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DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS - DET

CONTEÚDOS DE PRODUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO


1.º ANO – 2023/2024
I. TIPOS E ESTRATÉGIAS DE LEITURA.

 Conceito de Leitura:
O verbo “ler”, etimologicamente do latim LEGER, que significa ‘colher’, evoluindo depois, com a ivenção da
escrita na civilização romana, para o significado de “colher o que outro escrevera” (Cadório, 2001).
O termo evoluiu ao longo dos tempos e hoje existem várias definições, no meio de muitas propostas de
diferentes estudiosos, dependendo da área de conhecimento. Assim, “saber ler” equivale “a ser capaz de
transformar uma mensagem escrita noutra sonora em conformidade com determinadas leis bem definidas,
equivale a ser capaz de a conceber e de apreciar o seu valor estético” (Mialaret 1997), uma definição na
qual estão subentendidas quatro dimensões relativas à aprendizagem da leitura: enquanto aquisição de
uma técnica de decifração, de compreensão, de julgamento e de apreciação estética.
1- LER É DECIFRAR: Enquanto técnica de decifração, a leitura é entendida como uma
descodificação dos símbolos gráficos em sons. “A descodificação refere-se ao uso eficiente da
correspondência letra-som, tecnicamente denominada correspondência grafema-fonema, no
reconhecimento de palavras. Para ser capaz de ler, o leitor, precisa saber como o sistema de
escrita funciona, isto é, no caso da nossa escrita, feita com letras do alfabeto grego-latino, precisa
de entender a característica fundamental desse sistema: o conhecimento de que as letras
representam os sons da fala” (Pinheiro, 2005). Daqui resulta a relação entre a leitura e a escrita,
comummente traduzida na dicotomia “oralidade-escrita” – DIMENSÃO DECIFRATÓRIA >
LEITURA DECIFRATÓRIA.
2- LER É COMPREENDER: A compreensão é entendida como o objectivo derradeiro da leitura a
respeito da mensagem que o texto veicula. Deste modo, a leitura é “a capacidade que o indivíduo
possui de, uma vez dominadas as técnicas de decifração gráfica, interpretar, fazer inferências,
analisar criticamente e compreender o conteúdo de um texto” (Santos, 2000). Já em 1960, Borel-
Maisonny (in Mialaret, 1997) sugeria: “Ler oralmente equivale a encontrar, em face de um símbolo
escrito, a sua sonorização portadora de sentido”. Isto demonstra que, mesmo se um aluno
dominasse uma técnica de decifração, esta seria ineficaz, se não possibilitasse atingir um
pensamento. Desta forma, a leitura é entendida como a compreensão daquilo que se decifra.
Segundo Mialaret (1997), ler não se pode reduzir ao ato da perceção visual a uma emissão sonora,
pois esta é encarada como uma tradução que revela o sentido de uma mensagem escrita. Neste
sentido, “saber ler” é compreender o que o que se decifra, ou seja, traduzir em pensamentos,
ideias, emoções e sentimentos os sinais gráficos que se encontram escritos. De acordo com esta
definição de leitura, a criança que sabe ler entra no mundo dos civilizados e fica capacitada para
expandir as suas capacidades intelectuais, servindo-se da leitura como um novo meio de
comunicação. (...). ... a aprendizagem da leitura é indissociável da formação do pensamento e do
desenvolvimento do espírito crítico – DIMENSÃO DE COMPREENSÃO > LEITURA
COMPREENSIVA

3- LER É ANALISAR, DE FORMA CRÍTICA, E RELECTIR: a leitura crítica e reflexiva é muito mais
do que um simples processo de apropriação de significado; vai além da compreensão do sentido
literal do texto e extrapola-se para a realidade do mundo circundante, tendo em conta o contexto
sociocultural, histórico, político/ideológico; ela deve ser caracterizada como um estudo, pois se
concretiza numa proposta pensada pelo ser no mundo dirigido ao outro. O leitor se institui no texto
em duas instâncias: no nível pragmático: o texto, enquanto objeto veiculador de uma mensagem,
está atento em relação ao seu destinatário, mobilizando estratégias que tornem possível e facilitem

