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IT-1101 - AGRICULTURA IRRIGADA

6 – Sistemas de irrigação
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6.1 – Considerações iniciais

 Aplicação artificial de água ao solo, em


quantidades adequadas, visando proporcionar a
umidade necessária ao desenvolvimento das
plantas nele cultivadas, a fim de suprir a falta
ou a má distribuição das chuvas.
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 o que se pretende com a irrigação é satisfazer


as necessidades hídricas das culturas, aplicando a
água uniformemente e de forma eficiente, ou
seja, que a maior quantidade de água aplicada
seja armazenada na zona radicular e ficando à
disposição da cultura. Este objetivo deve ser
alcançado sem alterar a condições físicas e
químicas do solo e com mínima interferência
sobre os demais fatores necessários à produção
cultural.
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6.2 – Importância da irrigação no Brasil


e no mundo (ANA, 2007)

 No mundo, uma área da ordem de 1,541


bilhão de hectares está ocupada pela produção
agrícola, dos quais cerca de 277 milhões de
hectares está sob o domínio de infraestrutura
hídrica de irrigação. Essa área de 18% sob
cultivo irrigado é responsável por cerca de 44%
da produção total agrícola.
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6.2 – Importância da irrigação no Brasil


e no mundo (ANA, 2007)

 No Brasil, a área irrigada corresponde à


5,89% da área plantada, quando considerados os
62 principais cultivos temporários e permanentes,
e responde por cerca de 16% da produção.
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 A estimativa de potencial para acréscimo na


área mundial de solos aptos a serem dominados
por sistemas de irrigação situa-se ao redor de
190 milhões de hectares, e considera a
possibilidade das áreas potenciais brasileiras que
representam um adicional, à atual área irrigada,
de cerca de 26 milhões de hectares. Ou seja, o
Brasil detém um potencial superior a 13% das
capacidades mundiais de incorporação de novas
áreas à agricultura irrigada.
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 Um dos desafios da agricultura irrigada no


Brasil consiste em garantir outorgas de água
compatíveis com as demandas de potenciais solos
aptos à irrigação de forma a compatibilizar a
segurança de oferta de água à vocação do país
de provedor de alimentos, à segurança alimentar
interna e à demanda externa.

 Outro desafio consiste em reduzir as perdas


de água nos sistemas de irrigação, seja na sua
condução e distribuição na infra-estrutura
hídrica, seja na aplicação da água nos cultivos
pelos métodos e manejo das parcelas.
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 As escolhas dos métodos mais adequados,


juntamente com a questão das perdas, traduz-se
num desafio relacionado às atividades
empresariais do agronegócio e à assistência
técnica para o setor, que pouco a pouco vai sendo
superado pela agricultura irrigada e pela eficácia
no manejo, que deve ser adotada pelos
agricultores.
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 Em complemento, há o desafio associado à


preservação da qualidade das águas de retorno
pelos sistemas de drenagem agrícola, que devem
ser isentas de teores de componentes prejudicais
ao meio ambiente e aos demais usuários à
jusante, e o desafio de garantir a oferta
qualitativa de água ao projeto, ao longo de sua
vida útil.
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6.2.1 – Situação da irrigação no Brasil

 A evolução da superfície com sistemas de


irrigação e drenagem agrícola destinados à
agricultura no Brasil, indica que nos últimos 30
anos (1975/2003), houve a incorporação de uma
área média anual de cerca de 78 mil hectares.
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 A partir do início da década de 1990 houve


uma redução na taxa de crescimento da área
irrigada em decorrência da retirada de algumas
linhas de crédito específicas para irrigação, mas
a tendência de a irrigação manter baixo
crescimento pode estar se revertendo.
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 A incorporação de áreas irrigadas pelo método


