Atlas Irrigação

07/11/2023, 19:02 Atlas Irrigação
Atlas Irrigação
Atlas Irrigação
Apresentação
O Atlas Irrigação: uso da água na agricultura irrigada é o
resultado do empenho da ANA em fornecer uma nova base
técnica, ampliada e atualizada, com informações relevantes
sobre a agricultura irrigada brasileira na sua interface com os
recursos hídricos, subsidiando tomadas de decisão com vistas
ao desenvolvimento sustentável, à segurança hídrica e à
garantia dos usos múltiplos da água.
Aqui você encontrará uma síntese com os principais destaques

da publicação e recursos interativos de acesso e visualização
dos dados, que podem também ser acessados por meio do
portal do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos
Hídricos - SNIRH.
O Atlas Irrigação
Acesse a Publicação
https://portal1.snirh.gov.br/ana/apps/storymaps/stories/a874e62f27544c6a986da1702a911c6b/print 1/19
Painel de Áreas Irrigadas
A agricultura irrigada é o maior uso da água no Brasil e no

mundo. O Atlas Irrigação apresenta uma retrospectiva, um
panorama atual e uma visão de futuro sobre a agricultura
irrigada brasileira, com foco no levantamento de áreas
irrigadas, no uso da água associado e no potencial de
expansão.
O Atlas Irrigação foi elaborado entre 2018 e 2020 a partir de

um planejamento de etapas e de estratégias de execução
traçado em 2017, logo após o lançamento da primeira edição.
As atividades foram executadas diretamente pela ANA ou em
parceria com referências do setor agrícola, como: Conab,
Embrapa, Agrosatélite, IBGE, UFPR, ESALQ/USP, USGS (Serviço
Geológico Americano) e MDR. Outras publicações, que
detalham algumas dessas atividades, foram lançadas
previamente ao Atlas.
ANA - Atlas Irrigação
Assista no YouTube
O que é Irrigação?
A irrigação corresponde à prática agrícola que utiliza um

conjunto de equipamentos e técnicas para suprir a deficiência
total ou parcial de água para as plantas.
A irrigação está no nosso cotidiano, seja nos gramados de

campos de futebol e de condomínios residenciais; ou ainda
quando consumimos arroz, feijão, legumes, frutas e verduras
– alimentos produzidos em grande medida sob irrigação.
Como Funciona
A irrigação fornece a água de forma artificial para suprir o

que não é fornecido pelas fontes naturais, visando o pleno
desenvolvimento das culturas. Cada cultura necessita de uma
quantidade de água, que também varia de acordo com as
fases do seu desenvolvimento e com o clima local. Esses
parâmetros, em conjunto com a eficiência do
método/sistema, são utilizados para estimar o quanto de água
é necessário captar em mananciais superficiais ou
subterrâneos.
Embora possa apresentar excelentes resultados de forma

isolada, essa prática é geralmente implementada em meio a
outras melhorias no pacote tecnológico do produtor rural, ou
seja, tende a ser acompanhada ou antecedida por
aperfeiçoamentos em outros insumos, serviços, máquinas e
implementos – melhorias que em conjunto resultam em
diversos benefícios.
Métodos e Sistemas
Os métodos de irrigação podem ser agrupados de acordo com
a forma de aplicação da água, destacando-se quatro
principais:
1. Irrigação por superfície - A água é disposta na superfície

do solo e seu nível é controlado para aproveitamento das
plantas.
2. Subterrânea (ou subsuperficial) - A água é aplicada abaixo
da superfície do solo, formando ou controlando o lençol
freático, na região em que pode ser aproveitada pelas
raízes das plantas.
3. Aspersão - A água é aplicada sob pressão acima do solo,
por meio de aspersores ou orifícios, na forma de uma
chuva artificial - é o método mais utilizado.
4. Localizada (ou microirrigação) - consiste na aplicação em
uma área bastante limitada, utilizando pequenos volumes
de água, sob pressão, com alta frequência.
Existem diferentes sistemas para cada um desses métodos,

como o sistema por inundação na irrigação superficial; o
sistema de pivô central na irrigação por aspersão; e o sistema

