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investigações

social da criança2- 15. vo-instrumental" e o da mãe como


Indicadores Por outro lado, as crescentes ne- "integrador-expressivo" evidencian-
cessidades de incorporação da mão- do a necessidade da presença de am-
Emocionais e de-obra feminina à força de trabalho bos os cônjuges no contexto fami-
Composição nos últimos anos, tem levantado liar34.
questões fundamentais sobre qual Godoy9 associa famílias incom-
Familiar em seria a melhor pessoa e o melhor lu- pletas a distúrbios específicos no de-
gar para se criar uma criança em seus senvolvimento psicossocial da crian-
Crianças de Creche primeiros anos de vida. Discute-se ça, especialmente nos casos de sepa-
exaustivamente qual seria o papel ração. Pringle29 considera a situação
das creches e de outros tipos de insti- do desajustamento dos filhos ineren-
Emotional Indicators and tuições destinadas a acolher as crian- te ao processo de separação dos pais,
Familial Composition of ças enquanto os pais estão trabalhan- afirmando que crianças de pais sepa-
Day-Nursery Children do. rados têm maior probabilidade de in-
As opiniões a esse respeito são terromper ou prejudicar seu desen-
ainda divergentes. Muitos defendem volvimento.
Maria Cristina Crês1
Ercília Maria Carene Trezza2 a creche alegando, entre outras coi- As condições sócio-econômicas
Sônia Moraes Jaehn2 sas, as precárias condições ambien- e de emprego do pai não explicam
tais, culturais, sociais e mesmo afeti- as variações no relacionamento entre
vas de um gande número de famílias pais e filhos13. Valores, escolhas cul-
e questionando a rigidez dos papéis turais e estilos de vida predizem me-
RESUMO sexuais que colocam a mulher como lhor o ambiente familiar do que as
a maior responsável pela criação dos condições materiais.
As autoras estudaram o nível mental e filhos e o seu direito de realizar-se
os distúrbios emocionais de crianças de cinco Bowlby2 define a vida na família
a sete anos de idade, freqüentadoras de cre-
profissionalmente. Neste caso, as como de importância primordial para
che de um bairro periférico da cidade de Botu- creches seriam auxiliares indispensá- a saúde mental da criança.
catu, SP, correlacionando os resultados com veis no cuidado e educação das crian- Spitz36 também enfatiza a impor-
as condições sócio-econômicas dos pais, com ças. Outras, entretanto, consideram
seu grau de instrução e relacionamento conju-
tância do ambiente familiar para a
gai, bem como ao tempo de freqüência da
essencial ao futuro equilíbrio emocio- saúde mental do indivíduo, chaman-
criança à creche. Em 84% das crianças foram nal do adulto, que a criança conviva) do a atenção para as relações mãe-
encontrados de dois a seis indicadores emo- estreitamente com a família, com filho e destacando a reciprocidade
cionais. Concluem pela relação significativa en- seus pais e irmãos, no início de sua das influências da personalidade de
tre os indicadores emocionais identificados e vida12 15- 16. Assim sendo, a creche cada um, inclusive do pai, dos irmãos
o nível mental e com o fato das famílias serem
constituídas por pais unidos ou separados. Não seria uma solução excepcional. e do meio material.
constataram diferenças significativas entre as À família nuclear tem papéis defini- Também Ostrovsky23 defende a
variáveis analisadas e o estado de nutrição das dos; é um complexo de inter-relações
crianças, o seu tempo de freqüência à creche família conjugai tradicional, mostran-
e o grau de instrução dos pais.
afetivo-emocionais, envolvendo inte- do a importância dos papéis mascu-
rações múltiplas e diferenciadas en- linos e femininos na educação da
tre os cônjuges, destes com os filhos criança.