localizado (gotejamento, micro-aspersão), elevou-
se de 112.730 ha (1996), para cerca de 338 mil
hectares (2003/04). No Nordeste, o índice de
expansão de sistemas de irrigação localizada
permitiu ampliar a cobertura para uma superfície
de 177 mil hectares (2003/04), sendo que em
1996 a área sob controle da irrigação localizada
era de 55.200 hectares.
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 No ano de 2003/04, pela primeira vez no país,


as áreas irrigadas pelo sistema de irrigação por
superfície, que vem se mantendo praticamente
estagnada, foram igualadas pela soma das áreas
atendidas pelos demais métodos de irrigação, que
tiveram maior atratividade para os produtores.
Alguns autores interpretam esse resultado como
benéfico com relação ao uso de recursos hídricos,
uma vez que esses sistemas, via de regra, são
mais eficientes na aplicação da água no solo.
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Ano 2003/2004 – Sistemas de irrigação (ha)


Brasil / Região Aspersão
Superfície Pivô Central Localizada Total
Convencional
Brasil 1.729.834 662.328 710.553 337.775 3.440.470
Norte 84.005 9.125 2.000 4.550 99.680
Nordeste 207.359 238.223 110.503 176.755 732.840
Sudeste 219.330 285.910 366.630 116.210 988.080
Centro-oeste 63.700 35.060 193.880 14.670 318.210
Sul 1.155.440 94.010 37.540 25.570 1..301.660
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 Apesar do baixo valor obtido no Brasil na


relação área irrigada/área plantada, merece
destacar a importância da irrigação no contexto.
Ainda que se verifique uma pequena percentagem
de área irrigada em nossas terras, em
comparação com a área plantada, cultivos
irrigados produziram, em 1998, 16% de nossa
safra de alimentos e 35% do valor de produção.
No Brasil, cada hectare irrigado equivale a três
hectares de sequeiro em produtividade física e a
sete em produtividade econômica.
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6.3 – Tipos de sistemas

Sistemas de irrigação é um conjunto de


técnicas que visa distribuir água às plantas
cultivadas em quantidades adequadas para
promover um desenvolvimento vegetal adequado,
com um mínimo de perdas.
Basicamente, um projeto de irrigação é
composto por dois sistemas: o sistema de
irrigação, propriamente dito, e o de drenagem,
quando necessário.
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O sistema de irrigação é composto


essencialmente pelos seguintes sub-sistemas:

 Subsistema de captação;

 Subsistema de condução; e

 Subsistema de aplicação.
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6.3.1 – Noções para elaboração de projetos


de irrigação

Para elaboração de um projeto de irrigação, seja


por aspersão, localizada ou por superfície, são
necessários a coleta de alguns dados na área a
ser irrigada. Esses dados são:
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6.3.1 – Noções para elaboração de projetos


de irrigação

1 – área a ser irrigada;


2 – espécie de cultura plantada ou a ser plantada
e o espaçamento entre plantas e entre linhas;
3 – Tipo de solo:
3.1 – quanto à sua textura;
3.2 – quanto à sua capacidade de infilt.
4 – Topografia do terreno;
5 – Precipitação esperada (dependente-provável);
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6.3.1 – Noções para elaboração de projetos


de irrigação

6 – Jornada de trabalho diária;


7 – Desnível entre a superfície da água e o local
de instalação da bomba
8 – Desnível entre o local de instalação da bomba
e o ponto mais alto do terreno;

9 – Quantidade e qualidade da água disponível na


estação seca:
- vazão ou volume armazenado;
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6.3.1 – Noções para elaboração de projetos


de irrigação

10 – Tipo de acionamento para o motor:


10.1 – elétrico;
10.2 – combustão; etc.
11 – Sistema de irrigação a ser adotado;

12 – Ter disponibilidade de planta plani-


altimétrica;

13 – Dados climatológicos  estimativa da ETc;