de gotejamento que ocorre nos métodos subterrâneo e
localizado.
Não existe um método ou sistema de irrigação

ideal a priori - a seleção depende de uma
avaliação integrada de componentes
socioeconômicos e ambientais, incluindo a
disponibilidade e a qualidade da água.
Vantagens da Irrigação
1. Aumento da produtividade da ordem de duas a três vezes
em relação ao sequeiro;
2. Elevação da renda do produtor rural e redução dos
riscos de produção;
3. Utilização do solo durante todo o ano com até três safras
anuais;
4. Modernização dos sistemas de produção estimulando a
introdução de novas tecnologias e ampliação da
assistência técnica;
5. Aumento da oferta e da regularidade de alimentos como
arroz feijão, trigo, batata, frutas e verduras;
6. Maior viabilidade para culturas de maior valor
agregado, criação de polos agroindustriais e abertura de
novos mercados.
Áreas Irrigadas
Histórico das áreas irrigadas no Brasil

No Brasil, a irrigação teve início entre o fim do século XIX e o
início do século XX nas lavouras de arroz do Rio Grande do
Sul, tendo se firmado como importante polo de irrigação
desde então. O início da operação do reservatório Cadro em
1903, cuja construção foi iniciada em 1881, foi um importante
marco desse processo. Registra-se também a ocorrência de
iniciativas pontuais de irrigação no Semiárido nessa fase
inicial, em especial com a construção de açudes públicos de
usos múltiplos.
A irrigação se intensificou no
Brasil a partir das décadas de 1970
e 1980 devido à expansão da
agricultura para regiões de
características físico-climáticas
menos favoráveis (total ou
sazonal), às políticas de financiamento e desenvolvimento
regional e aos próprios benefícios observados na prática.
O crescimento médio anual é

recorde na última década - passou
de 130 mil hectares ao ano (média
2000-2011) e alcançou 216 mil
hectares ao ano (média 2012-2019)
- 66% superior. Dentre os métodos e sistemas de irrigação
mecanizada, observa-se que os grupos mais eficientes no uso
da água - irrigação localizada (gotejamento e microaspersão) e
aspersão por pivô central - representaram cerca de 70% do
incremento de área irrigada entre 2006 e 2019.
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Tipologias de Cultura Predominante

As áreas irrigadas são parâmetros-chave nas demais etapas de
análise da agricultura irrigada. O conceito aqui utilizado
corresponde ao de área equipada para irrigação. Com a forte
expansão observada e com o grande potencial de crescimento,
o monitoramento torna-se um desafio para uma atividade que
já é carente de dados e informações de referência.
O mapa municipal destaca as 6 tipologias

predominantes de áreas irrigadas nos
municípios. São elas: arroz, café, cana irrigada,
cana fertirrigada, culturas anuais em pivôs
centrais, e outas culturas e sistemas.
Observa-se a concentração do arroz no Sul e em Tocantins; da

cana irrigada no litoral nordestino e da cana fertirrigada no
Centro-Sul (São Paulo, sul-sudoeste de Goiás, Triângulo
Mineiro); do café no Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia e
Rondônia; de outras culturas temporárias cultivadas sob pivôs
centrais na região central (em especial Goiás, Minas Gerais e
Bahia); e das demais culturas e sistemas no Norte e no
Semiárido.
Painel de dados
Utilize o painel desenvolvido para fazer consultas específicas
por estado e município e visualize as informações sobre as
áreas irrigadas nos municípios em forma de indicadores e

gráficos.
Painel de informações
Clique aqui para acessar o Painel
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Tipologias de Método Predominante

