamos falhas, que podem ser:
• Público-alvo do Treinamento errado;
• Palestrante ou treinador com perfil desalinhado com o contexto de Treinamento;
• Conteúdo inapropriado para o Treinamento;
• Local inadequado para a operacionalização do Treinamento;
• Técnicas ineficazes de Treinamento;
• Tempo insuficiente ou demasiado de Treinamento;
• Objetivo de Treinamento não claro.
Execução do Treinamento
Na data programada, temos de fazer o Treinamento acontecer de fato. É o momento
de aplicar o Treinamento, ou seja, colocar em prática tudo o que foi planejado. Nessa etapa,
devem ser observados fatores relacionados à qualidade da aplicação dos módulos, como:
• Qualidade dos materiais apresentados: apostilas, slides e recursos audiovisuais
(computadores, Datashow), entre outros materiais;
• Preparo dos instrutores;
• Lógica do módulo preparado.
Para a eficácia do Treinamento, é preciso que o público-alvo apreenda o que lhe foi
ensinado e que haja mudanças significativas no seu comportamento. A relação instrução-
aprendizagem precisa ser garantida.
– Instrução e Aprendizagem
Instrução Ensino organizado de certa tarefa ou atividade.
Aprendizagem Modificação do comportamento em direção ao que foi ensinado.
Nem sempre o que foi ensinado pelo instrutor foi aprendido pelo aluno. A ênfase
deve ser dada ao aprender, e não apenas ao ensinar.
Quando tratamos sobre os subsistemas de RH, podemos nos ver como profissionais
que conduzem as atividades ou também como funcionários que podem estar recebendo um
serviço do RH. Em outras palavras, você pode refletir sobre o assunto Treinamento e
Desenvolvimento de Pessoas enquanto um treinador, um membro da área de RH ou você
pode se ver como um treinando, que está recebendo um Treinamento como um colaborador
da Empresa.
As duas visões são importantes para que você possa refletir sobre os “dois lados da
moeda”: preparar um Treinamento, treinar ou ser treinado. Isso permite conhecer por
completo o contexto que estamos estudando. Temos esse privilégio por sermos exatamente
aptos às duas posições: a de profissional de RH e a de colaborador de uma Empresa. Indo
além, temos, também, a oportunidade de nos vermos como donos de uma Empresa. Caso já
tenha tido seu próprio negócio, certamente essa última visão é mais familiar para você. Pense
nisso! (p. 19).
Avaliação do Treinamento
A avaliação dos resultados obtidos é a última etapa do Processo de Treinamento. Mas
o interessante é que podemos voltar a memória ao início da elaboração do Treinamento e já
começar a avaliar desde então (p. 20).
Dessa forma, antes e já durante o Planejamento/Programação do Treinamento
(segunda etapa), é necessário definir como ele será avaliado. Sua finalidade é verificar se o
Treinamento produziu as modificações esperadas pela Organização e se ele próprio foi bem
conduzido (p. 20).
Há ocasiões em que o Treinamento não terá resultado imediato a se computar, porque
seus resultados sobre o trabalho podem ser de longo prazo. Isso acontece, principalmente,
quando se resolve trabalhar questões relacionadas ao comportamento humano, com
respostas que envolvem mudanças em médio e longo prazos.
A seguir, vejamos alguns tipos de Avaliação de Treinamento (HAMBLIM, 1978 apud
MARRAS, 2011):
Avaliação do Comportamento
Processo mais complexo de avaliação, pela dificuldade em analisar se realmente
houve mudança de comportamento no funcionário.
Segundo Kirkpatrick (1994), para que a mudança de comportamento aconteça,
quatro condições são necessárias e, entre elas, as duas primeiras podem contribuir ou
prejudicar os resultados de um Programa de Treinamento, dependendo da atitude do
treinando:
• A pessoa precisa querer mudar;
• A pessoa precisa saber o quê e o como mudar;
• A pessoa precisa trabalhar num ambiente com o clima correto;
• A pessoa precisa ser premiada pela mudança.
