Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ninfas hexápodes (larvas) ocorrem entre os meses de No Brasil, as taxas de mortalidade giram em
março e julho e sobrevivem até 6 meses sem alimento. torno de 20 a 30%, em função das dificuldades em
As ninfas octópodes ocorrem entre os meses de julho e fazer o diagnóstico e estabelecer a terapia apropriada,
novembro, e os adultos, de novembro a março, po- relacionadas ao pouco conhecimento sobre a doença e
dendo sobreviver até 1 e 2 anos, respectivamente, sem à sintomatologia pouco específica. Entre os anos de
alimentação. O carrapato é responsável pela manu- 1989 e 2008, foram registrados 737 casos de febre ma-
tenção da R. rickettsii na natureza, em função da trans- culosa no Brasil, com 186 óbitos (mortalidade de
missão transovariana e transestadial; essa caracterís- 25,2%). A Região Sudeste registrou, nesse período, o
tica permite ao carrapato permanecer infectado maior número de casos (n = 591), com letalidade de
durante toda a sua vida e também por muitas gerações 31,4% (186 óbitos) (13). Dados específicos do Estado de
após uma infecção primária (11). São Paulo apontam para taxas de mortalidade de
As capivaras e os cavalos assumem grande im- 33,3% entre os anos de 1985 e 2009 (15).
portância na cadeia epidemiológica da doença, pois
são os principais reservatórios dos carrapatos trans- TRANSMISSÃO
missores da febre maculosa. Os animais mantidos em
pastos sujos, com vegetação alta, ou em matas ciliares, A transmissão da riquétsia se dá pela picada do
encontram um ambiente bastante propício para a in- carrapato em qualquer uma de suas fases (larva, ninfa
festação pelo Amblyomma cajennense (12). e adulto). Para que o carrapato transmita a doença, é
A tabela 1 mostra os casos de febre maculosa necessário que fique aderido à pele, se alimentando,
confirmados e notificados no Brasil pelo Sistema de In- por um período de 6 a 10 horas. Ao picar, e após se ali-
formação de Agravos de Notificação (SINAN) entre os mentar, o carrapato transmite o microrganismo por
anos de 1997 e 2009 (13). O Estado de São Paulo, so- meio de suas glândulas salivares. É importante notar
zinho, responde por 45,1% de todos os casos notifica- que as picadas das larvas e das ninfas, por serem
dos no país (1997 a 2009). É importante notar o au- menos dolorosas, são as que têm a maior probabili-
mento expressivo do número de casos em todos os dade de transmitir o microrganismo, pois o ser hu-
estados até o ano de 2005, quando se atingiu um pico mano não percebe a picada e permite que ocorra a
de 172 casos notificados. Atualmente, esse número transmissão. A picada do adulto, por ser muito dolo-
vem caindo, chegando a 55 casos em todo o país no rida, prontamente é percebida, e pode-se retirar o car-
ano de 2009. Ainda não há uma explicação razoável rapato a tempo de não transmitir a doença. Outra
para essa queda. forma de contágio se dá pelo esmagamento do carra-
pato quando é retirado, liberando seu conteúdo gás-
MORTALIDADE trico (16).
Unidade da
federação 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Total
ligam-se a receptores que contêm colesterol, fixando- tes no 1o dia da doença, mostrando-se em cerca de 49%
se às células do endotélio através de proteínas especí- dos doentes até o 3o dia e em 91% dos doentes até o 5o
ficas (ompA e ompB) e interagindo com um receptor dia. O retardo no aparecimento do exantema macular
celular (proteína quínase Ku70) (17). A penetração nas determina atraso no diagnóstico e piora do prognós-
células do hospedeiro ocorre por fagocitose induzida. tico pela dificuldade de emprego do tratamento ade-
Posteriormente, com o rompimento do fagossoma, o quado (22). A falta desse sinal dificulta muito o diag-
microrganismo alcança o citoplasma, onde se multi- nóstico clínico, podendo atingir de 9 a 12% dos
plica por fissão binária com tempo de replicação de infectados, mais especialmente idosos e pessoas com
aproximadamente 10 minutos (18). Com a penetração pele negra (7). As máculas têm aspecto róseo, de bor-
nas células endoteliais, ocorre uma resposta inflama- dos mal definidos, com 2 a 6 mm de diâmetro; têm iní-
tória de fase aguda, mediada pela produção de citoci- cio geralmente ao redor dos punhos e tornozelos, po-
nas como TNF-alfa e IFN-gama, resultando em au- dendo também iniciar na região do tórax. As máculas,
mento de permeabilidade vascular, hipovolemia e no início, somem ao serem pressionadas, mas esse
consequente hipoalbuminemia (19, 20). Paralela- efeito desaparece com o tempo e o escurecimento da
mente, ocorre hiponatremia, em consequência da se- coloração (25). O aparecimento do exantema nas pal-
creção de hormônio antidiurético em resposta à hipo- mas das mãos e plantas dos pés, apesar de ocorrer com
volemia (21). Em todos os sítios de infecção, há um muita variação (40 a 80% dos pacientes), é considerado
consumo excessivo de plaquetas, o que leva à trom- um sinal muito característico da febre maculosa. A ne-
bocitopenia em cerca de 40% dos pacientes infectados crose tecidual e a gangrena, especialmente dos dedos e
(22). Com a extensa lesão endotelial, instala-se um orelhas, ocorre em até 4% dos pacientes (26).