A depender da cultura e da região onde ela ocorre, existe uma
ligação entre o método de irrigação e a cultura a ser irrigada.
Usualmente o arroz é irrigado por inundação, independente
de onde ele ocorra, pois é uma técnica de manejo consolidado
há anos que visa não só o suprimento da demanda hídrica da
planta, mas também o controle de pragas e doenças. Já
irrigação e fertirrigação da cana se dá majoritariamente por
aspersão via carretel enrolador (hidro roll), enquanto grãos

como soja, milho e feijão são usualmente irrigados via
aspersão por pivô central, assim como o algodão.
O mapa destaca os 4 métodos predominantes de

irrigação nos municípios brasileiros: localizado
(microaspersão ou gotejamento), superficial
(sulcos ou inundação), aspersão por pivôs
centrais e aspersão por outros sistemas.
A tipologia de irrigação "demais culturas e sistemas" agrega os

demais padrões fora das demais tipologias utilizadas no Atlas
(arroz, cana, café e outras culturas em pivôs centrais). Essa
classe está associada essencialmente com os sistemas
localizados (microaspersão e gotejamento) e a aspersão
convencional; também tende a ocorrer de forma mais difusa
no território; e, embora contemple uma diversidade de
culturas, tem na horticultura e na fruticultura suas maiores
áreas.
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Área Irrigada Total
O Brasil possui 8,2 milhões de hectares

fertirrigados (2,9 Mha) e irrigados (5,3 Mha). O
gráfico abaixo mostra os valores absolutos e
relativos por tipologia adotada, enquanto o mapa
traz um panorama nacional da irrigação no
recorte municipal.
Área nas Unidades da Federação
Potencial de Expansão
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Área Adicional Irrigável

As análises de potencial de expansão da agricultura irrigada
reúnem variáveis explicativas na tentativa de apontar áreas
passíveis de expansão. Tendem a focar em aspectos físico-
ambientais e carecem da aplicação de modelos econômicos
robustos, assim como de pesquisas em campo, mas fornecem
perspectivas e direcionamento tanto para o setor privado
quanto para as políticas públicas. No Atlas, foi estimado o
potencial físico-hídrico total e o potencial efetivo (que
expressa condições mais favoráveis de desenvolvimento).
O potencial de expansão de áreas irrigadas (total e efetivo)

deve ser observado com cautela, sendo útil para o
planejamento geral, zoneamentos e o monitoramento do setor.
Particularidades locais, expansão da infraestrutura e obras de
infraestrutura hídrica podem alterar a estimativa de área
adicional irrigável, especialmente quando a oferta de água é
aumentada com transferências de outras bacias ou diminuída
com a instalação de outros usos ou com a revisão de bases de
dados de oferta de água.
Os potenciais foram estimados apenas sobre

áreas agropecuárias atuais (agricultura e
pastagem já consolidadas). Com a
disponibilidade atual de água, apenas 36% da
área agrícola e 15% da área de pastagens
poderiam ser convertidas em áreas irrigadas no
Brasil.
Potencial Total
A área adicional irrigável é de 55,85 milhões de hectares
(Mha) sendo: 26,69 Mha sobre áreas agrícolas de sequeiro
(36% desse uso consolidado), 26,73 Mha sobre áreas de
pastagens (15% desse uso) e 2,43 Mha sobre áreas
agropecuárias sem disponibilidade hídrica superficial, mas
com disponibilidade subterrânea. Com isso, conclui-se que
apesar da área expressiva em números absolutos, apenas 22%
da área atualmente antropizada com usos agropecuários no
Brasil pode ser irrigada por conta de limitações na
disponibilidade hídrica dos mananciais locais.
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Potencial Efetivo
Como potencial efetivo, que explicita de forma mais precisa as
potencialidades de curto e médio prazo no território
brasileiro, são consideradas as áreas de intensificação sobre a
agricultura de sequeiro que apresentam aptidão de solo-
relevo média ou alta; e indicador de infraestrutura alta.
Adicionalmente, são excluídas do potencial efetivo áreas
atuais de cana-de-açúcar com déficit hídrico climático inferior
a 400 mm ao ano.
O potencial irrigável efetivo é de 13,7 Mha e concentra-se no