A partir da existência dessas condições favoráveis, a mudança de comportamento por
meio de Treinamento será mais facilmente alcançada. Caso contrário, havendo rejeição ou
resistência à mudança, o Treinamento fica mais difícil. É por isso que fazer Treinamento é um
ato de conscientização e convencimento.
A postura contrária de desaprovação afasta os resultados que se espera de um
Treinamento comportamental.
Avaliação de Treinamento
Reação Quais as reações dos participantes ao programa quanto aos instrutores,
materiais disponibilizados e tempo do treinamento, entre outros?
Aprendizagem Que habilidades, conhecimento ou atitudes ou atitudes foram
mudadas? Em que proporção?
Comportamento Os participantes aplicaram o que aprenderam no trabalho?
Avaliação de Resultados Finais Esta aplicação produziu resultados mensuráveis?
Desenvolvendo Pessoas
Já sabemos que desenvolver pessoas é diferente de treinar. O Programa de
Desenvolvimento tem como foco oferecer macrovisão do business, no intuito de preparar as
pessoas da Organização, por exemplo, para cargos mais elevados, em médio e longo prazos.
O Programa de Desenvolvimento pode englobar Cursos que podem ter como público,
além das pessoas com cargos de liderança, aquelas que apresentam nível de talento
potencialmente apto a ser desenvolvido.
São considerados “talentos” os indivíduos que apresentam excelente desempenho,
nos itens presentes a seguir:
• Quociente da inteligência;
• Qualidade educacional;
• Nível motivacional;
• Espírito de liderança;
• Background sólido;
• Resultados satisfatórios;
• Nível de inteligência emocional;
• Identificação com a cultura organizacional;
• Habilidade negocial, técnica e/ou decisória;
• Maturidade;
• Trajetória estável.
Logo, o Processo de Desenvolvimento está centrado nas pessoas, e não nos processos
e, nesse caso, é possível atender às expectativas da Organização e também a dos
colaboradores, já que crescer e se preparar para assumir novas e maiores responsabilidades é
um desejo mútuo, e todos ganham (p. 24).
Contudo, para o sucesso desse Programa, a sua elaboração deve atender,
prioritariamente, o seguinte desenho de conformidade:
• Traçado de metas de resultados de médio e longo prazos, desenhado pela
Organização, de acordo com a sua cultura, tecnologia e estágio de desenvolvimento;
• Interesse pessoal do indivíduo em seguir determinado caminho profissional,
conforme parte dos seus projetos pessoais de desenvolvimento.
Esses dois nos colocam novamente diante do interesse organizacional e do interesse
pessoal, estabelecendo o tradicional binômio de interesses na relação capital-trabalho.
Você sabia que, atualmente, as grandes Empresas organizam verdadeiras
universidades para desenvolver seus profissionais? É isso mesmo, são as chamadas
Universidades Corporativas. Eboli (2004) define a Universidade Corporativa como “Um sistema
de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de pessoas por competências”.
Acrescenta, ainda, que “a missão de uma UC consiste em formar e desenvolver os talentos na
gestão dos negócios, promovendo a gestão do conhecimento organizacional (geração,
assimilação, difusão e aplicação), por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua”.
Para Eboli (2004), o conceito de Universidade Corporativa corresponde à
implementação dos seguintes pressupostos:
• Objetivo principal: desenvolver as competências críticas do negócio em vez de
habilidades individuais;
• Foco do aprendizado: privilegiar o aprendizado organizacional fortalecendo a cultura
corporativa e o conhecimento coletivo, e não apenas o conhecimento individual;
• Escopo: concentrar-se nas necessidades dos negócios, tornando o escopo
estratégico, e não focado exclusivamente nas necessidades individuais;
• Ênfase dos programas: conceber e desenhar ações e programas educacionais a partir
das estratégias de negócios, ou seja, da identificação das competências críticas empresariais;
• Público-alvo: adotar o conceito de Educação Inclusiva, desenvolvendo competências
críticas nos públicos interno e externos (familiares, clientes, fornecedores, distribuidores,
parceiros comerciais e comunidade), e não somente nos funcionários;
• Local: contemplar a possibilidade de ser um projeto virtual e não necessariamente
um local físico;
• Resultado: aumentar a competitividade empresarial e não apenas as habilidades
individuais.
