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Disciplina: Análise Microeconômica II

Oligopólio

Prof. Dr. Adriano N. da Paixão

Dept. de Economia - UFPB

20 de novembro de 2020.

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Objetivo

Apresentar os principais modelos de oligopólio


Este capı́tulo está divido entre os seguintes tópicos:
Introdução;
Modelos de determinação de quantidades;
Modelos de determinação de preços.

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4.1 Introdução

O oligopólio é uma estrutura de mercado em que poucas firmas competem


entre si:
Pode haver ou não diferenciação de produtos; e
Há barreiras à entrada.
O poder de monopólio e o lucro do setor oligopolizado irá depender da
forma de interação entre as firmas.
As firmas podem concorrer de forma agressiva no mercado ou podem
cooperar entre si. De maneira que a estratégia adotada pela firma é a
questão chave para a determinação de nı́veis de produção e preços.

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4.1. Introdução

Motivos de barreiras à entrada:


Patentes;
Acesso à Tecnologia;
Recursos para conquistar reputação;
Ações estratégicas.
Nos modelos de estruturas de mercados vistos até o momento
(concorrência perfeita, monopólio) as firmas tomam suas decisões de
produção e preço sem se preocupar com as demais empresas, ou seja, no
equilı́brio, cada firma está fazendo o melhor que pode independente dos
seus concorrentes.

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4.1 Introdução

Nos modelos de oligopólios, as firmas têm que agir de forma estratégica,


sempre considerando as demais concorrentes e qual será a reação dos seus
concorrentes diante de suas próprias ações.
Assim, no oligopólio, cada firma está fazendo o melhor que pode em
função do que os concorrentes estão fazendo (Equilı́brio de Nash)

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4.2 Modelo de Cournot

Augustin Cournot (1838);


Produto Homogêneo;
Duopólio (Duas empresas); e
As firmas conhecem a demanda de mercado.

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4.2 Modelo de Cournot

A firma 1 espera que a firma 2 produza y2e (y e é a produção esperada). Se


a firma 1 produz a quantidade y1 , a produção total será y = y1 + y2e .
Assim, p(y ) = p(y1 + y2e ). Logo, o problema de maximização de lucro da
firma 1 será:
max p(y1 + y2e )y1 − c(y1 )
y1 ,y2

Para qualquer previsão feita sobre y2e haverá uma escolha ótima de Y1 , ou
seja,
y1 = f1 (y2e )
De maneira, similar para a firma 2:

y2 = f2 (y1e )

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4.2 Modelo de Cournot

Cada firma tem que escolher y1∗ e y2∗ que satisfaça:

y1∗ = f1 (y2∗ )

y2∗ = f2 (y1∗ )

Essas funções são chamadas de curvas de reação.


Essa combinação de produção é conhecida como equilı́brio de Cournot.

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4.2 Modelo de Cournot

Equilı́brio de Cournot com Demanda Linear

P = a − by
P = a − b(y1 + y2e )
Por simplificação, assumimos que o CMg = 0. Receita Total para a firma
1 (RT1 )
RT1 = [a − b(y1 + y2e )y1 ]
Receita Marginal para a firma 1

RMg1 = a − 2by1 − by2e

Como o CMg = 0.

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4.2 Modelo de Cournot

Equilı́brio de Cournot com Demanda Linear


Após igualar RMg1 = CMg :
a − by2e
y1 =
2b
Quantidade ótima de y1 , curva de reação da firma 1.
Como as firmas são idênticas:
a − by1e
y2 =
2b
Quantidade ótima de y2 , curva de reação da firma 2.

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4.2 Modelo de Cournot

Equilı́brio de Cournot com Demanda Linear


Quantidade ótima de y1
a
y1∗ =
3b
Quantidade ótima de y2
a
y2∗ =
3b
Produção Total
2a
y∗ =
3b

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4.3 Modelo de Stackelberg

Heinrich Von Stackelberg (1934);


Modelo de Liderança de Quantidade;
Duopólio (Duas empresas); e
As firmas conhecem a demanda de mercado.

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4.3 Modelo de Stackelberg

O modelo de Stackelberg é utilizado para explicar funcionamento de


mercados em que existe uma firma dominante ou lı́der natural.

Firma lı́der - Lı́der de Stackelberg;


Firma seguidora - Seguidora de Stackelberg;

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4.3 Modelo de Stackelberg

Problema da firma seguidora

max p(y1 + y2 )y2 − c2 (y2 )


y2

O lucro da firma seguidora depende da escolha da firma lı́der, que do seu


ponto de vista já é pré-determinada. Assim, a firma seguidora toma y1
como constante.

∂p
RMg2 = y2 + p(y1 + y2 ) = CMg2
∂y2

y2 = f (y1 )
Curva ou função de reação da firma 2

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4.3 Modelo de Stackelberg

Supondo a linearidade da demanda

p(y1 + y2 ) = a − b(y1 + y2 )

E que os custos são iguais a zero.

π2 (y1 , y2 ) = [a − b(y1 + y2 )]y2


π2 (y1 , y2 ) = ay2 − by1 y2 − by22
Se forem desenhadas linhas de Isolucro com as combinações de y1 e y2 que
gerem um nı́vel constante de lucro, teremos:

ay2 − by1 y2 − by22 = π¯2

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4.3 Modelo de Stackelberg

A Receita Marginal da firma seguidora é:

RMg2 = a − by1 − 2by2

Igualando a RMg ao CMg

a − by1 − 2by2 = 0

Quantidade ótima produzida pela firma seguidora


a − by1
y2 =
2b

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4.3 Modelo de Stackelberg

Figura:

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4.3 Modelo de Stackelberg

Problema da firma lı́der

max p(y1 + y2 )y1 − c1 (y1 )


y1

De modo que que y2 = f2 (y1 )


A firma lı́der sabe que quando ela escolhe y1 :

y = y1 + f 2(y1 )
a − by1
f2 (y1 ) = y2 =
2b

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4.4 Concorrência de Preços com Produtos Homogêneos

Modelo de Bertrand
Joseph Bertrand (1883);
Produtos idênticos e decisões simultâneas;
Suponha que o preço praticado seja: p̂ > CMg . Se a firma 1 diminui
seu preço em , ela ganha todos os clientes da firma 2. Assim, a firma
1 praticará p̂ − .
Mas se a firma 2 reagisse de forma análoga a firma 1?
Qualquer p > CMg não poderá ser um ponto de equilı́brio, o único
equilı́brio possı́vel é P = CMg.

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4.4 Concorrência de Preços com Produtos Diferenciados

Mercados oligopolistas apresentam algum grau de diferenciação de


seus produtos;
As fatias de mercado são determinadas não apenas por meio dos
preços, mas também por diferenças dos produtos;
Neste caso, as empresas concorrem via preço e não por quantidades.

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