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Economia Política Internacional

Em sua origem na década de 1970, desenvolvimento da disciplina Economia


a Economia Política Internacional (EPI), Política das Relações Internacionais.
uma das subáreas das Relações No capítulo 1 o autor irá abordar
Internacionais, que buscava resolver uma sobre a natureza da economia política.
lacuna entre as R.I e a Economia, Para Gilpin, a economia política indica um
desenvolvendo uma união dos campos de conjunto de questões que devem ser
estudo da Política e da Economia, uma analisadas através de diferentes métodos
análise da dinâmica das interações dos analíticos e perspectivas teóricas. Essas
Estados em busca de riqueza e poder, as questões, segundo Gilpin, são resultantes
relações complexas das atividades da interação entre Estado e mercado e
econômicas e políticas no nível representam a inserção da economia e da
internacional. política em um mundo moderno. Um
Uma série de acontecimentos na cenário em que apenas o Estado teria o
década de 70 destacaram as interconexões domínio da produção e distribuição da
entre as questões econômicas riqueza seria o mundo ideal do cientista
internacionais e os fatores políticos como político. No caso contrário, quando o
o renascimento das economias europeia e mercado tivesse esse domínio, se
japonesa, o fim de Bretton Woods, a encontraria o mundo puramente do
inflação dos EUA, a crise do petróleo e o economista. A junção das áreas do
novo protecionismo. conhecimento, portanto, é o que forma o
campo da Economia Política, tornando-a
Robert Gilpin - Economia Política das plural.
Relações Internacionais (1987) Gilpin então nos explica que essas
indagações buscam descobrir de que forma
Teórico das Relações os processos políticos conexos de um
Internacionais, Robert Gilpin é Estado afetam na produção e distribuição
considerado um dos principais de riqueza e, inversamente, como o
representantes do Realismo Político. mercado e as forças econômicas impactam
Preocupado com as mútuas relações entre sobre a distribuição do bem-estar e do
segurança e economia, Gilpin fez uma poder entre os Estados e outros atores
grande contribuição para o políticos.
Gilpin então pontua que os Estados base para a cooperação. O liberalismo vê
baseiam-se em conceitos como o de o mundo organizado a partir das
territorialidade e exclusividade, sendo necessidades dos indivíduos, o que é usado
necessária a clara delimitação de fronteiras como instrumento de poder na atualidade.
como forma de reforçar a unidade política O ideal é um mundo sem Estado e sem
e a autonomia nacional. Os mercados, em fronteiras e a organização de produção e
contraponto, são pautados em premissas do consumo (lei da oferta e demanda) fica
como a da integração, a relação contratual a cabo da racionalidade econômica dos
e a interdependência entre vendedores e indivíduos. Assim, política e economia
compradores, o que acarretaria na ocupam esferas separadas.
necessidade de eliminação de barreiras O nacionalismo econômico
políticas para o pleno funcionamento do assume, mas também defende, que a
mecanismo dos preços. Essas diferenças política precede as relações econômicas;
essenciais entre os Estados e o mercado, ou seja, a ideologia nacionalista faz a
segundo Gilpin, trazem à tona três grandes leitura das relações internacionais com
temas amplamente relevantes e discutidos base no princípio de que os Estados são,
na economia política: 1) as causas e os em última instância, quem faz a roda girar,
efeitos da economia de mercado global; 2) mas também, ao aplicar tal lente, os
a relação entre as mudanças econômica e nacionalistas estão defendendo, de forma
política; e 3) o significado da economia normativa, que são os Estados que devem
mundial para as economias internas. fazer a roda girar, as atividades
Sob as causas e os efeitos da econômicas devem estar subordinadas à
economia de mercado global, no capítulo meta da construção e do fortalecimento do
2, Gilpin apresenta o posicionamento de Estado. O Estado é o sujeito principal e se
três diferentes ideologias que divergem em move de acordo com o interesse nacional
opinião e que permitem a compreensão da (poder e riqueza).