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a comunicação; e no nível linguístico-semântico: o texto é uma potencialidade significativa que se
atualiza no ato da leitura, levado a efeito por um leitor instituído no próprio texto, capaz de
reconstruir o universo representado a partir das indicações, das pistas gramaticais que lhe são
fornecidas. Partindo do conteúdo do texto, o leitor é capaz de fazer associações com o conteúdo
de outros textos ou realidades, em função das suas vivências e experiências – DIMENSÃO DE
CRÍTICA E REFLEXÃO > LEITURA CRÍTICA E REFLEXIVA
4- LER É APRECIAR O ESTÉTICO: A leitura constitui um meio de apreciação estética, procurando
desenvolver o gosto pela leitura para que o aluno possa descobrir o prazer que esta lhe possa
proporcionar. A leitura visa desenvolver as capacidades (re)criativa e artística que potenciem as
compentências necessárias para a cultura do belo e do agradável, numa dimensão da arte; trata-
se de um exercício ligado à leitura de textos literários, na qual o leitor é capaz de se distanciar dos
“constrangimentos do mundo e ser (re)conduzido ao mundo ideal do sonho, da lierdade, da
fantasia, do desvaneio, da evasão e dos mais nobres sentimentos e emoções” (Nina, 2008: 58) –
DIMENSÃO ESTÉTICA > LEITURA ESTÉTICA/RECREATIVA.
 Ler é descobrir o mundo… / Quem lê um livro já não é a mesma pessoa…/ Ler é
sonhar pela mão de outrem (Fernando Pessoa). / Um verdadeiro analfabeto é aquele
que sabe ler, mas não lê (Mário Quintana). / Ler é beber e comer. O espírito que não lê
emagrece como o corpo que não come (Victor Hugo). Um livro é como uma janela.
Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena
parte da paisagem (Khalil Gibran). / Não há livro tão mau que não tenha algo de bom
(Miguel de Cervantes).
 Si la meta de la educación es capacitar a los indivíduos para que lleguen a ser
pensadores y comunicadores creativos y críticos, tenemos que ayudar a los alunos a
usar el linguaje como herramienta de transformación sobre el conocimento y la
experiencia a poder comprender y también expresar. De aquí que creamos que la
lectura, el habla y la escritura son elementos tan estrechamente ligados que ninguno
de ellos debe ser desvinculado de los otros, y menos en la etapa que nos ocupa.
(CATALÀ, MOLINA, & MONCLÚS, 2005 : 14; apud Costa e Silva, 2013: 5)
 Ler é compreender. Ao ler, o sujeito constrói sentidos, mobilizando diferentes
competências. De uma forma simplificada, podemos falar em dois grandes grupos de
competências: i) competências básicas, ao nível do reconhecimento de letras e de
palavras (decifração) e ii) competências de ordem superior, ao nível da construção de
significado (dentro da frase, entre sequências de frases, e no texto como um todo).
(VIANA, RIBEIRO, & FERNANDES, 2010:10; apud Costa e Silva, 2013: 8).
Entende-se que a “leitura é uma habilidade indispensável à vida social. (...). Ultrapassa a decodificação do
código escrito”. Permite entender o mundo e interagir com outros semelhantes (Cavalcante Filho, 2011:
1721-1722). Trata-se de “um processo de interlocução entre leitor/autor mediado pelo texto. É uma espécie
de encontro com o autor, que está ausente, mas mediado pela palavra escrita” (idem).

 TIPOS DE LEITURA
Existem diferentes propostas sobre a definição dos “tipos de Leituras”, de acodo com a perspectiva de cada
autor. Considerando o foco, o objectivo e o público-alvo desta matéria, nestes apontamantos, adoptamos
a perspectiva/a tipologia apresentada em Cavalcante Filho (2011: 1723-1724), que se apoia no trabalho de
Andrade (1999: 19-20). Com alguma adaptação, são os seguintes tipos de leitura: i) recreativa/estética; ii)
leitura técnica; iii) leitura de informação; e iv) leitura de estudo:1

1Considere, por exemplo, também a proposta de Sousa (s.d.), mais virada para uma perspectiva global: Leitura
exploratória ou de reconhecimento-tem por objevtivo verificar até que ponto o livro consultado a presenta informações
que são realmente de interesse do trabalho pesquisado. A leitura exploratória considera as informações referentes
ao titúlo e ao sumário, podendo incluir a leitura da introdução, das orelhas e da contracapas para que se tenha uma