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6.3.2 – Sistemas

 irrigação por superfície: compreende os


métodos de irrigação nos quais a condução da
água do sistema de distribuição (canais e
tubulações) até qualquer ponto de infiltração,
dentro da parcela a ser irrigada, é feita
diretamente sobre a superfície do solo. Métodos
de irrigação: sulcos, faixas, corrugação,
inundação e subirrigação.
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 irrigação por aspersão: é o método de


irrigação em que a água é aspergida sobre a
superfície do terreno, assemelhando-se a uma
chuva, em virtude da passagem da água sob
pressão através de bocais, fracionando o jato
d’água em gotas. Métodos de irrigação:
convencional, auto-propelido, pivô central,
sistema linear.
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 irrigação localizada: é o método em que a água


é aplicada diretamente sobre a região radicular,
com baixa intensidade e alta freqüência. Métodos
de irrigação: gotejamento e microaspersão.
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 sistemas não convencionais: xique-xique e


outros.
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6.3.3 – Fatores que influenciam na escolha do


método

 Água

- vazão;
- freqüência de oferta;
- custo; e
- qualidade.
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6.3.3 – Fatores que influenciam na escolha do


método

 Solo

- textura;
- profundidade; e
- salinidade.
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6.3.3 – Fatores que influenciam na escolha do


método

 Cultura

- hábitos de crescimento;
- característica da parte comercial; e
- susceptibilidade à doenças.
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6.3.3 – Fatores que influenciam na escolha do


método

 Topografia

 Clima

 Mecanização e tratos culturais

 Mão-de-obra

 Aspectos econômicos
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6.4 – Sistema de irrigação por aspersão

- Adaptabilidade do sistema

- vantagens e limitações

- componentes do sistema
- aspersores
- tubulações
- motobomba
- acessórios
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- Classificação dos aspersores quanto à


pressão de serviço:

- baixa pressão (<250 kPa):


Øbocal < 4,0 mm e Q < 1,0 m3 h-1.
- média pressão (de 250 a 400 kPa);
4,0 < Øbocal < 7,0 mm e 1,0 < Q < 6,0 m3 h-1.
- alta pressão (>400 kPa)  Tipo
canhão (1 a 3 bocais); 6,0 < Q < 40,0 m3 h-1.
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- Fatores que afetam o desempenho dos


aspersores

- bocais
- pressão de serviço
- superposição
- vento

- Dimensionamento das tubulações


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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais

Critério para dimensionamento: a variação de


vazão entre o primeiro e o último aspersor não
poderá ser maior que 10%.

Qa = Cd × A 2 × g × Ps
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais
Q1 = Cd × A × 2 g × Ps1 1,1 Q n = Cd × A × 2 g × Ps1
Qn = Cd × A × 2 g × Ps n Q n = Cd × A × 2 g × Ps n

Ps1 Ps1 Ps1 = 1,21 Ps n


1,1 = 1,21 =
Ps n Ps n

Para um limite de variação de vazão de 10% na linha


lateral, a pressão de serviço tem um limite de
variação equivalente à 21% da pressão de serviço.
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais

Equação para dimensionamento: Hazen-Wiliams

1,852
Q
 
hf = 10,646 ×  4,87
C
×L
D
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais

Linha lateral em nível  hf = 0,20 x Ps


Linha lateral em aclive  hf = 0,20 x Ps - ∆Z
Linha lateral em declive  hf = 0,20 x Ps + ∆Z
∆Z é o desnível topográfico.
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais

Fator de Christiassen

1 1 m −1
F= + +
m + 1 2 × N 6 × N2
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais com 2 diâmetros

1
 n  m +1
  D1  
 
   − 1 hfLL = hf1 + hf2 – hf3
L2 =   D   x L
 n 
  D1   hf1  D1, L, Qt
 − 1

  2 
D 
hf2  D2, L2, Q2
Hf3  D1, L2, Q2
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- Dimensionamento das tubulações

- linhas laterais

Relação entre Pin, Pfim e Pmed

Pin = Ps + 0,75 x hfLL + Aa  (em nível)


