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INTRODUÇÃO
A conjuntura mundial do ano de 2009 continuou a ser marcada pela crise económica e
financeira ao nível global, despoletada em 2007 e que levou a que os governos e bancos
centrais do mundo inteiro tomassem um conjunto de medidas para amortecer os seus efeitos
sobre as suas economias e consequentemente a economia mundial. Não obstante nos finais do
ano em revista serem mais animadoras as perspectivas de recuperação da actividade
económica nas principais economias, os seus efeitos continuaram visíveis, quer a nível do
sector real como do financeiro.
A crise financeira mundial não teve impacto directo sobre as instituições bancárias a operar no
mercado moçambicano, tendo-se o sistema mantido estável e robusto. Isto deveu-se por um
lado, ao facto das instituições de crédito que operam no País, apresentarem um baixo grau de
exposição aos activos que desencadearam a crise, como também, pelo facto da maioria das
instituições possuírem um nível de capitalização adequado para assumir perdas decorrentes dos
activos em carteira, medidos pelo rácio de solvabilidade que alcançou cifras confortáveis, ao
fixar-se em 15,1% em Dezembro de 2009, contra 13,9% em Dezembro de 2008.
Adicionalmente, as medidas que têm sido tomadas do ponto de vista regulamentar, a atitude
prudente na tomada de riscos pelas instituições, acompanhada de acções de vigilância
permanente ao sistema pelo Banco de Moçambique, contribuíram para a manutenção da
estabilidade do sector financeiro nacional.
Outro facto digno de realce é o processo de expansão da rede de balcões pelos Distritos, no
quadro da estratégia de alargamento de serviços financeiros às zonas menos favorecidas do
país, mas também no interesse próprio das instituições de exparandirem a sua base de clientes
e explorar novos nichos de mercado. Esta tendência foi generalizada, acompanhada por um
conjunto de inovações seja no desenho de produtos financeiros, como na infra-estrutura de
suporte.
3.2. Licenciamento
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Quadro 3: Evolução de agências de bancos em funcionamento
Província 2009 2008 Variação
Um aspecto a destacar é o facto do número de distritos cobertos pela rede bancária ter elevado
para 51, o que corresponde a um acréscimo de 17 distritos em relação à situação a Dezembro
de 2008.
Ainda no decurso do ano de 2009 foram revogadas licenças de 2 casas de câmbio que
operavam nas cidades de Quelimane e Maputo.
O desafio de bancarização da economia, lançado pelo Banco de Moçambique em 2007, tem com
objectivo final, levar os serviços financeiros as zonas mais desprovidas dos mesmos, garantido o
acesso de uma parte considerável da população de Moçambique ao mesmo tempo que se criam
condições para estimular a poupança e o investimento.
Para a materialização deste objectivo várias medidas de incentivo foram aprovadas, nomeadamente,
(i) ao nível do Banco de Moçambique, que incluem entre outras, a abertura de agência em cinco
principais cidades do país; e (ii) consideração da caixa das agências dos bancos comerciais em
zonas rurais para efeitos de constituição de RO´s, o que permite libertar liquidez para outro tipo de
aplicações incluindo expansão do crédito e reduzindo o custo implícito de manutenção de reservas;
(iii) ao nível do Governo, onde pontificam os benefícios fiscais e desenvolvimento de infra-estruturas;
(iv) apoio institucional, que consiste no co-financiamento às instituições de micro finanças e aos
bancos na introdução de produtos adequados ao meio rural, bem como a criação, pelo Governo do
Programa de Apoio às Finanças Rurais (PAFR), visando o apoio técnico às instituições financeiras
nas zonas rurais, donativos para o investimento inicial para aquisição/modernização e
apetrechamento das instalações e linhas de crédito para a expansão da actividade creditícia nas
zonas rurais.
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Evolução do Número de Balcões
O número de instituições bancárias em Cidade de Maputo 135
98
funcionamento no país, incrementou de 12 Província de Maputo 16 32
para 14 bancos, ao mesmo tempo que o Gaza 14 24
sistema passou a contar com 3 novos Inhambane 12 27
Sofala 33
micro bancos, 9 organizações de 21
Manica 12 17
poupança e empréstimo. Tete 19
8
Zambézia 16
10
O total de operadores de microcrédito Nampula 16 31
Cabo Delgado 9
licenciados e em exercício incrementou em 7
Niassa 9
39 novas unidades para um total de 96 4
O número de distritos com agências bancárias aumentou em 23 (82%) para 51, o que
representa uma taxa de cobertura de cerca de 40%.
O total de ATM´s e POS´s aumentou para 620 e 4,668 contra os 382 e 3,248,
respectivamente.