ordem econômica internacional. Os O marxismo reage ao liberalismo,
liberais acreditam que a divisão pois sua análise parte da pressuposição de
internacional do trabalho (DIT) é baseada que a economia dirige os rumos das
na teoria das vantagens comparativas o relações internacionais e que o conflito
que faz com que mercados surjam de político decorrente pode ser eliminado ao
forma espontânea e promovam a harmonia se acabar com o mercado, dado que o
entre os Estados e que as redes de mundo está organizado na forma de
interdependência econômica criem uma imposição do poder pela burguesia. Fim do
mercado, fim da luta de classes, triunfo do representação do novo, do progresso.
comunismo: a leitura teleológica marxista, Enquanto o setor tradicional é um sistema
convicta do fim do capitalismo e do triunfo produtivo de baixa eficiência, que em
da classe trabalhadora, que naturalmente função da concorrência vai sendo
defende que tal previsão é o único futuro destruído pelo setor moderno, representa o
possível. passado. O Moderno está ligado às forças
Assim, o nacionalismo parte da livres do mercado, ao agente inovador em
suposição de que o homem é naturalmente busca de eficiência, conectado aos
competitivo; o liberalismo, de que o mercados modernos; ao contrário, o setor
homem é naturalmente calculista; o tradicional é ineficiente, não suporta
marxismo , de que ele é cooperativo. Isso, concorrência e sobrevive por ação externa,
somado ao fato de que a base da visão em geral do Estado, por manutenção
clássica adotada sobre EPI (a de Gilpin) é histórica ou de forças do passado.
puramente material, se baseiam em A partir do marxismo temos a
premissas sobre as pessoas ou sociedades, teoria do Sistema Mundo de Wallerstein.
colabora para que haja pouco espaço para Essa teoria enfatiza a exploração
o ideacional em tal concepção. econômica, o papel do capitalismo e a
O capítulo 3 trará uma importância das relações de poder no
compreensão das formas como as forças sistema global.
do mercado e os fatores externos Wallerstein argumentou que o
interagem. Três teorias contemporâneas, sistema capitalista mundial, ao longo da
que explicam a emergência, a expansão e o história, evoluiu de uma configuração de
funcionamento da economia política cidades-estado para uma economia
internacional, têm adquirido influência nos mundial mais integrada e interconectada.
últimos anos. Desta forma, dividiu o mundo em três
A ideia de um sistema econômico zonas principais: o núcleo, a periferia e a
global (Teoria da Economia Dual), que semi-periferia, com base em seus níveis de
acompanha a ideologia liberal, observa a desenvolvimento econômico e poder
existência de um Sistema em que dois político. Assim, percebe-se que a teoria
pólos estruturais convivem na estrutura enfatiza como a exploração e a
produtiva global: o Setor Moderno e o desigualdade estão enraizadas nas
Setor Tradicional. O setor moderno possui estruturas do sistema mundial. Wallerstein
elevada eficiência produtiva e desenvolve argumenta que a economia mundial, que
permanentemente novas tecnologias, é a ele denomina sistema-mundo, apresenta
uma estrutura orgânica onde forças científica uma nova tese denominada
antagônicas se confrontam, cada uma em “teoria da estabilidade hegemônica”,
busca de alcançar seus interesses e baseada na visão nacionalista.
objetivos individuais. A teoria se baseia De acordo com Gilpin, a teoria,
num conjunto de conceitos que formam idealizada por Kindleberger, leva à
uma visão sistêmica, isso implica que as afirmação de que “uma economia mundial,
partes que compõem o todo não são liberal e aberta requer a existência de um
analisadas de forma isolada, mas sim como poder dominante ou de uma estabilidade
elementos que estabelecem interações hegemônica”.
complexas entre si. A tese da hegemonia volta a ter
Wallerstein observa que a divisão importância no estudo das comunidades
global do trabalho resultante da internacionais, principalmente em face da
padronização da produção é controlada por disparidade de situação econômica,
empresas multinacionais, que se tornaram tecnológica, cultural e social dos diversos
atores-chave na nova ordem econômica Estados-Membros. Os países mais fracos,
global. As principais características da menos desenvolvidos e mais pobres não
ordem atual refletem uma economia têm condições de oferecer sustentáculo à
mundial dominada por processos Comunidade no mesmo nível de outros
produtivos que se adaptam a padrões países mais desenvolvidos. Assim, um ou
flexíveis, em consonância com a revolução mais países terão de despender maiores
nas tecnologias de informação e esforços ou oferecer maiores garantias
comunicação. Nessa divisão global do econômicas no sentido da viabilidade da
trabalho, persistem características de integração. Consequentemente, para que
concentração tecnológica, que permanece possam oferecer maior proteção aos menos
centralizada em alguns pontos do mundo. privilegiados, dependerão de mais poderes
No entanto, observa-se uma disseminação e terão uma participação mais ativa e de
da base de produção de recursos naturais maior peso nas negociações e
destinados aos países centrais e às novas deliberações.