Responsabilidade do Desenvolvimento
Se o desenvolvimento não está sendo produtivo, de quem é a culpa?
É importante destacar que a responsabilidade pelo desenvolvimento não cabe
apenas à Empresa, pois quando um profissional entra para o Mercado de Trabalho, espera-
se que ele já tenha traçado seus próprios planos de desenvolvimento, no intuito de construir
uma carreira.
A Organização, então, dará continuidade a partir das suas próprias expectativas para a
retenção dos talentos que se destaquem: lembre-se da expressão “binômio de interesses na
relação capital-trabalho”, pois a Organização não investirá naquele que apresentar atitude
reativa, passiva, esperando a iniciativa da Empresa. A primeira iniciativa de desenvolvimento
deve partir do próprio colaborador que, consciente de sua necessidade de desenvolvimento,
de evolução de carreira, deve ampliar o leque de suas competências.
O olhar estará sempre voltado para os indivíduos com atitudes proativas, que sabem o
que querem e estão sempre em busca de novas possibilidades (MARRAS, 2016).
A expressão “binômio de interesses na relação capital-trabalho” pode ter a seguinte
leitura no processo de desenvolvimento: o investimento no aperfeiçoamento focado em
talentos potenciais é uma via de mão dupla, pois é fundamental que sejam atendidos os
“interesses organizacionais” e os “interesses pessoais”.
Como sabemos, enquanto profissionais que somos, desejosos de sucesso na carreira,
podemos aproveitar todo esse conteúdo a nosso próprio favor. Então, agora que você conhece
os objetivos do Treinamento e do Desenvolvimento, no ambiente corporativo, convidamos a
refletir e a preparar o seu próprio planejamento de desenvolvimento!
Comece realizando o levantamento das suas necessidades de reforço ou descoberta de
habilidades.
O que você pode fazer para incrementar sua carreira, em curto, médio e longo prazos?
Trace seus planos, organize sua ação e coloque em prática.
Depois é hora de olhar pra trás e avaliar os resultados desse percurso. Invista em você
e desfrute do sucesso!
AULA 4 - Administrando Cargos e Salários
O que é um Cargo?
Os Cargos são uma estrutura formal representada entre diversos níveis de funções e
responsabilidades, dispostas em uma lógica de hierarquia.
Os Cargos são demonstrados no Organograma de uma Organização, conforme
apresentado na figura a seguir:
Você sabia que uma Empresa não pode determinar o salário do seu colaborador
livremente? Que ela não pode pagar o que “lhe der na telha” ou o que acha, por si mesma,
ser um salário justo? Pois é, existem regras, inclusive sindicais que normalizam as práticas
salariais. Dessa forma, existe um piso mínimo (menor salário observado para a função) de
cada categoria de trabalho que precisa ser respeitado. Caso a Empresa não siga esse
direcionamento, poderá sofrer com problemas trabalhistas futuros.
Auxiliar Administrativo:
Atender ao telefone;
Anotar e transmitir recados;
Arquivar documentos;
Realizar serviços bancários;
Controlar as despesas do setor.
Para citar outro exemplo da própria Área de Recursos Humanos de uma Organização,
podemos encontrar pessoas responsáveis por elaborar a Folha de Pagamento, outras, por
manter os benefícios para os colaboradores, outras, cuidando dos controles de rescisões e
admissões e outras, ainda, cuidando dos Processos Seletivos. Em Empresas de porte e
estrutura menor, podemos encontrar todas essas funções sendo exercidas por um Analista de
Recursos Humanos (p. 13).