Os estudos realizados sobre o e dos filhos entre si. Em famílias in- Moreira Leite19 salienta que "é
apego ou ligação afetiva da criança completas, por ausência de um dos graças à família que a criança estabe-
à sua mãe, trouxeram uma série de cônjuges, as necessidades afetivas e lece relações íntimas e afetuosas. É
contribuições para a compreeensão emocionais de seus membros não nela que se sente protegida e queri-
da influência dos fatores ambientais são preenchidas adequadamente e da. Fora da família, encontra uma
sobre cf desenvolvimento afetivo e os eventuais problemas do pai ou da competição impessoal com as crian-
mãe atingem diretamente os filhos1- ças da mesma idade, e um tratamen-
Departamento de Pediatria da Faculdade de 15, 27
Medicina de Botucatu - UNESP to diferente dos adultos"
1 Residente
Parson & Bales25, definem o pa- Campos3, após um exaustivo es-
2 professora Acsistente Doutura pel do pai na família como "adaptati- tudo sobre a importância da família
no desenvolvimento infantil, conside- pesquisas apontem que o ingresso creche "Criança Feliz", localizada em
ra que a "qualidade do relacionamen- em creche, enquanto a criança é bem bairro periférico, de baixo nível socio-
to pais-filhos e a dos genitores entre pequena, pode trazer alguma conse- económico da cidade de Botucatu,
si parecem associadas a resultados qüência sobre o seu desenvolvimen- SP, nos anos de 1983 (20 crianças)
indicadores de êxito ou malogro, em to não está claro que efeito é esse8. e 1984 (23 crianças). Os dados relati-
todos os aspectos desse desenvolvi- Naturalmente, muita coisa vai depen- vos às condições sociais e econômi-
mento". Se, por um lado, a familia der do programa psicopedagógico da cas das crianças e de suas famílias
bem estruturada constitui estímulo creche e, o mais importante, das foram obtidos através de um questio-
permanente para o desenvolvimento crianças, bem como das condições nário preenchido no ingresso da crian-
físico e psicológico da criança, por ou- ambientais, particularmente do lar, ça na creche. O grau de nutrição foi
tro, a desorganização familiar tem si- anteriores ao seu ingresso na mes- avaliado pela relação peso/idade, se-
do destacada como fator de grande ma 8 - 1 6 - 3 1 . gundo o critério de Gomez no início
importância na produção de crianças Tendo-em vista as condições aci- dos trabalhos11.
e adolescentes com problemas de ma, ao darmos atendimento a uma Atavés do Desenho da Figura
comportamento e até de deliquéncia. creche em nossa cidade, ocorreu-nos Humana (DFH) feito pelas crianças,
Entretanto, apesar de todas es- investigar as relações entre os distúr- avaliou-se a idade mental (IM) pelo
sas constatações, sabe-se que nem bios emocionais apresentados por teste de Goodnough10 e os Indicado-
sempre a família tem condições de essas crianças de creche com as con- res Emocionais (IE), pela avaliação de
manter a criança todo tempo junto dições familiares e com aquelas ofe- Koppitz14.
a si. Cada vez mais freqüentemente recidas pela instituição que as aco- Os resultados foram avaliados
a mãe tem necessidade de trabalhar lheu e em que medida a sua perma- estatisticamente através da determi-
fora de casa para ajudar no orçamento nência na creche influiu nesses dis- nação de medidas de posição das va-
doméstico ou para auto-realizar-se túrbios. Este trabalho torna-se impor- riáveis em cada um dos grupos (me-
em alguma profissão. Esta situação tante no sentido de preencher as la- diana e principais percentis); pela
vem gerando necessidades cada vez cunas no que se refere ao estudo dos comparação entre dois grupos através
maiores de creches e de escolas aspectos emocionais das crianças da prova não paramétrica de nann-
"maternais" para abrigar este tipo de nas creches, visto ainda não existi- Whitney para comparação de amos-
crianças. rem pesquisas extensas nesta área30. tras independentes; pela interrelação
As pesquisas realizadas para ve- Foram portanto, nossos objeti- entre variáveis com cálculo do coefi-
rificar se as crianças se desenvolvem vos ao elaborarmos esta pesquisa: ciente de correlação; e pela compa-
diferentemene nas creches e nos la- 1? Caracterizar pré-escolares de cre- ração entre mais de dois grupos atra-
res tem permanecido muito limitadas che quanto à idade, sexo, nutrição vés de prova não paramétrica de
pois, de um modo geral, os autores e procedência, bem como, estado Kruskal-Wallis para comparação de
concluem que ainda se desconhece civil, profissão e grau de institrução dois grupos independentes35.
em grande parte de que maneira uma dos pais; As estatísticas calculadas foram
criança é afetada pelos cuidados 2? Avaliar o nível mental (IM) dessas apresentadas com os respectivos ní-
prestados por pessoas que não os crianças pelo Teste de Goode- veis de significancia (p) e as diferen-
pais. nough (Desenho da Figura Huma- ças foram consideradas significativas
Em 1977, Bronfenbrenner & na-DFH) 1 0 ; quando < 0,05.
co.ls. citados por Papalia & Olds24 rela- 3? Avaliar as condições emocionais
taram as constatações de mais de qua- das mesmas, através de Indicado-
renta estudos realizados, em sua res Emocionais (IE) obtidos pelo RESULTADOS
maioria, com crianças de centros liga- teste do Desenho da Figura huma-
dos a universidades, de alta qualidade na, segundo avaliação de Kop- Das 43 crianças estudadas, 24
e com amplos recursos financeiros. pitz14; (55,8%) eram meninos e 19 (44,1%)
Na esfera cognitiva, a criança normal 4? Relacionar a IM e os IE às condi- meninas, 27 (62,7%) foram conside-
submetida a um bom programa pare- ções socio-económicas e culturais radas eutróficas, 15(34,8%) com Des-
ce não ser afetada para melhor ou dos pais, e ao tempo de freqüência nutrição Protéico-Calórica de l grau
para pior. Na esfera emocional, a ên- à creche. e 1 não foi avaliado quanto ao aspecto
fase é dada no relacionamento mãe- nutricional.
filho e mosta poucas diferenças no A distribuição etária variou de
MATERIAL E MÉTODOS
apego das crianças e suas mães, quer 4a9m a 7a3m predominando crianças
tenham ou não estado em creches. Foram estudadas 43 crianças entre 6 a 7a (67%).
