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E eu sei dar por isso muito bem... Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Sei ter o pasmo essencial Porque quem ama nunca sabe o que ama
Que tem uma criança se, ao nascer, Nem sabe por que ama, nem o que é amar
Neste poema, ao comparar-se com um pastor, o sujeito poético fala-nos da sua relação
com a natureza, que lhe é permitida através dos sentidos.
Deste modo, inicia apresentando a sua tese ao longo dos dois primeiros versos. O
primeiro, através de uma metáfora “Sou um guardador de rebanhos”, compara-se a um
pastor que deambula num contato privilegiado com a natureza. No segundo verso, diz-nos
“O rebanho são os meus pensamentos”, e podemos entender que ele guarda os seus
pensamentos, pois não precisa deles. A partir daí vai desenvolver a sua ideia inicial,
enquanto recorre ao polissindeto (repetição da conjunção coordenativa copulativa “e”) e
da estrutura anafórica, explica-nos que conhece a realidade através da sua apreensão
pelos sentidos. Na verdade, desde as necessidades básicas, “…comer um fruto”, até às
estéticas, “…vê-la e cheirá-la” são satisfeitas pelos sentidos,
Por fim, conclui que é o contato com a realidade “Sinto todo o meu corpo deitado na
realidade” é a única coisa que o permite conhecer a realidade e ser feliz “Sei a verdade e
sou feliz”.