Já em Organizações de estrutura maior, é possível ter essas funções distribuídas em
vários cargos, de modo que teríamos um profissional responsável por admissões e demissões,
que seria uma função da Área, sendo essa função a única obrigação e responsabilidade desse
Cargo.
O analista também poderia ser nomeado Analista de Recursos Humanos, da mesma
forma que na Empresa de estrutura menor.
Assim, não há número fixo de cargos para composição das EQUIPES nas
Organizações.
O importante é haver uma organização e distribuição adequada de tarefas, evitando o
sentimento de injustiça quando algum colaborador sente ter seu trabalho cheio de tarefas, ao
passo que seu colega de trabalho não tem a mesma condição, ocupando o mesmo cargo,
recebendo o mesmo salário.
Portanto, as funções e as responsabilidades de cada cargo podem sofrer variações
conforme o tamanho e a cultura organizacional, ou seja, o desenho de cargos será adequado
à estrutura de cada Organização (p. 14).
Observe um modelo de descrição de cargos:
Análise de Função
Entende-se, então, que a Análise de Funções é fundamental, pois, por meio dela, serão
levantados os requisitos, as responsabilidades e todos os demais detalhes atribuídos a um
determinado cargo, definindo, inclusive, o que, como, para quem e para que se desenvolvem
tais funções (p. 15).
Como visto, a somatória de tarefas definirá as funções que se esperam do Cargo, com
os deveres e as responsabilidades que o trabalho exercido requer, e a somatória das funções
será determinada como Cargo (p. 16).
Descrição de Cargos
Oliveira (2013) assim define a Descrição de Cargos:
A descrição de cargos é um processo que consiste em determinar, pela observação e
pelo estudo, os fatos ou elementos que compõem a natureza de um cargo e o tornam
distinto dos outros cargos existentes na organização. De forma geral, ela define algumas
responsabilidades principais e uma lista de tarefas que o ocupante do cargo deve
desempenhar.
Sendo assim, para elaborar uma boa Descrição de Cargos, a Organização deve realizar:
• Cruzamento das informações: a compilação dos dados coletados deve ser
submetida ao superior imediato do cargo para que este análise e efetue uma revisão, se
necessário, antes de finalizar e homologar essa descrição;
• Desenvolvimento do Manual de Descrição de Cargos: em poder dos dados
compilados e revisados pelo superior do cargo, efetua-se esse procedimento em todos os
cargos da Organização, dividindo-se por área, e se condensam as informações em um Manual.
Um Manual de Cargos bem desenvolvido serve como ferramenta dinâmica e valorosa
para as Organizações e para a área de Recursos Humanos, auxiliando na contratação de
novos colaboradores e no recrutamento interno, contribuindo, ainda, como indicador para o
Processo de Avaliação de Desempenho de seus colaboradores (p. 17).
Quando uma Empresa desenha claramente um cargo, explicitando suas tarefas e
responsabilidades, dando-lhe significância e mostrando o que é necessário para ocupá-lo,
poderá contribuir para o aumento da satisfação do colaborador, pois este se sentirá mais
valorizado, o que, consequentemente, contribuirá para a diminuição do turnover e do
absenteísmo (p. 18).
Assim: “À medida que as organizações são bem-sucedidas no alcance dos objetivos,
elas tendem a sobreviver e a crescer e, no momento em que crescem, as organizações
necessitam de maior número de pessoas capazes” (CHIAVENATO, 2009), (p. 18).
Algumas Empresas utilizam a contratação de Consultorias externas de Recursos
Humanos para a elaboração de uma Descrição de Cargos; porém, ela pode, também, ser
realizada pela Área de Recursos Humanos da própria Organização. Por vezes, o fato de os
responsáveis por essa Área conhecerem melhor a Empresa e sua cultura organizacional pode
ser uma vantagem para a eficácia do processo.
IMPORTANTE Memorize bem esse número, pois, acredite, você vai utilizá-lo várias
vezes no decorrer do Curso e de sua vida profissional: duzentas e vinte horas, então, é a
quantidade total de horas por mês, isso porque, em nossa Legislação Trabalhista, a jornada de
trabalho não pode ultrapassar quarenta e quatro horas semanais (p. 21).