estado procoagulante, com ativação da cascata da co- Com a falta de tratamento e a progressão do
agulação, liberação de trombina, aumento de agre- quadro, pode haver comprometimento do sistema
gação plaquetária e aumento de fatores antifibrinolíti- nervoso central, caracterizado por grave encefalite,
cos (23). O quadro agrava-se com a trombose de determinando confusão mental (28% dos pacientes),
pequenos vasos do coração, rins, pulmões e cérebro. delírios (20 a 26%), ataxia (5 a 18%), convulsões (8%)
Ocorre ainda, em virtude do bloqueio de pequenos e coma (9 a 10%). A presença do microrganismo nos
vasos, necrose tecidual e isquemia cerebral, principal- vasos sanguíneos das meninges e cérebro leva à
mente do mesencéfalo e região dos núcleos (23). O presença de leucócitos no liquor — 10 a 100 por mL
possível mecanismo para a injúria celular endotelial e aumento de proteínas em cerca de 35% dos pacien-
causada pela riquétsia parece ser a depleção de ATP, tes (27).
o que levaria a uma diminuição de funcionamento da Com o aumento da permeabilidade vascular,
bomba de sódio na membrana celular (14). Além ocorre desidratação com hipovolemia, insuficiência
disso, as células endoteliais são ativadas após a in- pré-renal e grande perda proteica, explicando os qua-
fecção, com concomitante produção de citocinas que dros de edema generalizado. O acometimento renal é
estimulam a resposta de fase aguda, com ativação de indicativo de grave prognóstico (28).
fagócitos e células NK. Linfócitos CD8 e células NK O envolvimento pulmonar é evidenciado pela
são encontradas no infiltrado perivascular, possivel- presença de tosse e achados radiológicos, como infil-
mente para controlar a infecção, uma vez que ambas trado alveolar e pneumonia intersticial. O edema pul-
têm importante papel na resposta imune contra mi- monar com diminuição da função respiratória pode
crorganismos intracelulares (20). A resposta inflama- exigir suporte respiratório e oxigenoterapia (29).
tória e imunológica mediada pelo aumento de citoci-
nas Th1 e Th2 parece ser importante no processo de DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
contenção da doença (19).
O período de incubação da febre maculosa pode Em virtude da sintomatologia extremamente
variar de 2 a 14 dias, com média de 7 dias até o apare- inespecífica, o diagnóstico precoce torna-se difícil, com
cimento dos sintomas, e está relacionado ao tamanho sugestões de leptospirose, dengue, hepatite viral, sal-
do inóculo no momento da infecção (22). monelose, encefalite, malária ou pneumonia por Myco-
plasma pneumoniae. Com a progressão da doença e o
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS surgimento do exantema, surge ainda confusão com
meningococcemia, sepse, virose exantemática, ou
Os sintomas iniciais são inespecíficos, com o pa- ainda outras riquetsioses do grupo do tifo, como erli-
ciente apresentando febre alta, em torno de 39,5 oC, ce- quiose e borreliose (11).
faleia, mialgias, mal-estar generalizado e hiperemia
das conjuntivas. Os sintomas gastrointestinais apare- DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
cem em um número significativo de pacientes. O qua-
dro inclui vômitos, diarreia e dor abdominal, podendo A confirmação laboratorial é essencial para se
ser confundido com abdômen agudo (24). Hepatoes- estabelecer o diagnóstico específico da febre maculosa.
plenomegalia pode estar presente em até 33% dos Os exames inespecíficos incluem:
pacientes (14).
O exantema máculo-papular, principal sinal • hemograma: são comuns a anemia e a trombocitope-
para definir o diagnóstico, aparece em poucos pacien- nia. A redução do número de plaquetas é um achado
A principal medida profilática consiste em evi- patos, sem exames específicos ou com amostras col-
tar o contato com o carrapato, mantendo distância de hidas em época inadequada (11).