Pin = Ps + 0,75 x hfLL - 0,5 ∆Z + Aa  (em declive)
Pin = Ps + 0,75 x hfLL + 0,5 ∆Z + Aa  (em aclive)
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- Dimensionamento das tubulações

- linha principal

Critérios de dimensionamento

- baseado na velocidade média permitida ao


longo da linha
- baseada na perda de carga pré-estabelecida
entre a primeira e a última linha lateral
- baseada em análise econômica
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- Dimensionamento das tubulações

- Altura manométrica total

Hman = (hs + hr + hfsução + hfrecalque + PinLL ) x 1,05


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- Desempenho de um sistema de irrigação


por aspersão

A análise do desempenho de um sistema de


irrigação por aspersão pode ser feita por meio
da determinação do coeficiente de
uniformidade, que reflete numericamente a
qualidade da aplicação de água pelo sistema,
ou seja, determina a uniformidade de
distribuição da água.
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- Desempenho de um sistema de irrigação


por aspersão

- Coef. Unif. Christiassen (CUC)


 n 
 ∑ ( x i − X) 
CUC = 1001 − i=1 
 nX 
 
 

- Coef. Unif. Distribuição (CUD)

x
CUD = 100
X
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- Desempenho de um sistema de irrigação


por aspersão

- Coef. Unif. Estatístico (CUE)


 n 
 ∑ ( x i − X)
2 
CUC = 1001 − i=1 
 (n − 1) X2 
 
 

- CUD = 1,59 CUC - 59


- CUE = 1,25 CUC - 25
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6.5 – Sistema de irrigação localizada

- Adaptabilidade do sistema

- vantagens e limitações

- Evapotranspiração (gotejamento)

P
ETg = ETpc x
100
- componentes do sistema
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- componentes do sistema

- emissores
- gotejadores  2 a 10 L h-1
- microaspersores  20 a 150 L h-1

- tubulações (60 a 70% do custo)


- Linha lateral (½”  g ; ¾”  m)
- Linha de derivação

- Cabeçal de controle
- Filtros (areia, tela e disco)
- Injetor de fertilizante
- sistemas de controle de Q e P
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6.5.1 Seqüência do projeto hidráulico e cálculo


da subunidade de irrigação
Coeficiente de Uniformidade
No emissores por planta Tolerância CV de fabricação
Vazão média do emissor de vazão do emissor

Tolerância Equação do
de pressão emissor (q-h)

Lâmina e Vazão das Distribuição Lev.


tempo de laterais e da rede de topográfico
irrigação derivação irrigação

Espaçamento Fórmulas
Diâmetros e regime de de P.C.
entre
pressão nas laterais e
emissores
derivação P.C.
localizada
Secundárias
Principal
Cabeçal
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6.5.1 Seqüência do projeto hidráulico e cálculo


da subunidade de irrigação

- Tolerância de vazão

 1,27 CV  q ns
CU = 1 − 
 e  qa

CU =
q 25 - Conhecidos CU, CV e “e”, se calcula
qa qns.
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6.5.1 Seqüência do projeto hidráulico e cálculo


da subunidade de irrigação

- Tolerância de pressão
- Conhecidos qa e qns, assim como a equação do
emissor (q = khx), são calculadas as pressões média
e mínima
1
q x
h = 
K
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6.5.1 Seqüência do projeto hidráulico e cálculo


da subunidade de irrigação

- Tolerância de pressão
- A diferença de pressão admissível na subunidde,
∆H, é proporcional a (ha – hns).

∆H = M(h a − h ns )

M = 4,3 (diâmetro constante); M = 2,7 (2 diâmetros) e


M = 2,0 (3 diâmetros). Recomenda-se M = 2,5.
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- A diferença de pressão admissível se divide entre


a lateral e a terciária

∆H = ∆H l + ∆H t

As variações de pressão incluem as perdas de carga,


bem como os desníveis topográficos.
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Em terrenos com pouco desnível:


∆H
∆H l = ∆H t =
2

Em terrenos com declive favorável às linhas


terciárias, ∆H pode ser distribuído de outra forma,
permitindo uma maior ∆Hl, e ao contrário se o maior
declive estiver no sentido das laterais.

