Você está na página 1de 1

TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I - 2017.

31 DE OUTUBRO DE 2017

RESENHA 7
PECEQUILO, Cristina S. (2004). Introdução às Relações Internacionais: Temas, Atores e Visões.
Capítulo 3: As teorias das Relações Internacionais, p. 165-169.

3.3.2 Abordagens adicionais: Lenin, Wallerstein e a Teoria da Dependência


A influência do pensamento marxista nas Relações Internacionais, para os pensadores do
século XXI, leva em consideração a abrangência e as transformações causadas pelo capitalismo,
seus aspectos políticos, econômicos e sociais no Sistema Internacional.
Para Lenin, “o imperialismo é o estágio monopolista do capitalismo”, da partilha de poder
entre esses monopólios, da competição entre as grandes potências de Estados que poderia levar à
autodestruição do sistema capitalista, por consequência da busca incessante pelo lucro,
desestabilizando o sistema e dando condições para a consolidação da influência proletária. Assim, a
Revolução Russa de 1917, traz uma transformação diferente do sistema político e econômico,
através de princípios diferentes ao capitalismo, mas que não conseguiu abranger outras partes do
mundo devido ao “cerco capitalista”. Na Guerra Fria, a URSS teve uma posição de potência no
mundo, diante do confronto com os EUA e, também, dos movimentos revolucionários da época.
Considerando a Immanuel Wallerstein, sua análise possui relevância quanto a concepção
sobre os sistemas mundiais diante dos processos econômicos e políticos para o mundo
contemporâneo. O capitalismo, era considerado uma força orientada pela divisão social do trabalho,
considerando o mundo dividido entre núcleo (centro), semiperiferia e periferia; onde os países do
centro dominam a periferia (exploração das matérias primas e mercados), enquanto a semiperiferia
tem sua condição como intermediária.
Diante das concepções de Wallerstein, assemelha-se a Teoria da Dependência, desenvolvida
na América Latina no século XX, elaborada pela CEPAL, que divide os países entre desenvolvidos
e em desenvolvimento (subdesenvolvidos); ricos e pobres, centro e periferia, Norte e Sul. Pela
questão econômica, o sistema capitalista subordina os países da periferia ao centro, de forma a
serem explorados (deterioração dos termos de troca, Prebisch). Por isso, os países da periferia
necessitam não só de uma modernização, mas também, de uma transformação da estrutura do
sistema internacional, da ordem econômica mundial e da influência do poder.

Você também pode gostar