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PLANOS DE AULA SIMPLIFICADO

ESCOLA: Escola Estadual Irmã Sá


TURMA:2º ano 02
TURNO: Vespertino
DATA: 30/08/2023
DURAÇÃO: 50 minutos

1. CONTEÚDO: Regimes totalitários século XX, fascismo, nazismo e socialismo como cada
um surgiu, seus fundamentos, motivos, consequências.

2. OBJETIVOS: Compreender o passado e ver o que pode ser feito para os acontecimentos ruins
do passado não se repita.

3. RECURSOS UTILIZADOS: Pincel e Lousa.

4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO: Primeiro será feita a apresentação do conteúdo e após o


termino serão feitas perguntas básicas para instigar o raciocínio dos estudantes e despertar
seu conhecimento prévio sobre o assunto.

5. AVALIAÇÃO (Se houver): Não irá ocorrer avaliação.

6. BIBLIOGRAFIA:

Autor(a): "Daniel Neves Silva


Professor de História"

Veja mais sobre "Stalinismo" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/governo-stalin.htm

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Resumo 1

Stalinismo

O stalinismo foi um regime totalitário que existiu na União Soviética por quase três décadas que
promoveu o desenvolvimento do país aos custos de uma duríssima repressão.

O stalinismo é definido pelos historiadores como um regime totalitário que existiu na União
Soviética, entre 1927 e 1953, e foi construído pelo líder do país Josef Stalin. Esse governo realizou
transformações profundas, na URSS, e realizou uma implacável perseguição aos seus opositores.
A coletivização das terras soviéticas, a industrialização do país, a perseguição aos opositores por meio
dos expurgos e a resistência ferrenha contra os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial foram
acontecimentos marcantes durante esse período. Os crimes cometidos durante o stalinismo só foram
denunciados após a morte de Stalin.
O consenso dos historiadores é que o stalinismo foi um regime totalitário.

Imposição de censura etc.

Disputa pelo poder

Os historiadores consideram que Stalin tornou-se governante efetivo da União Soviética a partir de
1927. A disputa pelo poder foi iniciada quando a saúde de Lenin começou a se deteriorar, entre 1922 e
1923, por conta de um derrame. Naquele momento, quatro postulantes disputavam a posição de novo
secretário-geral da União Soviética: Stalin, Kamenev, Zinoviev e Trotsky.
Nesse momento, Stalin já tinha uma posição privilegiada no interior do partido, mas não era o favorito
de Lenin. O historiador William P. Husband afirma que, antes de morrer, Lenin preocupava-se com a
possibilidade de Stalin ser o seu sucessor por ser muito rude|1|. Após quatro anos de disputa pelo
poder, Stalin firmou-se no poder ao garantir a expulsão de seus adversários do partido.
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Uma vez estabelecido enquanto figura incontestável no poder, Stalin começou a realizar as mudanças
que desejava fazer. Seus focos foram acabar com as classes sociais, voltando-se contra os
ricos, industrializar a União Soviética, planificar a economia e silenciar seus opositores. Iniciava-se
então o stalinismo.

Economia stalinista

A economia stalinista era uma economia inteiramente planificada, ou seja, estava concentrada nas mãos
do Estado. Stalin interveio diretamente na agricultura, realizando transformações profundas nessa área e
investiu maciçamente na industrialização, exigindo um grande esforço da população nos dois casos.
Quando Stalin assumiu o poder, em 1927, a indústria soviética ainda era frágil e, por isso, Stalin impôs
um plano que cobrava um grande esforço de todo o país para promover uma industrialização em escala
acelerada. O plano de industrialização da União Soviética ficou conhecido como Plano Quinquenal, um
plano que criava metas que o país deveria alcançar a cada cinco anos.
O primeiro plano quinquenal foi lançado em 1929 e substituiu a Nova Política Econômica, o antigo
plano econômico soviético. Stalin aboliu as iniciativas de abertura da economia soviética para o capital
privado, voltou-se contra as classes sociais mais ricas, aumentou impostos de empresas privadas e
passou a exigir um grande esforço dos trabalhadores para promover a industrialização.