Conforme ilustrado no gráfico, o aumento das caixas automáticas e dos terminais de pagamento
automático nos postos de venda tem vindo a ser acompanhado por uma tendência de redução da
taxa de preferência de liquidez pura, por parte do público, medida pela relação entre o saldo das
Notas e Moeda em poder do público e a massa Preferência por liquidez vs. Meio alternativo de pagamento
monetária (NMC/M3). 52.0% 13.5%
50.0% 13.0%
A preferência de liquidez reduziu de 13.2% em 48.0%
Dezembro de 2006, para 12.2% em Dezembro 12.5%
46.0%
2009, ao mesmo tempo que o peso dos valores 12.0%
44.0%
movimentados através dos cartões de débito vem 11.5%
42.0%
aumentando continuamente no tempo, tendo o
40.0% 11.0%
rácio entre os valores pagos através de cartões de
2006 2007 2008 2009
débito em relação à massa monetária (valores
C. Débito/M3 (eixo a esquerda) NMC/M3 (eixo a direita)
pago por cartão/M3), incrementado o seu peso
relativo, na liquidação de transacções em Moçambique de 41.7% em Dezembro de 2006 para 50.8%
em Dezembro de 2009.
A tendência de queda do rácio NMC/M3, conjugada com a evolução das taxas de poupança
financeira e de financiamento bancário, resumidas no quadro abaixo, mostram que o sector
financeiro moçambicano, tem ao longo dos últimos anos, aumentado a sua expansão territorial, ao
mesmo tempo que tem conhecido um maior aprofundamento e desenvolvimento, factores
importantes para a promoção do crescimento da produção e consequentemente o almejado
desenvolvimento económico. Efectivamente, o aumento da poupança financeira, aliado ao
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crescimento contínuo da taxa de transformação, têm permitido uma maior capacidade de
financiamento bancário á actividade produtiva, medida pelo Produto Interno Bruto, que cresceu de
cerca de 13% em Dezembro de 2005 para 27.5% em Dezembro de 2009.
A actividade bancária avaliada pelo activo total em base consolidada evidenciou um crescimento
assinalável de 36,1% face à Dezembro de 2008 (Gráfico 1), incremento justificado pelo aumento
significativo da carteira de crédito que reflecte o crescente dinamismo que se assiste no
mercado de crédito, principalmente para particulares, que nos últimos tempos tem registado
taxas de crescimento significativas quando comparadas com a parte destinada para outros
sectores de actividade, num contexto em que as condições de acesso ao mercado internacional
ainda estavam condicionadas pelos efeitos da crise financeira. Desde o início do ano, a
evolução do activo tem evidenciado uma trajectória crescente tendo atingido o pico em
Novembro de 2009, ao expandir em 38,4%, valor mais alto nos últimos cinco anos.
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Diferentemente da análise efectuada na parte macroeconómica deste mesmo relatório, neste capítulo,
considera-se crédito total líquido ao total de empréstimos concedidos pelo sistema bancário a totalidade dos
seus clientes, incluindo as outras IC’s, entidades não residentes e ao Governo Central, deduzido o valor das
provisões constituidas para o respectivo crédito.
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Gráfico 1: Evolução do activo
A carteira de crédito a clientes apresentou uma taxa de variação de 63,5%, a mais alta taxa de
variação desde 2004, situação acompanhada pelo aumento substancial da sua importância na
estrutura do activo, que passou de 40,8% em Dezembro de 2008, para 49,0% em Dezembro de
2009, totalizando 69.022 milhões de Meticais (Gráfico 2).
Apesar de registar uma evolução acentuada em termos absolutos, o peso do crédito em moeda
estrangeira na carteira total mantém-se relativamente estável, mercê do maior dinamismo que
se verifica no crédito em moeda nacional, que desde Abril de 2006 passou a representar mais
de 50% do total da carteira de crédito total ao sector privado, situação igualmente favorecida
pelos requisitos impostos pelo Aviso 5/GGBM/2005, de 20 de Maio nas operações de crédito em
ME. Ainda assim, a procura pelo crédito em ME, mostra-se ainda elevada, isso se consideradas
as taxas de crescimento desta componente, que desde Agosto de 2008 foi superior as do
crédito em MN, trajectória invertida apenas em Dezembro de 2009 (Gráfico 3).