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1- recreativa/estética: rotulada também de “leitura de higiene mental”, este tipo de leitura tem
como objetivo trazer satisfação à inteligência, a distração, o entretenimento, o lazer. É o caso da
leitura de romances, revistas em quadrinhos, etc. (cf. DIMENSÃO ESTÉTICA LEITURA).
2- Leitura técnica: implica, muitas vezes, a habilidade de ler e interpretar tabelas e gráficos. Por
exemplo: relatórios ou obras de cunho científico.
3- Leitura de informação (informativa): está ligada às finalidades da cultura geral, que pode
alcançar-se lendo textos de diferente natureza ou tipolgia, conciliando também os outros tipos de
leitura.
4- Leitura de estudo: visa à coleta de informações para determinado propósito, aquisição e
ampliação de conhecimentos. É este tipo de leitura que está mais presente e mais cultivado e
necessário no âmbito académico, de que se serve apela para o estudo de textos diversos
referentes à matéria escolar, quer teóricos quer técnicos. Devido a essa sua relevância, segue-se
a descrição de algumas estratégias (fases e níveis) de leitura de estudo, retomadas de Cavalcante
Filho (2011: 1724-1725).

Estratégias de leitura
 FASES DE LEITURA:
1- Leitura de reconhecimento ou pré-leitura: também classificada por outros autores como leitura
prévia ou de contato, tem como finalidade dar uma visão global do assunto, ao mesmo tempo em
que permite ao leitor verificar a existência ou não de informações úteis para o seu objetivo
específico; tratase de uma leitura rápida, “por alto”, apenas para permitir um primeiro contacto com
o texto;
2- Leitura seletiva: o objetivo é a seleção de informações mais importantes e que interessam à
elaboração do trabalho em perspectiva;
3- Leitura crítica ou reflexiva: leitura de análise e avaliação das informações e das intenções do
autor. A reflexão se dá por meio da análise, comparação e julgamento das ideias contidas no texto;
4- Leitura interpretativa: é a mais completa, é o estudo aprofundado das ideias principais, onde se
procura saber o que realmente o autor afirma, quais os dados e informações ele oferece, além de
correlacionar as afirmações do autor com os problemas em questão.

 NÍVEIS DE LEITURA:
1. Elementar: leitura básica ou inicial. Ao leitor cabe reconhecer cada palavra de uma página. Leitor
que dispõe de treinamento básico e adquiriu rudimentos da arte de ler;
2. Inspeccional: caracteriza-se pelo tempo estabelecido para a leitura. Arte de folhear
sistematicamente;
3. Analítica: é minuciosa, completa, a melhor que o leitor é capaz de fazer. É ativa em grau elevado.
Tem em vista principalmente o entendimento;
4. Sintópica: leitura comparativa de quem lê muitos livros, correlacionando-os entre si. Nível ativo e
laborioso de leitura (pode envolver sínteses, resumos e a elabora de outro(s) texto(s) lido(s)).

ideia geral de como a obra pode contribuir para pesquisa. Leitura selectiva/interpretativa tem por objectivo
aprofundar conhecimentos sobre os pontos que se deseja alcançar por intermédio da pesquisa em desenvolvimento,
os textos a serem lidos dizem respeito directamente ao assunto de interesse da elaboração da pesquisa. Leitura
analítica tem por objectivo estabelecer uma ordem de entradas das informações para elaboração de resumos que
contribuam para o desenvolvimento e resolução do problema de pesquisa, a leitura analítica proporciona ao autor-
aluno conhecer o pensamento do autor da obra. Leitura crítica: é aquela leitura que engloba todas as outras que
você consiga diferenciar a intenção do autor com o texto e o que você tem de crítica. A leitura crítica é você aliar a
compreensão do texto e a sua interpretação do mesmo. Nesse sentido, para fazer uma leitura crítica, você analisa,
concorda, discorda, relaciona a outros exemplos etc. Ao ler um artigo científico, por exemplo, você deve ficar atento
a alguns quesitos que podem ajudá-lo a interpretar o texto: identificar o objetivo geral e os objetivos específicos; qual
a metodologia utilizada; quais os teóricos presentes; e, principalmente, qual a análise dos dados e a ideia defendida
pelo autor.

