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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – UEPA

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

LUCAS JORGE JOÃO BIZZOCCHI

1) Quando se pensa no 3º debate das Relações Internacionais e o Paradigma


Globalista, é notável o impacto que a influência marxista, a tecnologia, a
economia e os serviços causaram, exigindo uma ligação entre o mundo
globalizado, por intermédio de uma rede de fatores que influenciam no
equilíbrio de poder e na forma com que esses países se apresentam e são vistos
perante a comunidade internacional. Assim, tem-se as três teorias principais
dentro do paradigma global: 1) teorias do imperialismo; 2) teorias da
dependência e; 3) teorias do sistema-mundo. A primeira, volta o foco para os
principais teóricos, sendo eles Hobson, Lenin, Hilferding e Luxemburgo e,
sobretudo, teóricos não marxistas. Dentro desse panorama, os estudiosos
firmaram a divisão, de forma hierárquica no sistema capitalista, com aspectos
que permeiam o imperialismo na modernidade, sendo eles o poder ilimitado
dentro da territorialidade, a não limitação do quesito de temporalidade e,
também, apesar do uso da coação, a tese da paz perpétua, demonstrando, assim,
as contradições existentes na dinâmica do poder. As teorias da dependência se
preocuparam em explicar a razão pela qual a América Latina e outras regiões do
terceiro mundo não se desenvolvem no mesmo ritmo que as demais nações. O
subdesenvolvimento, para essa teoria, resultaria das dinâmicas empreendidas
pelas forças produtivas globais, em especial as economias centrais do
capitalismo, que limitam as escolhas daqueles países, o que resulta em uma
estrutura de dominação. Já no que tange a teoria sistema-mundo, seu principal
representante é Immanuel Wallerstein, que trata da distinção conceitual entre
“economia-mundo” e “economia mundial”. Essa última se expandiu durante o
século XX, dando origem à noção de economia mundial
globalizada. Porém, o foco é o sistema-mundo capitalista. Para os teóricos do
sistema-mundo, o conceito de "sistema internacional”, da forma que é
tradicionalmente entendido nas relações internacionais, é só uma das
dimensões/níveis que constituem o mundo moderno. Nesse sentido, o
capitalismo influencia as relações internacionais a partir do momento em que
requer uma interligação e interdependência, no cenário globalizado, dos agentes
internacionais. No cenário atual, não só a economia, mas também o planeta
propriamente dito, funciona como uma engrenagem, onde cada nação soberana
tem sua função, garantindo que a máquina capitalista continue a funcionar. Um
exemplo de fenômeno contemporâneo que comprova o que foi dito
anteriormente, é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças
Climáticas (COP), sendo a reunião anual da Conferência das Partes da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).
Assim, a reunião une lideranças mundiais no intuito de estabelecer metas e
mapear o progresso no âmbito da preservação ambiental, sendo uma forma
integrada de intervir nos efeitos danosos causados pelo capitalismo, em suas
diversas atividades produtivas danosas ao meio ambiente.

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