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O Plano Quinquenal priorizou o desenvolvimento de áreas relacionadas à indústria pesada, como a
metalurgia e siderurgia, além de dar grande atenção para a extração de combustíveis fósseis e para a
produção de energia elétrica. O Estado soviético passou a cobrar que metas extremamente exigentes
fossem alcançadas e isso exigiu um esforço enorme dos trabalhadores.
O historiador Eric Hobsbawm define que as exigências feitas pelo governo stalinista exigiam
«sangue, esforço, lágrimas e suor» da população soviética|2|. O grande esforço pela industrialização, por
sua vez, gerou milhões de novos empregos e aumentou a quantidade de proletários na União Soviética, o
grupo que mais apoiava o regime.
Apesar das duras exigências, os resultados, porém, foram expressivos, e a produção industrial da União
Soviética aumentou consideravelmente. O sucesso dos planos quinquenais foi tão grande que, em
poucos anos, a União Soviética tinha se transformado em uma grande potência industrial. O poderio
industrial e o grau de exigência dos trabalhadores soviéticos durante o stalinismo foram
percebidos, principalmente, nos anos da guerra.

Acesse também: Sputinik 1 - o programa soviético que lançou o primeiro satélite ao espaço

A coletivização da terra foi outro grande esforço realizado pelo Estado stalinista no âmbito da
agricultura. Revolucionou-se a forma como a produção agrícola acontecia e atacou-se as classes de
camponeses ricos que existiam no interior soviético. A coletivização da terra foi feita à força, e a
resistência a esse processo foi tratada com brutalidade.
A coletivização da terra foi imposta junto do primeiro Plano Quinquenal, em 1929, e pode ser
definida, basicamente, como processo de expropriação de terra, abolindo a propriedade privada no
campo e transformando tudo em propriedade do Estado. A função dos camponeses era a de aderir às
terras tomadas pelo Estado e alcançar as metas de produção estabelecida.
As terras tomadas eram transformadas em fazendas coletivas e tudo que existia nelas, como as
ferramentas, as sementes e o gado, pertenciam ao Estado. A tomada de terras gerou
resistência, sobretudo dos camponeses ricos, conhecidos como kulaks. Essa oposição ao processo de
coletivização foi tão grande que só na Ucrânia foram registrados quase 1 milhão de atos contrários, só
no ano de 1930 |3|.
A ação de Stalin contra os kulaks era simples: o desejo era acabar com essa classe. Quanto mais eles
resistiam, mais dura tornava-se a ação estatal, e as medidas tomadas pelo Estado contra essa classe
foram de colocá-los para trabalhar em terras inferiores, transferi-los para locais longe de suas casas ou
enviá-los para campos de trabalho forçado, caso resistissem.
O historiador Timothy Snyder afirma que, no total, cerca de 1,7 milhão de kulaks foram deportados para
campos de concentração|4|, e Lewis Siegelbaum afirma que cerca de 3 milhões de pessoas passaram por
um processo de deskulakização|5|. Algo importante a ser abordado é que, do ponto de vista do governo
stalinista, qualquer camponês que resistia à coletivização era considerado um kulak.
A coletivização foi, no entanto, desastrosa. As metas estipuladas eram tão altas que, frequentemente, os
camponeses tinham suas sementes tomadas pelo Estado. Além disso, as fazendas coletivas mostraram-
se, em grande parte, não tão produtivas quanto se esperava. O resultado óbvio disso foi a fome.
Os historiadores discutem se a fome causada pela coletivização foi proposital ou não, e o historiador
Timothy Snyder sugere que, pelo menos no caso ucraniano, a fome foi proposital. O objetivo disso era
enfraquecer a população para acabar com qualquer tipo de oposição às políticas stalinistas.
O resultado da Grande Fome que atingiu a União Soviética foi terrível, e Timothy Snyder aponta
que, até 1933, cerca de 5,5 milhões de pessoas haviam morrido de fome e aproximadamente metade
dessas mortes aconteceu só na Ucrânia|6|. Essa fome que levou à morte de milhões de ucranianos ficou
conhecida como Holodomor.