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II. TEXTO LITERÁRIO E TEXTO NÃO LITERÁRIO
A. Texto literário
Os textos literários são textos cujo principal objetivo é entreter o leitor, sem carácter utilitário
imediato e carregada de intenção estética.
Características do texto literário.
 1- Privilegia a dimensão estética da lingagem, fazendo uso frequente das funções
poética e emotiva.
 2- É conotativo e plurissignificativo, por isso carregado de subjectividade, pois nele as
palavras as palavras podem adquirir vários significados (sentidos metafóricos,
metonímicos, alegóricos, irónicos, eufemésticos, hiperbólicos, etc.).
 3- Tem finalidade essencialmente recreativa; ou seja, serve para entreter, divertir.
 4. Certo desvio às normas de correcção gramatical, quando se procura privilegiar a
criatividade artística do autor e o próprio carácter de arte da obra literária.
 5- O seu conteúdo baseia-se na ficção, embora ligado a determinada realidade. Por
isso, o texto literário é essencialmente fictício e verossímel (de verossimilhança, que
taduz a ideia daquilo que é próximo à verdade ou à realidade).
EXEMPLOS DE TEXTO NÃO LITERÁRIO2

Texto 1: MALIDZA
Caminhai célere, ó jovens do povo de Quiteve, vinde ouvir a história de Malidza que, à certa hora de uma
madrugada sem referência, encontrou Kilombo. O guerreiro voltava dos seus combates, cabeça emplumada, nos
dedos firmes a lança em riste. Malidza estremeceu, nos olhos fundos a mesma grande timidez das gazelas que um
pranto sem razão liquefazia. Kilombo não pôde desviar o olhar e a lança caiu-lhe pela primeira vez da mão
invencível. Ficaram assim eternidades, silhuetas legendárias de uma aproximação cuja idade remonta à primeira
caverna que o homem habitou.
Sabei, ó jovens do povo de Quiteve, que Kilombo esperava o fim da guerra para desposar Malidza, o fragor
do último combate. Odiava as guerras, mas queria o pior para os bárbaros que impunham a sua gente.
Mas um dia apareceu na aldeia o “nhamessoro” para invocar Zúzu, o espírito das águas. O tambor anunciou-
o surdamente. Cessou a dança das donzelas e um pedaço de lua tornou mais negro o perfil distante da montanha
que assinalava o princípio do reino de Maruça. À primeira batida imobilizaram-se, na posição em que foram
surpreendidas, as ancas das dançarinas. Veio para o terreiro todo o povo da aldeia.
Seguiu-se a cerimónia do “nhamessoro”, o batuque, o estrépito das vozes. Todos viram aparecer do fundo
das águas, recoberto de raízes, o novo oficiante. Malidza tentou esconder-se atrás das outras, evitar o olhar repasse
do “nhamessoro” nas curvas adolescentes do seu corpo. Tinha chegado o momento da dádiva e o mago poderia
escolher, à sua vontade, a jovem que mais o impressionasse. Malidza viu a febre nos olhos de Kilombo. Viu, depois,
que o corpo lhe tremeu de dor, enquanto o dedo do “nhamessoro” apontava para si.
Gritavam as mulheres saudando a escolha. Mas Malidza recuou para sempre, levou consigo o sofrimento de
Kilombo e o espanto das outras mulheres que não compreendiam a razão da fuga sacrílega.
Diz-se que a floresta matou Malidza.
Mas notai, ó jovens do povo de Quiteve, que Kilombo sabe onde repousa o corpo de Malidza, que foi
encontrar no sítio onde a viu pela primeira vez. Dois abutres debicavam-lhe os olhos. Levantaram-se para o céu
quando Kilombo se aproximou. E o antigo guerreiro também sabe que o espaço agora é mais belo, porque o
encheram de luz mais duas estrelas.
Carneiro Gonçalves (moçambicano), in «Contos e Lendas», 1975 (ed. póstuma)