Sistemas de Remuneração
Com um Plano de Cargos e Salários bem definido, salários adequados e compatíveis
aos que são praticados no Mercado e no segmento de atuação, certamente, a Empresa se
posiciona de modo favorável aos olhos de um candidato potencial para uma vaga. Sua oferta
de trabalho torna-se atraente.
Mas é importante lembrar que o salário não é a única forma de remuneração de um
colaborador. Cabe ressaltar que, na evolução da Área de Recursos Humanos, tivemos visões
diferentes também em relação ao salário. A seguir, um resumo da evolução do Sistema de
Remuneração na visão dos Recursos Humanos nas Organizações.
Evolução do Sistema de Remuneração
Observamos, no Quadro apresentado, como as Organizações estão, a cada dia, mais
avançadas em relação à visão humana e motivacional quanto aos processos de remuneração,
mas isso só pode ocorrer se, anteriormente, a Empresa desenvolver um processo
organizacional que garanta que seus colaboradores estejam desenvolvendo funções e tarefas
adequadas a seu perfil e que também estejam habilitados a exercer os seus cargos (p. 24).
Entende-se, portanto, que os colaboradores, quando adequados às suas funções,
desempenham-nas de maneira mais eficiente e eficaz e também demonstram maior
interesse e comprometimento com a Organização, por estarem mais motivados.
IMPORTANTE:
Cada vez mais, as Empresas utilizam as ferramentas tecnológicas para ter acesso aos
Planos de Políticas Salariais praticadas no Mercado, e também realizam pesquisas salariais em
diversas fontes para analisar se estão de acordo com o Mercado, a fim de se manterem
atualizadas. Existem diversos softwares que auxiliam nesse trabalho (p. 24).
Esse é um processo muito dinâmico. Sendo assim, deve ser revisado com
periodicidade. Essa análise contribuirá para que a Empresa não fique desatualizada e diminuirá
o risco de perder profissionais para a concorrência.
Não poderíamos deixar de mencionar que, hoje, temos o trabalho em home office, que
trouxe mais um desafio para a administração de cargos e salários. O contexto é de um
profissional ocupante do cargo, que nem sempre frequenta o espaço físico da Empresa.
Dispensa-se, assim, a necessidade de uma sala e de equipamentos para o desempenho de sua
função. O controle de seu trabalho via horas extras passa a ser administrado pelo próprio
colaborador, a partir dos meios tecnológicos.
A remuneração é revista, já que dispensa o deslocamento via transporte até o local de
trabalho. Trata-se de um novo cenário para a gestão de cargos e salários.
É importante que você conheça a diferença entre os dois conceitos, pois algumas
verbas, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), as férias e o 13º Salário são
calculadas sobre a remuneração, já outras, como o adicional noturno e o repouso semanal
remunerado, são calculadas pelo salário (p. 10).
Devemos observar, como futuros gestores, que a remuneração é uma poderosa
ferramenta para a retenção de talentos, além de fazer com que o colaborador se envolva mais
com o trabalho. Ela está ligada ao fator comprometimento. Quando os salários são mal
determinados, geram insatisfação e desestimulam o funcionário, colocando em risco os
resultados de uma Organização. Um colaborador que entende estar sendo explorado pela
Empresa tem comportamento negativo em relação a ela. Uma forma adequada de
determinar o valor do salário é por meio das pesquisas salariais.
Agora, vamos então entender um pouco mais acerca dos tipos de remuneração.
Começaremos a partir da remuneração tradicional caracterizada como fixa e direta.
Remuneração Variável
A remuneração variável ajusta a remuneração às diferenças individuais dos
colaboradores, ao desempenho e ao alcance de metas e resultados, servindo como
motivação intrínseca, ou seja, como fator motivacional, dando ênfase à autorrealização, na
medida em que premia o bom desempenho e incentiva o desempenho acima do comum (p.