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Grande Terror

O Grande Terror é a fase do stalinismo que se estendeu de 1936 a 1939 e também é conhecida como
Grande Expurgo. Mas é importante frisar que os expurgos stalinistas não aconteceram exclusivamente
nesse período, eles aconteceram durante todos os anos do stalinismo, mas foram maiores nesse período
citado.
Os expurgos realizados no stalinismo eram ações dignas do «autocrata de ferocidade, crueldade e falta
de escrúpulos excepcionais» que era Stalin na definição de Eric Hobsbawm|7|. Os expurgos promovidos
durante o stalinismo tinham como grande objetivo eliminar elementos não-marxistas, eliminar minorias
étnicas que resistiam ao poder de Moscou e eliminar a oposição no interior do partido.
Aconteceram expurgos contra a intelligentsia, as elites intelectuais que ocupavam postos de
comando, mas que não eram da classe proletária. Houve também expurgos em locais, como a Ucrânia
contra a minoria polonesa, houve expurgos no campo, no interior do partido, no exército soviético etc.
Esses expurgos poderiam resultar no envio de pessoas para as gulags, campos de trabalho forçado que
eram construídos em locais remotos da Sibéria e do Cazaquistão. Outros, porém, eram rapidamente
executados pela NKVD, a polícia secreta soviética. O saldo de execuções durante todos os anos de
stalinismo ultrapassaram a casa dos milhões, mas, durante o Grande Terror, esse número foi de
681.692, segundo Timothy Snyder|8|, e 685.660, segundo Lewis Siegelbaum|9|.
Os historiadores discutem as motivações de Stalin ao ter promovido essa quantidade gigantesca de
expurgos, e dois eixos apontam dois motivos: destruir qualquer tipo de oposição ao seu regime, fosse ela
motivada por questões econômica, políticas, étnicas, ideológicas etc., fosse para acabar com a
burocratização no interior do Estado soviético.
Eric Hobsbawm sugere que, durante os anos de stalinismo, o governo tenha sido responsável pela morte
direta de 10 a 20 milhões de pessoas e apresenta um dado que aponta que a população soviética em 1937
era 16,7 milhões menor do que o previsto pelo governo, o que sugere que até esse ano, o número de
mortes causadas pelo governo pode ter sido aproximadamente essa.

Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial foi um capítulo especial da história do stalinismo. Poucas vezes na
história, o mundo presenciou uma mobilização tão grande na defesa de uma terra contra um inimigo em
comum. Os soviéticos chamam a Segunda Guerra Mundial de Grande Guerra Patriótica e, no conflito
contra os alemães, os soviéticos mostraram seu poder de resistência e Stalin mostrou por que se
autodenominou de «feito de ferro». Ele teve nervos para aguentar toda a pressão da guerra, mas também
exigiu um enorme sacrifício dos soviéticos.
A guerra entre alemães e soviéticos era algo iminente, apesar da existência de um acordo de não
agressão entre os dois países. Stalin imaginava que o ataque viria em meados de 1942 e, por conta
disso, ignorou diversos avisos acerca dos planos alemães para invadir o território soviético já em
1941. O historiador Antony Beevor alega que Stalin ignorou, provavelmente, mais de 100 advertências
de que o ataque alemão era iminente já em 1941|10|.
Os alemães, por sua vez, animados pelas conquistas realizadas entre 1939 e 1941, realizaram um grande
esforço para lançar o ataque contra os soviéticos em junho de 1941. A ideia era conquistar a URSS em
até 12 semanas. O ataque foi organizado na Operação Barbarossa e mobilizou mais de 3 milhões de
soldados, além de blindados, peças de artilharia e aviação de guerra.
Os soviéticos foram pegos despreparados e, por isso, os alemães avançaram continuamente pelo
território soviético no verão de 1941. Em meados de dezembro, o ataque alemão tinha perdido força e a
resistência soviética começou a equiparar-se com a força dos ataques alemães. Instigados por Stalin, os
soviéticos transferiram milhares de indústrias do oeste soviético para a região dos Urais e milhões de