semi-periferias capitalistas. Essa aparente desigualdade,
Charles Kindleberger estabeleceu todavia, atua como um mecanismo de
um liame entre o declínio econômico da equilíbrio que impede o desfazimento do
Inglaterra, a ascensão dos Estados Unidos vínculo político e econômico existente
e a grande depressão. A partir desses entre esses Estados-Membros.
estudos, consolidou-se na literatura
Reinaldo Gonçalves - Economia Política Alguns dos conceitos chaves
Internacional utilizados pela EPI são: Poder, Mercado,
Estado, Sistema Internacional e
Sob elaboração autoral de Reinaldo Vulnerabilidade externa. O principal foco
Gonçalves, professor titular de Economia deste capítulo é o Sistema Internacional. O
Internacional da Universidade Federal do Sistema internacional é o locus de
Rio de Janeiro (UFRJ), “Economia política encontro dos diferentes autores (de
internacional” trata-se de uma obra diferentes nacionalidades) no exercício do
fundamental para compreensão das poder. Ele é formado por subsistemas:
relações de poder que se desenvolvem a econômico, político e cultural.
partir do âmbito econômico. Logo, O foco da EPI é o estudo do
torna-se essencial para os estudos das sistema econômico internacional, formado
Relações Internacionais através do seu por esferas e dimensões distintas, sendo as
método de análise. primeiras a comercial, tecnológica,
O capítulo 1 aborda a questão da monetário-financeira e produtiva, e as
Economia Política Internacional (EPI). A últimas, bilateral, plurilateral e
EPI procura ultrapassar as limitações multilateral.
específicas de cada campo teórico ao A EPI objetiva identificar o que
apresentar um estudo analítico motiva as decisões e ações dos atores
compreensivo para os fenômenos próprios nacionais e transnacionais dentro do
do sistema internacional e do sistema sistema econômico internacional,
econômico internacional. tornando-se uma análise ainda mais
Segundo o autor, a EPI é um relevante no mundo cada vez mais
método de análise, sendo este buscado em integrado e globalizado financeiramente. A
campos específicos de conhecimento como vulnerabilidade externa se apresenta como
a Economia, as Ciências Políticas e o tema fundamental para a parte expressiva
Direito. No geral, a EPI é um método de dos países em desenvolvimento,
análise que tem como foco a dinâmica do principalmente o Brasil, e este aspecto
sistema econômico internacional em suas constitui-se como um dos elementos
distintas esferas e dimensões, que resulta centrais para a EPI. De acordo com
das decisões e ações de atores nacionais e Gonçalves, a vulnerabilidade externa é a
transnacionais, cuja conduta é determinada capacidade, em razão inversa, de
por fatores objetivos e subjetivos. resistência a pressões, fatores
desestabilizadores e choques externos.
Assim, a vulnerabilidade externa é O Estado não se configura como o
a probabilidade de resistência à pressões, único ator internacional, pode-se destacar
fatores desestabilizadores e choques também, as organizações
externos. O processo de globalização intergovernamentais, empresas
ampliou a interdependência entre atores de transnacionais, banca internacional,
diferentes nacionalidades, e, dado que o organizações não governamentais, etc.
processo é assimétrico, seus efeitos se Assim, o sistema internacional é marcado
disseminam de maneira desigual entre os por uma forte hierarquia, que corresponde
atores, o que ampliou a importância da também às assimetrias entre os Estados
questão referente à vulnerabilidade que o compõem. Ou seja, a influência
externa. Desta forma, o conceito de econômica ou cultural das nações é de
vulnerabilidade se conecta com o de poder. extrema significância para a configuração
O poder efetivo representa baixa de um país hegemônico.
vulnerabilidade, visto que quanto maior
capacidade para impor sua vontade, maior
o grau de poder de um ator internacional,
menor sua vulnerabilidade.