12).
Como remuneração variável, enquadram-se os valores pagos como Participação nos
Lucros – PLR, Bônus por Alcance de Resultados, Comissões e Participação Acionária, entre
outros.
Chiavenato (2005) afirma, ainda, que:
Toda pessoa precisa receber retroação a respeito do seu desempenho para saber
como está indo no seu trabalho. Sem essa retroação as pessoas caminham às cegas. Também
a organização precisa saber como as pessoas desempenham as suas atividades para ter uma
ideia de suas potencialidades.
Esse autor nos lembra a importância do feedback. É preciso deixar claro o que
exatamente a Organização espera do colaborador. Trata-se de um Processo de Comunicação.
Não é possível cobrar algo de que não se foi previamente acordado. É claro que, para que isso
seja possível, a Empresa deve fazer sua parte, apoiando as ações de suas Equipes, suprindo-as
com os devidos recursos e apoio.
IMPORTANTE:
O Programa de Remuneração Variável é aquele em que uma parte da remuneração
baseia-se em alguma medida de desempenho, individual e/ou organizacional. Sendo assim,
as quantias recebidas variam de acordo com a medição de desempenho (ROBBINS, 2010).
Você sabia que para aferir o desempenho de um colaborador existem metodologias
específicas? Segundo Caetano (1990), a avaliação do desempenho profissional, como Sistema
Formal e Sistemático de apreciação do trabalho desenvolvido pelos colaboradores de uma
Organização, emergiu como componente da Gestão de Recursos Humanos praticamente
desde que a gestão das Organizações começou a ser teoricamente elaborada e sistematizada.
Dessa forma, para comprovar o desempenho bom ou ruim de um funcionário, é preciso
promover uma avaliação que trará considerações acerca de cada indivíduo. Trata-se de um
instrumento valioso para a gestão.
Participação Acionária
A participação acionária é um modelo de remuneração variável que se aplica,
normalmente, nos níveis estratégicos da Organização e consiste em remunerar os resultados
conseguidos por meio da concessão de ações da Empresa (p. 16).
Segundo Pontes (1998), quando a Empresa permite que um funcionário seja acionista,
passa a ter corresponsáveis diretos por seu fracasso ou por seu sucesso, fazendo com que os
próprios funcionários ajudem a alcançar resultados positivos e satisfatórios ou resultados
indesejados.
Distribuição de Ganhos
A distribuição de ganhos é um modelo de remuneração praticado nos níveis
inferiores da Organização. Baseia-se em um Sistema de “participação” com sugestões e
ideias, que são analisadas por um Comitê e, se aceitas, são colocadas em prática. Dos
resultados obtidos com base nessas ideias, distribuem-se os dividendos entre a Empresa e
seus autores, conforme valores previamente estabelecidos.
As Empresas que adotam a distribuição de ganhos no Brasil, de acordo com marras
(2002), focam-se em dois campos de interesse:
• Incrementar a remuneração de seus funcionários: possibilita gratificações que, de
alguma forma, representam um ganho a mais, tornando-se interessante para o funcionário na
medida em que o ganho surge como a possibilidade de satisfazer necessidades materiais e
pessoais;
• Implantar o estabelecimento de um vínculo participativo: o funcionário sente-se
comprometido em encontrar soluções para os problemas que estão diretamente ligados à
saúde organizacional da Empresa.
O Programa de Benefícios
O Programa de Benefícios é um conjunto de Programas ou Planos oferecidos por
uma Organização aos funcionários, complementando o Sistema de Salários, e que constitui
aspecto importante do Pacote de Remuneração. O benefício é uma forma de remuneração
indireta que visa a oferecer aos funcionários uma base para a satisfação de suas necessidades
profissionais.
Para Wood Jr. e Picarelli Filho (2004, p. 82), “Benefícios respondem por parte
considerável da remuneração total e costumam ser fator de decisão na aceitação de ofertas de
emprego”.