Por outro lado, a distribuição de ∆H em ∆Hl e ∆Ht


pode ser afetada por outros fatores, como a
existência de elementos que limitem o ccomprimento.
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Exemplo:
qa = 4 L h-1
qns = 3,69 L h-1
q = 1,38 h0,45 (q em Lh-1 e h em “m”)

1
q x
ha = 10,64 m;
h = 
K hns = 8,90 m

∆H = 2,5 (10,64-8,90) = 4,35 m


4,35
Se ∆Hl = ∆Hns ∆H l = ∆H t = = 2,18 m
2
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- Desenho da subunidade de irrigação

Esta etapa é composta pelo distribuição das linhas


de irrigação em planta, pela determinação das
vazões e pelos cálculos dos diâmetros e das
pressões.

O cálculo se inicia pela pressão ha e na determinação


de hm, hn, Hm e Hn, conforme Figura, cujos valores
devem respeitar os valores estabelecidos com
relação às tolerâncias de pressão:
h m − h n < ∆H l H m − H n < ∆H t
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- Desenho da subunidade de irrigação

Uma vez satisfeitas essas condições, o cálculo é


feito de forma inversa: partindo da pressão de
entrada na subunidade, Hm, são calculadas ha e hns,
e suas correspondentes qa e qns, a partir dos quais
se comprova que CU não é inferior ao mínimo
estabelecido.
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- Cálculo das laterais


Serão discutidas as equações referentes à condição
linhas laterais alimentadas pela extremidade, que é
a condição mais usual.
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Na Figura anterior, se convenciona que i (d.l)


apresenta valor positivo para aclive e negativo para
declive. A pressão inicial é hm, a pressão no final é
hu e a pressão mínima na linha é hn, sendo
encontrada no ponto em que a tangente da curva de
pressão é paralela ao terreno.

A pressão média é ha e a perda de carga é hf:

h f = J´Fl , em que J´leva em consideração o efeito


das conexões dos emissores na linha
lateral, e é calculada por:
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Se + f e
J´= J.
Se

em que Se é o espaçamento entre emissores (m) e fe


o comprimento equivalente da conexão (m). O cálculo
de fe depende do tipo de conexão: sobre a linha,
interlinha ou microtubo
d
h m = h a + 0,733 h f + hu = hm − hf − d
2

∆h n = h u − h n h n = h m − h f − d − ∆h n
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A aplicação dessas fórmulas permite calcular hm e


hn, e verificando a condição de que (hm-hn) seja
menor que a variação de pressão admissível na
∆Hl). Para isso, 3 casos podem acontecer:
lateral (∆

Caso 1: terreno horizontal  i = 0;


Caso 2: terreno em aclive  i > 0;
Caso 3: terreno em declive  i < 0.

Subcaso 3.1: i < 0; lil < J´;


Subcaso 3.2: i < 0; lil ≥ J´;
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- Cálculo das terciárias

No cálculo das laterais, na qual a variação de


pressão (hm-hn) deve ser menor que ∆Hl, se faz
determinando a pressão no início da mesma (hm). No
cálculo das terciárias, se igual Há = hm e a partir de
Há, se calculam Hm e Hn, com as condições de
(Hm – Hn) < ∆Ht.

Quando a subunidade é retangular e o diâmetro da


linha terciária é constante, a mesma pode ser
calculada pelas mesmas equações apresentadas no
cálculo da linha lateral.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Professor Daniel Fonseca de Carvalho


ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO

Instituto de Tecnologia - Depto. de Engenharia


BR 465, km 7 - Seropédica-RJ - 23.890-000
(21) 3787-3674; e-mail: carvalho@ufrrj.br
http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/daniel

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