áreas rurais sabidamente endêmicas. Caso haja neces- • Definição de caso compatível: indivíduo com clínica
sidade de caminhar por essas áreas, devem-se usar sugestiva de febre maculosa (febre, cefaleia, mialgia,
roupas brancas que cubram braços e pernas completa- exantema máculo-papular) que apresenta reação so-
mente para facilitar a visualização do carrapato. Outra rológica positiva, isto é, reação de imunofluorescên-
medida importante nesse tipo de área é a utilização de cia indireta com título ≥ 1/64 em amostra única, ou
fitas adesivas para vedar a junção entre calças e sapa- duas amostras colhidas com intervalo de 10 a 14 dias
tos. Além disso, deve-se fazer a inspeção do corpo de sem que se confirme diferença de título de no mí-
3 em 3 horas, pois quanto mais rápido o carrapato for nimo 4 vezes entre as duas amostras (11).
retirado, menores as chances de infecção (11, 28). Ao
encontrar um carrapato aderido à pele, o ideal é retirá- CONSIDERAÇÕES FINAIS
lo com o auxílio de uma pinça, torcendo-o levemente
para que se desprenda da pele. Não se deve esmagar o As taxas de mortalidade no Brasil são cerca de 10
carrapato com as unhas, pois isso levará à exposição vezes maiores do que nos Estados Unidos. Esse alto ín-
das riquétsias, que podem penetrar na pele via micro- dice deve-se exclusivamente ao retardo no diagnóstico
lesões (11, 28). e no estabelecimento da terapia apropriada. Os profis-
sionais de saúde devem estar atentos e levar em consi-
ASPECTOS DE VIGILÂNCIA deração essa hipótese diagnóstica, especialmente entre
EPIDEMIOLÓGICA os meses de junho e outubro, quando há um aumento
na proliferação do carrapato.
A febre maculosa é uma doença de notificação com-
pulsória, devendo ser informada ao centro de vigilân-
cia epidemiológica local, nas seguintes condições:
SYNOPSIS
• definição de caso suspeito: indivíduo que apresenta
febre de moderada a alta, cefaleia, mialgia e história Rocky Mountain spotted fever in Brazil
de picada de carrapato ou que tenha frequentado
área sabidamente de transmissão da febre maculosa Although the number of confirmed cases of spotted fever has
nos últimos 15 dias; ou, ainda, indivíduo que apre- been declining in Brazil since 2005, the mortality rate (20%
senta febre de início súbito, mialgia e cefaleia, se- to 30%) is still high in comparison to other countries. This
guidos esses sintomas de exantema máculo-papular high mortality rate is closely related to the difficulty in mak-
de 2 a 5 dias após o aparecimento dos sintomas ini- ing the diagnosis and starting the correct treatment. Only
two groups of antibiotics have proven clinical effectiveness
ciais, além de manifestações hemorrágicas, excluí-
against spotted fever: chloramphenicol and tetracyclines.
das outras patologias (11).
Until recently, the use of tetracyclines was restricted to
• Definição de caso confirmado: pelo critério labora-
adults because of the associated bone and tooth changes in
torial, isolamento do agente etiológico em cultura children. Recently, however, the American Academy of Pe-
ou quando a sorologia de duas amostras, colhidas diatrics and various researchers have recommended the use
com intervalo médio de 15 dias, mostrar sorocon- of doxycycline in children. In more severe cases, chloram-
versão de quatro vezes o título, ou, ainda, imuno- phenicol injections are often preferred in Brazil because of
histoquímica positiva para antígenos de riquétsia. the lack of experience with injectable tetracycline. Since
Pelo critério clínico-epidemiológico, são casos con- early diagnosis and the adequate drug treatment are key to
firmados os pacientes que forem a óbito com quadro a good prognosis, health care professionals must be better
compatível de febre maculosa brasileira e que te- prepared to recognize and treat spotted fever.
nham antecedente epidemiológico de ter frequen-
tado área sabidamente de transmissão da doença e Key words: Rocky Mountain spotted fever; disease no-
vínculo com casos recentes confirmados laborato- tification; Brazil.
rialmente, com ou sem história de picada de carra-
REFERÊNCIAS
1. Harden VA. Rocky Mountain spotted Rocky Mountain spotted fever. JAMA. ettsiae as revealed by antigenic analysis
fever: history of a twentieth century dis- 1909;52:379–80. with monoclonal antibodies. J Clin Mi-
ease. Baltimore: Johns Hopkins; 1990. 4. Howard Taylor Ricketts. Science (Wash- crobiol. 1998;36(4):887–96.