O capítulo 2 se inicia colocando
em questão os autores e os diferentes
papéis que possuem no Estado e suas
configurações no sistema internacional.
Trazendo os diferentes resultados de ações
no mundo, que podem ser diretas ou
indiretas. Sendo os atores heterogêneos e
desempenhando sua predominância e
papel em consoante aos Estado, o papel do
Estado é mister nas Relações
Internacionais, correspondendo ao
principal ator em si. É preciso ressaltar que
o autor se refere ao Estado como o centro
supremo de poder. No entanto, também é
cenário de intensas lutas de poder e jogos
de interesse.
Sistema Monetário Internacional valor de uma moeda em unidades de
qualquer outro (a taxa de câmbio).
A tendência da humanidade de Podemos dizer que a existência de
considerar o ouro como um depósito de um padrão-ouro internacional ocorre
riqueza e um meio de troca remonta à quando na maioria dos principais países:
antiguidade e foi compartilhada por (1) o ouro é o único que tem uma
diferentes civilizações. cunhagem irrestrita assegurada, (2) a
O padrão-ouro tem sua origem no conversibilidade entre o ouro e as moedas
uso de moedas de ouro como um meio de domésticas em uma proporção estável
troca, unidade de conta e reserva de valor, ocorre em ambos os aspectos e (3) o ouro
uma prática muito antiga. Quando o pode ser livremente exportado ou
volume do comércio internacional foi importado. Para sustentar a
limitado, o pagamento de bens adquiridos conversibilidade irrestrita em ouro, as
de outro país foi geralmente feito em ouro cédulas devem ser apoiadas por reservas
ou prata. No entanto, como o volume do de ouro equivalentes ao mínimo da
comércio internacional expandiu após a proporção declarada. Além disso, o acervo
revolução industrial, um meio mais monetário de uma nação deve subir e cair
conveniente era necessário para à medida que o ouro entra e deixa o país.
financiá-lo, como era muito impraticável Essas condições foram atendidas, mais ou
para transportar enormes quantidades de menos, entre 1875 e 1914.
ouro e prata em todo o mundo. A solução A grande estabilidade do
era concordar com o pagamento em moeda padrão-ouro foi um poderoso mecanismo
de papel e para que os governos a o para todos os países alcançarem o
transformassem em ouro, no momento da equilíbrio na balança comercial. Diz-se
transação, com uma taxa de câmbio fixa. que um país tem a sua balança comercial
A prática de fixar uma moeda para em equilíbrio quando o rendimento dos
o ouro e garantir a sua convertibilidade é seus residentes, a partir de exportações, é
conhecido como o padrão-ouro. Em 1880, equivalente ao dinheiro que pagam para as
a maioria das nações mais importantes do pessoas de outros países para as suas
mundo, como Grã-Bretanha, Alemanha, importações (ou seja, a conta corrente da
Japão e Estados Unidos, adotou o balança de pagamentos está em Saldo
padrão-ouro. Devido ao uso de um quando as exportações são iguais às
parâmetro comum, foi fácil determinar o importações). Digamos que há apenas dois
países no mundo, Japão e Estados Unidos.
Imagine que o saldo comercial do Japão começaram a transformar sua posse em
está em excesso porque exporta mais para ouro. O governo britânico viu que não
os Estados Unidos do que para comprar. poderia satisfazer a demanda para o ouro
Os exportadores japoneses recebem seu sem esgotar suas reservas, e terminado
pagamento em dólares americanos, moeda suspendendo a convertibilidade em 1931.
que mudam para ienes no banco japonês. Os Estados Unidos seguiram este
Ele encaminha os dólares para o governo exemplo e abandonaram o padrão ouro em
dos EUA e solicita, em troca, o pagamento 1933, mas adotaram-no novamente em
em ouro. 1934. Além disso, levantou o preço do
O padrão-ouro funcionou ouro de 20,67 a 35 dólares por onça. Em
razoavelmente bem de 1870 para o início virtude da necessidade de mais dólares do
da primeira guerra mundial, em 1914, que antes para comprar uma onça de ouro,
quando foi abandonado. Durante esse a implicação era que o dólar valia menos.
conflito, vários governos financiaram parte Isso significava uma desvalorização do
de suas enormes despesas militares dólar em relação a outras moedas.
imprimindo dinheiro. Esta enorme massa O resultado líquido foi a perda total
monetária causou inflação e, no final da de confiança nesse sistema. Com países
guerra, em 1918, os preços eram mais que devaluavam sua moeda à vontade,
elevados em todo o mundo. Os Estados ninguém poderia ter certeza da quantidade
Unidos retornaram ao padrão ouro em de ouro que uma moeda poderia comprar.