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soviéticos foram convocados das regiões mais inóspitas possíveis.
Com a capacidade industrial em crescimento, graças à mobilização de mulheres para trabalhar nas
fábricas, e um volume gigantesco de soldados utilizados, os soviéticos – a um custo altíssimo –
expulsaram os alemães de seus territórios. No auge, os soviéticos mantiveram mais de 11 milhões de
soldados no front, e o custo da guerra cobrou dos soviéticos cerca de 25 milhões de vidas entre soldados
e civis.
Em abril de 1945, no entanto, os soviéticos entravam em Berlim para derrubar o nazismo e, depois de
semanas de batalha, conquistaram a capital alemã e colocavam fim ao nazismo. O esforço dos soviéticos
venceu a guerra e somente aquela sociedade brutalizada após anos de stalinismo e décadas de privações
seria capaz de suportar as exigências de Stalin e da guerra.

Morte de Stalin

O stalinismo foi um regime construído de acordo com as vontades e os objetivos de Stalin. Quando o
ditador soviético morreu, algumas das características desse regime permaneceram em vigor na União
Soviética, outras, no entanto, foram abandonadas quando os crimes de Stalin foram denunciados e o
culto à personalidade dele teve fim.
Os últimos anos de vida de Stalin foram marcados por grande culto à personalidade, uma vez que a
vitória na guerra trouxe grande popularidade ao líder. Mesmo nos últimos anos do stalinismo, os
expurgos continuaram e, após a Segunda Guerra, um dos grupos que começou a sofrer com a
perseguição foram os judeus.
Stalin faleceu, no dia 5 de março, em decorrência de um derrame cerebral. A morte do líder comoveu a
URSS, e seu funeral contou com a presença de milhares de pessoas. O líder que assumiu a URSS depois
da morte de Stalin foi Nikita Kruschev, o responsável por denunciar os crimes cometidos pelo
stalinismo.

Resumo 2 Nazismo

Autor(a): Juliana Bezerra Escrito por Juliana Bezerra Professora de História

O Nazismo foi um movimento ideológico nacionalista, imperialista e belicista.


Nos moldes do fascismo, que se desenvolveu na Itália, o nazismo esteve sob a liderança de Adolf
Hitler, entre os anos de 1933 a 1945.
O símbolo do nazismo era a bandeira vermelha com uma cruz gamada, conhecido como suástica.

Bandeira Nazista da Segunda Guerra Mundial

Esse movimento consistia numa mistura de dogmas e preconceitos a respeito da pretensa superioridade
da raça ariana. Os alemães acreditavam ser superiores aos outros grupos sobretudo de judeus.
O nazismo não era um movimento completamente novo na sociedade alemã. Outros movimentos
compartilhavam de seu nacionalismo extremado, de seu racismo sob a tentativa de criar uma sociedade
militarista e reacionária.
Grupos antissemitas já existiam na Alemanha e na Áustria desde o século XIX.
Além disso, muitos regimes totalitários se desenvolveram no período chamado «entre guerras», ou

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seja, entre a primeira e a segunda guerra mundial .

Mussolini e Hitler em Munique, Alemanha

Embora sejam regimes políticos totalitários de inspirações semelhantes e utilizados muitas vezes como
sinônimos, o fascismo e o nazismo representam diferenças. Tratam-se de movimentos que ocorreram em
épocas distintas.
O fascismo foi um movimento ideológico anterior ao nazismo. Ele surgiu na Itália no período
denominado entre guerras sendo implantado por Benito Mussolini, que vigorou de 1919 a 1943.
Por sua vez, o nazismo foi um movimento ideológico totalitário desenvolvido na Alemanha por Adolf
Hitler, durante a segunda guerra mundial .