2. Ricketts HT. Some aspects of Rocky ington). 1910;32(826): 585–7. 7. Dantas-Torres F. Rocky Mountain spot-
Mountain spotted fever as shown by re- 5. Dias E, Martins AV. Spotted fever in ted fever. Lancet Infect Dis. 2007;7(11):
cent investigations. 1909. Rev Infect Dis. Brazil. A summary. Am J Trop Med. 724–32.
1991;13(6):1227–40. 1939;19(1):103–8. 8. Lemos ERS. Rickettsial diseases in
3. Ricketts HT. A micro-organism which 6. Xu WB, Raoult D. Taxonomic relation- Brazil. Virus Rev Res. 2002;7(1):
apparently has a specific relationship to ships among spotted fever group rick- 7–16.
9. Lemos ERS, Alvarenga FB, Cintra ML, fever: role of antidiuretic hormone. Ann National surveillance for Rocky Moun-
Ramos MC, Paddock CD, Ferebee TL, et Intern Med. 1983;98(3):334–5. tain spotted fever, 1981–1992: epidemio-
al. Spotted fever in Brazil: a seroepide- 22. Helmick CG, Bernard KW, D’Angelo LJ. logic summary and evaluation of risk
miological study and description of Rocky Mountain spotted fever: clinical, factors for fatal outcome. Am J Trop
clinical cases in an endemic area in the laboratory, and epidemiological fea- Med Hyg. 1995;52(5):405–13.
State of São Paulo. Am J Trop Med Hyg. tures of 262 cases. J Infect Dis. 1984;150 35. Fishbein DB, Frontini MG, Giles R, Ver-
2001;65(4):329–34. (4):480–8. non LL. Fatal cases of Rocky Mountain
10. de Lemos ER, Machado RD, Coura JR, 23. Rao AK, Schapira M, Clements ML, spotted fever in the United States,
Guimarães MA, Freire NM, Amorim M, Niewiarowski S, Budzynski AZ, 1981–1988. Ann N Y Acad Sci. 1990;590:
et al. Epidemiological aspects of the Schmaier AH, et al. A prospective study 246–7.
Brazilian spotted fever: seasonal activ- of platelets and plasma proteolytic sys- 36. Ormsbee RA, Parker H, Pickens EG. The
ity of ticks collected in an endemic area tems during the early stages of Rocky comparative effectiveness of aure-
in São Paulo, Brasil. Rev Soc Bras Med Mountain spotted fever. N Engl J Med. omycin, terramycin, chloramphenicol,
Trop. 1997;30(3):181–5. 1988;318(16):1021–8. erythromycin, and thiocymetin in sup-
11. Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria 24. Mandell GL, Bennett JE, Dolin R. Princi- pressing experimental rickettsial infec-
de Vigilância em Saúde. Guia de vi- ples and practices of infectious diseases. tions in chick embryos. J Infect Dis.
gilância epidemiológica/Ministério da New York: Churchill Livingstone; 1995. 1955;96(2):162–7.
Saúde. 6a ed. Brasília: Ministério da 25. Batista RS, Gomes AP, Santos SS, 37. Raoult D, Roussellier P, Vestris G,
Saúde; 2005. Almeida LC, Figueiredo CES, Pacheco Tamalet J. In vitro antibiotic susceptibil-
12. Labruna MB, Kasai N, Ferreira F, Fac- SJB. Manual de infectologia. Rio de ity of Rickettsia rickettsii and Rickettsia
cini JL, Gennari SM. Seasonal dynamics Janeiro: Revinter; 2003. conorii: plaque assay and microplaque
of ticks (Acari: Ixodidae) on horses in 26. Kaplowitz LG, Lange JV, Fischer JJ, colorimetric assay. J Infect Dis. 1987;155
the State of São Paulo, Brazil. Vet Para- Walker DH. Correlation of rickettsial (5):1059–62.
sitol. 2002;105(1):65–77. titers, circulating endotoxin, and clinical 38. American Academy of Pediatrics.
13. Brasil, Ministério da Saúde. Tabela de features in Rocky Mountain spotted Rocky Mountain spotted fever. Em:
óbitos de febre maculosa. Brasil, Grandes fever. Arch Intern Med. 1983;143(6): Pickering LK, ed. Report of the commit-
Regiões e Unidades Federadas. 1989– 1149–51. tee on infectious diseases. 26th ed. Elk
2009. Disponível em: portal.saude.gov. 27. Walker DH. Rocky Mountain spotted Grove Village: American Academy of
br/portal/saude/profissional/area. fever: a disease in need of microbiologi- Pediatrics,. 2003.
cfm?id_area=1555. Acessado em 24 de cal concern. Clin Microbiol Rev. 1989; 39. Masters EJ, Oslon GS, Weiner SJ, Pad-
maio de 2010. 2(3):227–40. dock CD. Rocky mountain spotted
14. Abramson JS, Givner LB. Rocky Moun- 28. São Paulo, Secretaria Estadual de Saúde fever: a clinician’s dilemma. Arch Intern
tain spotted fever. Pediatr Infect Dis J. do Estado de São Paulo, Divisão de Med. 2003;163(7):769–74.