2
Ver também o texto estudado na aula.

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TEXTO 2: VELHO DA HORTA
VELHO — Onde se criou tal flor? Eu diria que nos céus.
MOÇA — Mas no chão.
[...]
MOÇA — E essa tosse? Amores de sobreposse serão os da vossa idade; o tempo vos tirou a posse.
VELHO — Mas amo que se moço fosse com a metade.
MOÇA — E qual será a desastrada que atende vosso amor?
VELHO — Oh minha alma e minha dor, quem vos tivesse furtada!
MOÇA — Que prazer! Quem vos isso ouvir dizer cuidará que estais vivo, ou que estais para viver!
[...]
VELHO — Essas palavras ufanas acendem mais os amores.
MOÇA — Bom homem, estais às escuras! Não vos vedes como estais?
VELHO — Vós me cegais com tristuras, mas vejo as desaventuras que me dais.
MOÇA — Não vedes que sois já morto e andais contra a natura?
[...]
Gil Vicente (escritor português)

B. Texto não literário


Os textos não-literários são textos cujo principal objetivo é transmitir informação clara, objectiva
e utiltária, isenta de alguma intenção estética.
Características do texto não literário/informativo.
 1- Privilegia o uso da função informativa da lingagem.
 2- É denotativo e objectivo, pois as palavras são empregadas com o seu sentido literal.
 3- Tem finalidade essencialmente utilitária: informar, explicar, declarar, argumentar,
aconselhar, pedir, ordenar, apelar, perguntar, etc.
 4. Respeito às normas de correcção gramatical, privileginado o uso do registo de língua
padrão ou cuidada também.
 5- O seu conteúdo baseia-se em factos e informações da realidade, podendo conter
exemplos, ilustrações e domonstrações.
EXEMPLOS DE TEXTO NÃO LITERÁRIO3

Texto 1: LUTA CONTRA A POBREZA URBANA


Há um ano atrás, Josefa Eduardo e os seus vizinhos residentes no subúrbio do Hoji-ya-Henda, em
Luanda, tinham sérios problemas para obter água limpa. Eles caminhavam quilómetros e pagavam
preços exorbitantes por água não tratada. Casos de doenças relacionadas com a água, tais como a
diarreia, eram comuns.

3 Considerar também os textos estudados na sala de aula.

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Mas agora, a situação na comunidade peri-urbana, situada a cinco quilómetros do centro de Luanda,
está a melhorar aos poucos, devido a um programa de redução da pobreza projectado para a capital e
seus arredores – o Programa de Luta contra a Pobreza Urbana de Luanda (LUPP).
Este programa incorpora várias ideias diferentes para testar potenciais soluções para a pobreza urbana,
incluindo a mobilização da população local e a criação de ferramentas que lhes permitam resolver os
seus problemas. (…)
O LUPP concentra-se nas necessidades prioritárias dos pobres das zonas urbanas por meio de
prestação de serviços básicos, tais como água e saneamento. O programa apoia modos de vidas
sustentáveis através de microcrédito, formação em técnicas de desenvolvimento de negócios e
promoção de cooperativas e grupos de poupanças.
O programa também habilita as populações locais a ajudarem-se a si mesmas, através do reforço das
suas capacidades, de forma a trabalharem juntas em grupos inclusivos e nas organizações locais e ao
mesmo tempo encoraja as autoridades locais a trabalharem com os habitantes.
Josefa é membro de um comité de água, o que quer dizer que ela recolhe pagamentos para o consumo
de água, assegura que as filas estão em ordem e que ninguém toma uma parte maior que o justo. (…)
O programa LUPP, que teve um papel fundamental na construção e funcionamento dos chafarizes, está
a apoiar a comunidade enquanto esta lida com as questões mais amplas do fluxo de água e de outros
problemas no bairro. (…)
In DW – Desenvolvimentos, Janeiro – Fevereiro –
Março

Texto 2: RECEITA DE PUDIM DE LEITE CONDENSADO


Ingredientes:
 1 lata de leite condensado
 1 lata de leite (medida da lata de leite condensado)
 3 ovos inteiros
 1 xícara (chá) de açúcar
 1/2 xícara de água
Modo de preparar:
1. Primeiro, bata bem os ovos no liquidificador.
2. Acrescente o leite condensado e o leite, e bata novamente.
3. Derreta o açúcar na panela até ficar moreno, acrescente a água e deixe engrossar.
1. Coloque em uma forma redonda e despeje a massa do pudim por cima.
2. Asse em forno médio por 45 minutos, com a assadeira redonda dentro de uma maior com
água.
3. Espete um garfo para ver se está bem assado.
4. Deixe esfriar e desenforme.
Pudim de leite condensado - TudoGostoso; consultado a 03/01/2023.

BIBLIOGRAFIA

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