As conclusões dos estudos em cre- que freqüentaram o pré-primário da Quando avaliado o relaciona-
ches americanas, com características
acima citadas referem que as crianças
que estiveram por longo tempo em
creche, algumas vezes são menos
cooperativas, menos envolvidas com
o trabalho escolar e mais agressivas
do que as criadas em casa.
De um modo geral, embora as
mentó entre os país das crianças, 27 - Houve correlação negativa signifi- — Não houve diferença estatistica-
(62,8%) delas apresentavam pais uni- cativa entre IM/IC e os indicadores mente significativa entre os IE e
dos (casados ou amigados), 15 emocionais, isto é, quanto maior a relação IM/IC com o tempo de
(34,8%) moravam só com a mãe (sol- foi o valor IM/IC menor o número freqüência à creche (Tabelas 3 e
teira ou separada) e 1 (2,3%) só com de IE e vice-versa (Tabela 2) e 4).
o pai (viúvo).
Entre as mães predominava a
profissão de empregada doméstica
32 (74,4%) e entre os pais as profis-
sões de pedreiro 6 (13,9%), lavrador
5 (11,6%) e serviços gerais 5(11,6%).
O grau de instrução das mães
e dos pais consta da tabela 1.
Quanto à origem, 22 (51 %) eram
procedentes de Botucatu, 10 (23%)
de outros municípios do Estado de
São Paulo, 10 (23%) de outros Esta-
dos e 1 (2,4%) com dados não forne-
cidos.
As crianças também diferiram
quanto ao tempo de freqüência à cre-
che sendo que 14 (32,4%) estavam
nessa creche há menos de 6 meses;
10 (23%) de 6 meses a 1 ano; 7 (16%)
de 1 a 4 anos; 12 há mais de 4 anos
(28,0%).
Em 36 (84%) crianças foram en-
contrados de 2 até 6 Indicadores
Emocionais (IE).
A análise da IM comparada à ci-
dade cronológica revelou: IM < 1C em
9 casos (21,4%), IM - 1C em 19 ca-
sos (45,2%); IM > 1C em 14 casos
(33,3%); em 1 deles não foi possível
avaliar essa relação.
Cotejamos os dados obtidos, ob-
servamos os seguintes resultados:

— Tanto para os IE comcj para a rela-


ção l M/l C não houve diferença sig-
nificativa ente eutróficos e desnu-
tridos;
— Houve diferença estatisticamente
significativa entre os IE e a pre-
sença de ambos os pais ou só de
um deles, sendo menor o número
de IE nas crianças com pais unido
(Fig. 1). A diferença também foi
significativa entre a relação IM/IC
e a resença de um ou de ambos
os pais, sendo IM/IC maior no gru-
po de crianças que tem os
doislpais presentes (Fig. 2);
— Encontramos igualmente correla-
ção significativa entre IM/IC e o
grau de instução dos pais, sendo
IM/IC menor em filhos de analfa-
betos (Fig. 3);
— Por outro lado, não se constatou
diferença significativa entre os IE
e o grau de instrução dos pais (Fig.
4);
O fato de não haver relação entre es-
ses indicadores e o tempo em que
a criança freqüenta a creche, de certa
forma exclui que essa instituição es-
teja funcionando como agravante
desses distúrbios. As alterações
emocionais dessas crianças parecem
estar essencialmente ligadas à famí-
lia, à sua constituição social e econô-
mica. Isto ficou evidenciado pela sig-
nificativa relação dos IE com a com-
posição familiar, com a presença de
pai e mãe ou só de um deles, quase
sempre a mãe. A maior freqüência
de crianças de famílias de um só geni-
tor é a que vive só com a mãe, mais
comumente solteira. Os problemas
emocionais dessas crianças não sur-
gem simplesmente pelo fato de se-
rem criadas só pela mãe. Na verdade,
todo o ambiente que envolve essa
mãe e essa criança é holtil a ambas.
Sob o ponto de vista econômico, essa
família depende, em geral, exclusiva-
mente do trabalho da mãe, com fre-
qüência mal preparada para exercer
tarefas especializadas e, portanto,
melhor remuneradas. Assim sendo,
há graves dificuldades financeiras.