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O valor dos activos financeiros2 aumentou 12,1%, totalizando 21.502 milhões de Meticais. O
maior aumento verificou-se nos activos financeiros detidos para negociação que cresceram
312,4%, seguido dos activos financeiros disponíveis para venda, 7,3%. Não obstante a evolução
favorável, a importância dos activos financeiros no activo total diminuiu de 18,5% em Dezembro
de 2008, para 15,3% em Dezembro de 2009 (Gráfico 2), uma queda resultante do aumento
expressivo da carteira de crédito. O investimento em títulos de dívida pública continua sendo a
aposta de alguns bancos principalmente os que encontram dificuldades de se afirmar no
mercado de crédito ou os que são aversos ao risco. Outro factor associado a apetência de
títulos por parte de alguns bancos é o facto de possuírem ponderação nula na computação do
rácio de solvabilidade e taxas de juro atractivas.
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Os Bilhetes de Tesouro são o principal componente dos activos financeiros e dependendo da intenção da
gestão, podem ser classificados como activos financeiros disponíveis para venda ou de negociação ou detidos
até a maturidade.
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principalmente do aumento das aplicações em instituições de crédito no estrangeiro, que
cresceram 14,6%, sendo que a maior parte encontram-se sob a forma de depósitos a prazo em
outras instituições de crédito no estrangeiro e ao longo de 2009 apresentaram uma trajectória
crescente, contrariando assim a tendência de 2008.
Passivo3
A estrutura dos depósitos não registou alterações significativas, mantendo assim a tendência
que se vem registando desde Dezembro de 2003 (Gráfico 4), onde os depósitos a ordem
continuam a ser a principal componente, tendo a sua evolução em 2009 sido determinante para
o crescimento registado nos depósitos totais (Gráfico 5 e Gráfico 6).
Nota-se todavia, que em 2009, a desaceleração dos depósitos a prazo, resultou num
crescimento acentuado dos depósitos a ordem, o que permitiu consolidar o seu peso na
estrutura dos depósitos totais, que passou de 66,1% em Dezembro de 2008, para 68,3 % em
Dezembro de 2009 (Gráfico 5). Os depósitos com pré-aviso e outros depósitos continuaram com
um peso residual na estrutura dos depósitos (Gráfico 6).
3
São considerados por depósitos de clientes, neste capítulo, aos fundos aplicados no sistema
bancário pela totalidade dos seus clientes, incluindo outros bancos, Governo Central e agentes não
residentes.
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Gráfico 5: Evolução dos depósitos a ordem e a prazo
Quanto aos depósitos de residentes, a estrutura revela que não houve alterações significativas.
Os depósitos de empresas privadas continuaram a representar maior componente na estrutura
dos depósitos e no período em análise totalizaram 44.213 milhões de Meticais, o que representa
45,3% dos depósitos de residentes (Gráfico 7). Apesar de terem aumentado em 33,4%, o peso
dos depósitos de particulares na estrutura dos depósitos de residentes manteve-se praticamente
inalterado (Gráfico 7).
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Gráfico 7: Estrutura dos depósitos de residentes
4.2. Solvabilidade
De acordo com actual quadro regulamentar, as instituições de crédito devem manter a todo
momento, um rácio de solvabilidade não inferior a 8%, nível considerado adequado e importante
para a estabilidade do sistema bancário, pois permite que as instituições absorvam quaisquer
perdas que possam resultar de choques adversos sobre seu balanço, continuando a
desempenhar o papel da intermediação financeira.
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uma forte dependência do rácio de solvabilidade as variações nos fundos próprios de base
(Gráfico 8).
Á semelhança de anos anteriores, em 2009, o crescimento registado nos fundos próprios totais
beneficiou do aumento dos fundos próprios de base em 34,3% (2.377 milhões de Meticais) e
dos fundos próprios complementares em 81,5% (772.130 milhões de Meticais). Por sua vez, o
aumento dos fundos próprios de base relacionou-se com aumentos de capital concretizados por
algumas instituições de crédito, sobretudo no segundo trimestre do ano, num montante de
781.637 milhões de Meticais (+22,3% que Dezembro de 2008) e do aumento de reservas
provenientes da não distribuição de resultados em 1.478 milhões de Meticais (mais 38,1% que o
registado em Dezembro de 2008). O aumento dos fundos próprios complementares esteve
relacionado com o acréscimo do valor de empréstimos subordinados decorrentes não só da
contracção de novos empréstimos mas também, de variações cambiais. Contribuiram
negativamente para a variação dos fundos próprios, o incremento dos resultados negativos e de
imobilizado recebido em reembolso de crédito próprio.
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Gráfico 9: Distribuição das instituições de crédito quanto ao rácio de solvabilidade
Outro rácio complementar ao rácio de solvabilidade e que tem merecido atenção nos últimos
tempos é o rácio de alavancagem (leverage ratio). Este rácio estabelece a relação entre os
fundos próprios de base e activos totais4 e fornece uma indicação da dimensão do
financiamento dos activos pelos capitais próprios. Tal protagonismo decorre do facto de se ter
constatado que um dos elementos principais que contribui para o escalar da crise financeira
mundial foi o facto de muitos bancos possuírem uma alavancagem excessiva.
