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ANÁLISE FORMAL
O poema é constituído por quatro estrofes com um número irregular de versos.
Esta irregularidade também se verifica na métrica e na rima, sendo os versos livres
e longos, lembrando a prosa.
Esta liberdade formal vai ao encontro da naturalidade que Caeiro advoga nos
seus poemas, recusando imposições de qualquer natureza, até poética.
EM SÍNTESE
TEMA: Perceção sensorial da realidade e rejeição do pensamento.
1ª estrofe: Defesa da ideia de que os sentidos, sobretudo a visão, são o meio que permite ao sujeito
poético percecionar e contemplar a realidade, num pasmo existencial.
2ª estrofe: Rejeição da intelectualização como modo de compreender o mundo.
3ª estrofe: Compreensão da realidade pela sua fruição sensorial, sem a problematizar.
4ª estrofe: Desvalorização do pensamento e da racionalização: contemplar e amar é não pensar.
EM ESQUEMA
Liberdade poética
Irregularidade estrófica, métrica e rimática, que coincide com a recusa de imposições de
qualquer tipo. A ausência de regularidade formal traduz-se num tom mais espontâneo.