1999;18(6):539–40. Zoonoses. Informe Técnico. Febre ma- 40. Purvis JJ, Edwards MS. Doxycycline use
15. São Paulo, Secretaria de Vigilância Epi- culosa brasileira. Disponível em: ftp.cve. for rickettsial disease in pediatric pa-
demiológica. Incidência, óbitos e taxa de saude.sp.gov.br/doc_tec/ZOO/INF_ tients. Pediatr Infect Dis J. 2000;19(9):
letalidade de Febre Maculosa, por ano MACULOSA.pdf. Acessado em 26 de 871–4.
no estado de São Paulo — 1985 a 2009. junho de 2009. 41. Hardman JG, Limbird LE, Molinoff PB,
Disponível em: cve.saude.sp.gov.br/ 29. Donohue JF. Lower respiratory tract in- Ruddon RW, Gilman AG. The pharma-
htm/zoo/fm_i8503.htm. Acessado em volvement in Rocky Mountain spotted cological basis of therapeutics. 10th ed.
13 de agosto de 2009. fever. Arch Intern Med. 1980;140(2): New York: McGraw-Hill. 2001.
16. Chen LF, Sexton DJ. What’s new in 223–7. 42. Herbert WN, Seeds JW, Koontz WL, Ce-
Rocky Mountain spotted fever? Infect 30. Tavares W, Marinho LAC. Rotinas de falo RC. Rocky Mountain spotted fever
Dis Clin North Am. 2008;22(3):415–32. diagnóstico e tratamento das doenças in pregnancy: differential diagnosis and
17. Walker DH, Valbuena GA, Olano JP. infecciosas e parasitárias. 2a ed. São treatment. South Med J. 1982;75(9):
Pathogenic mechanisms of diseases Paulo: Atheneu; 2007. 1063–6.
caused by Rickettsia. Ann N Y Acad Sci. 31. Tzianabos T, Anderson BE, McDade JE. 43. Markley KC, Levine AB, Chan Y. Rocky
2003;990:1–11. Detection of Rickettsia rickettsii DNA in Mountain spotted fever in pregnancy.
18. Trabulsi LR, Alterthum F. Microbiolo- clinical specimens by using polymerase Obstet Gynecol. 1998;91(5 Pt 2):860.
gia. São Paulo: Atheneu; 2004. chain reaction technology. J Clin Micro- 44. Stallings SP. Rocky Mountain spotted
19. Mansueto P, Vitale G, Di Lorenzo G, biol. 1989;27(12):2866–8. fever and pregnancy: a case report and
Arcoleo F, Mansueto S, Cillari E. Im- 32. Rolain JM, Maurin M, Vestris G, Raoult review of the literature. Obstet Gynecol
munology of human rickettsial diseases. D. In vitro susceptibilities of 27 rick- Surv. 2001;56(1):37–42.
J Biol Regul Homeos Agent. 2008; ettsiae to 13 antimicrobials. Antimicrob 45. Kenyon RH, Williams RG, Oster CN,
22(2):131–9. Agents Chemother. 1998;42(7):1537–41. Pedersen CE Jr. Prophylactic treatment
20. Valbuena G, Feng HM, Walker DH. 33. Holman RC, Paddock CD, Curns AT, of Rocky Mountain spotted fever. J Clin
Mechanisms of immunity against rick- Krebs JW, McQuiston JH, Childs JE. Microbiol. 1978;8(1):102–4.
ettsiae. New perspectives and opportu- Analysis of risk factors for fatal Rocky
nities offered by unusual intracellular Mountain Spotted Fever: evidence for
parasites. Microbes Infect. 2002; 4(6): superiority of tetracyclines for therapy.
625–33. J Infect Dis. 2001;184(11):1437–44. Manuscrito recebido em 5 de outubro de 2009.
21. Kaplowitz LG, Robertson GL. Hypona- 34. Dalton MJ, Clarke MJ, Holman RC, Aceito em versão revisada em 28 de dezembro de
tremia in Rocky Mountain spotted Krebs JW, Fishbein DB, Olson JG, et al. 2009.