Origem do Nazismo

Em 1919, em Munique, Hitler aderiu a um pequeno grupo chamado de «Partido Trabalhista


Alemão», fundado por um mecânico ferroviário.
Seu programa falava em bem-estar da população, igualdade perante o Estado, anulação dos tratados de
paz e exclusão dos judeus da comunidade.
Em 1920, Hitler, com sua capacidade oratória a serviço do grupo, já é a principal figura do partido. Isso
contribuiu para mudança do nome para «Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães» –
Nazi .
O capitão Ernest Roehm incorporou ao partido uma organização paramilitar, as SA , encarregada de
perturbar as reuniões dos adversários.
O programa do partido denunciava judeus, marxistas e estrangeiros, prometia trabalho e o fim das
reparações de guerra. Em 1921, aos 33 anos de idade, Hitler torna-se chefe do partido, que tinha apenas
três mil filiados.
Em 1923, os nazistas, liderados por Hitler, fracassaram na tentativa de golpe em Munique. Hitler foi
condenado a cinco anos de prisão. Cumpriu oito meses, que aproveitou para escrever a primeira parte do
livro «Mein Kampf» .
Inspirado no fascismo e no bolchevismo, Hitler reorganizou seu partido. Dotou-o de estruturas
administrativas e hierárquicas regionais, de um jornal e de grupos paramilitares: além da SA, criou as
SS , a força de elite.
Além disso, organizou a juventude hitlerista e deu apoio aos sindicatos e associações de
juristas, médicos, professores, funcionários e outros profissionais.

O programa do Partido Trabalhista e os textos de Hitler sintetizaram sua proposta ideológica do regime
nazista

Totalitarismo – O indivíduo pertenceria ao Estado não poderia ser liberal nem parlamentar, pois não
deveria fragmentar-se em função de interesses particulares. Como o fascismo, o nazismo era
antiparlamentar, antiliberal e antidemocrático. Deveria ter um único chefe, o Führer. Esses princípios
podiam ser resumidos em: um povo , um império , um chefe .
Racismo – Segundo essa ideologia, os alemães pertenciam a uma raça superior, a raça ariana, que sem
se misturar a outras raças, deveria comandar o mundo. Os judeus eram considerados seus principais
inimigos. O combate a outras ideologias, como o marxismo, o liberalismo, a franco- maçonaria e a
Igreja católica, era fundamental.
Antimarxismo e Anticapitalismo – Para Hitler, o marxismo era produto do pensamento judaico, uma vez
que Marx era judeu e propunha a luta de classes; o capitalismo só iria agravar as desigualdades, ambos

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atentavam contra a unidade do Estado.
Nacionalismo – Para o nazismo, as humilhações surgidas com o Tratado de Versalhes deveriam ser
destruídas. Deveria ser construída a Grande Alemanha, que constituía o agrupamento das comunidades
germânicas da Europa, como a Áustria, os Sudetos e Dantzig.

O Nazismo no Poder

Com a crise de 1929, o descontentamento tomou conta da Alemanha. A classe média desempregada, e a
burguesia, temerosa com o crescimento do «Partido Comunista Alemão», engrossaram as fileiras do
«Partido Nazista».
Em 1932, empresas capitalistas passaram a dar-lhe apoio financeiro. Nesse mesmo ano, vários
candidatos nazistas venceram as eleições.
Em 1933, o apoio da alta burguesia levou o presidente Hindenburg a convidar Hitler para ocupar o cargo
de chanceler. Os nazistas chegaram ao poder, o que lhes dava mais força para combater os partidos de
esquerda.
Em 1934, morreu o presidente Hindenburg, e o Parlamento deu poderes a Hitler, que passou a acumular
os cargos de chanceler e de presidente.
Estava então instalada na Alemanha a sangrenta ditadura nazista, sustentada pela SS, pela AS e pela
Gestapo .
Com o início do Terceiro Reich, Hitler supriu o estado federalista. A bandeira do Partido Nazista, com a
suástica, passou a ser a da Alemanha.
O Führer começou a aplicar o programa nazista e os membros do partido ocuparam todos os cargos da
administração. Começava assim, a escalada de ditadura e terror.