Centro-Oeste (45%), Sul (31%) e Sudeste (19%). Dentre os
estados, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina
apresentam maior potencial de incremento das áreas
irrigadas. Essas regiões já se destacam pelos fortes
crescimentos de área irrigada nos últimos anos, em especial
Goiás, Bahia, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Painel de dados
Utilize o painel desenvolvido para fazer consultas específicas

por estado e município e visualize as informações em
indicadores e gráficos.
Uso da Água
A agricultura irrigada é um uso consuntivo da água, ou seja,
altera suas condições na medida em que é armazenada,
retirada do ambiente e a maior parte é consumida pela
evapotranspiração das plantas e do solo, não retornando
diretamente aos corpos hídricos. Embora o ciclo hidrológico
seja fechado, esse consumo significa que a água é
indisponibilizada para outros usos naquela localidade e
tempo.
A demanda hídrica atualizada pelo

Atlas, assumindo um cenário de
clima médio em 2019, aponta um
uso da água pela agricultura
irrigada de 965 m³/s - 941 m³/s são
captados em mananciais (água azul), o que corresponde a 29,7
trilhões de litros ao ano. Cerca de 24 m³/s do uso da água são
do reuso agronômico de efluentes (água cinza) em áreas de
cana-de-açúcar (para fertirrigação e salvamento).
A demanda hídrica para

irrigação não é linearmente
proporcional às áreas irrigadas. A
necessidade de irrigação depende
da cultura, do clima local e do tipo
de manejo. Estados com maior
participação do salvamento em
cana-de-açúcar demandam
proporcionalmente menos água por hectare, enquanto
lavouras de arroz com manejo inundado e lavouras
permanentes no Semiárido tendem a apresentar maior
necessidade de irrigação por hectare.
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Projeções de 2019 para 2040

No horizonte 2040 é prevista uma maior participação dos
pivôs centrais e da irrigação localizada (concentrada na
tipologia outras culturas e sistemas) nas demandas da
agricultura irrigada. Esses métodos são mais eficientes no uso
da água. Embora todos os grupos apresentem crescimento,
esses setores devem continuar crescendo a taxas mais
expressivas.
Até 2040, estima-se a incorporação de 4,2

milhões de hectares irrigados (+76%), com um
impacto menor sobre a expansão do uso da água
(+66%) devido à maior expansão de métodos
mais eficientes. Esse incremento corresponde
também ao aproveitamento de 30% do potencial
efetivo e apenas 7% do potencial total.
Painel de dados
Utilize o painel desenvolvido para fazer consultas especificas
por estado e município e visualize as informações em
indicadores e gráficos
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Polos de Irrigação
Nessa edição do Atlas – e com base na área irrigada total, na
concentração/ densidade de ocupação, no potencial de
crescimento e no crescimento observado a curto e médio
prazos – são identificados 28 Polos Nacionais, ou seja, áreas
especiais de gestão dos recursos hídricos para a agricultura
irrigada em escala nacional.
A delimitação dos polos considera a divisão hidrográfica,

levando em conta que a gestão dos recursos hídricos adota a
bacia hidrográfica como unidade territorial. Dentre os 28
Polos Nacionais de Agricultura Irrigada, 24 possuem como
tipologia predominante o arroz por inundação (09 polos) ou os
pivôs centrais (15) polos. As tipologias não indicam

exclusividade do método ou da(s) cultura(s) irrigada(s), mas o
padrão predominante.
Polos Nacionais de Irrigação
Download e Links
Acesse conteúdos adicionais do Atlas Irrigação:
Atlas 2021 - Publicação
Painel de Áreas Irrigadas
Painel de Coeficientes Técnicos
Mapas Interativos
Publicações prévias e Atlas 2017
Tabelas
Nota Técnica - Mudanças do Clima
Nota Técnica - Metodologia Arroz
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA

© 2021, Setor Policial Sul, Área 5, Quadra 3, Blocos B, L, M, N, O e T. CEP:
70610-200, Brasília – DF. PABX: (61) 2109-5400 | (61) 2109-5252 Endereço
eletrônico: www.ana.gov.br
Atlas Irrigação http://atlasirrigacao.ana.go

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A agricultura irrigada é o maior uso da água no Brasil e no

O Atlas Irrigação foi elaborado entre 2018 e 2020 a partir de

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A irrigação corresponde à prática agrícola que utiliza um

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1. Irrigação por superfície - A água é disposta na superfície

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