Por outro lado, sob o ponto de
vista da sociedade onde vive, essa
família é vista como marginal e sofre
todo tipo de discriminação1.
Sob o ponto de vista afetivo, es-
sa mulher tem dificuldades em esta-
belecer um bom vínculo mãe-filho.
Essas mães costumam dar respostas
mais pobres às necessidades do ape-
go1- 9 - 2 7 .
Quanto à relação entre o nível
mental e a constituição familiar pes-
quisas de Genevard citadas por Aju-
riaguerra1, mostram ser esse nível
mais baixo nos filhos naturais, dado
este que coincide com nossa presen-
te observação. Também os distúrbios
de caráter e a desadaptação social
são mais evidentes nas crianças ilegí-
timas, o que coincide com as nossas
freqüente na literatura especializa- constatações neste trabalho20
DISCUSSÃO
da17 21. Talvez o pequeno número de Não só essas famílias constituí-
Em nosso trabalho não encon- crianças por nós estudado seja o res- das por um só elemento, mas tam-
tramos correlação entre o nível men- ponsável pelos dados não significa- bém aquelas formadas por pai e mãe
tal (relação IM/IC) e o estado nutricio- tivos ou quem sabe os instrumentos que tenham problemas de relaciona-
nal das crianças. Isto contraria a maio- utilizados para essa avaliação não fo- mento, contribuem para o apareci-
ria das pesquisas realizadas nessa ram suficientemente sensíveis e es- mento e/ou agravamento dos distúr-
área, que referem sempre alterações pecíficos. bios emocionais das crianças3- 4> 5> 6-
9. 18, 29
intelectuais de algum tipo nas crian- Um dado extremamente signifi-
ças desnutridas 17 - 21. Da mesma for- cativo que obtivemos foi que 84% O fato da relação IM/IC ser me-
ma não houve relação significativa en- das crianças analisadas apresenta- nor em filhos de analfabetos coincide
tre a desnutrição e os distúrbios emo- ram de 2 a 6 indicadores emocionais14 com os dados de literatura e está dire-
cionais, também apontando como o que revela dificuldades nesta área. tamente relacionado com os fatores
ambientais 17 ' 28. significant relationship among the identified 20. MUSSEN, P. - O Desenvolvimento Psico-
A ausência de correlação entre emotional indicators and the mental level and lógico da Criança. São Paulo, Zahar, 1969.
whether the parents lived together or not. No p. 361.
l M/l C com o tempo de freqüência à significant differences were found among the 21. NELSON, W.E. - Textbook of Pediatrics.
creche identificada em nossa amos- variables analysed and the nutritional status 12" ed. Cap. 3 p. 168. Philadelphia, Saun-
tra, coincide com as observações de of the children, their attendance to the ders, 1983. p. 168.
alguns trabalhos mais recentes32 indi- day-nursey and the educational level of the 22. OLIVEIRA, Z.M.R. & FERREIRA, M.C.R.
cando aparentemente que a creche parents. - Resposta para o atendimento em creches
do Município de São Paulo. Cad. Pesq. 56:
não modifica uma situação anterior 39, 1986.
desfavorável. REFERÊNCIAS 23. OSTROVSKY, E. - La influencia masculina
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CONCLUSÃO
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Através de contatos pessoais do Brasil, 1981.
2. BOWLBY, J. - Child care and the growth
com as creches de nossa região 37 e pf love. London, Penguin Books, 1965. 25. PARSONS, T. & BALES, R.F. - Family,
da revisão de artigos da literatura, ob- 3. CAMPOS, J.C. - Ausência paterna. Corre- socialization and mteration process. Gleu-
servamos que a maior preocupação latos Cognitivos e de Personalidade dos Fi- coe, III, Free Press, 1955.
dos organizadores e responsáveis por lhos na Idade pré-escolar. Tese de doutora- 26. PENNA, M.M.S. et ai - Influência das con-
mento. São Paulo, Instituto de Psicología dições de atendimento das creches no de-
creches é com os aspectos materiais senvolvimento emocional e cognitivo das
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10. GOODENOUGH, F.L. - Measurement of
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Intelligence by Drawing. New York, Has-
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mos de enfatizar a necessidade dos pitz, 1976. - Avaliação longitudinal do desenvolvimen-
responsáveis por serviços de creche, 11. GOMEZ, F, - Desnutrición. Bol. Hosp. Inf. 'to psicológico de crianças em creche. Re-
Mexico, 3: 543 1946. sumos da XV Reunião Anual de Psicologia
preocuparem-se ern orientar seu pes- - Ribeirão Preto, SP, 1985. p. 119.
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sumo da XV Reunião Anual de Psicologia
criança uma atenção não só de boa cial relations at home and at school, an
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qualidade, mas também estável, isto analysis of the correspondence principle.
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