Segunda Guerra Mundial

O regime nazista, que vigorou na Alemanha entre 1933 a 1945, ocorreu no período da Segunda Guerra
Mundial.
A segunda Guerra representou um grande conflito entre diversos países que estavam diante de uma
grande crise econômica, política e social. Essa crise foi adquirindo grande proporções após a primeira
guerra mundial .

o Eixo, constituído por Alemanha, Itália e Japão.


Todos os países envolvidos possuíam pretensões imperialistas e, portanto, lutavam pelo poder e a
conquista de territórios.
Com a ascensão de Hitler e do regime nazista na Alemanha, o principal objetivo era unir os povos
germânicos. Nesse sentido, exterminar os judeus, marxistas, socialistas, ciganos, etc.
Assim, com o intuito de conquistar territórios e se tornar a grande potência mundial, a segunda guerra
mundial começa no momento que o exército de Hitler invade a Polônia no dia 1 de setembro de
1939. Esse território lhes pertencia antes da primeira guerra mundial.
O Nazismo e a Segunda Guerra Mundial terminaram em 1945, ano em que Hitler morreu. Nesse mesmo
ano, os Estados Unidos lançou as bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e três dias
depois de Nagasaki, respectivamente nos dias 6 e 9 de agosto de 1945.

Holocausto

O Holocausto representou o extermínio em massa que ocorreu durante o regime nazista na Alemanha, o
qual matou cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração.

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Os campos de concentração representavam os locais onde eram exterminadas as pessoas que para Hitler
eram considerados de «raça inferior».
Esse horror cometido contra esses grupos minoritários e sobretudo de judeus, só terminou em 1945, com
o fim da Segunda Guerra Mundial.
Saiba sobre a vida de Anne Frank, uma das vítimas do holocausto.

Neonazismo

O Neonazismo representa um movimento contemporâneo inspirado na ideologia nazista de Adolf Hitler.


Os grupos neonazistas, começaram a surgir na década de 70 e estão espalhados em diversos locais do
mundo, sendo possível encontra-los atualmente, pelos grupos na internet.
Esse movimento está pautado nas doutrinas radicais de intolerância e violência sob o ideal de
superioridade da «raça pura ariana».
Dessa forma, os neonazistas costumam ser racistas e xenófobos com grupos minoritários sejam
negros, imigrantes, homossexuais, judeus, dentre outros.
Importante destacar que a apologia ao nazismo não é permitida em diversos países do mundo sendo
considerada, portanto, uma prática criminosa.

Resumo: 3 fascismo

Autor: Thiago Souza Escrito por Thiago Souza Professor de História

O Fascismo foi um sistema político nacionalista, antiliberal e antissocialista surgido na Itália, em


1919, no fim da Primeira Guerra Mundial. Esse modelo político apresenta influências e desdobramentos
até os dias presentes.
Liderado por Benito Mussolini, o fascismo influenciou regimes políticos em vários países da
Europa, como a Alemanha e a Espanha no período entre guerras .
O fascismo também inspirou movimentos políticos de direita no Brasil, como o Integralismo, durante a
Era Vargas.

Significado de Fascismo

A política fascista surgiu durante o contexto de pós-Primeira Guerra, na Itália, com Benito
Mussolini. Nesse período, o fascismo representou um governo totalitário, representado por um líder com
busca reforçar sua imagem junto ao povo, apresentando discursos extremistas e nocivos a etnias
minoritárias, A palavra fascismo vem do latim fascio , pois um dos símbolos fascistas era o fascio
littorio. Este consistia num machado envolvido num feixe de varas utilizado nas cerimônias do Império
Romano como um símbolo de união.
Após os abusos e violências causados por essa ideologia na primeira metade do século XX, a palavra
fascismo foi ganhando novos significados. Agora, nas primeiras décadas do século XXI, é comum
denominarmos «fascismo» ou «fascista» o indivíduo ou movimento que defende a repressão e
segregação étnica para resolver problemas da sociedade.
O fascismo se caracteriza por ser um sistema político oposto ao socialismo e também
imperialista, autoritário, antiliberal e antisocialista, anticomunista e nacionalista.