Podemos dizer que é um importante meio para a manutenção dos funcionários,
trabalhando a satisfação deles, podendo até impactar sua produtividade.
Os benefícios sociais podem ser financiados total ou parcialmente pelas Empresas
(com ou sem participação do colaborador). Por vezes, também variam de acordo com o nível
hierárquico, como diretores, gerentes, funcionários administrativos ou da produção, entre
outros.
Relacionam-se, dessa forma, com os objetivos de longo prazo da Empresa (WOOD JR.;
PICARELLI FILHO, 2004), reforçando estabilidade, comprometimento e lealdade com o
empregado.
Os benefícios podem ser classificados como:
• Benefícios legais: exigidos pela Legislação Trabalhista, previdenciária ou pelos
Sindicatos. Por exemplo: 13º salário, férias, hora-extra, salário-família, aposentadoria, vale
transporte etc.;
• Benefícios espontâneos: concedidos pela Empresa (não exigidos por Lei). Por
exemplo: gratificações, Seguro de Vida, refeições, Assistência Médica etc.
Dessa forma, os benefícios podem ser econômicos, recreativos ou facilitadores, a
depender de sua finalidade.
Um bom Plano de Benefícios pode trazer inúmeras vantagens, tanto para o empregado
quanto para a Empresa, como, por exemplo:
• Maior envolvimento do colaborador com o seu trabalho e, consequentemente, com
a Empresa;
• Maiores chances de atrair e manter talentos;
• Diminuição da rotatividade e do absenteísmo;
• Aumento da motivação;
• Melhora da qualidade de vida dos funcionários.
Esses estágios demonstram que uma Organização precisa considerar vários fatores
para agir de maneira socialmente responsável, a começar de dentro, junto aos colaboradores e
seus familiares, junto às suas ações de preservação à vida e à Natureza.
O segundo passo é cuidar do seu campo externo, com ações de reposição de recursos
naturais, redução de poluição, apoio a projetos ambientais, educacionais, sociais, de saúde etc.
Dessa forma, ser uma Empresa socialmente responsável é pensar no todo, de forma
sistêmica, auxiliando, seja no desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas, seja
gerindo suas ações de forma a minimizar impactos destrutivos nessa Comunidade, e também é
ter foco no cuidado com seu público interno, elaborando programas de qualidade de vida no
ambiente de trabalho, saúde e segurança, desenvolvendo programas de diversidade, ou seja,
cuidando da integridade física, mental, psicológica, emocional e social de seus funcionários.
Carroll (1991) propõe um modelo piramidal de Responsabilidade Social da Empresa,
que está dividido em quatro dimensões: econômica, legal, ética e discricionária
(ou filantrópica):
• Responsabilidade econômica: a Empresa deve produzir bens e serviços que a
Sociedade necessita e quer a um preço que possa garantir a continuação das atividades da
Empresa;
• Responsabilidade legal: as Empresas devem respeitar as exigências legais, pela
observância das Leis municipais, estaduais e federais;
• Responsabilidade ética: inclui comportamentos ou atividades que a Sociedade
espera das Empresas. Para serem éticos, os tomadores de decisão das Empresas devem agir
com equidade, justiça e imparcialidade, além de respeitar os direitos individuais;
• Responsabilidade discricionária ou filantrópica: é puramente voluntária e orientada
pelo desejo da Empresa em fazer uma contribuição social não imposta pela Economia, pela Lei
ou pela Ética.
A seguir, serão apresentados os principais elementos que envolvem a
Responsabilidade Social com foco na gestão interna, ou seja, os diversos programas
desenvolvidos pelas Empresas e voltados aos colaboradores, bem como a discussão sobre o
papel do profissional de Recursos Humanos no desenvolvimento, na implantação e no
acompanhamento desses programas.
Segurança do Trabalho
O cuidado com o colaborador começa com a prevenção e a eliminação das condições
de risco no ambiente de trabalho. Local adequado (sem presença de pisos escorregadios,
danificados, sujos etc.) é um bom começo da postura responsável de uma Empresa. É claro
que as ações não param por aí. É preciso haver outros componentes.
A Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas,
educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, seja pela
eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento
das pessoas para a implementação de práticas preventivas (RIBEIRO, 2006), (p. 13).
Em nosso país, a Segurança do Trabalho é regida pela CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho, e também temos as Normas Regulamentadoras, conhecidas como NRs. São 36
Normas que regem todas as ações da área de Higiene, de Segurança e de Medicina no
Trabalho (HSMT), determinando programas para eliminar doenças e controlar e preservar a
saúde.
Cada NR aborda um tema, apontando todas as diretrizes do que fazer e como a
Organização deve agir. São tratadas questões como Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais, Atividades e Operações Insalubres e Sinalização de Segurança, entre outros.
O campo de Segurança do Trabalho tem como preocupação a:
• Prevenção de acidentes no trabalho por meio de programas educativos que
conscientizem o trabalhador sobre a adoção de ações seguras para a proteção de sua própria
vida e da vida de seus colegas de trabalho. Por exemplo: treinamentos para o uso adequado de
EPIs – Equipamentos de Proteção Individual;
• Eliminação de causas de acidentes no trabalho, que são ocasionados ou por um ato
inseguro provocado pelo trabalhador ou por uma condição insegura encontrada no ambiente
de trabalho. Por exemplo: inserir faixas para pedestres na Empresa e exigir que o trabalhador
as respeite.
De acordo com pesquisas recentes, cerca de 90% dos acidentes nas Empresas são
causados por atos inseguros do próprio trabalhador, que podem estar relacionados a
questões como:
• Excesso de confiança;
• Cansaço;
• Preocupação;
• Falta de experiência;
• Falta de adaptação ao trabalho.
A CIPA, regulamentada pela NR-5, é uma Comissão que deve ser formada por
representantes dos empregados e da Empresa e tem por objetivo observar e relatar as
condições de riscos existentes no ambiente de trabalho. Além disso, deve solicitar medidas
para reduzi-los, neutralizá-los ou os eliminar. Outra atribuição envolve a promoção de
Campanhas de Esclarecimento sobre os riscos encontrados no local de trabalho e o uso correto
de máquinas e ferramentas (p. 17).
Insalubridade
As Empresas precisam assegurar condições ambientais salubres no ambiente de
trabalho. São obrigações da Empresa, exigidas no Artigo 168 da CLT e nas Normas
complementares: medições e controle de temperatura, iluminação, ventilação, intensidade
de ruído, poluição e umidade, seguindo limites de tolerância estabelecidos.
O Artigo 168 da CLT cita que são atividades insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados, em razão da natureza e da intensidade do agente e
do tempo de exposição aos seus efeitos (p. 18).
Esses agentes nocivos são aqueles possíveis de levar um funcionário a adquirir alguma
doença, e podem ser descritos como:
• Agentes físicos: Ruído, calor, radiações, frio, vibrações e umidade;
• Agentes químicos: Poeira, gases e vapores, névoas e fumos;
• Agentes biológicos: Micro-organismos, vírus e bactérias.
Ainda segundo a CLT, a Empresa deve efetuar exames médicos de admissão e
demissão e exames periódicos em seus funcionários, providenciar Registro Médico de cada um
e registro das causas de acidentes, quando houver. Todo fator que possa gerar prejuízo para a
saúde do trabalhador deve ser controlado e evitado pelas Organizações.
IMPORTANTE
A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu Artigo 93, fixou cotas para a inclusão
de Pessoas com Necessidades Especiais no Mercado de Trabalho.
A Lei estipula que Empresas com 100 empregados ou mais devem preencher de 2% a
5% dos seus cargos com esse público.
As Organizações devem atender à seguinte proporção:
Até 200 funcionários.................... 2%;
De 201 a 500 funcionários........... 3%;
De 501 a 1000 funcionários......... 4%;
De 1001 em diante funcionários...5%