1919, Grã-Bretanha em 1925 e França em Em vez de manter a moeda de outro país,
1928. as pessoas muitas vezes tentaram mudá-lo
A Grã-Bretanha retornou ao imediatamente para o ouro, para não ser o
padrão-ouro, fixando a libra para o ouro país desvalorizando sua moeda no ínterim.
com paridade pré-guerra, que foi 4,25 por Este medo exerceu pressão sobre as
onça, apesar da inflação substancial entre reservas de ouro de vários países,
1914 e 1925. O processo inflacionário forçando-a a suspender a convertibilidade.
elevou os preços dos bens britânicos, de No início da segunda guerra mundial, em
modo que eles dificultaram a sua venda em 1939, o padrão-ouro estava morto.
mercados estrangeiros, levando o país a Em 1944, no meio da guerra,
uma depressão profunda. Quando os representantes de 44 países se reuniram em
detentores de libras estrangeiras perderam Bretton Woods, New Hampshire, para
a confiança no compromisso britânico de projetar um novo sistema monetário
manter o valor de sua moeda, eles internacional. Devido ao colapso do
padrão-ouro e à memória fresca da grande seguida, calcularia o equivalente ao ouro
depressão da década de 1930, esses da sua moeda com base nessa taxa de
homens de estado estavam determinados a câmbio. Todos os países participantes
construir uma ordem econômica duradoura concordaram em manter o valor de suas
que facilitaria o crescimento econômico moedas dentro de 1% do valor equivalente,
após o conflito. Foi alcançado um comprando ou vendendo moeda (ou ouro),
consenso geral sobre a conveniência de um conforme necessário. Por exemplo, se as
sistema fixo de taxas de câmbio. Além casas de câmbio venderem mais moeda
disso, foi desejado evitar as nacional do que o exigido, o governo desse
desvalorizações absurdas da década de país poderia intervir nos mercados de
1930, e reconheceu-se que o padrão-ouro câmbio e comprar sua moeda para
não poderia garantir a sua extinção aumentar a demanda e manter seu valor
definitiva. O maior problema com este equivalente ao ouro. Outro aspecto do
modelo foi que não havia nenhuma acordo de Bretton Woods foi o
instituição multinacional para deter países compromisso de não usar a desvalorização
que queriam recorrer à desvalorização. como uma arma de política comercial
O acordo de Breton Woods competitiva. No entanto, se uma moeda
estabeleceu duas instituições fosse enfraquecida a um grau impossível
multinacionais: o Fundo Monetário de defender, permitiria uma desvalorização
Internacional (FMI) e o Banco Mundial. A de até 10% sem aprovação formal pelo
tarefa do FMI seria manter a ordem no FMI. As grandes desvalorizações
sistema monetário internacional, e a do precisariam.
Banco Mundial, na promoção do Os artigos do acordo do FMI foram
desenvolvimento econômico em geral. O baseados em colapso financeiro global,
acordo exigiria igualmente um sistema de desvalorizações competitivas, guerras
taxas de câmbio fixo que pudesse ser comerciais, alto desemprego, hiperinflação
regulado pelo FMI. De acordo com o na Alemanha e outras partes do mundo, e a
pacto, todos os países definiriam o valor desintegração econômica global que
da sua moeda em função do ouro, mas não aconteceu entre as duas guerras mundiais.
teriam de trocar a sua moeda por esse O propósito do acordo de Bretton Woods,
metal. Apenas o dólar permaneceria do qual o FMI era o principal custodiante,
conversível em ouro, com um preço de 35 era evitar a repetição desse caos através de
dólares por onça. Cada país escolheria a uma combinação de disciplina e
sua taxa de câmbio a partir do dólar e, em flexibilidade.

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