Características do Fascismo

Estado totalitário: o Estado controlava todas as manifestações da vida pública e privada da população.

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Autoritarismo: a autoridade do líder era indiscutível. Ele seria o mais preparado e sabia exatamente o
que a população necessitava.
Nacionalismo: a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício devia ser exigido e feito
pelos indivíduos.
Antiliberalismo: o fascismo comungava de algumas ideias capitalistas, como a propriedade privada e a
livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por outro lado, defendia a intervenção estatal na
economia, o protecionismo e, no caso de algumas correntes fascistas, a nacionalização de grandes
empresas.
Expansionismo: alargar as fronteiras era visto como uma necessidade, pois era preciso conquistar o
«espaço vital» para que a nação se desenvolvesse.
Militarismo: a salvação nacional viria por meio da organização militar, da luta, da guerra e do
expansionismo.
Anticomunismo: os fascistas rejeitavam a ideia da abolição da propriedade, da igualdade social
absoluta, da luta de classes.
Corporativismo: ao invés de defender o conceito de «um homem, um voto», os fascistas acreditavam
que as corporações profissionais deviam eleger os representantes políticos. Também sustentavam que
somente a cooperação entre classes garantia a estabilidade da sociedade.
Hierarquização da sociedade: o fascismo valorizava uma visão do mundo segundo a qual cabem aos
mais fortes, em nome da «vontade nacional», conduzir o povo à segurança e à prosperidade.
O fascismo prometia restaurar as sociedades destruídas pela guerra, prometendo riqueza, uma nação
forte e sem partidos políticos que alimentassem visões antagônicas.

Fascismo na Itália

Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra Mundial . O país saiu
decepcionado por não ter suas reivindicações atendidas no Tratado de Versalhes e a situação econômica
era mais difícil que antes da guerra.
Assim, a crise social ganhava aspectos revolucionários com o crescimento da esquerda e dos
movimentos de direita.
Em março de 1919, em Milão, o jornalista Benito Mussolini cria os «Fasci di Combatimento» e os
«Squadri» . Esses tinham como objetivo combater os adversários políticos, em especial os
comunistas, por meios violentos.
O Partido Nacional Fascista, fundado oficialmente em novembro de 1921, cresceu rapidamente: o
número de filiados passou de 200 mil em 1919 para 300 mil em 1921. O movimento agrupava pessoas
com tendências políticas de origens variadas: nacionalistas, antiesquerdistas, contrarrevolucionários, ex-
combatentes e desempregados.
Em 1919, um milhão de trabalhadores entraram em greve; no ano seguinte, já totalizavam 2
milhões. Mais de 600 mil metalúrgicos do norte ocuparam fábricas e tentaram dirigi-las seguindo as
ideias socialistas.
Por seu lado, o governo parlamentar, composto pelo partido socialista e pelo partido popular, não
chegava a um acordo nas grandes questões políticas. Isto facilitaria a chegada dos fascistas ao poder.

Marcha sobre Roma

Em outubro de 1922, durante o congresso do partido fascista realizado em Nápoles, Mussolini anunciou
a «Marcha sobre Roma», em que cinquenta mil camisas-negras — como eram chamados os
fascistas, por utilizarem um uniforme preto — dirigiram-se à capital italiana.
Impotente após essa manifestação, o rei Vitor Emanuel III convidou o líder dos fascistas, Benito

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Mussolini, para formar o Ministério.
Nas eleições fraudulentas de 1924, os fascistas obtiveram 65% dos votos e, em 1925, Mussolini torna-se
o Duce .
Mussolini começou a implantar seu programa: acabou com as liberdades individuais, fechou e censurou
jornais, anulou o poder do Senado e da Câmara dos Deputados, criou uma polícia política, responsável
pela repressão, entre outras ações.
Lentamente foi instalado o regime ditatorial. O governo manteve as aparências de uma monarquia
parlamentarista, mas Mussolini detinha plenos poderes.
Após garantir para si grande autoridade política e se cercar das elites dominantes, Mussolini buscou o
desenvolvimento econômico do país. No entanto, esse período de crescimento foi duramente afetado
pela crise de 1929.