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Numa perspectiva mais rigorosa, aos activos deverão ser deduzidos os montantes referentes aos intangíveis
para que sejam comparáveis aos fundos próprios de base, que desde a introdução das Normas Internacionais
de Relato Financeiro, passaram a ser incluídos como elementos negativos na computação dos fundos próprios
de base.
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O gráfico 10 revela que em 2009 o rácio de alavancagem flutuou entre 6,4% e 8,3 %, tendo-se
fixado em Dezembro de 2009 em 6,6% contra 6,8% registados em Dezembro de 2008. Estas
cifras situaram-se em níveis superiores aos mínimos estabelecidos por algumas entidades
supervisoras como por exemplo, a Swiss Financial Market Supervisory Authority (FINMA) que
definiu o mínimo de 3,0%5.
4.3. Rendibilidade
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Este valor mínimo ainda não é extensivo a todos os bancos a operarem na Suiça. Actualmente não existe um
benchmark definido para este indicador e diferenças nos princípios contabilísticos e na fórmula de cálculo
podem de alguma forma dificultar a comparação entre países.
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Especificamente, o crescimento dos resultados do exercício teve subjacente a evolução
favorável dos lucros em operações financeiras que cresceram 61,2%, da margem financeira em
20,9% e do crescimento dos custos operacionais em 27,0%. Uma análise da evolução homóloga
dos resultados, revela que nos últimos três anos, estes incrementaram a taxas bastante
inferiores às registadas em 2005 e 2006 (Gráfico 11), um abrandamento associado, em parte, à
desaceleração do ritmo de crescimento da margem financeira, resultante entre outros factores,
do estreitamento do spread entre as taxas de juro de crédito e de depósitos, não
suficientemente compensado pelo aumento do volume de fundos transacionados
A estrutura dos juros e proveitos equiparados, revela que os activos de maior risco na estrutura
do balanço apresentaram maior contributo na estrutura de juros. O crédito a clientes é o activo
produtivo que apresenta maior contributo na estrutura dos juros e proveitos equiparados, pese
embora, este contributo não tenha aumentado em relação a 2008 (Gráfico 12). Os aumentos
dos juros de activos financeiros em 34,8% e dos investimentos em 70,1%, traduziram-se no
acréscimo do respectivo peso na estrutura dos juros e proveitos equiparados, passando a
representar 20,2% e 1,4%, respectivamente. O remanescente dos juros e proveitos equiparados
resultou de vários outros activos com menor representatividade no balanço, destacando-se a
diminuição do peso de juros provenientes de aplicações em outras instituições de crédito
(Gráfico 12)
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Gráfico 13: Composição da conta de resultados
Proveitos
Custos
As comissões líquidas cresceram 14,0% face aos 2.162 milhões de Meticais registados em
Dezembro de 2008 (Gráfico 13). Esta evolução não se traduziu no aumento de sua contribuição
na formação do produto bancário e resultou essencialmente de comissões por prestação de
serviços bancários como depósito e guarda de valores, transferência de valores, gestão de
cartões e anuidades.
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Gráfico 14: Rendibilidade
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essencialmente, a evolução das despesas com serviços de terceiros, nomeadamente, serviços
especializados, conservação e reparação, publicidade e edição de publicações.
Os desafios que se colocam à supervisão prudencial enquadram-se no contexto geral de manter o sistema
financeiro moçambicano competitivo, saudável e sólido. Estão previstas um conjunto de acções com enfoque
nos seguintes domínios:
Melhoramento da base de dados da Central de Registo de Crédito (CRC) quer em termos de qualidade de
informação como de volume, âmbito, tempestividade e acessibilidade;
Prosseguir o processo de transição para a supervisão baseada no risco;
Consolidação dos core principles para uma supervisão eficaz;
Prosseguir o reforço e capacitação de pessoal técnico para responder aos novos e complexos desafios
impostos pela modernização e alargamento do sistema financeiro;
Melhorar o quadro regulamentar com vista a acomodar os novos desenvolvimentos em matéria de
supervisão bancária;
Consolidar as práticas de corporate governance no intuito de aplicar, efectiva e permanentemente, as
regras de uma gestão profissionalizada das instituições de crédito e sociedades financeiras;
Continuar a monitorar os desenvolvimentos e as actividades do sector financeiro. Maior atenção será dada
à avaliação das condições de liquidez e a qualidade de activos; e,
Adoptar um plano de contingência para o sector financeiro para que esteja permanentemente alerta aos
riscos de crise.
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