Totalitarismo e Fascismo

O Totalitarismo representa um sistema político autoritário e repressivo, em que o Estado controla todos
os cidadãos, os quais não possuem liberdade de expressão nem participação política.
O período entre guerras foi uma época de radicalização política. Foi assim que os regimes totalitários se
instalaram em vários países europeus, como a Itália, a partir de 1922, e o nazismo, na Alemanha, em
1933.
A expansão dos regimes totalitários estava relacionada aos problemas econômicos e sociais pelos quais
a Europa passou depois da Primeira Guerra Mundial. Também existia o temor de que o
socialismo, implantado na Rússia, viesse a se expandir.
Para muitos países, uma ditadura totalitária parecia uma solução, pois prometia uma reação
forte, próspera e sem agitações sociais. Além da Itália e da Alemanha, países como a Polônia e a
Iugoslávia foram dominados por regimes totalitaristas.
O fascismo inspirou ainda regimes autoritários como o «franquismo» na Espanha e o «salazarismo», em
Portugal.

Fascismo e Nazismo

É muito comum haver confusão entre os termos «fascismo» e «nazismo». Afinal, ambos são regimes
políticos de cunho totalitários e nacionalistas que se desenvolveram na Europa no século XX.
Entretanto, o fascismo foi implementado na Itália por Benito Mussolini durante o período entre
guerras. Já o nazismo foi um movimento de inspiração fascista que ocorreu na Alemanha, liderado por
Adolf Hitler e que se baseava, principalmente, no antissemitismo.

Símbolos do Fascismo

Fascio: o símbolo que deu origem ao vocábulo aparecia em vários monumentos, selos e documentos
oficiais.
Camisa Negra: fazia parte do uniforme dos fascistas e, por isso, seus membros eram chamados
«camisas-negras».
Saudação: com o braço direito levantado.
Lema: «Crer, Obedecer, Combater» era dito em discursos políticos e estava presente em
medalhas, quadros, etc.

Fascismo no Brasil

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O fascismo no Brasil teve como representante Plínio Salgado fundador da Ação Integralista
Brasileira , em 1932. Salgado adotou um lema em tupi-guarani «Anauê», a letra grega «sigma» como
símbolo e vestiu seus simpatizantes de camisas-verdes.
Defendia um Estado forte, mas rejeitou o racismo publicamente, por ser esta doutrina incompatível com
a realidade brasileira. Anticomunista, se aproximou e apoiou Getúlio Vargas até o golpe de
1937, quando a AIB foi fechada, assim como os demais partidos brasileiros.
Desta maneira, alguns militantes integralistas promoveram o Levante Integralista de 1938, mas que foi
rapidamente sufocado pela polícia. Plínio Salgado foi exilado em Portugal e muitos de seus
companheiros, presos.

O Estado Novo e o Fascismo

O governo de Getúlio Vargas durante o Estado Novo teve características fascistas como a censura, o
unipartidarismo, a existência de uma polícia política e a perseguição aos comunistas.
Para consolidar o autoritarismo, Vargas contou com a chancela da constituição de 1937, apelidada de
«Polaca», por possuir semelhanças com a constituição fascista polonesa de 1935.
No entanto, o Estado Novo não foi expansionista e nem escolheu nenhum outro povo para ser alvo de
ataques. Assim, podemos afirmar que o Estado Novo foi nacionalista e não fascista.

Parintins, 01 de agosto de 2023.

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Assinatura do estagiário

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